segunda-feira, 12 de outubro de 2009

CONVERSÃO - SEGUNDO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (Breve resumo)

C.75.7 Conversão do coração e Profetas

§2581 O Templo devia ser para o povo de Deus o lugar de sua educação à oração: as peregrinações, as festas, os sacrifícios, a oferenda da tarde, o incenso, os pães da "proposição", todos esses sinais da Santidade e da Glória de Deus, Altíssimo e tão próximo, eram apelos e caminhos da oração. Mas o ritualismo. arrastava muitas vezes o povo para um culto por demais exterior. Faltava a educação da fé, a conversão do coração. Foi a missão dos profetas, antes e depois do Exílio.

§2582 Elias é o pai dos profetas, "da geração dos que procuram Deus, dos que buscam sua face". Seu nome, "O Senhor é me Deus", anuncia o clamor do povo em resposta à sua oração no monte Carmelo. S. Tiago nos remete a Elias para nos incitar à oração: "A oração fervorosa do justo tem grande poder".

§2583 Depois de ter aprendido a misericórdia em seu retiro á margem da torrente do Carit, ensina à viúva de Sarepta a fé na palavra de Deus, fé que ele confirma por sua oração insistente: Deus devolve à vida o filho da viúva.

Por ocasião do sacrifício no monte Carmelo, prova decisiva para a fé do povo de Deus, foi por sua súplica que o fogo do Senhor consumiu o holocausto, "na hora em que se apresenta a oferenda da tarde": "Responde-me, Senhor, responde-me!", são as mesmas palavras de Elias que as Liturgias orientais repetem na Epiclese eucarística.

Por fim, retomando o caminho do deserto para o lugar em que o Deus vivo e verdadeiro se revelou a seu povo, Elias se escondeu, como Moisés, "na fenda do rochedo", até que "passasse" a Presença misteriosa de Deus. Mas somente na montanha da Transfiguração se revelará Aquele cuja Face buscam; o conhecimento da Glória de Deus está na face Cristo crucificado e ressuscitado.

§2584 No "face a face" com Deus, os profetas haurem luz e força para sua missão. Sua oração não é uma fuga do mundo infiel, mas uma escuta da Palavra de Deus, às vezes um debate ou uma queixa, sempre uma intercessão que aguarda e prepara a intervenção do Deus salvador, Senhor da história.

§2595 Os profetas chamam à conversão do coração e, buscando ardentemente a face de Deus, como Elias, intercedem pelo povo.

C.75.9 Conversão interior necessária para as mudanças sociais

§1886 A sociedade é indispensável à realização da vocação humana. Para alcançar este objetivo, é necessário que seja respeitada a justa hierarquia dos valores que "subordina as necessidades materiais e instintivas às interiores e espirituais.

A convivência humana deve ser considerada como realidade eminentemente espiritual, intercomunicação de conhecimentos à luz da verdade, exercício de direitos e cumprimentos de deveres, incentivo e apelo aos bens morais, gozo comum do belo em todas as suas legítimas expressões, disponibilidade permanente para comunicar a outrem o melhor de si mesmo e aspiração comum a um constante enriquecimento espiritual. Tais são os valores que devem animar e orientar a atividade cultural, a vida econômica, a organização social, os movimentos e os regimes políticos, a legislação e todas as outras expressões da vida social em contínua evolução.

§1887 A inversão dos meios e dos fins, que acaba por conferir valor de fim último àquilo que não passa de meio para segui-lo, ou por considerar as pessoas como meros meios em vista de um fim, produz estruturas injustas, que "tornam árdua e praticamente impossível uma conduta cristã conforme mandamentos do Divino Legislador"

§1888 E preciso, então, apelar às capacidades espirituais e morais da pessoa e à exigência permanente de sua conversão interior, a fim de obter mudanças sociais que estejam realmente a seu serviço. A prioridade reconhecida à conversão do coração não elimina absolutamente, antes impõe, a obrigação de trazer instituições e às condições de vida, quando estas provocam o pecado, o saneamento conveniente, para que sejam conformes às normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de pôr-lhe obstáculos.

§1889 Sem o auxílio da graça, os homens seriam incapazes de "discernir a senda freqüentemente estreita entre a covardia que cede ao mal e a violência que, na ilusão de o estar combatendo, ainda o agrava mais". É o caminho da caridade, quer dizer, do amor a Deus e ao próximo. A caridade representa o maior mandamento social. Respeita o outro e seus direitos. Exige a prática da justiça, e só ela nos torna capazes de praticá-la. Inspira uma vida de autodoação: "Quem procurar ganhar sua vida vai perdê-la, e quem a perder vai conservá-la" (Lc 17,33).

C.75.10 Conversão dom do Espírito Santo

§1098 A assembléia deve se preparar para se encontrar com seu Senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa preparação dos corações é obra comum do Espírito Santo e da assembléia, em particular de seus ministros. A graça do Espírito Santo procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai. Essas disposições constituem pressupostos para receber as outras graças oferecidas na própria celebração e para os frutos de vida nova que ela está destinada a produzir posteriormente.

§1433 Depois da Páscoa, o Espírito Santo "estabelecer a culpabilidade do mundo a respeito do pecado", a saber, que o mundo não acreditou naquele que o Pai enviou. Mas esse mesmo Espírito, que revela o pecado, é o Consolador que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão.

C.75.12 Dinamismo da conversão e da Penitência

§1439 O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do "filho pródigo", cujo centro é "O pai misericordioso": o fascínio de uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela.

Pesquisa realizada no Site:

http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/c/conversao.html

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PARA QUE O ESPÍRITO SANTO NOS CONCEDA SEUS DONS PEDIMOS

Vem, Espírito de Deus,
enche os nossos corações com tua graça.
És o sopro de Deus
que dá vida ao que está morto,
que dá vida ao nosso ser
e que nos tira do túmulo da preguiça e
do comodismo.
És fogo que queima o que está errado em nós,
que aquece nosso coração para amar,
que ilumina nossa mente para entender.
Faze-nos conhecer Jesus Cristo
que veio revelar o amor do Pai.
Faze-nos conhecer o pai e sua bondade infinita.
Faze-nos tuas testemunhas,
instrumentos nas tuas mãos
para que os corações dos homens se transformem
e assim a terra se renove.
Para que reine a justiça e a paz,
a solidariedade e o amor.
Para que o Reino de Deus se estenda cada dia mais Amém.

Ir. Marlene Bertoldi

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO

Na convivência com as pessoas, percebemos que cada uma possui qualidades, dons próprios, característicos, e que, somando tudo, resulta uma riqueza imensa.

É o próprio Espírito de Deus que distribui a cada um(a) os seus dons, segundo seu consentimento: nem todos têm de fazer tudo, mas um(a) precisa fazer a sua parte. Os dons são tão diversos como são as pessoas.

Nos caminhos e descaminhos da vida, cada pessoa vai descobrindo suas possibilidades e capacidades pessoais. É preciso que cada um saiba ousar, mesmo encontrando dificuldades. Importa ter coragem, fincar o pé e buscar sempre. A busca pertence a cada pessoa e faz da história de fé para com Deus.

TODOS OS DONS SÃO PRESENTES DE DEUS

Quando nos referimos ao Espírito Santo sempre tomamos como referência os sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus.

Eles são inspirados no texto do profeta Isaías (11, 2-3). O Novo Testamento assume esta profecia na pessoa de Jesus Cristo, o Messias prometido. Ele seria possuído pelo Espírito de Deus e a partir de sua força, praticará um reinado alicerçado na justiça e na paz, conforme os dons recebidos.

O número sete no contexto bíblico. Significa universidade, totalidade, perfeição. Os dons do Espírito são inúmeros, portanto, ao falar em sete, podemos dizer que recebemos todos os seus dons.

São Paulo, em Gálatas 5, 22-23, fala nos "frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si". Estes frutos provêm de um projeto de vida que todo cristão é chamado a perfazer. Isto não significa que os teremos de uma hora para outra.Mas, a vida do cristão é um constante converter-se ao crescimento da fé, e um comprometimento para gerar estes frutos na convivência do dia-a-dia.

Podemos dizer que os "dons são qualidades dadas por Deus que capacitam o ser humano para seguir com gosto e facilidade os impulsos divinos, para tomar a decisão acertada em situações obscuras e para reprimir as forças do orgulho, do egoísmo e da preguiça, que se opõem à graça de Deus".

OS SETE DONS E SEU SIGNIFICADO

Vivemos um tempo de grande riqueza em nossa Igreja. Quantos jovens e adultos fazem as comunidades, as famílias saírem de sua passividade e acomodação para tomarem seus membros sujeitos da própria historia através da partilha de seus dons.

Estes dons se transformam em fraternidade, solidariedade, justiça. Através de uma vivência comunitária nos grupos de reflexão, grupos de oração, estudo bíblico ... criam-se práticas sociais e maior consciência de cidadania.

Os sete dons: Sabedoria, inteligência, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus ajudam a entender os planos de Deus na vida de cada cristão. Mas, também, capacitam para superar o perigo da indiferença e do medo, para amar a Deus como Pai. Estes dons, ainda, empenham os cristãos na luta por um mundo mais justo e humano e para perseverar na fé e na esperança, mesmo em meio aos desafios e dificuldades.

Eles resumem toda a ação do Espírito Santo nas pessoas.

Os dons doados pelo Espírito de Deus não tornam as pessoas passivas, inertes, acomodadas. Mas, pelo contrário, o cristão que toma consciência de que está imbuído por seus dons, transforma sua vivência.Um cristão crismado que não ajuda a transformar, a mudar a sociedade em que vive, certamente engavetou seus dons.

VAMOS ENTERDER MELHOR ESTES DONS

A) Sabedoria. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábio e a mulher sábia é aquele(a) que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida, porque a vida vem de Deus.

B) Inteligência. Este dom nos leva a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja. Ex. Deus é Pai de todos; em Jesus, Filho de Deus, somos irmãos ...

C) Ciência. A capacidade de descobrir, inventar, recriar formas, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Suscita atitudes de participação, de luta e de ousadia, frente a cultura da morte.

D) Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Ele permite dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive em nosso meio. Este dom capacita a animar os desanimados, a fazer sorrir os que sofrem, a unir os separados ...

E) Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ajuda aos jovens a ter esperança no futuro, aos pais assumirem com alegria seus deveres, às lideranças a perseverarem na conquista de uma sociedade mais fraterna.

F) Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos numa atitude de filhos buscando um dialogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos.

G) Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência de quanto Deus nos ama. "Ele nos amou antes de tudo". Por isso, precisamos corresponder a este amor.

Encontrado no SITE:
http://www.pime.org.br/catequese/cateqmjdinsete.htm