segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

História Da Banda Canal Da Graça


“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações”. (At 2, 42)

Como ensina o Catecismo da Igreja Católica: “Deus, na sua imensa misericórdia, nunca se cansa de atrair o homem para si e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e felicidade que não cessa de procurar” (CIC, 27) e cremos que nossa história é mais ou menos desta forma...

Rafael de Angeli, em um Retiro de Carnaval com a Comunidade Magnificat, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Araraquara-SP, no ano de 1996, ao ter contato com o ministério de música Éfattha, foi tocado também a evangelizar através da música. Voltando à sua paróquia, São João Batista (na época), juntamente com alguns amigos, criou um grupo de música religiosa.

Pelos vários jovens que começaram a participar da missa das crianças desta paróquia, o grupo conquistou seu lugar dentro da comunidade, ganhando, em 1997, a "missa dos jovens", liturgia voltada a esta geração, nas manhãs dominicais.

Do grupo de música, em março de 1997, Jesus concedeu um nome: CANAL DA GRAÇA, chamando-os para serem "canais da graça" do Seu amor, para uma missão especial que ainda, com certeza, iria conceder.

O tempo passava... Muitas pessoas desistiam no meio do caminho pelos mais diversos motivos. Uns chegavam e tão logo se esvaeciam pelas estradas da vida, porém novos apareciam com uma ânsia louca de servir a Deus, na busca incessante da felicidade e da verdade que somente Nele havemos de encontrar.

Tudo acontecia de uma forma simples, mas ordenada, pois Deus sabia da capacidade e dos limites de cada um. Aos poucos ia moldando, cada vez mais, um a um à Sua imagem e semelhança.

Foi através de convites, vindos de diversos lugares do Brasil, que o Senhor foi confiando a missão do Canal da Graça: missas, retiros, formaturas, encontros, Hallel, bailes cristãos, shows, entre outros eventos, instrumentos de Sua evangelização.

O carisma do Canal da Graça foi, ao longo do tempo, confirmado por Deus: “reconciliar-se com o Senhor através de sua imensa Misericórdia e descobrir a verdadeira Alegria Divina mediante a experiência profunda com o Santíssimo Sacramento na Adoração (adorar ao Senhor na alegria de Sua misericórdia)”.

Composto pela tríade (os três "pilares" principais: alegria, adoração e misericórdia), o carisma é a força que une e fortalece todos os membros na caminhada, afastando as forças deste mundo que concorrem para a perdição e morte dos filhos de Deus, bem como o aniquilamento da fé e um esfriamento da confiança em Deus como Pai: “Reinou uma Alegria imensa entre o povo e o opróbrio das nações foi afastado”. (I Mac 4, 58)

Em 2003, um dos sonhos de Deus começou a ser realizado: o início das gravações de um CD, que aos poucos foi tomando forma, constituindo-se pelas diversas e ricas canções de irmãos que acreditaram no Canal da Graça... E, por fim, a confirmação, “Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33c).

O CD “Coragem!”, gravado sem muitos recursos financeiros e tecnológicos, e lançado de forma independente no 2º semestre de 2004, contou com participações especiais da Banda Vida Reluz e das cantoras Jean e Shirley Castro. O CD foi o princípio da grande Obra que o Senhor prometeu enriquecer com Suas bênçãos.

Para a divulgação e propagação desta palavra de Deus musicada, o ministério participou de diversos programas no rádio, na Internet e na TV, o que abriu portas para apresentações em grandes eventos do Brasil, como show no palco central do Hallel de Franca-SP (setembro de 2006), um dos maiores eventos de música católica da América Latina.

No início de 2004, Rafael de Angeli, atual coordenador e também vocalista do ministério, foi convidado pela Renovação Carismática Católica de sua cidade para assumir também a coordenação regional do Ministério de Música e Artes (antiga secretaria DAVI) que se dedica à formação, oferecendo subsídios para a santificação dos ministros de música da região. Visa a formação espiritual, humana e musical daqueles que são chamados a essa forma de arte. Com ela "recarregamos as energias espirituais" de cada integrante e fortalecemos os ministérios como um todo.

Nos anos de 2006 e 2007, o Canal da Graça passou a acompanhar, com seu instrumental e back vocals, os cantores Celina Borges, em seus shows no Estado de SP e sul de MG, e Padre Fábio de Melo, grande ícone atual da música católica no Brasil, em seus shows no Interior do Estado de SP. Grandes presentes de Deus e um forte crescimento técnico e espiritual para o ministério.

No início de 2007, a convite de Padre Afonso Savassa, o Canal da Graça passou a animar a missa dos jovens, aos domingos, às 17h30, na Igreja de Santa Cruz, cartão-postal da cidade de Araraquara, onde permanecem atualmente.

"Deus jamais inspiraria tantos desejos em meu coração se não fosse realizar". (Santa Terezinha do Menino Jesus)

Em 2009, muito mais amadurecido em técnica e em unção, devido à espiritualidade vivenciada e adquirida pelo ministério ao longo de 13 anos, o Canal da Graça lança seu segundo CD, “Tocando o Céu”, agora pela CODIMUC, gravadora de maior expressão na música católica do Brasil, trazendo canções próprias que remetem ao poder celeste que há em nossas vidas quando estamos em sintonia com o Criador.

O CD conta com arranjos de Adelso Freire (Banda Giom) e Marcelo Duarte, vocalista da Banda Anjos de Resgate e traz participações mais que especiais de cantores já consagrados na música religiosa e que partilham suas vidas com a missão do ministério: Celina Borges e Flavinho, da Comunidade Canção Nova.

Bento XVI é atacado porque luta contra o relativismo


O livro "A Verdade Sobre o Papa. Por que o atacam e por que ele tem de ser ouvido", escrito pelo jornalista do Vaticano, Aldo Maria Valli, do principal noticiário da emissora italiana RAI, foi apresentado esta semana no Instituto Don Nicola Mazza, em Roma.

O evento foi moderado pelo jornalista Lorenzo Fazzini e ilustrado pelo autor e pelo presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi.

"Por que o Papa atual é o homem público mais atacado de todos? Por que suas palavras são objeto de tanta manipulação? - perguntou-se Valli. Porque, no centro do seu magistério - respondeu -, há uma batalha contra o relativismo, uma batalha feita com tom tranquilo e gentil, mas que se centra no problema do homem atual. É uma convergência de interesses e pessoas que não querem que o homem levante a questão da verdade para que, assim, possa ser facilmente manipulado."

Este foi o tema central do livro, ilustrado com diversos exemplos da experiência, em primeira pessoa, do jornalista.

Este Papa "conquistou-me com sua racionalidade e simplicidade", indicou, ao apresentar "a questão mais profunda de temas cruciais como a liberdade e a verdade, e porque nos convidou a interrogar-nos sobre essas grandes questões".

Valli disse que "os ataques ao Papa se devem ao fato de que ele levanta diversas perguntas, nas quais o problema da verdade é absolutamente central, porque é uma autêntica batalha contra o relativismo".

Isso acontece, acrescentou, "porque o que permeia nossa cultura e mentalidade atuais é que a verdade não existe e que, ao limite, é possível aproximar-se em maior ou menor grau, dependendo das experiências vividas."

"Com grande simplicidade - prosseguiu -, o nosso Papa indica que a verdade existe e que, se ela não for buscada, não é possível ser plenamente humano. Ensina que o homem tem esse anseio e que, se este lhe for negado, uma parte do seu ser será amputada". E assim, "se não se identifica este problema de fundo, não é possível compreender seu pontificado", disse ele.

Economia

O moderador disse que, quando a Caritas in Veritate foi apresentada a portas fechadas, pelo professor Stefano Zamagni, a um grupo de banqueiros da City, alguém disse: "Nós aceitamos tudo, exceto que o Papa se intrometa em nossos negócios" e que, após esta encíclica, os ataques aumentaram.

O presidente do IOR, respondendo à pergunta, lembrou que, "na introdução e no capítulo VI, a Caritas in Veritate diz que o niilismo não é bom para o homem, pois o leva a perder o sentido da vida e que, então, já não consegue mais distinguir entre meios e fins. E, portanto, os instrumentos econômicos perdem autonomia moral e não servem para mais nada".

E afirmou: "Na encíclica, não se culpa os banqueiros da City", porque "o Papa explicou que a crise atual é de caráter moral".

Valli recordou, assim, a importância de recristianizar a Europa, "que está paganizada, mas que ainda é forte na cultura e nas ideias, depois de três mil anos de civilização".

300 mil jovens conhecerão Igreja espanhola por dentro

Os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madri 2011 continuam em bom ritmo. Já se sabe que pelo menos 300 mil jovens, de todo o mundo, estarão em Espanha nos dias anteriores à chegada de Bento XVI, convivendo com outros jovens e suas famílias, e conhecendo por dentro a Igreja do país que sedia o evento, em várias dioceses.

De 11 a 15 de agosto de 2011, 63 dioceses espanholas oferecerão aos jovens do exterior, participantes do encontro, a oportunidade de passar um tempo de convivência com outros jovens, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude.

Estima-se que participarão do programa "Dias na Diocese" (DED - www.dedmadrid11.com) cerca de 300 mil jovens espalhados por toda a geografia espanhola. Já se inscreveram mais de 150 mil participantes, de 137 países. Doze das 63 dioceses previstas já ofereceram todos os lugares cobertos.

O programa para esses dias varia de lugar para lugar: atividades culturais, visitas históricas, momentos de festa, tempos de oração e celebração nos locais sagrados que compõem a identidade religiosa local, e muito mais.

Os jovens provenientes de países com maiores dificuldades econômicas participarão gratuitamente deste programa. Este é o caso de Ciudad Real, diocese à qual chegarão 260 haitianos que fazem parte dos 2 mil estudantes estrangeiros que participarão do programa em La Mancha.

Além desta iniciativa, os organizadores da JMJ anunciaram um novo concurso online para a JMJ. "En vídeo Madrid" pretende recolher propostas de jovens do mundo inteiro, que são convidados a enviar vídeos curtos para animar os tempos de espera dos principais eventos da JMJ. Os vídeos enviados para o concurso serão submetidos à votação popular em www.envideomadrid.org.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Universidade Harvard dá razão ao Papa na luta contra AIDS


Um estudo realizado pela Universidade Harvard deu razão à posição de Bento XVI sobre a AIDS, afirmando que um comportamento sexual responsável e a fidelidade ao próprio cônjuge foram fatores que determinaram uma drástica diminuição da epidemia no Zimbábue.

Quem explica, em sua última pesquisa, é Daniel Halperin, do Departamento de Saúde Global da População da universidade norte-americana, que, desde 1998, estuda as dinâmicas sociais que causam a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis nos países em vias de desenvolvimento.

Halperin usou dados estatísticos e análises sobre o estudo de campo, tais como entrevistas e focus group, o que lhe permitiu coletar depoimentos de pessoas que pertencem a grupos sociais mais desfavorecidos.

A tendência de dez anos é evidente: de 1997 a 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% a 16%. Após sua pesquisa, Halperin não hesita em afirmar: a repentina e clara diminuição da incidência de AIDS se deve "à redução de comportamentos de risco, como sexo fora do casamento, com prostitutas e esporádico".

O estudo, publicado em PloSMedicine.org, foi financiado pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional, da qual Halperin foi conselheiro, e pelo Fundo das Nações Unidas para a População e Desenvolvimento.

"Com este estudo, Halperin promove uma reflexão séria e honesta sobre as políticas até agora adotadas pelas principais agências de combate à AIDS nos países em desenvolvimento", afirma o jornal L'Osservatore Romano, ao dar a notícia, em sua edição de 26 de fevereiro.

Segundo o estudo, fica claro que a drástica mudança no comportamento sexual da população do Zimbábue "recebeu o apoio de programas de prevenção na mídia e de projetos educativos patrocinados pelas igrejas".

Poucos anos atrás, Halperin se perguntava como é possível que as políticas de prevenção "mais significativas tenham sido feitas até agora baseando-se em evidências extremamente fracas", ou seja, na ineficácia dos preservativos.

Em suma, segundo o estudo de Halperin, é necessário "ensinar a evitar a promiscuidade e promover a fidelidade", apoiando iniciativas que visem a construir na sociedade afetada pela AIDS uma nova cultura.

Como disse Bento XVI, é necessário promover uma "humanização da sexualidade".

Mulheres que frequentam Igreja são mais felizes

Um estudo recente mostra que as mulheres que frequentam regularmente a Igreja são mais imunes aos altos e baixos da vida, e geralmente são mais felizes.

Alexander Ross, do Instituto de Ciências Psicológicas, é o autor da pesquisa, que teve como objetivo investigar o grau de felicidade das mulheres americanas nos últimos 36 anos.

Ross descobriu que ir regularmente à igreja é um fator significativo na felicidade das mulheres. Verificou-se, de fato, que uma inflexão desta frequência no período 1972-2008 teve um impacto direto sobre a felicidade das mulheres que participaram do estudo.

"A queda da frequência ao longo do tempo, um comportamento associado a uma menor felicidade geral, explica, em parte, o declínio da felicidade das mulheres", sublinhou Ross.

Mudanças sociais

Da mesma forma, as mulheres que afirmam frequentar regularmente a igreja parecem mais imunes aos elementos que causaram o declínio geral da felicidade.

"Dado que as mudanças que a nossa sociedade tem sofrido nas últimas décadas têm tido um impacto negativo sobre a felicidade das mulheres - disse Ross -, a análise permite concluir que as mulheres que frequentam a Igreja são menos sensíveis a este impacto."

O estudo, publicado no último volume da Interdisciplinary Journal of Research on Religion, também mostra uma diminuição na prática religiosa dos homens, no mesmo período, mas que não corresponde a um declínio significativo na felicidade masculina.
Ross explicou que isso poderia ser devido ao fato de que as mulheres mudaram seus hábitos sobre a prática religiosa ao longo dos anos, muito mais drasticamente do que os homens. Essa diminuição na frequência da participação nas igrejas nas mulheres também é mais consistente do que a os homens.

O especialista também destacou que, "embora as expectativas sobre os papéis entre homens e mulheres tenham mudado nas últimas décadas, pode-se dizer que mudaram mais radicalmente para as mulheres".

"No contexto de uma maior sensação de desintegração social, talvez as mulheres tenham se beneficiado mais do que os homens da influência estabilizadora de uma visita regular à igreja."

"Santo Agostinho não ficaria surpreso com o que descobrimos, porque ele ensinou que o maior bem para a humanidade é Deus", concluiu Ross.

Padre português, melhor futebolista

O padre português Marco Gil foi considerado o melhor jogador da Champions Clerum – torneio europeu de futsal para sacerdotes católicos – que terminou nesta quinta-feira, em Kielce (Polônia).

Em declarações à Agência Ecclesia, o padre e capitão da seleção portuguesa afirmou que trocava o troféu individual “pela final” do torneio.

Depois de ganharem os cinco primeiros jogos que realizaram no campeonato, os padres portugueses escorregaram ante a anfitriã Polônia (campeã do evento). Na disputa do terceiro lugar, foram derrotados ainda pela Bósnia-Herzegovina.

Naqueles jogos “as coisas não correram como esperávamos” e “cometemos erros atrás de erros”, disse o padre Marco Gil.

A Liga dos Campeões de Futsal para padres católicos teve lugar na cidade de Kielce, na Polónia (21 a 24 de Fìfevereiro) depois da edição anterior se ter realizado em Portugal. O próximo mundial realiza-se na Hungria.

A seleção portuguesa era constituída por 13 padres de cinco dioceses nortenhas (Braga, Lamego, Porto, Viana do Castelo e Vila Real).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


Essa Musica me chamou muito a atenção, pois a letra dela é linda vejam ela ai

Deus confiou a mim tuas lágrimas
Me deu a missão de estar contigo aonde for
Te socorrer quando andares mal
Ser teu conforto quando sentires dor
Sou mais que um amigo, sou teu anjo guardião
Aquele que te leva ao céu, te carrego pela mão

E sempre serei os teus olhos quando a dor te cegar
Te levo em meu colo se o teu passo falhar
Serei um elo entre o céu e você
Pra sempre serei tua luz se a escuridão te assustar
O abraço e o ombro pro teu pranto rolar
Serei um elo entre o céu e você
Sou teu anjo guardião

Deus confiou a mim teus segredos
Tudo do teu coração pra que eu possa te ajudar
Ser teu abrigo quando a chuva vir
Ser teu apoio pra não te deixar cair
Sou mais que um amigo, sou teu anjo guardião
Aquele que te leva ao céu, te carrego pela mão

Vou te abraçar com minhas asas
Levarei teu coração ao coração de Deus

Bento XVI: Líbano, mensagem de liberdade e convivência


Bento XVI recebeu nesta quinta-feira em audiência o presidente do Líbano, Michel Sleiman.

Uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé afirma que no encontro se sublinhou que o Líbano, em virtude da presença de diferentes comunidades cristãs e muçulmanas, “representa uma mensagem de liberdade e de convivência respeitosa não só para a região, mas para o mundo”.

No Líbano, de fato, uma pluralidade de religiões e de ritos convive em harmonia, desde que, sobretudo com a Constituição de 23 de maio de 1926 e o Pacto Nacional de 1943, instaurou-se um regime de democracia de consenso.

De fato, o Pacto Nacional sancionou uma subdivisão dos cargos públicos com base na pertença religiosa: o presidente da República deve ser cristão maronita, permanece no cargo por seis anos, e compartilha o poder executivo com o Conselho de Ministros, presidido por um muçulmano de confissão sunita.

Em particular, o artigo 9 da Constituição declara que “a liberdade de consciência é absoluta” e que “o Estado, rendendo homenagem ao Altíssimo, garante na mesma medida às populações, seja qual for o rito a que pertençam, o respeito de seu estatuto pessoal e de seus interesses religiosos”.

“Neste contexto – afirma a nota vaticana de hoje – a promoção da colaboração e do diálogo entre as confissões religiosas revela-se cada vez mais necessária.”

“Evidenciou-se – prossegue a nota – a importância do compromisso das autoridades civis e religiosas de educar as consciências para a paz e a reconciliação, e se desejou que a formação do novo governo favoreça a desejada estabilidade da nação, chamada a enfrentar importantes desafios internos e internacionais”.

Durante as conversas, tratou-se “sobre a situação do Oriente Médio, com particular referência aos recentes acontecimentos em alguns países árabes, e se expressou a convicção comum de que é urgente resolver os conflitos ainda abertos na região”.

“Por fim – destaca a nota –, dedicou-se particular atenção à situação dos cristãos em toda região e sua contribuição para o bem da sociedade.”

Brasil: padre é assassinado em Montes Claros

Foi assassinado no sábado, dia 19, o padre Romeu Drago, de 56 anos, administrador da quase-paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na arquidiocese de Montes Claros (Minas Gerais, sudeste do Brasil).

Segundo informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o corpo do religioso, que estava desaparecido desde sábado, foi encontrado carbonizado no domingo, às margens da rodovia estadual MG-122, a 25 quilômetros da cidade.

A polícia acredita que o sacerdote teria sido assassinado dentro de casa e depois levado até a rodovia pelos bandidos. Indícios apontam que o padre foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), já que seu automóvel foi levado, além de outros pertences.

Em nota, o arcebispo de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, lamentou a morte do sacerdote e a falta de segurança nas cidades. “Lastimamos o fato e a situação de insegurança em que vivemos”, afirmou.

Os restos mortais do padre Romeu serão levados para sua terra natal, Marilândia, no Estado do Espírito Santo.

Sustentar a família natural para derrotar a pobreza

“Para vencer a pobreza, as organizações internacionais, os governos e as ONGs podem e devem dar mais apoio à família. As famílias naturais são um componente social decisivo para erradicar a pobreza.”

É o que afirma Marijo Zivkovic, representante da Fundação pró-direitos da família, em um documento apresentado durante a sessão número 48 da Comissão da ONU para o Desenvolvimento Social (Nova York, 9 a 18 de fevereiro).

Marijo Zivkovic é médico, casado, tem seis filhos e 18 netos. Junto a sua mulher, foi membro do Pontifício Conselho para a Família e dirige o Family Center de Zagreb.

Entrevistado por ZENIT, explicou que “geralmente quando se fala da eliminação da pobreza, fala-se de transferência de dinheiro dos que têm para os que não têm. Mas é necessário ter em conta o fato de que a principal garantia para que os projetos de desenvolvimento se tornem realidade é o apoio às famílias naturais, que representam a essência do capital social”.

“Em uma palavra – sublinhou –, melhorar a qualidade da vida familiar é um modo de reduzir e eliminar a pobreza”, porque dentro da família “cumprem-se tantas ações de amor gratuito, cria-se um clima virtuoso de boas relações que geram confiança e esperança.”

“Do contrário – afirmou o doutor Zivkovic –, quando a família é monoparental, dividida, separada, é mais fácil que se desenvolvam fenômenos de negligência, frequentemente irracionais, promiscuidade, alcoolismo, vício de drogas e jogos, AIDS/SIDA. Criam-se desta maneira condições de sofrimento e desgosto que favorecem a pobreza.”

Onde se afirma a presença estável e duradoura de famílias naturais, a degradação moral é rejeitada e a qualidade de vida melhora. Por isso, a OMS sustenta que a melhor prevenção à AIDS/SIDA ou outras enfermidades de transmissão sexual é “a relação fiel de duas pessoas sadias”.

As famílias em que domina o respeito a si e o respeito aos demais, o afeto, a atenção e as relações de amor com todos os membros da família, fazem que fenômenos como o alcoolismo ou o vício de drogas sejam muito raros ou inexistentes.

Segundo o médico, o apoio às famílias é decisivo também para garantir sadios e generosos nascimentos.

“É evidente hoje para todos que a queda demográfica causa enormes danos econômicos sobretudo no campo do sistema de pensões”, disse.

Se o número de jovens for inferior ao de anciãos, será impossível garantir, no futuro, os fundos e pensões, comentou o médico.

“Do contrário, o crescimento demográfico, com mais crianças, mais jovens, mais casais, é uma garantis para sustentar o sistema de pensões. Nos países subdesenvolvidos, as famílias numerosas contribuem para ter uma vida melhor e ajudam a reduzir a pobreza dos anciãos.”

“Neste contexto – concluiu Marijo – a Igreja católica, as outras Igrejas cristãs, o Islã e outras comunidades religiosas estão fazendo muito para promover a qualidade da vida familiar e assim contribuir para a eliminação da pobreza.”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dor do Papa pelas vítimas do terremoto na Nova Zelândia


Bento XVI, por meio de um telegrama enviado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, a Dom Barry Philip Jones, bispo de Christchurch, demonstrou sua proximidade aos atingidos pelo terremoto que afetou a Nova Zelândia na segunda-feira. O sismo deixou 75 mortos até o momento.

O Papa – afirma a mensagem –, “entristeceu-se ao tomar conhecimento da repentina devastação e perda de vidas na cidade de Christchurch por causa do recente terremoto”.

O pontífice expressou “sua proximidade espiritual a todos que foram atingidos e envia suas condolências aos que choram pela perda de seus entes queridos”.

O Papa assegura aos habitantes de Christchurch suas “orações por todos que estão trabalhando urgentemente para resgatar e auxiliar as vítimas e os feridos”.

O terremoto, o pior no país nos últimos 80 anos, alcançou 6,3 graus na escala Richter. A cidade foi devastada. As duas catedrais, a católica e a anglicana, foram parcialmente destruídas.

Segundo a Agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos, ainda restam cerca de 300 pessoas debaixo dos escombros, sendo a maioria turistas.

Papa abençoa tocha de São Bento


Na audiência geral desta quarta-feira com os peregrinos, Bento XVI abençoou a “chama beneditina” ou tocha de São Bento, a qual começa sua peregrinação anual por terras europeias.

Este ano, a peregrinação acontece na Grã-Bretanha e conclui dia 21 de março – festa de São Bento, padroeiro da Europa – nos lugares de nascimento e morte do santo: Núrsia e Monte Cassino (Itália).

A tocha chegará estes dias a Londres, onde será acesa na Abadia de Westminster, no dia 2 de março, durante uma celebração ecumênica.

Ao concluir a catequese de hoje na Sala Paulo VI, o Papa quis saudar a delegação de Núrsia e Monte Cassino – liderada por Dom Renato Boccardo, arcebispo de Spoleto-Norcia, e o abade de Monte Cassino, Pietro Vittorelli – que acompanhará a tocha em sua missão de paz e irmandade à capital da Inglaterra.

“Queridos amigos – disse o Papa –, ao agradecer-vos pela visita de hoje, desejo que a tradicional iniciativa contribua para reavivar a luz da fé, especialmente na Europa, e seja portadora de concórdia e reconciliação”.

A iniciativa da tocha nasceu em 1964, quando o Papa Paulo VI proclamou São Bento de Núrsia como padroeiro da Europa.

Não há reforma da Igreja sem conversão

Apesar de ser o sobrinho de um papa e tendo vivido a maior parte de sua vida nos "ambientes mundanos" do governo e da diplomacia, o Papa não hesitou em propor hoje a figura de São Roberto Belarmino, como modelo de bispo "simples e cheio de zelo apostólico".

Deste santo, que escreveu várias obras de espiritualidade e doutrina, além de ter contribuído grandemente para a Igreja dos séculos XVI e XVII, o Papa quis destacar seu perfil como um homem de oração e contemplação.

"Belarmino ensina com muita clareza e com o exemplo de sua própria vida que não pode haver uma verdadeira reforma da Igreja, se antes não acontece nossa reforma pessoal e a conversão do nosso coração", sublinhou o Papa.

Roberto Belarmino (1542-1621) foi uma figura fundamental para a Igreja da Contrarreforma, ao sistematizar a concepção da Igreja, em resposta à crise provocada pela Reforma luterana.

Nascido em Montepulciano (Itália), entrou muito jovem na Companhia de Jesus. Primeiramente, foi professor de teologia em Lovaina e Roma, época em que elaborou uma de suas obras mais famosas, Controvérsia.

"O Concílio de Trento tinha terminado pouco tempo antes e, para a Igreja Católica, era necessário reforçar e confirmar sua identidade também no que diz respeito à Reforma Protestante. A ação de Belarmino se insere neste contexto", explicou o Pontífice.

Sua obra constitui, afirmou, "um ponto de referência, ainda válido para a eclesiologia católica, sobre as questões acerca da Revelação, da natureza da Igreja, dos sacramentos e da antropologia teológica".

"Nelas, acentua-se o aspecto institucional da Igreja, devido aos erros que estavam circulando sobre tais questões."

Nesta obra monumental, que tenta sistematizar as várias controvérsias teológicas da época, o santo "evita todo tom polêmico e agressivo com relação às ideias da Reforma, usando os argumentos da razão e da Tradição da Igreja para ilustrar de maneira clara e eficaz a doutrina católica", destacou o Papa.

Apesar de ser brilhante como teólogo, prosseguiu o Papa, seu legado "consiste na maneira como ele concebeu seu trabalho. Os trabalhos tediosos de governo não o impediram, de fato, de caminhar rumo à santidade, na fidelidade às exigências do seu próprio estado de religioso, sacerdote e bispo".

"Sendo - como sacerdote e bispo -, em primeiro lugar, um pastor de almas, ele sentiu o dever de pregar assiduamente", explicou.

"Sua pregação e suas catequeses têm esse mesmo caráter de simplicidade que ele recebeu da educação jesuíta, toda dirigida a concentrar as forças da alma em Jesus, profundamente conhecido, amado e imitado."

São Belarmino oferece "um modelo de oração, a alma de toda atividade: uma oração que escuta a Palavra do Senhor, que é preenchida com a contemplação da grandeza, que não se fecha em si mesma, que se alegra em abandonar-se nas mãos de Deus".

O santo, "que viveu na pomposa e muitas vezes insalubre sociedade dos últimos anos do século XVI e início do século XVII, esta contemplação inclui aplicações práticas e projeta a situação da Igreja do seu tempo com a corajosa inspiração pastoral".

Suas obras, concluiu o Papa, "nos lembram que o objetivo da vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, em quem Ele continua nos chamando e prometendo-nos a comunhão com Ele".

"Elas nos recordam a importância de confiar no Senhor, de viver uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar, com a fé e a oração, toda circunstância e toda ação da nossa vida, sempre ansiando a união com Ele."

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Para que haja bons sacerdotes é preciso formar bons seminaristas


Como obter resultados positivos na formação espiritual dos seminaristas? Como fazer para que os candidatos ao sacerdócio tenham maior clareza vocacional? O subjetivismo e a secularização representam um desafio para as novas gerações de sacerdotes?

Estas e outras questões foram discutidas durante a semana de estudo La formazione spirituale personale nei seminari (A formação espiritual pessoal nos seminários), realizada de 7 a 11 de fevereiro, no centro de formação sacerdotal da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.

O evento contou com a presença do cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé.

Reitores de seminários, diretores espirituais e outros formadores, provenientes de diversas dioceses, contextos culturais e eclesiais puderam compartilhar ideias sobre como formar melhor aqueles que serão os sacerdotes das próximas gerações.

Algumas intervenções

Dom Francesco Cavina, da secretaria de Estado do Vaticano, em sua palestra sobre as primícias eclesiais nos candidatos para o sacerdócio, referiu-se aos novos desafios que os seminários de hoje enfrentam: enquanto, antigamente, muitos sacerdotes cresciam em famílias grandes, num ambiente católico, e descobriam sua vocação muito cedo, agora pertencem a famílias pequenas, muitas vezes de pais divorciados, nas quais não necessariamente receberam uma educação católica, e que fizeram sua opção em uma idade já madura.

O prelado apresentou algumas estatísticas que mostram como, hoje, muitos dos novos seminaristas provêm de grupos de jovens paroquiais e diocesanos, movimentos eclesiais, ou jornadas mundiais da juventude.

Por sua parte, Enrique da Lama, da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, abordou o tema do acompanhamento espiritual, da necessidade da amizade, da consciência como esse sacrário interior da mente e do espírito.

Ele também se referiu ao tema da solidão em que o homem de hoje vive e alertou sobre o perigo de confundir a direção espiritual com uma consulta psicológica. Esclareceu que é essencial ver o homem em sua unidade biopsicoespiritual.

Da Lama disse que a direção espiritual deve centrar-se "no valor da amizade, no respeito à soberania da própria consciência e na ação do Espírito Santo", ao invés de limitar-se apenas a um simples acompanhamento ou aconselhamento esporádico.

Para Paul O' Callaghan, professor de teologia dogmática na Universidade da Santa Cruz, a vida espiritual do sacerdote é forjada especialmente no seminário.

Meios para a formação

Os oradores salientaram a necessidade de recorrer a documentos como a Pastores dabo vobis, do Papa João Paulo II, e a Carta aos seminaristas, de Bento XVI.

Os participantes tiveram a oportunidade de discutir a questão da relação com os superiores ou formadores, a quem decidiram chamar de "educadores", esclarecendo que quem forma é o Espírito Santo.

Disseram que o principal inimigo da vocação ao sacerdócio, mais que os pontos de discordância com as autoridades, é a vida dupla ou a hipocrisia.

Direção espiritual e fragilidade humana

O curso também abordou o tema da fragilidade emocional e psicológica, com duas intervenções: de Dom José María Yanguas, bispo de Cuenca (Espanha), e do psiquiatra Franco Poterzio.

Ambos se referiram à questão do desafio da imaturidade dos adolescentes e jovens (narcisistas, fracos, tristes e instáveis), que se prolonga em adultos inconstantes e dependentes. Estes são tópicos que devem ser abordados com frequência nos seminários.

A maneira de quebrar este círculo é procurar nos candidatos ao sacerdócio "a harmonia interna e externa do homem que integrou razão, vontade, sentimentos e instintos", sem descuidar da correção, quando necessário.

O último dia do curso foi dedicado ao tema da formação da plena maturidade espiritual; os assistentes e expositores puderam concluir que alguns meios para responder a este desafio são a oração e a caridade pastoral, que ajudam a construir personalidades "estruturadas em torno do sentido oblativo da vida, praticando constantemente as virtudes, através de critérios claros e com um coração felizmente centrado em Cristo".

Quaresma: tempo para redescobrir valor do Batismo

A Quaresma é uma oportunidade única para redescobrir o sentido e o valor do Batismo, segundo recordou o Papa Bento XVI em sua Mensagem para a Quaresma de 2011, divulgada hoje pela Santa Sé.

No texto, com o tema "Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes" (Col 2,12), o Pontífice nos convida a viver a Quaresma como um "caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor".

"Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo", observou, destacando que o fato de que, na maior parte dos casos, este sacramento seja recebido por crianças "põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças".

"A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, é comunicada gratuitamente ao homem."

O Pontífice explicou que um nexo particular vincula o Batismo à Quaresma, "como momento favorável para experimentar a Graça que salva".

Neste sacramento, de fato, "realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos".

"Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã."

Caminho de virtude
"O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a ‘terra', que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo."

Através da práctica tradicional do jejum, da esmola e da oração, "expressões do empenho de conversão", a Quaresma nos ensina "a viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo".

O jejum tem, para o cristão, "um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas - e não só do supérfluo - aprendemos a desviar o olhar do nosso ‘eu', para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos".

"Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo."

Da mesma maneira, aprende-se a resistir "perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida".

"A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha."

"Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro?"

A práctica da esmola, portanto, "é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia".

Escuta da Palavra
"Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor - a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico - o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?", pede o Papa em sua mensagem.

"Por isso - recordou -, a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele."

Meditando e interiorizando a Palavra de Deus, para vivê-la cotidianamente, "aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo".

A oração permite também "adquirir uma nova concepção do tempo".

De fato, "sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro", enquanto, na oração, "encontramos tempo para Deus, para conhecer que ‘as suas palavras não passarão' (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele ‘que ninguém nos poderá tirar' (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna".

Em resumo, constata Bento XVI, o itinerário quaresmal consiste em "fazer-se conformes com a morte de Cristo, para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo".

"O período quaresmal - conclui - é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo."

Irlanda: gesto público de petição de perdão a vítimas de abusos sexuais

A Igreja está em dívida com as vítimas de abusos sexuais do clero que se recusaram a permanecer em silêncio, mesmo quando confrontadas com a incredulidade, disse o arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, no último domingo, quando celebrou uma liturgia de Lamento e Arrependimento na concatedral de Santa Maria, no contexto de sua visita apostólica à arquidiocese de Dublin.

Durante a celebração, que foi preparada principalmente pelas vítimas, o cardeal Sean O'Malley, arcebispo de Boston, e Dom Martin lavaram os pés de um grupo de pessoas que tinham sofrido abusos de diferentes maneiras.

O cardeal O'Malley é um dos delegados apostólicos nomeados pelo Papa.

Em sua homilia, Dom Martin refletiu: "Uma vez alguém me lembrou a diferença entre pedir desculpas ou dizer ‘sinto muito', por um lado, e pedir perdão, por outro. Eu posso esbarrar em alguém na rua e dizer ‘sinto muito'. Podem ser palavras significativas ou uma fórmula vazia. Quando eu digo ‘sinto muito', isso depende de mim".

"Quando eu peço perdão, no entanto, isso já não depende mais de mim. Estou nas mãos de outros. Só vocês podem me perdoar, só Deus pode me perdoar", disse o prelado.

"Eu, como arcebispo de Dublin e como Diarmuid Martin, permaneço aqui, em silêncio, e peço perdão a Deus; e também rezo por estes primeiros passos de perdão de todos os sobreviventes dos abusos", disse ele.

Coragem

O arcebispo falou de outro silêncio: um silêncio que é "falta de coragem e de verdade".

"Hoje, há homens e mulheres nesta catedral a quem desejo expressar a nossa imensa gratidão pelo fato de que não permaneceram em silêncio - disse ele. Apesar do dano que isso supôs para eles, tiveram a coragem de falar publicamente, de falar, falar e falar, uma e outra vez, com coragem, com determinação, mesmo diante dos incrédulos e daqueles que os rejeitavam."

O prelado disse que a Igreja de Dublin, a Igreja do mundo inteiro, está em dívida com estes sobreviventes.

"Alguns de vocês, na sua dor e indignação, acabaram rejeitando a Igreja que uma vez amaram, mas, paradoxalmente, seu abandono pode ter ajudado a purificar a Igreja, através do desafio de enfrentar a verdade, para sair da negação e reconhecer a maldade que já se fez e o dano que já se causou", refletiu Dom Martin.

"Eu os convido a continuar falando - acrescentou. Ainda há um longo caminho nesta jornada de honestidade, para que possamos realmente merecer o perdão."

A cruz

O prelado, de 65 anos, também refletiu sobre o silêncio de Jesus na cruz, marcado por suas palavras finais, incluindo sua declaração de perdão a um dos ladrões crucificados com ele.

"Este perdão não é um perdão barato - disse o arcebispo. Um dos ladrões zombou de Jesus, não reconheceu este ato de injustiça que estava ocorrendo. O outro reconheceu sua própria culpa e este reconhecimento lhe abriu as portas para o perdão."

"Nenhum daqueles que compartilharam a responsabilidade pelo que aconteceu na Igreja de Jesus Cristo nesta arquidiocese pode pedir perdão aos que foram abusados sem reconhecer a injustiça cometida e o próprio fracasso pelo que aconteceu."

"Nós nos reunimos sob o sinal da cruz, pela qual somos julgados, mas que, em última instância, nos liberta", acrescentou.

O arcebispo Martin descreveu esta liturgia como "apenas um primeiro passo".

"A arquidiocese de Dublin nunca mais será a mesma - disse ele. Sempre haverá esta ferida dentro dela. A arquidiocese de Dublin não poderá descansar até o dia em que a última vítima encontrar a paz."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Segundo livro do Papa sobre Jesus será publicado em março


A Santa Sé apresentará o segundo livro de Bento XVI sobre Jesus de Nazaré no próximo dia 10 de março, conforme anúncio da Assessoria de Imprensa do Vaticano feito nesta sexta-feira.

O volume, que se concentra no período da vida de Cristo compreendido "da entrada em Jerusalém até a ressurreição", é editado pela Livraria Editora Vaticana, que cede os direitos de autor a editores de cada país.

O primeiro volume já foi publicado na Espanha pela Esfera de los Libros, nos Estados Unidos pela Ignatius Press e na Itália pela Rizzoli, e apresenta em dez capítulos a primeira parte da vida de Cristo, explicando que o Jesus dos Evangelhos e o Jesus histórico são a mesma Pessoa.

O segundo volume será apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, e pelo professor Claudio Magris, escritor italiano e germanista.

Bento XVI explica no primeiro volume que esses livros não fazem parte tecnicamente do seu magistério pontifício, sendo, antes, fruto das pesquisas que ele fez ao longo da vida. E esclarece: "Todos são livres para me contradizer".

O Papa, que planeja um terceiro volume sobre Jesus, dedica os seus poucos tempos livres, em particular o período de férias de verão, para redigir os textos em alemão e a caneta, sem auxílio de computador.

É o terceiro livro de Joseph Ratzinger desde que foi eleito Papa. Sua publicação mais recente era, até agora, Luz do mundo, uma série de entrevistas concedidas ao jornalista alemão Peter Seewald, durante uma semana de encontros no verão passado, em Castel Gandolfo.

João Paulo II mostrou como viver as doenças santamente


"Uma das principais razões pelas quais estamos convencidos da santidade de João Paulo II" é "a forma como ele viveu a sua longa doença".

Isso foi afirmado ontem pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, no último editorial de Octava Dies, informativo semanal do Centro Televisivo Vaticano.

O porta-voz vaticano lembrou que "foi João Paulo II quem quis que a Igreja comemorasse anualmente um Dia Mundial do Doente, em fevereiro, no dia dedicado a Nossa Senhora de Lourdes", referindo-se às celebrações do último dia 11 em todo o mundo católico.

A doença, segundo ele, "é parte essencial da experiência humana; e também está, necessariamente, no coração de toda experiência da fé".

"Ela afeta toda pessoa, quer diretamente, no seu corpo e mente, quer em pessoas próximas e queridas, ou no ambiente circundante, e envolve as profundezas da alma, desafiando amor, a esperança, a própria fé."

Por isso, acrescentou, "Jesus Cristo, com a sua atenção aos que sofriam, com a sua Paixão e Morte, é a palavra de consolo mais confiável para os doentes, e assim deve tentar ser toda a Igreja, num espírito de solidariedade e de amor em cada dimensão da comunidade humana".

A este respeito, e diante da próxima beatificação de João Paulo II, o Pe. Lombardi se referiu a ele como a uma "grande testemunha da doença vivida na fé".

"A maneira como ele a viveu - para si e para nós - é uma das principais razões pelas quais estamos convencidos de sua santidade - sublinhou. Como Jesus, que carrega a cruz, ele também é um grande amigo e defensor de todos os doentes."

Mas a tarefa dos cristãos não está só no "conforto", e sim também no "compromisso", acrescentou.

Citando palavras da encíclica Spe Salvi, do Papa Bento XVI, Lombardi lembrou que "a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre", pois "uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido, mesmo interiormente, é uma sociedade cruel e desumana".

"O sofrimento é um convite e pode gerar amor. Muito amor. Sem ele, não conheceríamos as profundezas do amor. Peçamos a graça de entendê-lo e vivê-lo para crescer em humanidade", concluiu.

Três fundadores serão canonizados em 23 de outubro

A espanhola Bonifacia Rodríguez de Castro e os italianos Luigi Guanella e Guido Maria Conforti serão canonizados no dia 23 de outubro.

Esta foi informação divulgada pela Santa Sé hoje, após a realização do Consistório Ordinário Público, presidido pelo Papa, no qual foi votada e definida a data da inscrição dos beatos na lista dos santos.

No Consistório, participaram 47 cardeais, incluindo o decano do Colégio, cardeal Angelo Sodano, e o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone.

Os três futuros santos são contemporâneos uns dos outros, entre a metade do século XIX e começo do século XX, e fundadores de várias ordens religiosas, dedicadas à evangelização e à ação social.

Guido Maria Conforti (1865-1931) foi arcebispo de Parma. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Exteriores (conhecida como Missionários Xaverianos).

Luigi Guanella (1842-1915), sacerdote, fundou duas congregações, ambas para ajudar os marginalizados durante a revolução industrial: os Servos da Caridade e o Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.

Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905) é a fundadora da Congregação das Servas de São José, para a promoção social e cristã das mulheres operárias.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A nossa irmã e atual Presidente do Abrigo São Vicente faz apelo por doações e voluntariado


A professora Marileide Souza, primeira mulher a presidir o Abrigo São Vicente de Paulo de Ilhéus, instituição que funciona na cidade há 94 anos, está fazendo um apelo a toda a sociedade do município e da região para que faça doações para manutenção da entidade, que está enfrentando sérias dificuldades financeiras. Há apenas um mês e uma semana no cargo, a professora disse que está realizando um amplo diagnóstico sobre a situação econômica do abrigo e que já tem procurado as autoridades do município para que colaborem com a casa de acolhimento aos idosos.

A atual presidente também está conclamando aos voluntários que sempre contribuíram na assistência aos idosos para que retornem a prestar seus serviços, além de incentivar ao voluntariado, de modo geral, que se cadastre para auxiliar nas demandas da instituição. “Às vezes, as pessoas querem ajudar e não sabem como, pensam que só ajuda com dinheiro, mas existem diversas formas de apoio, como a atenção, atividades de lazer, contação de histórias, teatro, dança, entre outros, tudo o que possa contribuir com a qualidade de vida dos nossos internos”, declarou.

Doações – O Abrigo São Vicente de Paulo está necessitando de doações de diversos tipos, desde a contribuição financeira mensal, de qualquer valor a partir de cinco reais, assim como alimentos perecíveis e não perecíveis, material de limpeza, fraldas geriátricas descartáveis (tamanhos médio e grande), lençóis, fronhas, toalhas de banho, cobertores, entre outros. Há também uma tradição na sociedade local de doações de imóveis para a instituição, de pessoas de modo geral, tanto as que têm ou não herdeiros, mas esse tipo de ajuda não é feito há muitos anos.
Marileide Souza afirmou que a receita atual não é suficiente para arcar com despesas da casa, o que inclui cinco refeições diárias, atendimento médico geriátrico, medicamentos, fisioterapia, psicologia, assistência social, enfermagem, lazer e recreação, higienização permanente, água, energia elétrica, telefone e a folha de pagamento de cerca de 40 funcionários. Considerado uma referência entre as instituições filantrópicas da Bahia voltadas ao atendimento aos idosos, o Abrigo de Ilhéus foi construído a partir da doação abnegada da sociedade ilheense.
Doações em dinheiro para o Abrigo São Vicente de Paulo de Ilhéus podem ser realizadas em nome da Sociedade São Vicente de Paulo de Ilhéus nas contas abaixo:
Banco do Nordeste – agência 0160-0 Conta Corrente nº 20486-0
Banco Bradesco – agência 0237-2 Conta Corrente nº 8349-6

Fonte: R2cpress/Movimentaçoes das comunidades catolicas de ilheus

Aumenta número de ordenações sacerdotais no mundo

O número de sacerdotes ordenados no mundo aumentou, enquanto o dos que renunciaram ao exercício do sacerdócio caiu acentuadamente.

Isto foi revelado pelo L'Osservatore Romano, antecipando algumas informações do Annuarium Statisticum Ecclesiae 2009, elaborado a cada ano pelo Escritório Central de Estatística da Igreja e publicado pela Libreria Editrice Vaticana. O anuário será apresentado nos próximos dias no Vaticano.

As estatísticas oficiais mais recentes referem-se a 2009. O número total de sacerdotes nesse ano era de 410.593, dos quais 275.542 eram membros do clero diocesano e 135.051, do clero religioso. Em 1999, os números eram de 405.009 sacerdotes, 265.012 dos quais eram diocesanos e 139.997, religiosos.

A incidência do clero diocesano e do clero religioso não se alterou significativamente: 65% versus 35%, respectivamente, em 1999; 67% e 33%, respectivamente, em 2009.

O número total de sacerdotes no mundo em 2009, em comparação com 1999 - também informou L'Osservatore Romano -, experimentou um crescimento de 1,4%, resultante do aumento de 4% do clero diocesano e uma diminuição de 3,5% do clero religioso.

O percentual diminuiu na América do Norte (cerca de 7% para o clero diocesano e 21% para o clero religioso), na Europa (9%) e na Oceania (4,6%). Em contraste, os sacerdotes africanos aumentaram (38,5%), bem como os da Ásia (30,5%) e os diocesanos da América Central e do Sul.

Em contrapartida, na África e na Ásia, o clero religioso tem diminuído. A distribuição por continentes do clero em 2009 ainda se caracteriza por uma forte predominância de sacerdotes europeus (46,5%), que são cerca de 56% a mais que os americanos. O clero da Ásia é estimado em 13,5%; da África, em 8,9%; e da Oceania, em 1,2%.

(Marine Soreau)

Papa nomeia três bispos para o Brasil


Segundo informou a Santa Sé nesta quarta-feira, Bento XVI nomeou três novos bispos para o Brasil.

O Papa aceitou a renúncia de Dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo da diocese de Caratinga (Minas Gerais), por razão de idade, e nomeou para sucedê-lo Dom Emanuel Messias, bispo de Guanhães (Minas Gerais).

A pedido do bispo do Ordinariado Militar do Brasil, Dom Osvino José Both, foi nomeado como bispo auxiliar do Ordinariado o padre José Francisco Falcão de Barros, atualmente pároco da paróquia São Vicente de Paulo, em Palmeira dos Índios, e Capelão da Polícia Militar do Estado de Alagoas.

O Papa nomeou ainda um bispo auxiliar para a arquidiocese de Belém do Pará. Trata-se do padre Teodoro Mendes Tavares, que exercia seu trabalho em Central Falls (EUA).

Dom Emanuel Messias

Natural de Salinas (Minas Gerais) – segundo informa biografia divulgada pela CNBB –, Dom Emanuel Messias foi ordenado bispo em 4 de abril de 1998, em Governador Valadares, onde trabalhou até ser nomeado bispo de Guanhães.

Estudou Filosofia em Mariana e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. É especialista nas Sagradas Escrituras, pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Como bispo, é responsável pela Dimensão Bíblico-catequética do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais).

Monsenhor José Francisco Falcão

Paróco da paróquia de São Vicente de Paulo (Alagoas) desde 1993, monsenhor José Francisco Falcão de Barros nasceu em 24 de março de 1965 em Paulo Jacinto e se formou em Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Tem mestrado e doutorado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma. É membro do Conselho Presbiteral, do Colégio dos consultores e Capelão da Polícia Militar do Estado de Alagoas.

Monsenhor Teodoro Mendes

O novo bispo auxiliar de Belém do Pará nasceu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, no dia 7 de janeiro de 1964. Formado em filosofia, teologia e com licenciatura pela Universidade Católica Portuguesa, foi ordenado padre em 11 de julho de 1993.

Chegou ao Brasil em 1994 para exercer a “Missão Amazônia”, e em 2003, tornou-se Superior Maior dos Missionários Espiritanos na Amazônia. Tem mestrado em Ecumenismo pelo Trinity College (Irlanda), e diploma Superior de Estudos Franceses Modernos (Aliança Francesa).

Integrante da Congregação do Espírito Santo (CSSp), atualmente, exerce seu ministério em Central Falls (EUA).

(Com CNBB)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Amar Jesus para poder amar o próximo, segundo Papa


É necessário estabelecer uma profunda amizade com Jesus para poder servir os outros.

Isto é o que disse o Papa no sábado passado aos participantes da Assembleia Geral da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu, que nasceu há 25 anos do movimento Comunhão e Libertação.

Esta obra conta com 25 casas em 16 países em todo o mundo, 104 sacerdotes e 40 seminaristas, empenhados primariamente na missão paroquial e no ensino, com o testemunho - disse o Papa - da "fecundidade" do carisma de Dom Luigi Giussani.

E propriamente da "sabedoria cristã" de Dom Giussani, e do "seu amor a Cristo e aos homens, unidos indestrutivelmente", surgiu a Fraternidade Sacerdotal, disse seu fundador e superior geral, Massimo Camisasca, em um breve discurso de saudação ao Papa.

Em particular, explicou que "a experiência da comunhão, da qual Dom Giussani foi um professor, levou-nos, desde o início, a escolher a vida em comum e, portanto, a casa como um lugar de irradiação da fé".

Em seu discurso, Bento XVI afirmou, antes de tudo, que "o sacerdócio cristão não é um fim em si mesmo". E frisou esta ideia dizendo que "foi querido por Jesus em função do nascimento e da vida da Igreja".

"A glória e a alegria do sacerdócio consistem em servir a Cristo e seu Corpo Místico", disse o Pontífice.

O Papa sublinhou a importância da oração vivida como "um diálogo com o Senhor ressuscitado" e "o valor da vida em comum", não apenas em resposta às necessidades atuais, como a falta de padres, mas como "expressão do dom de Cristo que é a Igreja, (...) prefigurada na comunidade apostólica, que deu lugar aos presbíteros".

Viver com os outros, observou, "aceitar a necessidade de conversão própria e contínua e, especialmente, descobrir a beleza deste caminho, a alegria da humildade, da penitência, e também da conversa, do perdão mútuo, do apoio de uns aos outros".

Além de que a "vida em comum sem a oração" não é possível, também é verdade que é "imprescindível estar com Jesus para poder estar com os outros".

"Este é o coração da missão. Em companhia de Cristo e dos irmãos, qualquer sacerdote pode encontrar a energia necessária para servir os homens, para atender as necessidades espirituais e materiais com que se encontra, para ensinar com palavras sempre novas, que vêm do amor, as verdades eternas da fé, das quais nossos contemporâneos também têm sede - concluiu."

[OFF]Ronaldo encerra a carreira


Chegou ao fim nesta segunda-feira uma das mais brilhantes carreiras da história do futebol. Aos 34 anos, Ronaldo não resistiu à intensa batalha diária contra os desgastes físicos acarretados pelas oito cirurgias ao longo da sua trajetória, relembrou um problema de hipotireoidismo e anunciou que não jogará mais profissionalmente. É o fim para aquele que eternizou a camisa 9 com um talento que, não por acaso, lhe rendeu o apelido de Fenômeno e se transformou em um mito mundial.

- Estou aqui para falar que estou encerrando a carreira como jogador profissional. E dizer que essa carreira foi linda, maravilhosa e emocionante - declarou Ronaldo, ao abrir o seu emocionante pronunciamento.

Em uma concorrida entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, o craque comunicou, exatamente às 13h02, que não continuará atuando pelo Corinthians, com quem tinha contrato até 31 de dezembro de 2011. Ronaldo assombrou o planeta aliando velocidade e técnica de forma nunca vista antes, mas sucumbiu ao tempo e ao próprio corpo. Agora, se dedicará à família, à vida de empresário e à fortuna que acumulou sendo um gênio da bola.

Fonte: Globo esporte

Dom João Braz viaja a Roma para assumir novo cargo


Nomeado pelo Papa Bento XVI prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, Dom João Braz de Aviz está a caminho de Roma para assumir o cargo no dia 16 de março.

Dom Braz esteve por sete anos como Arcebispo de Brasília (DF) e seu sucessor ainda não foi nomeado.
Durante a Missa do domingo, 13, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, Dom João se despediu dos mais de três mil fiéis das 128 paróquias da Arquidiocese de Brasília presentes na celebração. O Núncio Apostólico, Dom Lorenzzo Baldisseri, e o Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa, concelebraram com Dom João.
“Partir é preciso para continuar a missão. Amei apaixonadamente esta Santa Igreja”, disse Dom João.
O novo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada enfatizou a conotação política ligada à Arquidiocese e o empenho de seu povo em exercitar a democracia. "[O povo] superou com sua força democrática e hoje estamos retomando um caminho bom. Esse lado é complicado em Brasília, mas muito rica essa relação com as autoridades. A própria CNBB realiza isso em nível nacional e nós realizamos em nível local do Distrito Federal”, disse.

Dom João também salientou "a grandeza, beleza e religiosidade do povo do Distrito Federal". “Brasília é uma vitrine de todas as religiões e Igrejas. Aqui cada um tem seu lugar de povo brasileiro que professa a sua fé; e ter essa relação de diálogo respeitoso, ser amigo da verdade e caminhar juntos com valores é outro desafio grande que enfrentamos com amor e alegria não podendo fazer muitas coisas, mas o que fizemos foi nessa direção”, ressaltou.
Fonte: Canção Nova

Papa aprova 3 novas canonizações


A Santa Sé anunciou hoje a realização, na segunda-feira, 21 de fevereiro, do consistório ordinário público, em que se decidirá a data da canonização de três fundadores de congregações religiosas.

São eles: os Beatos italianos Guido Maria Conforti e Luigi Guanella, e a Beata espanhola Bonifacia Rodríguez de Castro, os três praticamente contemporâneos.

Guido Maria Conforti (1865-1931) foi arcebispo de Parma. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Exteriores (conhecida como "Missionários Xaverianos").

Luigi Guanella (1842-1915), sacerdote, fundou duas congregações, ambas para ajudar os marginalizados durante a revolução industrial: os Servos da Caridade e o Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.

Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905) é a fundadora da Congregação das Servas de São José, para a promoção social e cristã das mulheres operárias.

Santificação no trabalho

A Madre Bonifacia, natural de Salamanca, foi beatificada em 9 de novembro de 2003, por João Paulo II.

Nascida em Salamanca e órfã de pai muito cedo, Bonifacia viveu na própria carne o drama das condições de trabalho de muitas mulheres durante o século XIX.

Sentindo desde muito jovem uma vocação religiosa, Bonifacia se encontrou com o jesuíta catalão Francisco Javier Butinyà i Hospital (1834-1899), que chegou a Salamanca em outubro de 1870, com grande zelo apostólico pelo mundo dos trabalhadores manuais.

Encorajada por ele, fundou a Congregação das Servas de São José, com o objetivo de criar "Casas-Oficinas de Nazaré" para as mulheres pobres que não tinham trabalho, onde lhes era ensinado um ofício e se dignificava sua vida.

Alguns anos mais tarde, devido à desunião que alguns eclesiásticos semearam em Salamanca, e marginalizada por suas filhas espirituais, Bonifacia foi destituída como superiora e orientadora do Instituto.

Diante das humilhações, desprezos e calúnias que recebeu, sua resposta foi o silêncio, a humildade e o perdão. Venerada como santa, morreu em Zamora, a 8 de agosto de 1905, deixando como legado um caminho de espiritualidade baseado na santificação do trabalho unido à oração, na simplicidade da vida cotidiana.

Na cerimônia de sua beatificação, João Paulo II disse: "As palavras de Jesus no Evangelho proclamado hoje - ‘Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio' - interpelam a sociedade de hoje, às vezes tentada a transformar tudo em mercadoria e lucro, deixando de lado os valores e a dignidade que não têm preço. Sendo a pessoa imagem e morada de Deus, é necessária uma purificação que a defenda, independentemente da sua condição social ou da sua atividade de trabalho".

"A isso se consagrou inteiramente a Beata Bonifacia Rodríguez de Castro, que, sendo ela mesma uma trabalhadora, percebeu os riscos desta condição social na época. Na vida simples e oculta da Sagrada Família de Nazaré, encontrou um modelo de espiritualidade do trabalho, que dignifica a pessoa e faz de toda atividade, por mais humilde que possa parecer, uma oferenda a Deus e um meio de santificação."

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Campanha da Fraternidade veja o que propõe


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!
Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.

Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.

Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.

Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.
Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.

E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.

Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.

Fonte: Portal kairos/Movimentaçoes das comunidades católicas de Ilhéus

Amor: caminho e lei do cristão, explica Papa


Para Bento XVI, o amor é a palavra que resume a lei e o caminho do cristão.

Esta foi sua mensagem de hoje, ao rezar a oração mariana do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Comentando a passagem evangélica deste domingo, sobre o Sermão da Montanha, o Pontífice recorda como Jesus explica a nova Lei que vem trazer ao mundo: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir".

"Mas em que consiste esta ‘plenitude' da Lei de Cristo e esta justiça ‘superior' que Ele exige?", perguntou-se o Papa.

"A novidade de Jesus consiste - respondeu -, essencialmente, no fato de que Ele mesmo ‘preenche' os mandamentos com o amor de Deus, com a força do Espírito Santo que habita n'Ele. E nós, pela fé em Cristo, podemos nos abrir à ação do Espírito Santo, que nos torna capazes de experimentar o amor divino."

"Por esta razão, todo preceito se torna verdadeiro como exigência de amor, e todos se reúnem em um mandamento único: ama a Deus com todo o coração e ama o teu próximo como a ti mesmo."

"O amor é a plenitude da lei", afirmou o Bispo de Roma, citando São Paulo (Romanos 13, 10).

"Diante desta exigência, por exemplo, o triste caso das quatro crianças ciganas que morreram na semana passada nos arredores desta cidade, em sua barraca queimada, exige que nos perguntemos se uma sociedade mais solidária e fraterna, mais coerente no amor, ou seja, mais cristã, não teria podido evitar essa tragédia", refletiu.

"E essa pergunta é válida para muitos outros eventos dolorosos, mais ou menos conhecidos, que ocorrem diariamente em nossas cidades e nossos países."

O Santo Padre concluiu explicando que "Jesus é o Filho de Deus que desceu do céu para nos levar ao céu, à altura de Deus, pelo caminho do amor. E mais ainda, Ele próprio é este caminho: tudo o que temos a fazer é segui-lo para viver a vontade de Deus e entrar no seu Reino, na vida eterna".

Iniciativa dos teólogos alemães: renovação ou demolição?

Em 3 de fevereiro, um conhecido jornal alemão, o Süddeutsche Zeitung, publicou um relatório (Memorándum) assinado por 143 teólogos alemães, com o título "Igreja 2011: uma adesão necessária" (ein notwendiger Aufbruch). As petições lembram, em muitos aspectos, a "Declaração de Colônia", de 1992, e a iniciativa "Nós Somos Igreja", de 1995. A faculdade teológica mais representada entre os signatários é a de Münster, com 17 teólogos, incluindo o decano Klaus Muller; uma teóloga de Münster faz parte do comitê de redação do memorando (cf. M. Drobinski, Theologen gegen den Zölibat, Süddeutsche Zeitung, 3.2.2011). Também uma petição muito específica remete à influência de Münster, a de constituir tribunais administrativos para a Igreja (Klaus Lüdicke). Portanto, o texto poderia tranquilamente ser chamado de "Declaração de Münster" (DM).

Por ocasião da DM, seus signatários indicam o debate público sobre os abusos sexuais que houve no ano passado. Ao procurar por "causas do abuso, do silêncio e da moral dupla", teria "crescido a convicção de que são necessárias reformas profundas". O convite dos bispos ao "diálogo" teria suscitado expectativas que seria preciso acolher. Os teólogos querem fazer de 2011 um "ano de partida" para que a Igreja possa sair de "estruturas fossilizadas". O "diálogo aberto" deve incluir seis "áreas de ação": (1) São necessárias "mais estruturas sinodais em todos os níveis da Igreja", sob o princípio: "O que afeta todos deve ser decidido entre todos". (2) A vida da comunidade necessitaria, para sua condução, de estruturas mais democráticas (para sua orientação). "A Igreja também precisa de padres casados e mulheres no ministério eclesial." (3) Um primeiro passo para alcançar uma "cultura do direito" seria "a criação de uma jurisdição administrativa" (ou seja, de tribunais administrativos). (4) Com relação ao que chamam de "liberdade de consciência", foi dito: "A alta estima do casamento por parte da Igreja (...) não exige a exclusão de pessoas que vivem responsavelmente o amor, a fidelidade e o apoio mútuo em uma união de pessoas do mesmo sexo [casais homossexuais] ou como divorciados recasados". (5) No espírito de "reconciliação", seria preciso ir contra "uma moral estrita, sem misericórdia". (6) A liturgia vive graças à participação ativa dos fiéis e não deveria ser tão unificada de maneira centralista.

Temos de dar a razão aos signatários da DM em que a Igreja (de língua alemã) está passando por uma "crise profunda". Por outro lado, muitas sugestões apresentadas pelos teólogos signatários fazem parte desta crise e não podem favorecer a superação dos problemas. Os pedidos contidos no memorando são, em boa parte, pedidos conhecidos, procedentes dos anos 60 e 70 do século passado. Existe um "passo adiante" nos esforços a favor da práxis vivida da homossexualidade. O debate público sobre os abusos sexuais é instrumentalizado para empurrar uma Igreja enfraquecida para uma situação que se afasta da sua origem apostólica e se aproxima do protestantismo liberal. Segundo as estatísticas, o percentual (deplorável) do abuso sexual pelo clero católico é muito menor comparado ao que acontece nas estruturas (comparáveis) do âmbito secular (por exemplo: famílias, escolas, associações esportivas) e até mesmo com relação ao que se sabe dos pastores protestantes, casados, em sua maioria (cf. J. M. Schwarz, Kirche, Zölibat und Kindesmissbrauch, www.kath.net, 3.2.2010).

Os teólogos da DM cometem um "abuso com o abuso" ao promover petições que certamente não podem combater as causas que estão na base dos próprios abusos. Não se diz que a castidade é necessária para uma verdadeira renovação. Não se fala sequer sobre a exigência da conversão. Pelo contrário: Deseja-se o reconhecimento, por parte da Igreja, da situação dos divorciados novamente casados, que vivem (nas palavras de Jesus) em um estado de adultério (cf. Mc 10,11), e mesmo os casais homossexuais, cuja prática sexual, de acordo com os catálogos dos vícios no Novo Testamento, leva à exclusão do Reino de Deus (cf. 1Cor 6,10). Aqui não se vê a influência de um conhecimento teológico mais profundo, mas sim uma perda de fé e de moral. Os elementos fundamentais da doutrina apostólica são sacrificados devido a um pensamento que quer estar "a par" da situação atual. A petição de retirar a obrigação do celibato recorda os pedidos do Iluminismo tardio, superados há muito tempo por Johann Adam Möhler e outros protagonistas na renovação católica do século XIX. Nem mesmo aos ilustrados das igrejas estatais da época josefinista, entretanto, teria ocorrido rebaixar os valores do matrimônio cristão ou encorajar o concubinato homossexual. Inclusive o pedido de ter "mulheres no ministério apostólico" é dirigido contra a origem apostólica da Igreja, pelo menos quando se entende "ministério" no sentido do sacramento da Ordem. Recorde-se aqui a Carta Apostólica de João Paulo II, Ordinatio Sacerdotalis (1994), na qual o Papa sublinha que "a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e esta sentença deve ser considerada definitiva por todos os fiéis da Igreja". O que se aplica a "todos os fiéis da Igreja" vale, provavelmente de maneira mais forte, para os teólogos que têm uma missio canonica.

Vamos dar uma breve olhada em outros pedidos, ainda que não possamos dar aqui uma resposta exaustiva. Certamente é importante uma "participação" de todos os fiéis na vida da Igreja, mas esta participação não deve ser confundida com as formas políticas da democracia. De acordo com a sucessão apostólica, a Igreja é guiada pelo Papa e pelos bispos. No início da Igreja, também os fiéis, muitas vezes, participaram da eleição de bispos por meio do seu testemunho e consentimento: mas estes fiéis foram preparados pelo testemunho dos mártires, na época das perseguições; não era a situação de hoje, em que quase 90% dos "católicos" alemães não vão à Missa no domingo e dependem quase que inteiramente da influência da mídia, a qual, em sua maior parte, é decididamente desfavorável à fé católica. As eleições episcopais não eram decisões tomadas pelo povo, mesmo na Igreja antiga. Segundo o Papa Leão Magno, o bispo deveria ser eleito pelo clero, aclamado pelo povo e ordenado pelos bispos da província, com o consentimento do Metropolitano. O princípio jurídico citado pela DM vem originalmente do direito romano privado e foi interpretado em 1958 por Yves Congar, no sentido da recepção dentro da Igreja, mas não como democratização do Magistério nem do ministério de guia (Quod omnes tangit, ab omnibus tractari et approbari debet); explicar o consentimento do povo de Deus como "decisão" ou inclusive como base de "estruturas mais sinodais" é sinal de uma ideologização fora da história eclesial.

O que se afirma sobre a questão das "paróquias XXL" refere-se a uma dolorosa realidade. A solução das dificuldades não está em mudar as estruturas da Igreja, procedentes de Cristo (como o sacerdócio ministerial reservado aos homens e sua responsabilidade específica para a guia da comunidade). Para organizar bem a vida das comunidades, é necessária a prudência pastoral e o compromisso de todos, mas não uma laicização na guia de das comunidades paroquiais. A "liberdade de consciência" proclamada na DM separa claramente a consciência do sujeito da verdade objetiva à qual a consciência deve se orientar. Não faz sentido aplicar a "liberdade de consciência" para aprovar os casais do mesmo sexo e o adultério. Newman falaria aqui de um pretendido "direito à voluntariedade" (Carta ao Duque de Norfolk). A "misericórdia" na moral, mencionada sob a voz da "reconciliação", não deve se separar da necessidade de respeitar os mandamentos de Deus: Deus perdoa o pecador sinceramente arrependido, mas lhe dá a entender também (como Jesus à adúltera): "De agora em diante, não peques mais" (Jo 8, 11).

A petição da DM de integrar as "experiências e expressões da época contemporânea" na liturgia já tem seu lugar conveniente no atual ordenamento - por exemplo, na oração dos fiéis e na homilia. O acolhimento de "situações concretas da vida" não deve obscurecer a importância da liturgia como glorificação de Deus, juntamente com toda a Igreja, que proporciona formas muito precisas para a expressão comum.

Certamente, é preciso elogiar o "diálogo" dentro da Igreja. Para um debate legítimo entre cristãos católicos, entretanto, deve estar claro o pré-requisito presente na profissão comum da fé católica. Diversos pontos da DM questionam essa base. Os signatários da DM podem sinceramente apresentar a Professio fidei exigida como condição indispensável para ensinar, em nome da Igreja, nas faculdades de teologia? Os bispos responsáveis terão a coragem de insistir contra a dissidência sobre o caráter eclesial da teologia? A próxima visita do Santo Padre à Alemanha será uma grande oportunidade para uma renovação na fé católica. O memorando dos 143 teólogos, porém, entristece: não oferece nenhuma contribuição para lançar-se rumo a um futuro cheio de esperança, mas sim uma demolição põe em perigo o tesouro da fé eclesial.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Liturgia Da Palavra


Missa Do 6ª Domingo Do Tempo comum

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Eclesiástico:

16Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás.
17Diante de ti ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão.
18Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir.
19A sabedoria do Senhor é imensa, ele é forte e poderoso e tudo vê continuamente.
20Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem. Ele conhece todas as obras do homem.
21Não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

____________________________________________________________________ SALMO RESPONSORIAL

Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!

1. Feliz o homem sem pecado em seu caminho/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!/ Feliz o homem que observa seus preceitos/ e de todo coração procura a Deus!

2. Os vossos mandamentos vós nos destes,/ para serem fielmente observados./ Oxalá, seja bem firme a minha vida/ em cumprir vossa vontade e vossa lei!

3. Sede bom com vosso servo e viverei/ e guardarei vossa palavra, ó Senhor./ Abri meus olhos e então contemplarei/ as maravilhas que encerra a vossa lei.

4. Ensinai-me a viver vossos preceitos;/ quero guardá-los fielmente até o fim!/ Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei/ e de todo coração a guardarei.
____________________________________________________________________ SEGUNDA LEITURA

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 6Entre os perfeitos nós falamos de sabedoria, não da sabedoria deste mundo nem da sabedoria dos poderosos deste mundo, que, afinal, estão votados à destruição.
7Falamos, sim, da misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida, que desde a eternidade Deus destinou para nossa glória.
8Nenhum dos poderosos deste mundo conheceu essa sabedoria. Pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
9Mas, como está escrito, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”.
10A nós Deus revelou esse mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
____________________________________________________________________ SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20“Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22aEu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.
27Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
33Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ´cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34aEu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum. 37Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: ‘Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Católicos realizaram homenagem a Nossa Senhora de Lourdes


1ª Aparição - 11 de fevereiro de 1858. Quinta Feira, um dia como outros. Era inverno; às 11 horas da manhã quando Bernadete observou que tinha acabado a lenha. Seu pai estava ainda deitado. Não tinha trabalho. Economizava as forças para outro dia. 0 tempo não era convidativo para sair de casa. Chuviscava e havia nevoeiro. Logo apanhou sua capa, chamou sua irmã Antonieta Peyret (companheira de Bernardette) e convidou Joana Abadie, uma moça robusta e forte, para acompanhá-las.
A mãe proibiu: "Bernadete, não".


Ela pensava no frio que fazia e que poderia trazer conseqüências à asma de sua filha. Mas ela insistiu carinhosamente, dizendo-lhe que teria cuidado para não se molhar e que iria com o capuz branco e o chale. A mãe concordou.


Saem as três meninas no afã de cumprirem a tarefa, passam pela pradaria do Paraíso, a ponte do canal que movimenta o moinho Savy, entram na pradaria do senhor La Fitte e chegam na ponta de areia do rio Gave. À esquerda levanta-se uma rocha íngreme com uma gruta na base. É a chamada gruta Massabieille . Embora é chamada de gruta, na verdade ela é constituída de uma acentuada concavidade na rocha. A água do canal que movimenta os moinhos, banha-lhe o lado esquerdo e segue em direção ao Gave.


Joana passa para o outro lado do canal com o pequeno feixe de lenha na cabeça. Antonieta faz o mesmo, levando a lenha na mão. Como já do outro lado as duas se manifestaram dizendo que a água do canal estava muito gelada, Bernadette permaneceu ali, sem saber o que fazer, com receios de pisar na água fria, por causa da asma, lembrando-se das recomendações de sua mãe.
Enquanto as duas corriam pela praia do Gave a procura de lenha, ela depois de procurar sem êxito, um lugar melhor para atravessar, sentou-se na margem do canal, em frente à gruta, tirou uma das meias e preparava-se para tirar a meia do outro pé, quando de repente, ouviu um barulho, "como se fosse um sopro de vento". Não vê nada.


Olhou para trás e observou que as folhas das árvores não se moviam.
Apareceu uma "luz suave" que iluminou profusamente todo aquele lugar sombrio e no meio dela, surge uma SENHORA maravilhosa, aparentando a idade de 16 a 18 anos, estava de pé, vestida de branco; o véu que cobria a cabeça descia até os pés; em redor da cintura tinha uma estreita faixa azul; no braço direito levava um terço; mantinha as mãos juntas e, nos pés, via-se duas rosas douradas.


Abre os braços num gesto de acolhimento, como quem convida à aproximar-se. Ela fica espantada. É como se tivesse medo, "não para fugir explica melhor, mas pela emoção do inusitado e adorável encontro". Esfregou os olhos diversas vezes, para inteirar-se que não era um sonho e que realmente estava diante de uma visão encantadora, que lhe sorria afetuosamente.


Fonte: derradeirasgraças

Brasil: 90 anos da arquidiocese de Belo Horizonte

A arquidiocese de Belo Horizonte (Minas Gerais) celebra nesta sexta-feira seus 90 anos. As comemorações se estendem pelo ano, com atividades festivas programadas para todos os meses.

Uma missa no Santuário arquidiocesano da Adoração Perpétua será presidida hoje, às 20h, pelo arcebispo emérito, Cardeal Serafim Fernandes de Araújo.

A arquidiocese de Belo Horizonte é uma das maiores do Brasil. Em 28 municípios e englobando 5 milhões de habitantes, conta com uma ampla estrutura institucional, que inclui 269 paróquias, dez santuários, quatro fundações, veículos de comunicação e mais uma série de associações e comunidades.

A diocese de Belo Horizonte foi criada em 11 de fevereiro de 1921 pelo Papa Bento XV. Em 1º de fevereiro de 1924, o Papa Pio XI, através da bula Amunus nobis ab Aeterno Pastorum Príncipe, elevou Belo Horizonte à categoria de arquidiocese. Na época, foi a terceira província eclesiástica de Minas Gerais.

A arquidiocese de Belo Horizonte “é um tesouro no coração católico de Minas Gerais”, afirma o arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo divulgado à imprensa nesta sexta-feira.

Lugar de “comunhão reverente com outras dioceses e arquidioceses, também com ricas histórias, presentes em todo o amado território deste importante Estado no cenário sociopolítico, cultural e religioso da sociedade brasileira”.

“Com uma singular contribuição no caminho missionário da Igreja Católica no Brasil, que empresta sua história e feitos na construção dos mais de 500 anos de trajetória e conquistas do nosso País.”

“É a fé anunciada e vivida ajudando, decisivamente, na configuração do tecido cultural de um povo, marcando-o com os valores imorredouros do Evangelho e de suas práticas, com força educativa e de sustento”, assinala o arcebispo.

Hoje – prossegue Dom Walmor – “é dia de festa”. “A gratidão a Deus e a todos possa gerar em nossos corações, operários desta hora e deste tempo, alegrias e coragem audaciosa para continuarmos a escrever a história da Arquidiocese de Belo Horizonte, pensando em seu centenário que chegará velozmente. E quando chegar, já deveremos ter dado muitas novas respostas”.