quinta-feira, 31 de março de 2011

Dom Mauro Montagnoli irá à Câmara falar sobre “Fraternidade e a vida no planeta”

Atendendo a um pedido do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus, o vereador Marcos Flávio apresentou o requerimento nº 013/11 à mesa diretora do Legislativo ilheense, com a devida anuência do plenário, que seja realizada sessão especial na Câmara de Vereadores dia 05/04, às 16h, com a presença do Bispo da Diocese de Ilhéus, Dom Mauro Montagnoli, bem como de outras autoridades eclesiásticas para tratar da Campanha da Fraternidade de 2011.
Além de autoridades civis e militares, estão sendo convidados representantes de clubes de serviços, OAB, Bahia Mineração, Condema, Sema, Concidade, Associação Ação Ilhéus, Instituto Floresta Viva e a imprensa em geral.
O tema deste ano “Fraternidade e a vida no planeta”, aborda a questão ambiental, numa reflexão sobre as mudanças climáticas e a conscientização do homem sobre a importância da preservação do meio ambiente e a vida no planeta.

Fonte: Movimentaçoes Das Comunidades Catolicas

Haverá lugar para todos na beatificação de João Paulo II

"Roma está pronta para acolher todos os peregrinos que quiserem vir: temos disponibilidade de lugares, assim como todas as cidades perto de Roma."

Estas foram as palavras de Dom Liberio Andreatta, na apresentação operacional dos eventos relacionados à beatificação de João Paulo II. A reunião foi realizada na sede do Vicariato de Roma, com a presença de significativas autoridades civis, desmentindo assim as vozes que anunciavam uma situação de emergência.

Para se deslocar dentro Roma, o bilhete dos peregrinos permitirá utilizar o transporte público gratuitamente durante os três dias; o metrô funcionará 22 horas por dia (exceto das 2h às 4h).

Para chegar à capital, serão utilizados os trens, os mesmos que em dia úteis transportam milhares de pessoas, só que, nesses dias, sem o fluxo de trabalhadores. Haverá também uma "noite branca" de igrejas e locais de entrega de pacotes com alimentos.

"Esta será uma demonstração de como João Paulo II é amado", disse Dom Andreatta, que precisou: "Escolheu-se o dia 1º de maio, domingo ‘in Albis', porque é dedicado à Misericórdia Divina, porque ele quis santificar Santa Faustina e porque morreu logo depois das vésperas da Festa da Divina Misericórdia."

Os três eventos relativos à beatificação são:

- A vigília no ‘Circus Maximus', em 30 de abril, presidida pelo cardeal Agostino Valli, organizada pela diocese de Roma e à qual Bento XVI participará por meio de uma conexão de vídeo. Será possível entrar enquanto houver espaço e não se precisará de ingressos ou tickets.

- A Missa da beatificação de João Paulo II, em 1º de maio, às 10h, presidida pelo Santo Padre. Depois, na basílica de São Pedro, no altar da Confissão, será aberta a veneração dos restos mortais de João Paulo II, até o final da fila de fiéis.

- A Missa de Ação de Graças, na segunda-feira, 2 de maio, em São Pedro. O evento conclusivo será presidido pelo secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone.

Durante a coletiva de imprensa, foi reiterado várias vezes que não haverá tickets para entrar no ‘Circus Maximus' nem em São Pedro. Ninguém pode, portanto, vender bilhetes de entrada para os eventos.

A organização do evento foi confiada à Obra Romana de Peregrinações (ORP), que preparará, no ‘Circus Maximus', o sistema de vídeo, áudio e palco para a celebração da vigília, que estará conectada, pela internet, a cinco santuários do mundo.

As áreas periféricas de São Pedro serão equipadas com telões: Castel Sant'Angelo, Via della Conciliazione, Piazza Risorgimento e outros lugares, tudo gerido por 2.500 voluntários.

Também serão distribuídos pacotes com alimentos; a ‘Nestlé' doou um milhão de garrafas de água. Haverá um kit de informações, com passeios na região do Lácio, que estão relacionados com a vida de João Paulo II, além de serviços de cuidados à saúde. Serão facilitadas as tarifas de trem, de companhias aéreas, navios etc.

"Os custos, ao contrário de outras vezes, considerando a difícil situação econômica atual - disse Dom Andreatta -, não pretendem pesar nos balanços das administrações públicas." E indicou: "Nós sabemos, através da Cáritas, que muitas famílias têm dificuldade para chegar ao final do mês. E embora cada evento traga riqueza, porque a prefeitura acaba recolhendo impostos, o verdadeiro evento é religioso e, portanto, queremos pensar também nessas famílias".

"O custo estimado é de três ou quatro euros por pessoa. Não se sabe, portanto, o montante total do evento, visto que variará segundo a quantidade de pessoas que vierem a Roma", disse Dom Andreatta, acrescentando: "No final do evento, será divulgado o orçamento de forma transparente, de modo a saber como os recursos foram utilizados. Tudo faturado e com IVA".

O Pe. Caesar Atuire, administrador da ORP, reiterou: "Não há nenhuma emergência, há lugares para todos. Venham a Roma, que Roma os acolherá".

Sobre os preços inflacionados de hotéis, lembrou que assinaram um decálogo ético com a federação hoteleira e as coisas estão voltando ao normal. E reiterou que "ninguém está autorizado a vender ingressos para entrar na Praça de São Pedro nem para outros eventos".

Atuire recordou que "ninguém será deixado de fora por motivos financeiros; os jovens que não têm como pagar alojamento terão lugares exclusivos para dormir".

Em relação ao estacionamento, haverá várias áreas em torno de Roma. Assim, o sistema será reforçado com meios de transporte e principal será o trem. Também haverá estacionamentos facilitados para pessoas portadoras de deficiência.

O tempo aconselhado para viver bem o evento, disse o Pe. Atuire, é de três dias.

"Haverá uma organização modular- reiterou -, que permitirá assistir todos os peregrinos que quiserem vir. O número pode mudar e nós estamos prontos." Estima-se que serão pelo menos 300 mil peregrinos.

Após o evento, se sobrarem fundos das doações recebidas, serão destinados a um refeitório para os desabrigados na área da estação Termini.

Sobre a coincidência com as celebrações de 1º de maio, considerado por alguns como uma data que a Igreja está "roubando" dos trabalhadores, o Pe. Atuire disse que "não existe conflituosidade com o concerto de São João de Latrão, porque a cerimônia será de manhã e o concerto, à tarde". Ele também lembrou que o dia 1º de maio é a festa de São José Operário e que a palavra "roubo" sugere uma ideologização.

Em 5 de abril, haverá uma coletiva de imprensa institucional, com o conteúdo do evento e alguns novos detalhes.

Sobre a presença de 300 mil peregrinos, considerados poucos com relação aos dois milhões estimados inicialmente, o gerente da ORP considerou que depende também de como são feitos os cálculos, visto que, se forem baseados nos eventos, pode-se chegar até a 1,5 milhão.

Abriu-se, além disso, uma conta em diversos bancos e os doadores não pagarão taxas extras.

Do selo comemorativo se ocupará o Ministério do Desenvolvimento e ele será oficialmente entregue em 29 de abril, junto com a medalha; ambos estão baseados em uma foto de João Paulo II, tirada em 1999.

Cardeal visitou José Alencar diversas vezes

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, destacou a coragem e perseverança do ex-vice-presidente do Brasil José Alencar e afirmou que ele deixa ao povo um grande exemplo de valorização da vida.

“Sua figura edifica o povo brasileiro”, disse o cardeal, em entrevista coletiva na Cúria Metropolitana, no início da noite dessa terça-feira, momentos depois da notícia da morte do político e empresário brasileiro.

Segundo informa a arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo falou por telefone com a esposa de Alencar, Mariza Campos Gomes da Silva, e com um dos três filhos do casal, Josué Christiano, transmitindo seu pesar e solidariedade. Eles pediram que Dom Odilo celebre a missa de sétimo dia, que foi marcada para o dia 9 de abril, às 12h, na Catedral da Sé.

Ao falar com os jornalistas, o cardeal contou que visitou várias vezes o ex-vice-presidente durante seu longo tratamento. “Sempre foram visitas religiosas, nas quais ele recebia os sacramentos da Igreja”.

O arcebispo recordou a última visita que fez a Alencar, em fevereiro, ressaltando a frase dita por ele várias vezes, “se eu morrer agora, está bom demais”.

Dois grandes aspectos destacados por Dom Odilo como exemplares no ex-vice-presidente eram o gosto pelo trabalho e o amor à família.

“Ele [José Alencar] foi um grande trabalhador e empreendedor”. O cardeal contou que testemunhou seu amor à família, sobretudo quando celebrou, há dois anos, no hospital, a bodas de ouro do casal José Alencar e Mariza.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Santa Sé defende fim de conflitos armados na Líbia

A Santa Sé participou, na qualidade de Observador, da Conferência Internacional sobre a Líbia, que aconteceu nesta terça-feira, 29, em Londres. O organismo vaticano foi representado pelo Núncio Apostólico na Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini.

"A expectativa principal, acredito, tanto entre os países da 'coalizão' quanto entre os outros Países que foram convidados juntamente conosco, é a de poder verdadeiramente facilitar o alcance daquele objetivo indicado pelo Santo Padre no domingo passado, [...] que se chegue o mais rapidamente possível ao fim dos conflitos armados para poder começar a pensar em um 'road map' [roteiro] que restabeleça não somente a paz na Líbia, mas que signifique também a retomada de uma vida normal e civil por toda a população líbia, sem exceções nem de posicionamentos ideológicos, políticos, nem tampouco de religiosos e étnicos", disse o Núncio.

A violência continua crescente em meio aos conflitos no país do norte da África. A Conferência londrina deu vida oficialmente a um grupo de contato político sobre a situação na Líbia, bem como ratificou que o controle das operações fica a cargo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A próxima reunião acontecerá no Catar

Da Conferência hospedada pelo premier inglês David Cameron, participaram 46 representantes, incluindo o secretário-geral da Liga Árabe, um delegado especial da Líbia e o secretário-geral da ONU, que sublinhou o empenho humanitário da Otan. Os representantes do governo de transição líbico não foram convidados para o encontro. Os "Aliados" decidiram manter a ação militar até Kadafi obedecer à ONU.

Todos os países estiveram de acordo em não realizar uma guerra sanguinária, mas uma solução política parece ser aquela menos provável. O Núncio Apostólico disse que também é muito importante estabelecer um programa finalizado não somente para definir os auxílios mais imediatos, materiais, mas também um processo concreto, constituído por etapas, incluindo eventos políticos, para restabelecer um cenário baseado na justiça e na paz.

"Creio que as palavras do Santo Padre e a ação da Santa Sé também significam um auxílio para redescobrir todas aquelas que são as aspirações mais profundas e genuínas de toda a família humana. Família que vive, de um modo ou de outro, desejosa pela recomposição da unidade de que nós, crentes - e sobretudo nós católicos - cremos estar na Igreja, - como diz o Concílio Vaticano II - o símbolo, o Sacramento dessa recomposição de todas as famílias da humanidade inteira. Nesse sentido, creio que sabemos que não há paz sem perdão e, nessa dimensão, imagino que a Igreja católica na Líbia poderá desempenhar um papel muito importante e imprescindível", concluiu.


Fonte: Canção Nova

O aborto nunca pode ser aprovado porque destrói a vida humana, dizem Bispos uruguaios

Ao concluir sua assembléia plenária que se realizou entre os dias 21 a 25 de março, a Conferência Episcopal Uruguaia (CEU) deu a conhecer hoje um comunicado no qual assinalam que o aborto consiste em destruir uma vida humana inocente, algo que "nunca pode acontecer".
Assim indicaram os prelados em resposta a uma iniciativa da deputada Mónica Xavier, para despenalizar o aborto a pedido até a semana 12 da gestação.
O novo projeto de lei para despenalizar o aborto, vetado no ano 2008 pelo então presidente Tabaré Vásquez, conta com o apoio do atual presidente José Mujica, que disse publicamente que não vetaria a norma se for aprovada pelos senadores.

Fonte: ACI

Livro do Papa na lista dos mais vendidos nos EUA

O último livro de Bento XVI, publicado a 10 de março, alcançou nesta semana a quinta colocação na lista dos mais vendidos na categoria não-ficção do ‘New York Times’.

O livro do Papa, ‘Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição’, também integra a lista dos mais vendidos do ‘The Wall Street Journal’ e de ‘Publisher’s Weekly’.

“É fantástico ver que o livro continue seu caminho para o primeiro lugar da lista de livros mais vendidos do ‘New York Times’”, disse o presidente da editora Ignatius Press, Mark Brumley.

“Este livro apresenta Jesus de uma maneira muito poderosa, e estamos encantados pelo fato de que tanta gente esteja comprando o livro e conhecendo Jesus através dele”, disse.

“Durante a Quaresma, isso é muito importante para os crentes. Mas também é importante para os não-crentes e os que buscam poder encontrar o Jesus autêntico.”

Brasil: arquidioceses buscam estratégias comuns

As arquidioceses do Rio de Janeiro e de São Paulo estão unidas em oração e em busca de estratégias comuns para a ação pastoral nas metrópoles.

Segundo informa a arquidiocese do Rio, nesta terça-feira os arcebispos Dom Orani Tempesta e Dom Odilo Scherer, juntamente com todos os bispos do Rio e de São Paulo, estiveram reunidos no Centro de Formação Sagrada Família, do Convento das Irmãs de Madre Paulina, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

O dia começou com orações, seguidas de reuniões, e terminaria com a celebração da Santa Missa no túmulo de Madre Paulina.

A iniciativa foi do arcebispo do Rio. Dom Orani propôs ao cardeal Scherer reunir as duas arquidioceses para iniciar uma reflexão sobre as ações pastorais e a organização necessária para a ação evangelizadora da Igreja em metrópoles como Rio e São Paulo.

O arcebispo de São Paulo aceitou prontamente a sugestão. A ideia é que com o amadurecimento da iniciativa, esta possa crescer e atrair outras dioceses com o mesmo perfil.

terça-feira, 29 de março de 2011

Testemunho Da Cantora Eliana Ribeiro

Eliana Ribeiro, missionária e ministra de música na Comunidade Canção Nova desde 1999 e possui uma das mais belas vozes da música católica brasileira, testemunha sua espera em Deus
Ela testemunhou a partir da citação bíblica de Eclesiástico 2,1-6 ,
1.Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; 2.humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, 3. sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. 4. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. 5.Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. 6.Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice.

"Quando comecei a minha caminhada com Deus, esta Palavra me ajudou muito, pois eu passei por muita provação durante minha conversão.Eu havia deixado de andar com meus 'amigos', que me levavam para o barzinho, me davam drogas... Então, eles começaram a zombar de mim e, isso, para mim, era uma humilhação. Eu sentia falta deles. E não imaginava o que Deus iria encaminhar na minha história. Não imaginava que viria para a Canção Nova, que eu iria sofrer com perdas, e com vitórias também. Hoje, posso cantar 'Espera no Senhor', sabendo que isso é muito difícil e sofrido, porque eu vivi isso. Mas Jesus não nos enganou, pois nos afirmou quem que O seguisse, deveria tomar a sua cruz para fazê-lo. E todas as palavras de promessas dadas por Deus são muito maiores que tudo. Por esta razão, digo-lhe que, mesmo que você não veja, em vida, o milagre pelo qual tanto esperava, saiba que Deus tem os seus meios e tempo e pode ser que, na última hora, o milagre aconteça. O que você vive, aqui, é para colher na glória de Deus. Eu sei que esperar em Deus é sofrido, mas quando você deixa tudo nas mãos d'Ele, para que Ele tome conta, esteja certo de que as coisas vão se acalmar pouco a pouco. Deus promete e cumpre, mesmo que as promessas d'Ele demorem a se cumprir".Diácono Nelsinho Corrêa afirmou que Deus sempre cumpre aquilo que Ele nos promete.

Nelsinho Corrêa afirma, muitas vezes, escutamos palavras duras de nossos pais, do nosso namorado, de nossos amigos e acabamos culpando a Deus. Mas as palavras do Senhor, para nós, são de amor. Renuncie às palavras duras que você já ouviu, e peça que as palavras de Deus entrem em seus ouvidos.Quem tem um pedido feito a Deus que ainda não foi atendido? Eu tenho. Saiba que o Senhor tem um tempo para cada coisa. Você precisa agarrar-se às promessas de Deus. Necessita agarrar-se a Deus e esperar as suas demoras. Visite mais o Santíssimo Sacramento, aproveite o tempo que Deus lhe dá. Prenda-se à Palavra de Deus, ao terço. O Senhor vai agir na sua vida!Seja constante, mesmo na dor! Às vezes, fazer a vontade de Deus é sacrifício. Lembro-me do Paulão e da Lu, cujo filho, João Pedro, estava no hospital e precisava tomar uma injeção. A criança gritava: 'Pai, não deixa! Eu só tenho 8 anos!' E chorava muito. O Paulão disse-nos que também chorou muito, mas nada pôde fazer, porque era para o bem do filho. A mesma coisa acontece com Deus a nosso respeito. Ele precisa deixar que passemos pelo sofrimento, porque é para o nosso bem.'Crê em Deus e ele cuidará em ti, conserva em Deus, espera nele e ele fará'. Esta é a promessa de Deus para nossas vidas. As pessoas, que nos cercam, são falhas, não porque o queiram, mas porque são humanas. Mas o Senhor não falha conosco!Reze assim comigo: 'Deus está comigo, e sempre está cuidando de mim. Ele não me abandona, e está à minha direita. Eu renovo a minha fé e espero n'Ele'.Esperar em Deus é doloroso, mas quando, de fato, esperamos n'Ele, as coisas se acalmam. 'Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência'".

Muito bonito esse testemonho da Eliana ribeiro, temos qua agir como ela e se converter nesse tempo de quaresma.

Os Cinco Mandamentos da Igreja

Uma coisa que muitos católicos não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os "Cinco Mandamentos da Igreja", além dos Dez Mandamentos conhecidos. Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros.

Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)

Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e conseqüentemente a Deus Pai.

De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo." (§2041)

Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.

1º – Primeiro mandamento da Igreja: "Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho".

Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).

Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo: “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) (§2177).

2º - Segundo mandamento: "Confessar-se ao menos uma vez por ano".

Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.

3º - Terceiro mandamento: "Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição" (O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).

Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a comunhão diária.

4º - Quarto mandamento: "Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja" (No Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa). Este jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.

Diz o Catecismo que o jejum "Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882)".

5º - Quinto mandamento: "Ajudar a Igreja em suas necessidades"

Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam esta porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.

Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455) (§2043).

Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que "quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo".

Fonte: Canção Nova

Santo Padre exorta a estimar “valor pedagógico” da confissão

"O valor pedagógico da Confissão sacramental" é o principal elemento que o Papa Bento XVI quis destacar na audiência que concedeu, na última sexta-feira, aos participantes do Curso sobre Foro Íntimo, promovido pela Penitenciaria Apostólica e realizado de 21 a 25 de março.

Para o Pontífice, este é "um aspecto que talvez não tenha sido considerado suficientemente, mas que é de grande relevância espiritual e pastoral", porque a confissão pode ser "um 'lugar' real de santificação".

"Como o sacramento da Penitência educa? - perguntou ele. Em que sentido sua celebração tem um valor pedagógico, sobretudo para os ministros?"

Para responder a estas perguntas, sugeriu "partir do reconhecimento de que a missão sacerdotal é um ponto de observação único e privilegiado, no qual, cada dia, acontece a contemplação do esplendor da Divina Misericórdia".

"No fundo - reconheceu -, confessar significa atender tantas ‘professiones fidei' quanto o número de penitentes, e contemplar a ação de Deus misericordioso na história, tocando com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e da Ressurreição de Cristo, em todos os tempos e para cada homem."

"Escola" para o sacerdote

"Conhecer e, de certa forma, visitar o abismo do coração humano, mesmo nos aspectos escuros - observou o Papa -, se, por um lado, põe à prova a humanidade e a fé do próprio sacerdote, por outro, alimenta nele a certeza de que a última palavra sobre o mal do homem e da história é de Deus e da sua misericórdia, capaz de fazer novas todas as coisas."

Das confissões, de fato, o sacerdote pode aprender muito, principalmente "de penitentes exemplares em sua vida espiritual, da seriedade com que realizam seu exame de consciência, da transparência no reconhecimento do próprio pecado e da docilidade diante do ensinamento da Igreja e das indicações do confessor".

"Da administração do sacramento da Penitência podemos receber profundas lições de humildade e de fé!", exclamou, definindo-a como "um apelo muito forte, a todo sacerdote, à consciência da própria identidade".

"Nunca, só pela força da nossa humanidade, poderemos ouvir as confissões dos irmãos!", continuou o Pontífice.

"Se eles se aproximam de nós é só porque somos sacerdotes, configurados segundo Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, e capazes de agir em seu Nome e sua Pessoa, para tornar realmente presente esse Deus que perdoa, renova e transforma."

Penitentes

Quanto ao valor pedagógico para os penitentes, o Santo Padre advertiu que é preciso admitir que "isso depende, em primeiro lugar, a ação da Graça e dos efeitos objetivos do sacramento na alma do fiel".

"A Reconciliação sacramental é um dos momentos em que a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são chamadas a expressar-se de forma clara, particularmente evidente. E talvez também por isso, numa época de relativismo e, consequentemente, de uma consciência atenuada do próprio ser, enfraquece-se também a prática sacramental."

Neste contexto, um importante valor pedagógico tem o exame de consciência, que "educa a ver com sinceridade a própria existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e a avaliá-la com parâmetros não só humanos, mas a partir da Revelação divina".

"O confronto com os mandamentos, as bem-aventuranças e, acima de tudo, com o preceito do amor, é a primeira grande 'escola penitencial'."

A confissão integral dos pecados também "educa o penitente na humildade, no reconhecimento da própria fragilidade e, ao mesmo tempo, na consciência da necessidade do perdão de Deus e da confiança em que a graça de Deus pode transformar a vida".

Em uma época caracterizada "pelo barulho, pela distração, pela solidão, o colóquio do penitente com o confessor pode ser uma das poucas - quando não a única - oportunidade de ser ouvido de verdade e em profundidade".

Por esta razão, pediu aos sacerdotes que deem "o espaço adequado ao exercício do ministério da Penitência no confessionário: ser acolhidos e escutados também é um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus para com seus filhos".

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pastoral Vocacional Inicia Trabalhos De 2011

O SAVDI (Serviço de animação vocacional da diocese de ilhéus) Iniciou nesse final de semana o primeiro encontro do ano de 2011, O encontro começou na sexta (25) por volta das 18:00 H, e encerrou no domingo (27) Durante esses 3 dias os vocacionados refletiram sobre a sua vocação com pelestras muito bem feitas pelo Pe. Zezinho, com dinamicas com as irmas, e com a colaboração dos jovens vocacionados

 E se vc sente vocação para a vida religiosa entre em contato com a sua paróquia e peça para participar do SAVDI, Proximo encontro diocesano é nos dias 26, 27, e 28 de agosto desse ano, essa pode ser a data que em que voce pode descobrir a sua VOCAÇÃO.

Veja Algumas Fotos Do Encontro:



 Texto e Fotos: Pedro Roberto

2ª Caminhada Penitencial em Ilhéus, Reuni Centenas De Fiés

Ilhéus Celebrou Hotem (27) a sua 2ª caminhada penitencial que contou com a presença de varios fiés, A caminhada começou por volta das 16:00 H, e saiu pela avenida até a catedral de são sebastião onde se encerrou com a Santa Missa, Celebrada Pelo Pe. Ednilson.

Veja Algumas Fotos Da Caminhada:



 Fotos: Pedro Roberto

Deus fala ao coração e espera nossa resposta, afirma Papa

"A onipotência do Amor respeita sempre a liberdade do homem; toca o seu coração e espera pacientemente pela sua resposta", explicou hoje Bento XVI.

O Pontífice dedicou sua reflexão, por ocasião da oração mariana do Ângelus, à passagem evangélica do encontro de Jesus com a samaritana, narrado no capítulo 4 de João, que a Igreja propõe aos fiéis neste terceiro domingo da Quaresma.

Deixou como ensinamento aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, a certeza de que, como há dois mil anos, cada pessoa pode hoje manter uma relação pessoal, "real" com Cristo.

A samaritana, como explicou o Papa, "ia todo dia tirar água de um poço antigo, que remonta ao patriarca Jacó, e nesse dia ela encontrou Jesus, sentado, ‘cansado do caminho'".

"No encontro com a samaritana, junto ao poço, surge o tema da ‘sede' de Cristo, que culmina com o grito na cruz: ‘Tenho sede' (Jo 19, 28). Certamente, esta sede, como o cansaço, tem um fundamento físico. Mas Jesus, continua dizendo Agostinho, ‘tinha sede da fé daquela mulher', assim como da fé de todos nós."

"Deus Pai o enviou para saciar a nossa sede de vida eterna, dando-nos o seu amor, mas, para oferecer-nos este dom, Jesus pede a nossa fé", destacou.

Bento XVI convidou os crentes a colocar-se no lugar da mulher samaritana: "Jesus espera por nós, especialmente neste tempo quaresmal, para falar ao nosso coração, ao meu coração", disse.

"Detenhamo-nos, em um momento em silêncio, em nosso quarto, em uma igreja ou em outro lugar retirado. Escutemos sua voz, que nos diz: ‘Se tu conhecesses o dom de Deus'", concluiu, convidando a "não perder esta oportunidade, que qual depende a nossa autêntica felicidade".

Ao despedir-se, o Papa saudou as famílias do Movimento do Amor Familiar "e aqueles que, na igreja de São Gregório VII [de Roma], velaram para rezar pela dramática situação na Líbia".

Jesus e a samaritana

Apresentamos artigo do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, divulgado nesse sábado à imprensa, intitulado ‘Jesus e a samaritana'.

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Durante estes dias da Quaresma, o nosso itinerário batismal tem neste domingo um sinal claríssimo sobre o sinal da Água e a importância do encontro com Jesus, o Cristo. Neste ano, de maneira especial aparece este sinal, que nos ajuda a caminhar para a renovação das promessas batismais na vigília pascal.

Este domingo, chamado da "samaritana", é o terceiro Domingo da Quaresma (cf.Jo 4,5-42). A hostilidade entre judeus e samaritanos conhecemos por outros episódios, como, por exemplo, o caso do chamado "bom samaritano". As relações entre judeus e samaritanos eram de hostilidade constante e a Samaria era considerada território impuro para o ambiente judaico, de modo que não se deveria cruzá-la durante os percursos das viagens.

Jesus quis passar pela Samaria como uma necessidade salvífica, teológica, porque nas suas intenções (que são aquelas do Pai), tinha a vontade de que também aquele povo, como todos os outros existentes, entrassem na ordem da salvação, tornando-se destinatário do anúncio do Reino e da vida nova trazida pelo Cristo.

A objeção dessa mulher: "Tu que és um judeu pedes de beber a uma mulher samaritana?" dá oportunidade a Jesus para anunciar o amor infinito de Deus, a universalidade da salvação e para comunicar a nova dimensão da vida, que agora está totalmente renovada e foi estabelecida com o Reino para todos os povos e indivíduos, homens e mulheres. Superam-se as barreiras, as restrições e as divisões étnicas e raciais.

A água tornou-se a motivação do anúncio. Vemos os vários episódios sobre ela como um símbolo e um "lugar" de salvação e novidade de vida. Recordemos isso como em Meriba, quando o povo de Israel, nômade no deserto, vê a água jorrar da rocha para saciar o povo. Também a vemos no dilúvio, quando a água é destrutiva da raça humana, que deu a oportunidade de Deus mostrar a sua misericórdia para com o homem e o mundo na restauração completa da humanidade. O grande sinal desse tempo no êxodo foi a passagem do Mar Vermelho, quando as águas foram divididas para o povo de Deus passar para o outro lado e depois se fecharam sobre os egípcios. Quando a lança do soldado atingiu o lado de Jesus no alto da cruz, saiu água e sangue: o sinal do Batismo e da Eucaristia.

É dessa mesma água de vida eterna que Jesus está falando com a mulher samaritana no poço de Jacó. Ele deixa claro que a água viva é o próprio Cristo, dom do Pai à humanidade, e que acolhendo-O se obtém a salvação e a vida plena, não importa se samaritanos, ou judeus, palestinos, gregos ou outros. Como a água que sacia todos os homens, e todos estão prontos para usá-la quando estão sob o domínio da sede, assim o Cristo sacia toda a humanidade, reconciliando-a com o Pai, para tornar-se referência vital e indispensável.

Jesus satisfaz a nossa fome e a nossa sede, e com a sua presença e o seu anúncio podemos ter a certeza de sermos exaltados e postos ao seu lado e perante o mundo. Foi o que saiu anunciando a Samaritana a todos.

Dessa água da vida e da salvação, todos nós precisamos! Saciar a sede na fonte, que é Cristo, é cultivar em nós mesmos o equilíbrio, a confiança, a constância de espírito, experimentando a salvação n'Ele.

Ao comentar a liturgia do terceiro domingo deste tempo favorável, o Papa Bento XVI ensina que: "O pedido de Jesus à Samaritana - ‘Dá-me de beber' (Jo 4, 7) -, que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da ‘água a jorrar para a vida eterna' (v. 14): é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos ‘verdadeiros adoradores' capazes de rezar ao Pai ‘em espírito e verdade' (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, ‘enquanto não repousar em Deus', segundo as célebres palavras de Santo Agostinho".

Depois do anúncio da samaritana, todos os que chegaram até Jesus, devido ao seu testemunho, foram unânimes em dizer: nós mesmos vimos e sabemos que Ele é o Cristo!

A experiência do cristão, que renasce no batismo e se torna discípulo de Jesus, será ainda maior quando os que ele encontrar pela vida ou que evangelizar disserem a mesma coisa, ou seja, que o testemunho foi o início, mas, agora, amadureceram e se encontraram com o Cristo vivo. Assim, a nossa missão leva as pessoas ao aprofundamento da fé e ao encontro com Jesus, multiplicando os discípulos missionários.

domingo, 27 de março de 2011

Liturgia Da Palavra

Missa Do 3ª Domingo Da Quaresma

PRIMEIRA LEITURA


Leitura do Livro do Êxodo:

Naqueles dias, 3o povo, sedento de água, murmurava contra Moisés e dizia: “Por que nos fizeste sair do Egito? Foi para nos fazer morrer de sede, a nós, nossos filhos e nosso gado?”
4Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Que farei por este povo? Por pouco não me apedrejam!”
5O Senhor disse a Moisés: “Passa adiante do povo e leva contigo alguns anciãos de Israel. Toma a tua vara com que feriste o rio Nilo e vai. 6Eu estarei lá, diante de ti, sobre o rochedo, no monte Horeb. Ferirás a pedra e dela sairá água para o povo beber”.
Moisés assim fez na presença dos anciãos de Israel. 7E deu àquele lugar o nome de Massa e Meriba, por causa da disputa dos filhos de Israel e porque tentaram o Senhor, dizendo: “O Senhor está no meio de nós ou não?”

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SALMO RESPONSORIAL

— Hoje não fecheis o vosso coração,/ mas ouvi a voz do Senhor!
— Hoje não fecheis o vosso coração,/ mas ouvi a voz do Senhor!


— Vinde, exultemos de alegria no Senhor,/ aclamemos o Rochedo que nos salva!/ Ao seu encontro caminhemos com louvores,/ e com cantos de alegria o celebremos!

— Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,/ e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!/ Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,/ e nós somos o seu povo e seu rebanho,/ as ovelhas que conduz com sua mão.

— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:/ “Não fecheis os corações como em Meriba,/ como em Massa, no deserto, aquele dia,/ em que outrora vossos pais me provocaram,/ apesar de terem visto as minhas obras”.
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SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 1Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, pela mediação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 2Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.
5E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo morreu pelos ímpios, no tempo marcado. 7Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa talvez alguém se anime a morrer. 8Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta do meio-dia. 7Chegou uma mulher da Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”.
8Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.
10Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”.
11A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar água viva? 12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?”
13Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
15A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19b“Senhor, vejo que és um profeta!” 20Os nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”.
21Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
23Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”.
25A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”. 26Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”. 39aMuitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. 40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o salvador do mundo”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Comunicado

Comunico que eu estarei participano de um encontro vocacional nesse final de samana, E retornarei no domingo e no mesmo dia o nosso blog voltará ao normal.

Grato: Pedro  

Publicadas pela 1ª vez entrevistas de João Paulo II nos aviões

'"Uma ideia ‘genial', que nos restitui João Paulo II, com sua espontaneidade, muito mais do que os numerosos discursos que constituem seu magistério." O cardeal Roberto Tucci, que foi o organizador da viagem do papa Karol Wojtyla, acolheu com entusiasmo o livro "Companheiros de viagem. Entrevistas voando com João Paulo II" ("Compagni di viaggio. Intervista al volo com Giovanni Paolo II", ‘Libreria Editrice Vaticana'), editado pela vaticanista Angela Ambrogetti e apresentado ontem na sede da ‘Rádio Vaticano'.

O livro inclui material, em sua maioria inédito, do arquivo de áudio da ‘Rádio Vaticano'. O Pe. Federico Lombardi, diretor da ‘Rádio Vaticano', disse que "hoje, as palavras que o Papa Bento XVI dirige aos repórteres em voos internacionais são cuidadosamente transcritas pelos próprios jornalistas, às vezes transmitidas por telefone e às agências ainda durante o voo".

"As respostas aos jornalistas - acrescentou o cardeal Tucci - demonstram que João Paulo II não tinha medo de falar com eles, mesmo quando era provável que lhe dirigissem perguntas difíceis." O Papa não evitava o diálogo "e não deixava de responder, talvez com ironia".

Nunca falava ‘off the record' (com o microfone desligado), confirma a "vaticanista" madrilena Paloma Gómez Borrero, que participou das 104 viagens de João Paulo II fora da Itália: "Ninguém nunca nos pediu para manter reserva sobre o que o Pontífice havia dito nos voos".

A antiga correspondente de ‘Televisión Española' explicou como o diálogo com os jornalistas complementava e integrava o que ele diria mais tarde nos discursos oficiais: "O que ele nos disse, por exemplo, na viagem a Cuba, sobre a situação do país, sobre os direitos humanos, sobre as detenções, estava intimamente ligado ao que ele disse depois na ilha".

As conversas com os jornalistas mostram precisamente, segundo o cardeal Tucci, "o conhecimento que o Pontífice tinha do país ao qual se dirigia, quer através de relatórios enviados a ele pela Secretaria de Estado, quer através de encontros anteriores com os bispos desses países".

"Ao retornar de uma dessas viagens para preparar as visitas papais - revelou Tucci -, Wojtyla nunca me pedia detalhes sobre o programa acordado, mas quais eram, do meu ponto de vista, as necessidades dessa Igreja neste momento histórico."

"Nem evitava as visitas que pareciam mais críticas: ‘O Papa deve visitar precisamente a Igreja que mais precisa dele'", dizia Karol Wojtyla.

Viagens e conversas com a imprensa eram, de acordo com Gianfranco Svidercoschi, outro "vaticanista" histórico, italiano, que conhecia João Paulo II desde antes de ser Papa, "uma expressão da sua ideia de Igreja que se abria à modernidade, sem se deixar manipular". "A viagem, disse Karol Wojtyla em uma entrevista, já é comunicação, pois acrescenta a presença à palavra."

Segundo o sacerdote salesiano Giuseppe Costa, diretor da ‘Libreria Editrice Vaticana', "também oferece um testemunho sobre o valor do jornalismo, muito além dos estereótipos, com a capacidade de compreender, através de entrevistas, o significado da nossa história recente".

(Chiara Santomiero)

40 anos de serviço à civilização europeia

No próximo dia 25 de março, o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) cumprirá 40 anos.

Este é um aniversário importante para uma instituição que não é muito conhecida, mas que tem desempenhado um papel importante no crescimento e realização da civilização europeia moderna.

O CCEE está composto por 33 conferências episcopais de vários países europeus. No encontro de fundação, em 18 de novembro de 1965, eram apenas 13 os presidentes das conferências episcopais presentes.

O objetivo era promover a colaboração entre os bispos da Europa, com finalidades dirigidas ao bem comum e à realização da missão cristã.

Mas não se trata apenas de uma instituição de união: o CCEE procura levar a cabo um papel de responsabilidade paternal em relação aos povos, crentes ou não, da Europa.

Para entender melhor a história, objetivos e propostas do CCEE, em face ao crescimento da civilização europeia, ZENIT entrevistou o cardeal Péter Erdö, arcebispo de Esterzgom-Budapeste, primaz da Hungria e presidente do CCEE.

ZENIT: Em 25 de março, o CCEE cumprirá 40 anos. O que ele é exatamente e como nasceu?

Cardeal Erdö: O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) está a serviço da colegialidade entre as conferências episcopais da Europa. A primeira tarefa do CCEE é promover a colaboração entre os bispos da Europa. O CCEE é destinado à custódia do bem da Igreja e à promoção do cumprimento da sua missão. Tem um papel consultivo: cultivar o espírito colegial e realizar uma maior cooperação e comunhão entre as conferências episcopais. A colaboração se dá através de consultas, especialmente durante a reunião plenária anual, que envolvem os presidentes de cada conferência episcopal.

No final do Concílio Vaticano II, em 18 de novembro de 1965, foi realizada uma reunião dos presidentes de 13 conferências episcopais da Europa. Eles criaram uma comissão, composta por seis delegados das conferências episcopais e um secretário de ligação, para que pensasse na futura colaboração entre as conferências episcopais da Europa. A responsabilidade foi confiada a Dom Etchegaray. A comissão tinha uma dupla tarefa: estudar os elementos necessários para uma colaboração efetiva e estabelecer e definir as áreas pastorais para as quais a colaboração era particularmente necessária e urgente. Nos dias 23 e 24 de março de 1971, realizou-se, sempre em Roma, a Assembleia Constituinte do CCEE.

No começo, a Assembleia Plenária era realizada com os delegados das conferências episcopais. Em 1986, havia 25 membros e os episcopados de quase todos os Estados europeus tinham um representante. Em 1995, os membros já eram 34 e atualmente são 37 (33 conferências episcopais e 4 bispos não-membros das conferências episcopais: Luxemburgo, Mônaco, República da Moldávia e Chipre. O CCEE abrange essa parte da Europa que não pertence à União Europeia, incluindo a Rússia e a Turquia. Os novos estatutos foram aprovados pela Congregação para os Bispos em 2 dezembro de 1995.

ZENIT: Se o senhor tivesse que escolher momentos significativos nas atividades do CCEE nos últimos 40 anos, quais mencionaria?

Cardeal Erdö: Desde a época antes da minha participação pessoal, conheço os principais acontecimentos, sobretudo baseados nos relatos do primeiro presidente, o cardeal Etchegaray, que falou desta iniciativa com entusiasmo. Em suas palavras, sempre senti esse dinamismo do Espírito Santo, que também se manifestou no Concílio Vaticano II e que contribuiu para o aprofundamento dessa realidade teológica, conhecida desde sempre, que chamamos de colegialidade episcopal.

Da minha experiência pessoal, lembro-me de uma reunião em Munique, com Dom Ivo Fürer, então secretário-geral do CCEE, e com o excelente canonista alemão Heribert Schmitz. Nós estávamos trabalhando no estatuto do CCEE. Assim, nosso trabalho foi feito de acordo com o CIC de 1983 e o Código dos Cânones das Igrejas Orientais de 1990. É realmente uma força das conferências continentais a unidade com a Igreja universal, especialmente com o Sucessor de Pedro.

Outra experiência significativa também é a reunião anual dos bispos orientais católicos europeus. Esta iniciativa é realizada há vários anos sob o patrocínio do CCEE, no sinal da igual dignidade de todas as Igrejas católicas ‘sui iuris', que estão em plena comunhão com a Igreja de Roma. A unidade na diversidade dentro da Igreja Católica é uma força que pode ajudar a aproximar os diversos povos do nosso continente, tão atormentado na história.

Outra lembrança inesquecível foi a oração dos bispos em Fátima, em 2007, quando confiamos nosso continente à proteção materna da Virgem Maria; e também a reunião dos bispos do Sudeste Europeu, realizada em 2009, na Turquia, visitando Tarso e outros locais de importância na vida de São Paulo, pedindo-lhe que intercedesse pelo despertar da evangelização no nosso continente. O anfitrião desta vez foi o saudoso bispo Dom Luigi Padovese.

ZENIT: Entre os objetivos do CCEE, também está o apoio ao desenvolvimento das relações ecumênicas. Como o CCEE pode realizar essa missão e quais são seus interlocutores?

Cardeal Erdö: As reuniões do comitê CCEE-KEK, que permitem um trabalho comum da nossa presidência com a presidência da KEK (organização europeia dos outros cristãos, ortodoxos, protestantes e anglicanos), confirmam a responsabilidade comum pela vida do nosso continente.

Foi especialmente importante o encontro ecumênico europeu de Sibiu (Romênia), em 2007. Outra experiência muito encorajadora foi o fórum católico-ortodoxo (FCO) europeu, que permite que a nossa organização - sempre em contato com a Santa Sé - trabalhe em conjunto com os representantes de todas as Igrejas Ortodoxas da Europa. Estes fóruns, que parecem assumir um ritmo bienal, não constituem uma nova organização, mas sempre se dedicam a alguma questão da vida moral e social do nosso continente. Descobrimos com alegria que as nossas posições teológicas são tão próximas, que permitem posições comuns em importantes campos práticos. O diálogo teológico-dogmático tem lugar entre as igrejas através de outras estruturas católicas, sob a orientação do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Anais do II Fórum católico-ortodoxo sobre as relações Igreja-Estado, perspectivas teológicas e históricas, serão apresentados em Roma em novembro próximo.

ZENIT: Há várias sombras que ameaçam a Europa, incluindo o colapso demográfico, a separação e a divisão das famílias, certa ambiguidade sobre o reconhecimento da identidade cristã, o crescimento de uma cultura que quer permitir várias formas de eutanásia, o desaparecimento de Deus da vida cotidiana... Frente a um horizonte que parece confuso, como o CCEE pretende fazer brilhar a luz de um novo renascimento cristão?


Cardeal Erdö: Já nos estatutos do CCEE está escrito que a nova evangelização está entre suas prioridades. Agora, o Papa criou um dicastério para a promoção da Nova Evangelização e, em 2012, se realizará o Sínodo dos Bispos sobre este tema. Em Zagreb, em 2010, tivemos uma assembleia plenária sobre "Demografia e vida na Europa". Cada um dos nossos encontros anuais - e também este último - é precedido por uma pesquisa detalhada sobre o assunto para apreciação. Esta pesquisa aborda todos os países europeus. Os resultados são coletados, avaliados, discutidos e apresentados à Assembleia.

Para a nossa Assembleia Plenária de 2011, em Tirana (Albânia), o tema será a Nova Evangelização.

ZENIT: Quanto à missão do bispo, neste contexto, sabemos que ele é um pastor de almas, mas também uma figura importante no âmbito civil e social. Como podemos levar os ensinamentos da Igreja também a uma área de grande interesse público?

Cardeal Erdö: O bispo deve ajudar e incentivar os leigos para o desenvolvimento da sociedade secular, no espírito do Evangelho, segundo os valores mais profundamente humanos, iluminados pela fé cristã.

Quanto à participação dos bispos na direção política e civil dos países europeus, esta é uma clara mudança. No final da Antiguidade, muitas cidades ficaram sem o governo civil; quem poderia defender os interesses da comunidade? Muitas vezes era o bispo quem acabava assumindo este papel.

Na era moderna, alguns bispos e cardeais, como Mendoza, Jiménez de Cisneros, Richelieux, assumiram inclusive o papel de regente de seu país.

Hoje em dia, o Direito Canônico proíbe os clérigos de executar funções que envolvam o exercício do poder estatal. São os leigos que - também segundo o Concílio Vaticano II - têm uma vocação especial de transformar o mundo no sentido do Evangelho (cf. CIC, cân. 227, ‘Apostolicam Actuositatem' 7b).

Fonte: Zenit

quinta-feira, 24 de março de 2011

JESUS, ÁGUA VIVA QUE SACIA TODA A SEDE

Na caminhada rumo à Páscoa estamos chegando ao terceiro domingo da Quaresma. Um domingo marcadamente batismal.
A palavra de Deus proclamada neste 3º domingo da Quaresma (Jo 4,5-42) ilumina nossa vida de cristãos. Jesus transforma as circunstâncias simples e comuns da vida, como o buscar água num poço, em momentos especiais, de graça e de salvação.
Podemos nos ver refletidos no drama da anônima samaritana. Muitas vezes também nós carregamos relacionamentos feridos, sedentos de verdade e de autenticidade. Tão sedentos ficamos que, clamando por água, reclamamos ou duvidamos da presença de Deus.
A Quaresma é, para nós, batizados, um tempo oportuno para sentarmos junto a tantos “poços” onde, corações inquietos e necessitados, bebemos da água, até nos saciarmos de tanta sede de vida nova. Quaresma é tempo propício para o diálogo calmo e sem preconceito.
A mulher samaritana torna-se símbolo do discípulo de Jesus, de quem aceita o dom que o Senhor oferece. Ela realiza, em sua caminhada, aquilo que o Senhor profetiza: “quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna” (Jo 4,14).
À pergunta da samaritana a respeito do “lugar onde se deve adorar, em Jesusalém ou no monte Garizin” Jo 4,20), Jesus responde: “Os verdadeiros adoradores, vão adorar o Pai em espírito e verdade” Jo 4,23). A única adoração absoluta é a adoração em espírito e verdade ao Deus da vida, eterno, onde quer que seja lembrado e reconhecido.
O discípulo de Jesus se torna adorador em “espírito e verdade” quando assume a sua missão batismal, um dinamismo evangelizador e missionário, como a mulher samaritana: “venham ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Será que ele não é o Messias?” (Jo 4,29).
Esse dinamismo evangelizador deve levar o discípulo de Jesus à tomada de uma consciência ambiental. A vida no planeta terra está exigindo de todos nós, em especial os cristãos, uma ação em defesa do mesmo através de mudança de mentalidade e de hábitos com relação ao planeta.
É uma constatação real feita pelos cientistas de que vivemos num grande aquecimento do planeta. Isso se acentuou com o desenvolvimento industrial a partir de 1750. Esse progresso que vemos e sentimos na nossa vida concreta tem contribuído enormemente para o aquecimento global e ocasionado mudanças climáticas acentuadas. As enchentes, os deslizamentos de terra, as secas, os temporais não são decorrentes apenas de causas naturais mas, infelizmente, são causados pelo enorme progresso material e tecnológico construído pela mão do ser humano e que presenciamos e usufruímos.
A Igreja Católica no Brasil através da CNBB nos convoca para a vivência da Campanha da Fraternidade 2011 cujo tema é A Fraternidade e o Planeta Terra com o lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).
Jesus nos concede o dom da fé, a fim de fazer brotar, no coração de seus seguidores, “o amor de Deus”. Ao pedir à Samaritana que lhe desse de beber, Jesus lhe dava o dom de crer. E, “saciada sua sede de fé, lhe acrescentou o fogo do amor” (Prefácio da Missa).
Assim também acontece conosco, batizados. Jesus nos sacia a nossa sede de fé e nos dá o fogo do amor. Esse amor se manifesta no cuidado para com a criação, em especial, o ser humano. A CF 2011 nos estimula a viver esse amor concretamente na participação em ações que favoreçam a defesa da vida no planeta e de todos os seres vivos.
Devemos nos perguntar: como estamos cuidando da criação? Como estamos cuidando do ser humano? Como estamos cuidando da água. Se a temos em abundância nossa cidade e região lembremo-nos que ela está ficando escassa e está bastante poluída. A responsabilidade não é apenas do poder público, mas de todo cidadão e cidadã no cuidado da cidade, do bairro, do povoado, do seu quintal e sua calçada. Se quisermos vida digna para todos, todos devemos nos conscientizar e nos empenhar em cuidar melhor do nosso ambiente.
Fomos batizados e banhados pela água que jorra para a vida eterna. Devemos ser agradecidos a Deus por esta infinita graça nos empenhando realmente no cuidado do nosso ambiente, humano e natural, para que a criação deixe de gemer como em dores de parto.
A CF 2011 nos lança esse desafio.

Dom Mauro Montagnoli
Bispo de Ilhéus

A única piloto sem braços encontra-se com Papa

Bento XVI saudou nesta quarta-feira Jessica Cox, jovem de 28 anos do Arizona, nascida sem braços, protagonista de conquistas humanas como ser piloto de avião ou faixa preta de Taekwondo.

Precisamente com os pés ela presenteou ao Papa uma medalha oficial do Guinness que atesta seu empenho tenaz por testemunhar “o valor da vida” sempre e em todas as condições.

Utilizando unicamente os pés, Jessica aprendeu a pilotar aviões, dirigir automóvel, tocar piano e realizar todos os gestos da vida diária. No esporte, ela é faixa preta de Taekwondo.

“É um estilo de vida com o qual tento contagiar os jovens que vivem no desespero e sem valores autênticos”, disse nesta quarta-feira, na praça de São Pedro.

Ex-embaixador recorda João Paulo II

Um ex-embaixador dos EUA no Vaticano recordou seu trabalho com o Papa João Paulo II e destacou a bondade do pontífice com sua família.

Raymond Flynn voltou ao bairro que o viu nascer na semana passada, para falar na inauguração da Sala João Paulo II na igreja de Nossa Senhora de Czestochowa, em Worcester, Massachusetts.

Flynn foi prefeito de Boston de 1984 a 1993, quando foi nomeado embaixador na Santa Sé, posto que ocupou até 1997.

Ele falou do “importante legado, testemunho de valentia moral e liderança política no mundo” do pontífice polonês, destacando como “inspirou as pessoas da Polônia a se erguer contra o comunismo e a opressão e, fazendo isso, mudou o leste europeu e o mundo”.

“Falei com o Papa em várias ocasiões e viajei com ele a vários países, mas o que mais lhe agradeço é sua bondade pessoal com minha família”, disse. “Estive com ele em Boston antes que fosse Papa e estive em Roma quando ele morreu”.

Flynn disse que os jovens “precisam recordar o impacto tão positivo que João Paulo II teve em nossa cultura e nossa sociedade. Falou sobre questões impopulares e nos recordou a dignidade de cada pessoa”.

“Eu nasci neste bairro polonês católico de Boston e foi capaz de alcançar muitas coisas em minha vida”, refletiu o ex-embaixador, “mas ter conhecido João Paulo II é uma das maiores honras de minha vida”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

NOVO CARDEAL PRIMAZ DO BRASIL

Na terça-feira, 22 de março, os católicos de Salvador receberão o novo arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães.

A chegada está prevista para às 20h35 e uma comissão liderada pelo Administrador Apostólico da Arquidiocese, Dom Geraldo Majella Agnelo, dará as boas vindas a Dom Murilo. Também integram a comitiva o bispo auxiliar Dom Gregório Paixão e alguns vigários episcopais que representam as regiões da arquidiocese. A solenidade de posse será na sexta-feira, 25, às 19 horas, na Catedral Basílica, onde haverão três telões, um na sacristia e outros dois na praça em frente, para que os fiéis possam acompanhar a cerimônia. A expectativa é que dentro da Catedral tenham cerca de 2 mil pessoas.

Além do representante do Papa no Brasil, o Núncio Apostólico Dom Lorenzo Baldisseri, estarão na posse os Cardeais Dom Cláudio Hummes, Dom Eugênio de Araújo Sales, Dom Odilo Pedro Scherer e os Bispos Dom Orani João Tempesta, Dom Dimas Lara Barbosa e Dom Itamar Vian. Do cenário político está confirmada a vinda do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo e dos os senadores Luiz Henrique da Silveira, Casildo João Maldaner e Paulo Roberto Bauer.

Entre os fiéis da Arquidiocese, a movimentação também é intensa. Paróquias e movimentos leigos estão organizados e diferentes grupos montaram caravanas para participar da Missa de posse. Um exemplo é a Paróquia São Paulo Apóstolo que levará um ônibus com paroquianos para a Catedral. No site do Movimento Escalada, um espaço será criado para que os participantes do grupo deixem mensagens para o novo arcebispo. Posteriormente, este material será transformado em um cartão e entregue a Dom Murilo.

Estudo indica que religião pode acabar em 9 países ricos

Dados de censos colhidos desde o século 19 indicam que a religião pode ser extinta em nove nações ricas que foram analisadas em um estudo científico.
A pesquisa identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirmam não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e República Tcheca --o país com o índice mais elevado, com 60%.
Usando um modelo de progressão matemática, o levantamento --divulgado durante um encontro da American Physical Society-- mostra que as pessoas que seguem alguma religião vão praticamente deixar de existir nestes países.
Na Holanda, por exemplo, 70% dos holandeses não terão religião alguma até 2050. Hoje, esse grupo é de 40% da população.
"Em muitas democracias seculares modernas, há uma tendência maior de as pessoas se identificarem como sem uma religião", afirma Richard Wiener, que trabalha em um centro de pesquisa em ciência avançada, subordinado ao departamento de física da Universidade do Arizona.
A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que leva em conta fatores sociais e a influência que exercem em uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.
Os parâmetros se mostraram semelhantes em vários países pesquisados, indicando que a religião está a caminho da extinção nessas nações.

Fonte: UOL noticias

Cardeal Piacenza pede adoração eucarística pelas vocações

O cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, afirma que não se pode subestimar o valor da adoração eucarística, e recomenda que cada diocese tenha uma capela ou santuário para a adoração eucarística, dedicada à oração pelas vocações consagradas e pela santificação do clero.

Isto foi afirmado em uma nota enviada, no último dia 4 de março, a Dom Dominique Rey, bispo de Toulon (França). Este bispo está promovendo uma conferência internacional sobre a adoração eucarística, que será realizada de 20 a 24 de junho, no ‘Salesianum' de Roma.

"Não podemos subestimar a importância de adorar o Senhor no Santíssimo Sacramento, sabendo que o culto é o maior ato do povo de Deus", escreve o cardeal.

A este respeito, acrescenta que a adoração eucarística é "um meio eficaz para promover a santificação do clero, a reparação dos pecados e as vocações ao sacerdócio e à vida religiosa".

"Com coragem, devemos pedir ao Senhor que envie novos operários para a sua messe", diz o cardeal Piacenza.

Acrescenta a recomendação de que "em cada diocese haja pelo menos uma igreja, capela ou santuário dedicado à adoração perpétua da Eucaristia, pela intenção específica de promover novas vocações e pela santificação do clero".

"Um renovado sentido da devoção a Cristo na Eucaristia - conclui o cardeal Piacenza - só pode enriquecer cada aspecto da vida e da missão da Igreja no mundo."

terça-feira, 22 de março de 2011

Arquidiocese de Salvador prepara posse de arcebispo

A poucos dias da posse de Dom Murilo Krieger como arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, a arquidiocese vive momentos de expectativa e muito trabalho.

Segundo informa o site da arquidiocese, os fiéis, padres, diáconos e religiosos estão mobilizados para recepcionar Dom Murilo, e a comissão responsável pelo evento finaliza os preparativos.

A solenidade de posse será no dia 25 de março, às 19h, na Catedral Basílica, no Terreiro de Jesus.

Nesta terça-feira, 22 de março, os católicos de Salvador receberão o novo arcebispo no Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães.

A chegada está prevista para às 20h35. Uma comissão liderada por Dom Geraldo Majella Agnelo, administrador apostólico da arquidiocese, dará as boas-vindas a Dom Murilo.

Nestes dias, a Catedral Basílica recebe 500 cadeiras, além dos bancos e acentos já existentes, para acomodar as pessoas que forem participar da missa e posse.

Um telão será instalado na sacristia e outros dois na praça do Terreiro de Jesus, para que os fiéis possam acompanhar a cerimônia. A expectativa é que dentro da Catedral tenham cerca de 2 mil pessoas.

Para receber os visitantes do clero, a arquidiocese montou um esquema de acolhimento para os bispos e os padres.

Além do representante do Papa no Brasil, o núncio apostólico Dom Lorenzo Baldisseri, estarão na posse os cardeais Dom Cláudio Hummes, Dom Eugênio de Araújo Sales, Dom Odilo Pedro Scherer e os bispos Dom Orani João Tempesta, Dom Dimas Lara Barbosa e Dom Itamar Vian.

Entre os fiéis da arquidiocese, a movimentação também é intensa. Paróquias e movimentos leigos estão organizados e diferentes grupos montaram caravanas para participar da missa de posse.

Um exemplo é a Paróquia São Paulo Apóstolo, que levará um ônibus com paroquianos para a Catedral. No site do Movimento Escalada, um espaço será criado para que os participantes do grupo deixem mensagens para o novo arcebispo. Posteriormente, este material será transformado em um cartão e entregue a Dom Murilo.

Santo Padre pede segurança para povo líbio

A segurança do povo líbio e a abertura de corredores humanitários são as duas prioridades do apelo lançado ontem pelo Papa Bento XVI, ao concluir a oração do Ângelus na Praça de São Pedro.

O Papa expressou sua preocupação com a situação no país e disse que acompanha atento os acontecimentos e o ataque militar desencadeado desde o sábado passado contra as forças de Muammar al-Kadafi, por parte de uma coalizão de forças ocidentais.

A operação, chamada ‘Dawn Odyssey' (Odisséia do Amanhecer), foi autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU, com a resolução 1.973, e é liderada por uma coalizão de cinco países (EUA, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá), da qual participam vários países membros e não-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Os ataques de aviões franceses contra as posições antiaéreas integradas da Líbia e as forças terrestres colocadas de Gaddafi, colocadas perto de Benghazi, começaram após o avanço das tropas do presidente líbio para esta cidade, violando o cessar-fogo emitido pela resolução da ONU.

O objetivo da coalizão, estabelecido pelas Nações Unidas, é "proteger os civis, por qualquer meio", e impor o respeito pela zona de exclusão aérea estabelecida pela ONU para impedir que as forças do coronel eliminem os rebeldes, resguardados nas cidades de Benghazi e Misurata.

"Nos dias passados - disse o Papa, da janela dos seus aposentos, no Palácio Apostólico -, as preocupantes notícias da Líbia suscitaram, também em mim, profunda preocupação e temor. Fiz uma oração particular ao Senhor durante a semana dos Exercícios Espirituais."

"Acompanho agora os mais recentes acontecimentos com grande apreensão, rezo por aqueles que estão envolvidos na dramática situação do país e dirijo um apelo urgente a todos os que têm responsabilidades políticas e militares, para que deem prioridade, acima de tudo, à segurança dos cidadãos e para que garantam o acesso à ajuda humanitária", acrescentou.

"À população, quero assegurar a minha proximidade, enquanto peço a Deus para que um horizonte de paz e harmonia surja o mais rapidamente possível na Líbia e em toda a região do Norte da África", concluiu o Papa.

João Paulo II, o Papa que falava ao povo

Figura amada inclusive pelos não-católicos, João Paulo II talvez seja o Pontífice mais "estudado", "analisado" e sobre quem foram escritos mais livros. O proposto por Sabina Caligiani, intitulado "João Paulo II, o Papa que falava ao povo" (Ed. Paulinas), é um deles.

Nascida em Perúgia em 1946, jornalista, também graduada em Direito e em Ciências Religiosas, Caligiani decidiu escrever estas páginas "porque não podemos nos esquecer de João Paulo II. (...) É como quando morre um ente querido, um familiar, e você quer que ele ainda esteja presente. Falando, lembrando suas palavras, suas ações, como se ainda estivesse conosco".

Escrito originalmente como tese universitária, o livro é dividido em duas partes: na primeira, são mostrados extrato de discursos do Pontífice polonês, os pontos cardeais da sua evangelização. Na segunda, mais específica e que, de fato, caracteriza o livro, descreve-se a relação entre João Paulo II e a comunicação.

Publicado em 2010, Caligiani retorna para falar sobre seu trabalho ao público de leitores, tendo em vista a próxima beatificação de Wojtyla, em maio. Acolhido em Roma pela ‘Livraria Internacional Papa Paulo VI', no centro do debate se coloca a figura de João Paulo II como um grande comunicador.

A autora, percorrendo o pontificado de Karol Wojtyla, destaca suas características, especialmente quando a atenção de João Paulo II incide sobre "a recuperação da pessoa como sujeito ativo de sua própria existência". Sublinha também que o fato de que a defesa da dignidade humana, inclusive através da mídia, tenha sido uma prerrogativa deste Papa, é algo histórico.

Porta-voz da cristandade através dos meios de comunicação, João Paulo II "é também quem enfrenta de forma radical as questões de fundo da informação e do jornalismo moderno. É uma mensagem forte, que se mantém intacta até hoje".

"Os comunicadores - disse o próprio Wojtyla - devem procurar a comunicação com o povo, devem aprender a conhecer as necessidades reais das pessoas, estar informados sobre suas lutas, devem ser capazes de apresentar todas as formas de comunicação com a sensibilidade que a dignidade do homem exige."

No início do pontificado, as visitas às paróquias romanas tornaram-se uma maratona desgastante para os que trabalhavam com ele, acostumados aos encontros sóbrios do Papa Montini. Com Wojtyla, era necessário correr, manter-se no seu ritmo. Um dia, no Vaticano, ele surpreendeu os presentes com uma frase: "O corpo, e somente ele, é capaz de tornar visível aquilo que é invisível: o espiritual e o divino". Este foi um ponto a seu favor.

"O fato de que a teologia abranja também o corpo não deve maravilhar ou surpreender quem está ciente do mistério e da realidade da encarnação: ‘Dado que a Palavra de Deus se fez carne - disse Wojtyla, na audiência geral de 2 de abril de 1980 -, o corpo entrou, digamos, pela porta da frente, na teologia, ou seja, na ciência que tem por objetivo a divindade'."

E, dirigindo-se aos jovens que se sentavam nas arquibancadas da ‘Arena di Verona', lembrou mais uma vez que o homem pode falar com seu corpo e, por isso, o corpo se torna linguagem. Uma comunicação cristológica a dele, "que lembra - diz Caligiani - a de Cristo com as parábolas".

Quando João Paulo II viajava de avião, "os jornalistas sentiam a mesma curiosidade dos apóstolos que seguiam Jesus, ouvindo as parábolas que o tornaram aceitável para as pessoas comuns, não cientes se serem a igreja primitiva, mas - conclui a autora - movidas pela curiosidade, pelo pressentimento do verdadeiro".

Pensando no breve papado de Albino Luciani, durante uma Missa concelebrada em sua memória, o então cardeal Wojtyla fez uma oração, que agora parece profética, dado o que logo depois aconteceria, com sua eleição para o trono pontifício: "Não podemos deixar de voltar a esse primeiro chamado, o dirigido a Simão, a quem nosso Senhor deu o nome de ‘Pedro'. Em especial o chamado definitivo, após a ressurreição, quando Cristo lhe perguntou três vezes: ‘Tu me amas?', e Pedro respondeu três vezes: ‘Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'".

"Um coração humano deve estremecer, porque a pergunta é também um pedido. Deves amar! Deves amar mais do que outros." Um chamado de duplo significado: "É um convite a servir - concluiu Wojtyla -, é um convite a morrer".

E também com o último ato de sua vida terrena - a morte -, João Paulo II escreveu uma das páginas mais comoventes e acompanhadas pela mídia do mundo inteiro. Centenas de milhares de pessoas se emocionaram no dia do seu funeral, quando o evangelho, colocado sobre o seu caixão, na Praça de São Pedro, foi aberto pelo vento.

(Mariaelena Finessi)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Corte européia decide que crucifixos permanecerão nas escolas públicas, na Itália.

A Corte Européia de Direitos humanos com sede em Estrasburgo decidiu hoje, em uma sentença inapelável, que os crucifixos podem permanecer nas escolas públicas.
Esta sentença foi promulgada logo depois da posição favorável aos crucifixos na Itália e na Áustria, após sentenças da Corte Suprema de Cassação, no primeiro caso, e da Corte Constitucional, no segundo.
Com a resolução de hoje a Corte Européia estabelece que “não existe violação do artigo 2 do protocolo N° 1 (direito à educação) da Convenção Européia de Direitos humanos”.
Este artigo se refere à obrigação do estado, “no exercício de suas funções em relação à educação, a respeitar o direito dos pais de educar os seus filhos de acordo às suas convicções religiosas e filosóficas”.
A sentença da Corte indica que “embora o crucifixo seja acima de tudo um símbolo religioso, não há evidencia para a Corte de que sua exposição em uma parede de uma sala de aula influencie os alunos”.
“Além disso -diz a resolução- embora se compreenda que a demandante tenha visto que esta exposição do crucifixo nas salas de aula à que assistiam suas filhas como uma falta de respeito do Estado a seu direito de educar conforme suas próprias convicções filosóficas, sua percepção subjetiva não foi suficiente para estabelecer uma violação do artigo 2 do protocolo 1″.
A sentença também recorda que o governo italiano explicou em sua apelação que “a presença dos crucifixos nas escolas públicas corresponde a uma tradição que consideram importante perpetuar”.
Do mesmo modo, as autoridades da Itália ressaltaram que o crucifixo não é apenas um símbolo religioso mas “representa os princípios e valores que formaram os alicerces da democracia e da civilização ocidental, e que sua presença nas classes é justificável a este respeito”.
A Corte Européia de Direitos humanos aceitou a apelação apresentada pelo governo da Itália no 28 de janeiro de 2010, logo depois de que em novembro de 2009 decidira que os crucifixos não deviam estar nas salas de aula das escolas.
A resolução de novembro de 2009 dava razão a uma mãe de família de duas alunas que alegava que os crucifixos “não correspondiam” à forma que suas filhas deveriam ser educadas.
Diante desta decisão, o governo da Itália defendeu a presença dos crucifixos nas salas de aula dos colégios públicos, como um símbolo que representa as raízes cristãs do país.
Vaticano reage com satisfação a decisão.
O Vaticano acolheu com “satisfação” a sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que a presença de crucifixos nas escolas públicas italianas não viola o direito à educação nem a liberdade de pensamento e religião.
“A sentença do Tribunal Europeu é amparada com satisfação pela Santa Sé. Trata-se de uma sentença muito trabalhada e que faz história”, declarou o porta-voz vaticano, Federico Lombardi.
Lombardi acrescentou que o Grande Júri do Tribunal Europeu de Direitos Humanos “derrubou todos os perfis” da sentença de primeiro grau, recorrida pela Itália, com o apoio de vários estados europeus e muitas ONGs, “no que foi expressão do amplo sentir da população”.
O porta-voz da Santa Sé acrescentou que a sentença reconhece um alto nível jurídico e internacional que a cultura dos direitos do homem “não deve ser posta em contradição com os fundamentos religiosos da civilização europeia, à qual o Cristianismo deu uma contribuição essencial”.
“Reconhece-se que, seguindo o princípio de subsidiariedade, é necessário garantir a todos os países uma margem de atuação sobre o valor dos símbolos religiosos de suas próprias culturas e identidades nacionais, assim como o local de sua exposição”, acrescentou Lombardi.
O Tribunal diz que a exposição do crucifixo “não é um doutrinamento, mas a expressão da identidade cultural e religiosa dos países de tradição cristã”, ressaltou o porta-voz da Santa Sé.
“O Vaticano dá também as boas-vindas à sentença do Grande Júri porque contribui eficazmente para restabelecer a confiança no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para uma grande parte dos europeus”, acrescentou seu porta-voz.
O Vaticano sempre considerou que o crucifixo é um sinal “de oferecimento do amor de Deus e de união e amparo para toda a humanidade, e jamais um sinal de divisão, de exclusão ou de limitação da liberdade”, acrescentou.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/