domingo, 6 de setembro de 2009

O SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO

337. Qual é o desígnio de Deus acerca do homem e da mulher?

1601 – 1605

Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os, no Matrimónio, a uma íntima comunhão de vida e de amor entre eles, «de modo que já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19,6). Abençoando-os, Deus disse-lhes: «sede fecundos e multiplicai-vos» (Gn 1,28).

338. Para que fins instituiu Deus o Matrimónio?

1659-1660

A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e dotada de leis próprias pelo Criador, está por sua natureza ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e bem dos filhos. Segundo o desígnio originário de Deus, a união matrimonial é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: «O que Deus uniu não o separe o homem» (Mc 10,9).

339. Como é que o pecado ameaça o Matrimónio?

1606-1608

Por causa do primeiro pecado, que provocou também a ruptura da comunhão do homem e da mulher, dada pelo Criador, a união matrimonial é muitas vezes ameaçada pela discórdia e pela infidelidade. Todavia Deus, na sua infinita misericórdia, dá ao homem e à mulher a sua graça para que possam realizar a união das suas vidas segundo o desígnio originário de Deus.

340. O que é que o Antigo Testamento ensina sobre o Matrimónio?

1609-1611

Deus, sobretudo através da pedagogia da Lei e dos profetas, ajuda o seu povo a amadurecer progressivamente a consciência da unicidade e da indissolubilidade do Matrimónio. A aliança nupcial de Deus com Israel prepara e prefigura a Aliança nova realizada pelo Filho de Deus com a sua esposa, a Igreja.

341. Qual a novidade dada por Cristo ao Matrimónio?

1612-1617
1661

Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para viver o Matrimónio na nova dignidade de sacramento, que é o sinal do seu amor esponsal pela Igreja: «Vós maridos amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja» (Ef 5,25).

342. O Matrimónio é uma obrigação para todos?

1618-1620

O Matrimónio não é uma obrigação para todos. Deus chama alguns homens e mulheres a seguir o Senhor Jesus na vida da virgindade ou do celibato pelo Reino dos céus, renunciando ao grande bem do Matrimónio para se preocuparem com as coisas do Senhor e para procurar agradar-Lhe, tornando-se assim sinal do absoluto primado do amor de Cristo e da ardente esperança da sua vinda gloriosa.

343. Como se celebra o sacramento do Matrimónio?

1621-1624

Uma vez que o Matrimónio coloca os cônjuges num estado público de vida na Igreja, a sua celebração litúrgica é pública, na presença do sacerdote (ou da testemunha qualificada da Igreja) e das outras testemunhas.

344. O que é o consentimento matrimonial?

1625-1632
1662-1663

O consentimento matrimonial é a vontade, expressa por um homem e por uma mulher, de se entregarem mutua e definitivamente, com o fim de viver uma aliança de amor fiel e fecundo. Dado que o consentimento faz o Matrimónio, ele é indispensável e insubstituível. Para que o Matrimónio seja válido, o consentimento deve ter como objecto o verdadeiro Matrimónio e ser um acto humano, consciente e livre, não determinado pela violência ou por constrições.

345. Que se requer quando um dos esposos não é católico?

1633-1637

Para serem lícitos, os matrimónios mistos (entre católico e baptizado não católico) requerem a permissão da autoridade eclesiástica. Aqueles com disparidade de culto (entre católico e não baptizado) para serem válidos precisam duma dispensa. Em todo o caso, é essencial que os cônjuges não excluam a aceitação dos fins e das propriedades essenciais do Matrimónio e que o cônjuge católico confirme o empenho, conhecido também do outro cônjuge, de conservar a fé e de assegurar o Baptismo e a educação católica dos filhos.

346. Quais são os efeitos do sacramento do Matrimónio?

1638-1642

O sacramento do Matrimónio gera entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo. O próprio Deus sela o consentimento dos esposos. Portanto o Matrimónio concluído e consumado entre baptizados não pode ser nunca dissolvido. Este sacramento confere também aos esposos a graça necessária para alcançar a santidade na vida conjugal e para o acolhimento responsável dos filhos e a sua educação.

347. Quais são os pecados gravemente contrários ao sacramento do Matrimónio?

1645-1648

São: o adultério; a poligamia, porque em contradição com a igual dignidade do homem e da mulher e com a unicidade e exclusividade do amor conjugal; a rejeição da fecundidade, que priva a vida conjugal do dom dos filhos; e o divórcio, que se opõe à indissolubilidade.

348. Quando é que a Igreja admite a separação física dos esposos?

1629
1649

A Igreja admite a separação física dos esposos quando, por motivos graves, a sua coabitação se tornou praticamente impossível, embora se deseje uma sua reconciliação. Mas eles, enquanto vive o cônjuge, não estão livres para contrair uma nova união, a menos que o Matrimónio seja nulo e como tal seja declarado pela autoridade eclesiástica.

349. Qual é a atitude da Igreja para com os divorciados recasados?

1655-1558
1666

Fiel ao Senhor, a Igreja não pode reconhecer como Matrimónio a união dos divorciados recasados civilmente. «Quem repudia a própria mulher e casa com outra comete adultério contra ela; se a mulher repudia o marido e casa com outro, comete adultério» (Mc 10, 11-12). Para com eles, a Igreja desenvolve uma atenta solicitude, convidando-os a uma vida de fé, à oração, às obras de caridade e à educação cristã dos filhos. Mas eles não podem receber a absolvição sacramental nem abeirar-se da comunhão eucarística, nem exercer certas responsabilidades eclesiais enquanto perdurar esta situação, que objectivamente contrasta com a lei de Deus.

350. Porque é que a família cristã é chamada Igreja doméstica?

1655-1658;
1666

Porque a família manifesta e realiza a natureza de comunhão e familiar da Igreja como família de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio baptismal, contribuindo para fazer da família uma comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e cristãs, lugar do primeiro anúncio da fé aos filhos.

Pesquiza feita no Site: http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html#OS SACRAMENTOS DA CURA

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Objetos Liturgicos

Altar: Mesa onde se realiza a ceia Eucarística; ela representa o próprio Jesus na Liturgia.

Cálice: Taça onde se coloca o vinho que vai ser consagrado.

Patena: Prato onde é colocada a Hóstia Grande que será consagrada e apresentada aos fiéis. Acompanha o estilo do cálice, pois é complemento.

Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele é colocado o cálice, a patena e a âmbula para a consagração.

Pala: Cobertura quadrangular para o cálice.

Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados na Celebração Eucarística.

Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor.

Lecionários: Livros que contém as leituras da Missa. Lecionário ferial (leituras da semana); lecionário santoral (leitura dos santos), lecionário dominical (leituras do Domingo).

Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico.

Missal: Livro que contém o ritual da missa, menos as leituras.

Sanguíneo: Pequeno pano utilizado para o celebrante enxugar a boca, os dedos e o interior do cálice, após a consagração.

Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o Santíssimo, ou para levá-lo em procissão.

Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas impossibilitadas de ir a missa.

Ambão: Estante onde é proclamada a palavra de Deus.

Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações à Deus.

Naveta: Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes de queimá-lo no turíbulo.

Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.

Alfaias: Designam todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os paramentos litúrgicos.

Aliança: Anel utilizado pelos noivos para significar seu compromisso de amor selado no matrimônio.

Andor: Suporte de madeira, enfeitado com flores. Utilizados para levar as imagens dos santos nas procissões.

Asperges: Utilizado para aspergir o povo com água-benta. Também conhecido pelos nomes de aspergil ou aspersório.

Bacia: Usada com o jarro para as purificações litúrgicas.

Báculo: Bastão utilizado pelos bispos. Significa que ele representa os apóstolos pastores.

Batistério: O mesmo que pia batismal. É onde acontecem os batismos.

Bursa ou bolsa: Bolsa quadrangular para colocar o corporal.

Caldeirinha: Vasilha de água-benta.

Campainha: Sininhos tocados pelo acólito(ou coroinha) no momento da consagração.

Castiçais: Suportes para as velas.

Sédia: Cadeira no centro do presbitério, usada pelo celebrante, que manifesta a função de presidir o culto. Também denominada de cátedra

Círio Pascal: Uma vela grande onde se pode ler ALFA e ÔMEGA (Cristo: começo e fim) e o ano em curso. Tem grãos de incenso que representam as cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e durante o ano nos batismos. Simboliza o Cristo, luz do mundo.

Âmbula: recipiente onde se guarda o Corpo de Cristo.

Cibório: recipiente onde se guarda as hóstias.

Colherzinha: Usada para colocar a gota de água no vinho e para colocar o incenso no turíbulo.

Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.

Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do culto.

Cruz Processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões.

Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos.

Esculturas ou imagens: Existem nas Igrejas desde os primeiros séculos. Sua única finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo. O mesmo se pode dizer com relação às pinturas.

Genuflexório: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua única finalidade é ajudar o povo na hora de ajoelhar-se.

Partícula: Pão Eucarístico.

Hóstia Grande: É utilizada pelo celebrante. A palavra significa "vítima que será sacrificada". É maior apenas por uma questão de prática. Para que todos possam vê-la na hora da elevação, após a consagração.

Jarro: Usado durante a purificação.

Lamparina: É a lâmpada do Santíssimo.

Lavatório: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.

Livros Litúrgicos: Todos os livros que auxiliam na liturgia: lecionário, missal, rituais, pontifical, gradual, antifonal.

Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande dentro do ostensório.

Matraca: Instrumento do madeira que produz um barulho surdo. Substitui os sinos durante a semana santa.

Piscina: antigo nome da pia da sacristia.

Píxide: O mesmo que cibório.

Pratinho: Recipiente que sustenta as galhetas.

Purificatório: O mesmo que sanguinho.

Relicário: Onde são guardados as relíquias dos santos.

Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração. Também é conhecida como TABERNÁCULO.

Santa Reserva: Eucaristia guardada no Sacrário.

Tabernáculo: O mesmo que Sacrário.

Véu Do Cálice: Pano utilizado para cobrir o cálice.

Véu Do Cibório: Capinha de seda branca que cobre a âmbula. É sinal de respeito para com a Eucaristia.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Você vem PERGUNTAR - a Sagrada Escritura vem RESPONDER!

As dúvidas trazidas pela turma no encontro de Crisma n° 10 sobre o assunto do encontro anterior, Breve Escatologia, confrontadas com a Bíblia!

1. A morte é realmente algo definitivo, é a destruição total do que era o ser? Será que depois de mortos, não sobrevive algo da “energia vital” da pessoa “vagando” por aí? Será que depois de mortos não fica aquilo que chamamos de “alma” do falecido, de alguma forma permanecendo aqui entre os vivos? A alma é imortal por si mesma?

R - I) A MORTE, SEM A AÇÃO DE DEUS, É REALMENTE A ANIQUILAÇÃO ABSOLUTA DO SER. SE FICAR POR SI SÓ, NA MORTE, NADA RESTA DO SER DO QUE ANTES FOI. A MORTE TOTAL, DE CORPO E ALMA, É O QUE AGUARDA O SER SE DEUS NÃO QUISER INTERVIR SALVADORAMENTE NO MOMENTO DE NOSSA RUÍNA FINAL.

- Gênesis 3, 19: “Com o suor de tua fronte comerás o pão, até que voltes à terra, porque dela te tiraram, pois és pó e ao pó voltarás”.

- Jó 7, 1-2.6a.7a.8-10: “O homem está na terra cumprindo um serviço, seus dias são os de um diarista: como o escravo, suspira pela sombra, como o diarista, aguarda o salário (...) Meus dias correm mais que lançadeira (...) Recorda que minha vida é um sopro (...) Não me verás, olho de quem vê, quando me olhares tu, já não estarei. Como a nuvem passa e se desfaz, quem desce ao túmulo já não sobe; não retorna à sua casa, e sua morada não volta a contemplá-lo”.

- Salmo 88, 5-6.11-13: “Já me contam com os que descem a cova, sou como um homem inválido; confinado entre mortos, como as vítimas que jazem no sepulcro; já não guardas memória deles, porque foram arrancados de tua mão (...) Farás maravilhas pelos mortos? As sombras se levantarão para te dar graças? No sepulcro se anunciará tua lealdade, ou tua fidelidade no reino da morte? Tuas maravilhas são conhecidas na treva, ou sua justiça no país do esquecimento?”

- Jó 14, 1-2. 7-10.12. 14a: “O homem nascido de mulher, curto de dias, farto de inquietudes; como a flor se abre e murcha, foge como a sombra sem parar (...) Uma árvore tem esperança: mesmo que a cortem, volta a brotar e não deixa de lançar rebentos; ainda que envelheçam suas raízes na terra e o toco esteja amortecido entre torrões, ao cheiro da água reverdece e produz folhagem como planta jovem. Mas o homem morre e fica inerte, para onde vai o homem quando expira? (...) Assim o homem se deita e não se levanta; passará o céu e ele não despertará nem se espreguiçará de seu sono (...) Morto o homem, poderá reviver?”

- Eclesiastes 9, 5-6: “Os vivos sabem... que deverão morrer; os mortos não sabem nada, não recebem um salário quando o seu nome fica esquecido. Seus amores, ódios e paixões acabaram, e nunca mais eles tomarão parte no que se faz sob o sol”.
-
ASSIM, A CONCEPÇÃO CRISTÃ É MARCANTEMENTE OPOSTA À CONCEPÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA NO TOCANTE À INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS (DOS FALECIDOS) NA VIDA DOS VIVOS. PARA OS ESPÍRITAS, AS ALMAS ESTÃO POR TODA PARTE, AFETAM OS VIVOS O TEMPO TODO, POR ASSUNTOS INACABADOS DA VIDA, POR ELOS EMOCIONAIS MUITO FORTES COM ALGUNS VIVOS, POR VÍNCULOS DE INTERESSE NA EXISTÊNCIA DOS VIDOS, A TODO INSTANTE BUSCAM SE COMUNICAR COM OS VIVENTES E LHES REVELAR COISAS, E CONDUZIR-LHES, E INSPIRAR-LHES, ETC. PARA A CONCEPÇÃO CRISTÃ NÃO É ASSIM. E A PRÓPRIA PSICOLOGIA EXPLICA QUE MUITO DAQUILO QUE PENSÁVAMOS SER FANTASMAS, ESPÍRITOS, ALMAS, SÃO SIMPLESMENTE PROJEÇÕES DE NOSSOS TEMORES MAIS ÍNTIMOS QUANDO ESTAMOS FORA DE NOSSO EQUILÍBRIO PSÍQUICO PERFEITO, POR ASSIM DIZER, SUGESTIONADOS. É CLARO QUE UMA PESSOA COM MEDO, NO ESCURO, SOZINHA, VAI PROJETAR MIL E UM MONSTROS E DEMÔNIOS E APARIÇÕES AO SEU REDOR, VAI SE ARREPIAR, VAI ACHAR QUE OS BARULHOS, QUE NÃO REPARAMOS QUANDO ESTAMOS NORMAIS, PARECEM MUITO MAIS ALTOS E FANTASMAGÓRICOS, ETC. TUDO É UMA QUESTÃO PSICOLÓGICA, EMOCIONAL. E SE A PESSOA REALMENTE ACREDITAR QUE ESTÁ SENDO PERSEGUIDA POR ESPÍRITOS OBSSESSORES, PODE REALMENTE FICAR DOENTE COM ISSO. É A CHAMADA REPERCUSSÃO PSICOSSOMÁTICA: MUITOS CASOS DE CÂNCER, COMPROVADAMENTE, SURGIRAM NA PESSOA POR CAUSAS INICIALMENTE PSICOLÓGICAS. A ÚNICA VERDADE É A FÉ DA PESSOA. A CRENÇA EM ALGO E AS REPERCUSSÕES DESSA FÉ NA VIDA DE ALGUÉM NINGUÉM PODE NEGAR. MAS PARA OS CRISTÃOS, NÃO EXISTE NADA ALÉM DISSO. OS MORTOS JÁ MERGULHARAM NO MISTÉRIO DE DEUS E NÃO RETORNARÃO ANTES DO FINAL DOS TEMPOS. EM NOSSA VIDA NÓS SÓ PRECISAMOS TEMER OS VIVOS, PELO MUNDO VIOLENTO, CAÓTICO E INJUSTO EM QUE VIVEMOS. DOS MORTOS, NADA TEMOS A TEMER. PRECISAMOS TER MESMO, SOBRETUDO, É TEMOR A DEUS. OS QUE NÃO TEMEM A DEUS, NÃO O AMAM E NÃO BUSCAM AMAR, COMO ORIENTA A LEI DE DEUS, REALMENTE JÁ ESTÃO ESPIRITUALMENTE MORTOS EM VIDA, E MORRERÃO COMPLETAMENTE NA MORTE. JÁ OS QUE ACOLHERAM O PROJETO DE DEUS, O AMOR, OS QUE VIVERAM COMO FILHOS DE DEUS, COMO ENSINOU O FILHO UNIGÊNITO DO PAI, PERMANECERÃO SEMPRE VIVOS NA MEMÓRIA DE DEUS, MESMO NA MORTE, E ESSA SERÁ A GARANTIA DE QUE RESSUSCITARÃO NO ÚLTIMO DIA, PARA A VIDA ETERNA. CREMOS NISSO COMO CRISTÃOS. COMO SE DARÃO TODAS ESSAS COISAS, RECONHECEMOS NÃO SABER PRATICAMENTE COISA ALGUMA. É MISTÉRIO DE DEUS. NÃO TEMOS CONTROLE SOBRE ELE. MAS CONFIAMOS NO SENHOR QUE RESSUSCITOU JESUS CRISTO COMO O PRIMEIRO A PASSAR DA MORTE PARA A VIDA ETERNA.

2. A desgraça, a dor, o sofrimento, a injustiça, a miséria, em fim, o mal... Foi Deus que criou essas coisas terríveis para torturar a existência terrena das pessoas? E a degeneração, a decadência, a corrupção, em fim, a morte... Foi Deus que quis que a vida definhasse de maneira tão implacável e cruel e por fim acabasse de forma tão repentina e trágica? Deus foi o responsável pelo aparecimento da morte e do mal na realidade em que vivemos?

R - II) DEUS CRIOU TODAS AS COISAS E O SER HUMANO PARA O BEM E PARA A VIDA; NÃO PARA O MAL, NÃO PARA A MORTE. DEUS NÃO FEZ A MORTE E NEM O MAL, POIS ELE É A PRÓPRIA VIDA E O PRÓPRIO BEM, E NÃO PODERIA FAZER ALGO DIFERENTE DE SI SENDO QUEM É. TODAS AS OBRAS DE DEUS SÃO PERFEITAS PORQUE DEUS É PERFEITÍSSIMO.

- Gênesis 1, 31: “E Deus viu tudo o que havia feito; e era muito bom”.

- João 1, 1-4: “No princípio já existia a Palavra, e a Palavra se dirigia a Deus e a Palavra era Deus. Esta, no princípio, estava junto de Deus. Tudo existiu por meio dela, e sem ela nada existiu de tudo o que existe. Nela havia vida, e a vida era a luz dos homens.”

- Gênesis 2, 7.15.19c. 25: “Então o senhor Deus modelou o homem da argila do solo, soprou alento de vida em seu nariz, e o homem se transformou em ser vivo (...) O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no parque em ‘delícia’, para que o guardasse e o cultivasse (...) E cada ser vivo teria o nome que o homem lhe desse (...) Os dois estavam nus, o homem e sua mulher, mas não sentiam vergonha”.

- Salmo 8, 4-5: “Quando contemplo teu céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que dispusestes, o que é o homem para que dele te lembres, o filho de Adão para que dele te ocupes? Tu o fizeste pouco menos do que um deus, de glória e de honra o coroaste, deste-lhe o domínio sobre as obras de tuas mãos; sob seus pés tudo submeteste”.

- Sabedoria 1, 13-15: “Deus não fez a morte, nem exulta destruindo os viventes. Cria tudo para que subsistisse; as criaturas do mundo são saudáveis: não há nelas veneno de morte, nem o abismo impera na terra. Porque a justiça é imortal.”

- 1 Timóteo 4, 4: “Pois toda as criaturas de Deus são boas, e nada é desprezível se é tomado com ação de graças, já que é consagrado com a palavra de Deus e a oração”.
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MUITAS PESSOAS ACHAM QUE ESTE MUNDO É MAU, QUE A CARNE, O CORPO, OS INSTINTOS, SÃO MAUS, QUE A VIDA É MÁ. POR CAUSA DO SOFRIMENTO, DA MISÉRIA, DA DOR, DAS INJUSTIÇAS, DA CRUELDADE QUE PARECEM REINAR. PARECE ATÉ QUE OS MALVADOS SÓ SE DÃO BEM E QUE AS PESSOAS BOAS SÓ SE DÃO MAL NESSA VIDA. ALGUNS DESISTEM DE CRER EM DEUS POR CAUSA DISSO. ALGUNS DUVIDAM QUE DEUS TENHA MAIS PODER NESTE MUNDO DO QUE O DIABO. OUTROS SIMPLESMENTE NÃO ENTENDEM POR QUE AS COISAS SÃO ASSIM E VIVEM REVOLTADOS, ANGUSTIADOS, TODA A SUA VIDA. ORA, NÓS CREMOS QUE DEUS É A PERFEIÇÃO DA BONDADE INFINITA. TODAS AS SUAS OBRAS SÃO BOAS E PERFEITAS, MESMO QUE LIMITADAS (JÁ QUE CRIADAS DE SUBSTÂNCIA DIFERENTE DO CRIADOR). É IMPOSSÍVEL NÃO RECONHECER QUE A CRIAÇÃO É PERFEITA. DAS NEBULOSAS, EXPLOSÕES CÓSMICAS, MILHÕES E MILHÕES DE ESTRELAS, ESPALHADAS POR UM ESPAÇO SIDERAL VASTÍSSIMO ATÉ AS PARTÍCULAS SUBATÔMICAS EM SUA INTERAÇÃO QUÂNTICA UMAS COM AS OUTRAS, FORMANDO ÁTOMOS, QUE SE AGRUPAM PARA FORMAR MOLÉCULAS, QUE FORMAM TODAS AS COISAS, TUDO É PERFEITO. TANTO O QUE VEMOS, COMO O QUE NÃO VEMOS, AS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS VIAJANDO A VELOCIDADES INCRÍVEIS PELO VÁCUO DO SOL ATÉ NÓS, PARA NOS AQUECER, OS CAMPOS QUE PERPASSAM TUDO, OS SENTIMENTOS, OS PENSAMENTOS, A FÉ, O AMOR. TUDO É PERFEITO, TUDO É CRIAÇÃO DE DEUS. NÓS, SERES HUMANOS, VIVEMOS EM UM PLANETA QUE É UM GRÃO DE POEIRA NA IMENSIDÃO ASTRONÔMICA DO ESPAÇO E DO TEMPO. NO RELÓGIO DA HISTÓRIA DE NOSSO PLANETA, QUE JÁ MARCA UM LONGUÍSSIMO PERÍODO, NÓS EXISTIMOS HÁ COMPARATIVAMENTE MUITO POUCO TEMPO. QUEM SOMOS NÓS PARA QUE DEUS NOS AME TANTO E SE IMPORTE TANTO CONOSCO A PONTO DE NOS ENVIAR SEU FILHO ÚNICO? NÃO MERECEMOS A GRANDEZA DO QUE DEUS FAZ POR NÓS. NÓS SOMOS NADA FRENTE A ELE. E AINDA NOS ACHAMOS NO DIREITO DE CRITICAR A CRIAÇÃO DE DEUS? SERÁ QUE NÓS TEMOS A INTELIGÊNCIA MAIOR QUE A INFINITA E O PODER MAIOR QUE O ILIMITADO PARA FAZERMOS MELHOR QUE DEUS ALGUMA COISA QUE SEJA? QUEM SOMOS NÓS PARA QUESTIONAR AS COISAS DE DEUS, E ACHAR QUE ELE PODERIA TER FEITO ALGO MELHOR? DEUS LIVREMENTE FEZ SUA CRIAÇÃO ASSIM, PORQUE ELE QUIS. E TUDO QUE DEUS FAZ, O FAZ MUITO BEM PENSADO, COM MUITA DEDICAÇÃO, COM MUITO AMOR. POR ISSO TUDO O QUE EXISTE NATURALMENTE É OBRA DE DEUS, É PERFEITO, É MUITO BOM. LOUVEMOS SEMPRE A DEUS POR SUA GRANDEZA E POR SUAS GRANDES OBRAS, PELAS MARAVILHAS QUE ELE FAZ, PORQUE ELE É DEUS!

3. Como as mazelas e os grandes flagelos na existência terrena de qualquer ser vivo surgiram afinal? Se Deus as fez, porque as teria feito, senão para torturar-nos de forma sinistra? Mas se não foi Deus, quem foi o culpado de seu surgimento em nossa realidade?


R -III) TUDO O QUE É IMPURO, ANTINATURAL, MAU, NÃO VEM DE DEUS E SIM DA AUSÊNCIA DE DEUS; ASSIM COMO A SOMBRA SURGE DA AUSÊNCIA DE LUZ, PROVOCADA POR ALGUMA OBSTRUÇÃO NO TRAJETO DO RAIO LUMINOSO, TUDO O QUE É NEGATIVO, MALIGNO E DESTRUTIVO SURGE QUANDO O SER HUMANO, POR MEIO DO LIVRE ARBÍTRIO QUE RECEBEU, LIVREMENTE ESCOLHE ENSIMESMAR-SE, ISTO É, FECHAR-SE PARA DEUS E AO PRÓXIMO.

- Eclesiástico 15, 11 -15: “Não digas: ‘Meu pecado vem de Deus’, porque ele não fez o que odeia. Não digas: ‘Ele me extraviou’, porque ele não necessita de homens iníquos; o Senhor detesta a perversidade e a blasfêmia, e aqueles que o respeitam não caem nelas. O Senhor criou o homem no princípio e o entregou em poder de seu arbítrio; se quiseres, guardarás meus mandamentos, porque é prudência cumprir sua vontade. Diante de ti estão postos fogo e água: estende a mão ao que quiseres; diante do homem estão morte e vida, e lhe será dado aquilo o que escolherdes.”

- Romanos 5, 12: “Pois bem, por um homem penetrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, e assim a morte se estendeu a toda a humanidade, já que todos pecaram”.

- Eclesiástico 10, 19: “Uma linhagem honrada? – A linhagem humana. Uma linhagem honrada? – Os que respeitam a Deus. Uma linhagem nojenta? – A linhagem humana. Uma linhagem nojenta? Os que violam a Lei.”

- Romanos 3, 23-26: “Todos pecaram e estão privados da presença de Deus. Mas são absolvidos sem merecê-lo, generosamente, pelo resgate que Jesus Cristo entregou. Deus o destinou a ser com seu sangue instrumento de expiação para os que creem. Deus mostrava assim sua Justiça, quando pacientemente não levava em conta os pecados de outrora, e demonstra sua justiça no presente, sendo justo e tornando justos os que creem em Jesus”.

- João 1, 9 -11: “A luz verdadeira que ilumina todo homem estava vindo ao mundo. Estava no mundo, o mundo existiu por ela, e o mundo não a reconheceu. Veio aos seus, e os seus não a acolheram.”
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O MAIOR PECADO DO SER HUMANO É OBSTRUIR O AMOR. QUANDO NÓS CEIFAMOS A VIDA DE ALGUÉM, OU TIRAMOS A OPORTUNIDADE DE ALGUÉM SER FELIZ, ESTAMOS OBSTRUINDO O AMOR. QUANDO DEIXAMOS DE NOS IMPORTAR E SER SOLIDÁRIOS COM NOSSO PRÓXIMO, ESTAMOS OBSTRUINDO O AMOR. QUANDO DEIXAMOS DE ACOLHER A GRAÇA DE DEUS EM NOSSA VIDA E NOS NEGAMOS A SER INSTRUMENTOS DESSA GRAÇA NO NOSSO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS, ESTAMOS OBSTRUINDO O AMOR. ESSA É A MAIOR NEGAÇÃO DOS MANDAMENTOS DE DEUS, POIS DEUS É AMOR, E ORIENTA TUDO PARA O AMOR, PARA QUE AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS E SEJAMOS FELIZES. ESSE É O PECADO QUE NOSSA HUMANIDADE PRATICA DESDE O PRINCÍPIO. É O PECADO ORIGINAL, QUE REALIZAMOS PORQUE QUEREMOS SER 'DEUSINHOS', RETIRANDO DO SEU LUGAR DE CENTRALIDADE O "DEUS VIVO E VERDADEIRO" E COLOCANDO NO LUGAR UM "DEUS MORTO E FALSO" QUE SOMOS NÓS MESMOS, COM NOSSA ARROGÂNCIA, NOSSO EGOÍSMO, NOSSA INTOLERÂNCIA, DESRESPEITO, AMBIÇÃO... DESDE OS NOSSOS PRIMEIROS PAIS NÓS TEMOS PRATICADO ESSE "PECADO ORIGINAL", DESOBEDECENDO A DEUS E NEGANDO O AMOR QUE VEM DE SUA GRAÇA, E NISSO ESTÁ A RAIZ DE TODOS OS NOSSOS MALES. POIS SE ESCOLHEMOS NEGAR A DEUS, QUE É A VIDA, A FELICIDADE, O BEM, A PAZ, A JUSTIÇA, A MISERICÓRDIA, COMO PODEMOS SER FELIZES, COMO PODEMOS TER PAZ, TER VIDA, TER JUSTIÇA, COMO PODEMOS SER BONS OU ENCONTRAMOS A MISERICÓRDIA? NÓS NEGAMOS TUDO ISSO QUANDO NOS FECHAMOS PARA DEUS, E NOS ENSIMESMAMOS NO ABISMO QUE EXISTE DENTRO DE CADA UM DE NÓS. É A PERSISTÊNCIA E PACIÊNCIA DE DEUS QUE FAZ COM QUE SUA GRAÇA PENETRE NA CARAPAÇA SÓLIDA QUE ERGUEMOS AO NOSSO REDOR, QUEBRANDO NOSSO INDIFERENTISMO, NOSSA FRIEZA, NOSSO DESAMOR. É A GRAÇA DE DEUS QUE NOS SALVA, E A PLENA GRAÇA É JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS. ELE É DEUS QUE VEIO PESSOALMENTE AO MUNDO, SE REBAIXOU A SER UM DE NÓS, SE FEZ CARNE, MÚSCULOS, FIBRAS, OSSOS, SANGUE, CORAÇÃO, E NOS AMOU INTEIRAMENTE, TOTALMENTE, INTGRALMENTE, E ATÉ SE HUMILHOU POR NÓS, ATÉ A MORTE, E MORTE DE SOFRIMENTO EXCRUCIANTE, PARA SER FIEL À PALAVRA DE VERDADE QUE ELE NOS VEIO REVELAR, QUE É A PLENA PALAVRA "AMOR". TUDO ISSO FOI UMA LOUCURA DE AMOR QUE DEUS FEZ POR NÓS, VIR ATÉ NÓS DAQUELA FORMA TÃO HUMANA, PARA NOS DIZER DE UMA MANEIRA QUE ENTENDÊSSEMOS DE UMA VEZ POR TODAS "SIM, EU TE AMO!", E APRENDÊSSEMOS O SIGNIFICADO DE "SER HUMANO" COM O OUTRO, QUE É "AMAR" O OUTRO. A PROFUNDIDADE, A GRANDEZA, A MAGNITUDE DO AMOR DE DEUS É INEXPRIMÍVEL EM PALAVRAS, MAS PODEMOS CONTEMPLAR SUA MAIS PERFEITA SÍNTESE E EXPRESSÃO EM CRISTO JESUS, NA CRUZ, POR NÓS. POR ISSO, NÃO ACOLHER ESSA MENSAGEM DE DEUS, TÃO CLARA, TÃO VIVA, TÃO HUMANA, TÃO INTENSA, NÃO ACOLHER JESUS EM NOSSO CORAÇÃO QUANDO TEMOS A CHANCE, NÃO VIVER COMO JESUS NOS CHAMA A VIVER QUANDO TEMOS CONSCIÊNCIA DE COMO DEVERÍAMOS VIVER, É MAIS GRAVE AINDA QUE O PECADO DE ADÃO E EVA. PORQUE ELES NÃO CONHECIAM JESUS. MAS NÓS CONHECEMOS E, MESMO ASSIM, DELIBERADAMENTE PECAMOS. POR ISSO NOSSA NEGAÇÃO DO AMOR DE DEUS É AINDA MAIS GRAVE! NEGAR O FILHO DE DEUS, NEGAR O ESPÍRITO SANTO DE DEUS, NEGAR O AMOR QUE É REVELADO PLENAMENTE POR MEIO DOS DOIS EM UNIDADE COM O PAI, É O "PECADO ORIGINAL" DE NOSSA ÉPOCA. É NESSA NEGAÇÃO DO AMOR QUE PODEMOS ENCONTRAR A RAIZ DE TODOS OS NOSSOS MALES CONTEMPORÂNEOS. POR ISSO, SOMOS NÓS OS AUTORES DE NOSSA PRÓPRIA DESGRAÇA. PRECISAMOS DE DEUS, PRECISAMOS ACOLHER A SUA GRAÇA. E ESSE NÃO É O CAMINHO MAIS FÁCIL. MAS É O CAMINHO PARA A VIDA ETERNA.

4. Por que Deus viria nos salvar, se temos pecado contra Ele e sido infiéis ao projeto de vida, bondade e luz que Ele tem para nós, desde o princípio, escolhendo para nós mesmos a morte, a maldade e as trevas? Por que Deus se importaria tanto conosco?

R - IV) TUDO O QUE DEUS FAZ É AMADO POR ELE, PORQUE VEM DO SONHO DE AMOR QUE DEUS TEM SONHADO DESDE TODA A ETERNIDADE E QUE SE CONCRETIZA NESTA CRIAÇÃO. POR ISSO, IMERECIDAMENTE E DE GRAÇA DEUS AMA PROFUNDAMENTE TUDO AQUILO QUE ELE CRIOU. E FAZ QUESTÃO QUE A OBRA DE SUAS MÃOS NÃO SE PERCA. SE DEPENDER DE DEUS, DE TUDO O QUE FOI FEITO, NADA SE PERDERÁ. MAS DEUS NÃO FEZ SUAS CRIATURAS COMO ROBOZINHOS, SEM VONTADE PRÓPRIA, SEM ESCOLHAS. DEUS LIVREMENTE QUIS QUE O SER HUMANO TIVESSE CONSCIÊNCIA, VONTADE PRÓPRIA, LIBERDADE, INTELIGÊNCIA, E PUDESSE TRAÇAR SEUS PRÓPRIOS RUMOS. POR ISSO O SER HUMANO PODE FAZER ESCOLHAS, MAS É RESPONSÁVEL PELAS DECORRÊNCIAS DE CADA OPÇÃO QUE FAZ. O SER HUMANO NADA PODE RETIRAR OU ACRESCENTAR A DEUS, QUE É PERFEITÍSSIMO, MAS DEUS AMA O SER HUMANO QUE FEZ PARA SI E SE IMPORTA PROFUNDAMENTE COM CADA UM DE NÓS. SE VOLTARMO-NOS PARA ELE, ELE NOS ACOLHERÁ E NOS FARÁ FELIZES. SE FECHARMO-NOS PARA DEUS, DEVEREMOS ARCAR COM O VÁCUO DE GRAÇA DECORRENTE DA AUSÊNCIA DE DEUS EM NOSSA VIDA E EM NOSSA HISTÓRIA. SE TIVERMOS ABERTURA PARA AS GRAÇAS DE DEUS, SEREMOS FELIZES JÁ NESSA VIDA E TAMBÉM NA ETERNIDADE. SE NÃO NOS ABRIRMOS PARA AS GRAÇAS DE DEUS, NÃO SEREMOS FELIZES DE VERDADE, NEM EM NOSSA VIDA, E NEM EM NOSSA MORTE. E A GRAÇA SUPREMA DE DEUS PARA NÓS É O PRÓPRIO JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS.

- Romanos 6, 23: “Pois o salário do pecado é a morte; o dom de Deus, por Jesus Cristo Senhor nosso, é vida eterna”.

- Salmo 30, 10-11: “O que ganhas com minha morte, com minha descida para a cova? Vai o pó dar-te graças, ou vai proclamar tua lealdade? Escuta, Senhor, tem piedade, Senhor, socorre-me”.
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- Salmo 6, 1-5: "Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados. Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, Senhor, até quando? Volta-te Senhor, e livra a minha alma; Pois na morte não há recordação de ti; no Sepulcro quem te dará louvor?"
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- Sabedoria 11, 21 – 12, 2: “Exercer todo o seu poder está sempre ao seu alcance; quem pode resistir à força de seu braço? Porque o mundo inteiro é diante de ti como grão de areia na balança, como gota de orvalho matutino que cai sobre a terra. Mas te compadecestes de todos, porque tudo podes, fechas os olhos aos pecados dos homens para que se arrependam. Amas todos os seres, e não detestas nada do que fizeste; se tivesses odiado alguma coisa, não terias criado. E como subsistiriam as coisas, se tu não o tivesse desejado? Como conservariam sua existência, se tu não as tivesse chamado? Mas perdoas a todos, porque são teus, Senhor, amigo da vida. Todos levam teu sopro incorruptível. Por isso corriges pouco a pouco os que caem, e lhe recordas o pecado e os repreendes, para que se convertam e creiam em ti, Senhor”.

- 1° João 4, 8-10: “Quem não ama não conheceu a Deus, já que Deus é amor. Deus demonstrou o amor que tem por nós enviando ao mundo seu filho único, para que vivamos graças a ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas ele que nos amou e enviou seu Filho para expiar nossos pecados”.

- Lucas 15, 11-32 (Meditemos essa passagem acerca do “Pai Rico em Misericórdia”) AÍ ESTÁ O SENTIDO DA MISERICÓRDIA E DA REDENÇÃO DE DEUS QUE NOS SALVA POR SEU INFINITO AMOR.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Milagre Eucarístico de Lanciano - Cidade da Itália


Na Igreja de São Francisco, uma inscrição do século XVII, feita em mármore narra o Milagre Eucarístico ocorrido na cidade de Lanciano (750): “Um monge sacerdote duvidou que na Hóstia consagrada estivesse realmente presente o Corpo de Cristo e no Cálice, o seu Sangue. Celebrou a missa e depois de pronunciar as palavras da consagração, viu que a Hóstia tinha se transformado em Carne e o vinho em Sangue. Tudo isso foi mostrado ao povo. Até hoje a Carne está inteira e o Sangue, divido em cinco partes desiguais, possui o mesmo peso estando as partes unidas ou separadas.

Em 1970, o Arcebispo de Lanciano e o Provincial dos Frades conventuais de Abruzzo, autorizados por Roma, pediram ao doutor Edoardo Linoli, diretor do hospital de Arezzo e professor de Anatomia, Histologia, Química e Microscopia Clínica, uma minuciosa análise científica das Relíquias de um Milagre de doze séculos atrás. No dia 4 de março de 1971, o professor apresentou um relatório detalhado dosestudos realizados. Eis as conclusões: 1. A “Carne milagrosa” é verdadeiramente carne do tecido muscular fibroso do miocárdio. 2. O “Sangue milagroso” é verdadeiro sangue, demostrado, com certeza absoluta, pela análise cromatográfica. 3. O estudo imunológico manifesta seguramente que a carne e o sangue são humanos e a prova imunológica revela com segurança que ambos pertencem ao grupo sangüíneo AB, o mesmo grupo do homem do Santo Sudário e característico das populações do Oriente Médio. Esta identidade do grupo sangüíneo indica ou que a Carne e o Sangue são da mesma pessoa ou que pertencem a dois indivíduos do mesmo grupo sangüíneo. 4. As proteínas contidas no Sangue estão normalmente distribuídas numa percentagem idêntica às de um sangue fresco normal. 5. Nenhuma sessão de histologia revelou traços de infiltrações de sais ou de conservantes utlizados nas antigas civilizações para mumificar corpos.
O professor Linoli descarta também a hipótese que alguém, no passado, quisesse realizar uma fraude. O seu relatório foi publicado nos “Quaderni Sclavo in Diagnostica (fasc. 3, Gráfica Meini, Sena, 1971)e causou um grande interesse no mundo científico. Em 1973 o Conselho Superior da Organização Mundial da Saúde, organismo da ONU, nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do médico italiano. Os trabalhos duraram 15 meses e foram feitos 500 exames. Realizaram-se as mesmas pesquisas feitas pelo professor Linoli e outras complementares. Os exames confirmaram que os fragmentos retirados em Lanciano não são semelhantes a tecidos mumificados. A comissão declarou que a Carne é um tecido vivo porque responde a todas as reações clínicas próprias dos seres vivos. A Carne e o Sangue milagrososde Lanciano têm as mesmas características de carne e sangue recém extraídos de um ser vivo. Esse relatório confirma as conclusões do professor Linoli. As conclusões do pequeno resumo dos trabalhos científicos da Comissão Médica da OMS e da ONU, publicado em dezembro de 1976 em Nova York e em Genebra declaram que a ciência, consciente dos seus limites, não é capaz dar uma explicação natural ao fenômeno.
A Carne e o Sangue milagrosos de Lanciano têm as mesmas características de carne e sangue recém extraídos de um ser vivo.

AS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE CRISTO


Primeira Palavra:

"Pai, perdoai-os, pois eles não sabem o que fazem" - São Lucas 23: 34.

Nessa primeira frase, tão indefesa quanto uma criança, ainda assim Jesus testemunha quando era uma "criança em Cristo". Ao afirmar seu reconhecimento do Pai, evocava Seu perdão para aqueles que pecavam. Em muitos casos, o pecado é sinônimo de ignorância, mas onde há ignorância não pode haver pecado. O perdão é o resultado de processos vivos que produzem aquela atitude na qual o homem deixa de ser ensimesmado e, por conseguinte, passa a amar e ser misercordioso, como o Pai do Céu é misericordioso. A vida e a experiência nos proporcionam isso e não há como impedir o processo. O que nos põe de bem com Deus não é uma crença teológica, mas sim uma atitude para com a vida e para com o Cristo que habita no coração do homem. Nós aprendemos a não pecar por meio do amor gratuito de doação integral pelo outro, à semelhança de Cristo, nosso Salvador.

Segunda Palavra :

"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" - São Lucas 23 : 43

Foi focalizando os pecados que Jesus assegurou a um pecador confesso um lugar a Seu lado no Paraíso. E por que o fez? Porque aquele homem - o "bom ladrão" - soube reconhecer duas coisas: uma, a natureza divina de Cristo e outra, que Cristo trazia uma missão, ou seja, a de fundar um Reino. Se fosse hoje, dois mil anos após esses acontecimentos, certamente Jesus usaria outra linguagem. Provavelmente diria em vez de "Reino de Deus" o "estado de espirito pleno da Graça de Deus, mergulhado no Amor divino, em que Ele nos capacita a conhecê-Lo plenamente e se dá a ser por nós conhecido e adorado Face a Face, em espírito e verdade". Nas águas do Jordão, no Batismo realizado por João, Jesus começaria sua vida pública, para anunciar esta realidade do "Reinado de Deus em nossas vidas"; em sua vida que culminou na Cruz, submeteu-se ao batismo do fogo e do sofrimento. Ultrapassando este, houve a "entrada no Paraíso", com três palavras para identificar tal condição : Felicidade, a vocação do ser humano; Alegria, o sentimento frente ao que é bom, belo, saudável, para nós; e Bem-aventurança, que é uma expressão da Divindade e do Espírito.

Terceira Palavra :

"Mulher, este é o seu filho, eis aqui a tua mãe!" - São João 19 : 26 João, o Evangelista.

Este é um dos pontos mais altos de perfeição do Amor Divino, a se irradiar por nós. Estando na Cruz, Jesus se preocupa tanto conosco, que não só pede ao Pai por nós, para fechar os olhos às nossas culpas, mas nos deixa uma Mãe para nos consolar. Tenhamos presente que a Segunda Pessoa da Divina Trindade é o Filho de Deus, o Amor que veio se fazer Carne. Já Maria representa a Natureza Humana que O acolhe e O gesta em seu íntimo, dizendo 'Sim' ao projeto de Deus, por mais difícil que fosse, por puro amor e confiança em Deus, sendo o modelo da perfeita cristã para nós seguirmos Seu Filho. Na prática a Virgem Maria é glorificada por meio através desse Filho. Nesta frase Jesus aponta para a solução do problema familiar da atualidade, onde, segundo ele, mesmo antecipada, voltam-se pais contra filhos e irmão contra irmão. É que há dois tipos de família: uma biológica, a dos laços sangüíneos, cada vez mais difícil de ser mantida, e a outra, a espiritual, que une as pessoas por suas afinidade de alma. Maria não era mãe biológica do discípulo por Ele amado (João), mas tornou-se desse momento em diante a Mãe espiritual de todos os discípulos que amam a Jesus. Era como se voltasse a afirmar: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem e seguem meus Ensinamentos". Maria é, por causa do próprio Cristo, a Mãe que todas as gerações doravante chamarão de bem aventurada (Lc 1, 48), e que não se cansa de revelar o seu Filho para que nós adoremos (Mt 2, 11) e nos apontar Jesus, dizendo-nos "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2, 5).

Quarta Palavra :

"Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" - São Marcos 15 : 34 e São Mateus 27 : 46

É narrado no Evangelhos que, pouco antes da Paixão, ao fim da Santa Ceia, Jesus e seus discípulos "tendo cantado hinos, saíram para o Monte das Oliveiras" (Mc 14, 26 e Mt 26, 30). Os hinos cantados pelos judeus, especialmente ao fim das ceias, e ainda mais próximo do período da Páscoa, eram sempre os salmos. Jesus e seus discípulos conheciam os salmos, os meditavam, e por diversas vezes Jesus citou os Salmos em suas pregações. Na hora de seu maior sofrimento, na Cruz, Jesus cita o primeiro verso do Salmo 22. Como se sabe, nas escrituras judaicas ainda não havia títulos nas passagens, nem divisão por capítulos, ou versículos. Cada livro era um rolo de pergaminho, e os livros eram identificados pelas primeiras palavras que se liam no início de cada rolo. Assim, o livro que chamamos de Gênesis era por eles referido simplesmente como "No Princípio". Citar o primeiro verso significava, naquele contexto histórico e cultural, fazer alusão ao livro ou passagem inteiramente. Era como se Jesus, com suas últimas forças, além de expressar sua angústia e sofrimento, estivesse querendo que os discípulos não esquecessem do teor do Salmo 22, no qual se lê:

'Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?'(v.1)

'Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me veem zombam de mim' (v.6s)

'Contudo tu és quem me faz nascer e preservaste, estando eu ainda no seio de minha mãe. A ti me entreguei desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe tu és meu Deus. Não te distancies de mim porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda' (v.9-11)

'Contra mim abrem as bocas como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram, meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega o céu da boca; assim me deitas no pó da morte.' (v.13-15)

'Cães me cercam; um bando de malfeitores me rodeia; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; e eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnca rolam a sorte. Tu porém, Senhor, não te afastes de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me' (v.16-19)

'Os sofredores hão de comer e fartar-se. louvarão o senhor os que o buscam. viva para sempre o vosso coração. Lembrar-se-ão do Senhor e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as nações. Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações. Todos os opulentos da terra hão de comer e adorar, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante a ele, até aquele que não pode preservar a própria vida. A posteridade o servirá; falar-se-á do Senhor à geração vindoura. Hão de vir anunciar a justiça dele; ao povo que há de nascer, contarão que foi ele quem o fez' (v.26ss)

Trata-se pois de um hino que espelha com precisão assombrosa o que o próprio Cristo passava e iria passar. Ainda que o Cristo não bradasse, alguém certamente acabaria fazendo essa associação, mas Ele mesmo o fez. Com base nas escrituras, Jesus já sabia tudo o que iria passar. É o que se vê por exemplo, no livro do Profeta Isaías, capítulo 53, escrito séculos antes de Cristo e já sagrado para os judeus muito antes de também o ser para os cristãos:

'Ele não tinha aparência, nem formosura. Olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era deprezado, e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.' (v.2-5)

'Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante seus tosquiadores, ele não abriu a boca' (v.7)

'Foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo foi ferido; Designaram-lhe a sepultura com os perversos' (v.8b-9a)

'Após suportar em sua pessoa os tormentos, Ele verá o fruto de seu penoso trabalho, e ficará satisfeito. O meu Servo, o Justo, justificará a muitos a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os trangressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.' (v.11s)

Jesus cumpriu todas essas profecias e realizou tudo o que diziam as escrituras. E com seu brado, além de exprimir seu profundo sofrimento, advindo de sua natureza humana, lembrava a todos que Ele era também o Servo Justo de Deus, o Messias, alguém da natureza divina de quem há muito falavam os textos sagrados, vindo da parte de Deus para libertar os humanos de suas iniquidades.

Quinta Palavra :

"Tenho sede!" - São João 19 : 29

E logo, erradamente, lhe deram vinagre. É verdade que a natureza humana de Jesus estava clamando por algum líquido, mas é muito mais verdade que a natureza divina de Jesus queria ser saciada. Ao assumir a tarefa de Salvador, Ele decidiu permanecer com a humanidade para nos ajudar a crescer até que todos os filhos de Deus encontrem seu caminho de volta para a Casa do Pai. A sede, assim experimentada, é a sede do Salvador, de Quem sabe o que tem a fazer, de Quem não tem tempo a perder. Para meditar sobre a sede de Jesus, é preciso recordar suas palavras ao proferir o Sermão da Montanha: "Bem aventurados os que tem fome e SEDE de Justiça, porque serão saciados" (Mt5, 6). Chegava o momento em que essa SEDE levaria Jesus a beber de um cálice cuja bebida era tão letal e amarga que o próprio Cristo dissera: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (Mt 26, 42b). Jesus tem SEDE para que a Justiça aconteça no seu Sangue. Ele incita em nós essa SEDE, como o fez com os seus apóstolos naquela Quinta Feira Santa, no momento da Ceia: "A Seguir, Jesus tomou o Cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado por muitos, para a remissão dos pecados." (Mt 26, 28) Assim, esse mesmo Jesus que diz, tão humanamente, "Dá-me de beber" (Jo 4,7) é o mesmo Jesus que diz, tão divinamente, "Se conhecesses o dom de Deus e quem é este que te pede dá-me de beber, Tu é que lhe pedirias, e ele te daria Água Viva. E aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que lhe der será nele uma fonte a jorrar par Vida Eterna" (Jo 4, 10b. 14) Jesus parece pedir para despertar a misericórdia nos homens, lembrando que no dia do julgamento ele chamará a esses misericordiosos dizendo: "Vinde benditos de meu Pai Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber" (Mt 26, 34-35a). Infelizmente, os que não agem com misericórdia, não entrarão no Reino dos Céus. Não podemos deixar de citar também que tudo isso foi assim para que se cumprisse o que o próprio Jesus predissera "E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videia, até aquele dia em que hei de beber de novo, convosco, no reino de meu Pai" (Mt 26, 29) Assim, o vinho que poderia ter sido oferecido a Jesus, foi substituído pelo vinagre.

Sexta Palavra :

"Está consumado! " - São João 19 : 30

Esta frase evidencia que Sua intenção estava coroada de êxito : ele fizera aquilo para que encarnara. Sua sede pelas almas dos homens O levara a forçar a abertura da porta da Natureza Divina do homem e a mantê-la aberta para nós. E o portão para o Reino permaneceu aberto, pois ele mostrará o caminho. Podia exclamar em triunfo "Está consumado!" Isto significa que Seu trabalho foi cumprido. Pois Jesus é cumprimento pleno de todas as promessas do Pai. Não é um brado de agonia, mas de triunfo, uma exclamação de alegria, pois a dor chegava ao seu fim, e antevinha o repouso, e a Glória. Regozijemo-nos com Cristo, nosso Salvador por Seu sacrifício anual ter chegado ao fim; sejamos gratos, no mais íntimo de nosso ser por ele estar livre das correntes da Terra e que a vida que derramou em nosso planeta seja suficiente para levar-nos à Salvação!

Sétima Palavra :

"Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito!" - São Lucas 23 : 46

É o Espírito da Vida no Cristo e também em nós, que nos faz filhos de Deus e garante nossa realização final. Todas as barreiras de separação foram abolidas. O Reino de Deus existe e através do Cristo aguarda expressão em cada um de nós.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Segurança Pública e a Igreja-Corpo de Cristo. Partes II e III: JULGAR e AGIR

8. A Palavra de Deus nos revela a verdadeira Segurança e a plenitude da Paz

- O Salmo 91, dentre muitos salmos que refletem a confiança que devemos e podemos ter no Senhor, bem nos mostra como Deus é a nossa SEGURANÇA: Ele é o nosso abrigo, nosso refúgio, nossa fortaleza, seu braço é nosso escudo e armadura, Ele é a nossa morada. Ele é quem nos livra de toda sorte de males, aqui descritos o que de pior poderia acontecer a alguém naquele tempo antigo: cair na rede do caçador, padecer sob doença fatal, enfrentar o terror noturno, a flecha que voa de dia e de noite, a peste que desliza nas trevas, a epidemia que faz estragos ao meio dia, leões e víboras e dragões. O Senhor nos cobre com sua Sombra, nos refugia sob suas Asas. E enquanto mil tombam de um lado, e dez mil à direita, nós, que confiamos no Senhor, com todos os perigos, com todas as tribulações, continuamos. Perseveramos. Pois o Senhor é conosco. Nada nos separa deste amor de Deus. O amor de Deus, e portanto o próprio Deus, que é amor, é a nossa Segurança e Paz. E este amor, se revela plenamente em Jesus, que diz ‘Como o Pai me amou, eu vos amei. Permanecei no meu amor’ (Jo 15, 9). Ele por amor infinito, se doou para que tivéssemos a Paz que vem do Céu. Por isso a nossa Paz também só é plena quando nos doamos por amor, com Cristo, por Cristo e em Cristo ‘pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim’ (Gl 2, 20)

9. Cristo é a nossa Paz! O Príncipe da Paz! O Shalom do Pai para nós!

- Is 9, 5-6: “Pois um menino nos nasceu, um filho se nos deu: carrega o cetro do principado e se chama: ‘Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz’. Seu glorioso principado e a paz não terão fim no trono de Davi e em seu reino; ele se manterá e consolidará com a justiça e o direito, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos exércitos o realizará.” - Lc 24, 28-36: “Naquela época, os discípulos e Jesus aproximavam-se da aldeia para onde se dirigiam, e Jesus fingiu continuar adiante. Porém eles insistiam: ‘Fica conosco, pois é tarde e o dia está terminando’. Jesus entrou para ficar com eles, e enquanto estava com eles à mesa, tomou o pão, o abençoou, o partiu e o deu a eles. Então abriram-se os olhos deles e reconheceram que era Jesus (pois até então, estavam como que vendados). Mas Jesus desapareceu-lhes da vista. Comentavam: ‘Não se abrasava nosso coração enquanto nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?’. Levantaram-se imediatamente, voltaram a Jerusalém e encontraram os onze com os companheiros, que afirmavam: ‘Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão’. Eles por sua vez contaram o que acontecera no caminho e como haviam reconhecido Jesus ao partir do pão. Estavam falando disso, quando Jesus se pôs no meio deles e lhes disse: ‘A paz seja convosco’.“ - Jo 20, 19-22: “Ao entardecer desse dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam com as portas bem fechadas, por medo dos judeus. Jesus chegou, pôs-se no meio e lhes disse: ‘A Paz seja convosco!’. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos se alegraram ao ver o Senhor. Jesus repetiu: ‘A Paz seja convosco! Como o pai me enviou, eu vos envio’. Dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo’.” - Mt 10, 7-10.12s.20: “Vão pelo caminho e anunciem: ’O reinado de Deus está próximo’. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar. Não leveis no cinturão ouro nem prata, nem cobre, nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão. Pois o operário tem direito ao sustento. Ao entrardes numa casa, saudai-a: se ela merece, nela entrará a vossa Paz. Se não merece, vossa paz voltará para vós. Já não sereis vós que falareis, mas o Espírito de vosso Pai é quem falará através de vocês.” - Rm 5, 1: “Portanto, agora que recebemos a justiça pela fé, estamos em paz com Deus, por meio de Jesus Cristo Senhor Nosso”

10. Cristo nos dá a Sua Paz, não à maneira do mundo, e nos faz Bem Aventurados filhos de Deus Pai n´Ele, quando somos Construtores da Paz!

- o SENHOR É A NOSSA PAZ! Ele é a nossa verdadeira paz. Não a paz do mundo, baseada na opressão e na violência, na força das armas, à maneira daquela PAX ROMANA que Cristo enfrentou em seu tempo, em que o Império Romano mantinha silenciadas todas as revoltas contra as atrocidades que realizava por meio das invencíveis legiões romanas e do terror daquelas. Não é esta paz, feita com muros, grades, armamentos, intolerância, ódio, rancores, não é esta paz negativa a Paz que o Senhor dá a seus Apóstolos e os manda passar adiante. A Paz de Cristo, em hebraico, SHALOM, vem de Shalomon, ou seja, do próprio Salomão, o rei mais sábio de Israel, aquele que construiu o Templo de Jerusalém para guardar a Arca das Tábuas da Lei, o rei que teve o reinado mais próspero e mais estável segundo a tradição judaico-cristã. É esta Paz, que vem da sabedoria, do temor de Deus e do preenchimento de nossas necessidades materiais, de modo que todos tenham o necessário para terem uma vida digna, que o SHALOM desejado por Jesus Cristo significa. Isto é, a PAZ-SHALOM é Felicidade Plena, Vida em Abundância, em todos os sentidos, para todos. O Senhor é a nossa Paz e Segurança. Ele é quem nos faz repousar tranqüilos, ele deve ser o nosso fundamento eterno. Felizes somos nós quando acolhemos e vivemos esta Paz verdadeira que é Cristo. Pois Bem aventurados são, isto é, são Felizes os construtores da Paz (os que procuram e promovem a Paz) porque serão chamados filhos de Deus. (Mt 5, 9).

11. A Paz de Cristo é a Vida Plena para todos!

- Não podemos nos contentar com o mínimo de trabalho e de recompensas por Cristo e em Cristo, quando Deus quer para nós sempre o máximo. Deus quer tanto que nos esforcemos ao máximo em tudo que fazemos quanto que desfrutemos ao máximo de todas as coisas boas que temos em seu Filho! Será que ir à Igreja só de vez em quando, aparecer nas reuniões dos grupos e pastorais só de quando em vez, ou pior, só aparecer nas épocas de festa, não se comprometer com o serviço em nossa comunidade, que sempre anda precisando de nossa colaboração, não colocar os dons e carismas que recebemos de Deus a serviço, e se conformar em viver um cristianismo medíocre, sem engajamentos ou responsabilidades, sem concessões e sacrifícios, só da boca para fora, como faziam os mestres e doutores da Lei que Jesus chamava de ‘Hipócritas’ é o que Deus quer para nossa Vida de Fé? Será que realmente estamos inseridos na Igreja de Cristo, fazemos parte dela como Pedras Vivas, ou apenas estamos nos enganando que o somos? Nós somos canalhas e hipócritas, ou somos cristãos e discípulos missionários? Então, onde estão as obras que fazemos que dão testemunho de nós? Onde está o nosso testemunho de Vida e Fé? Precisamos abandonar essa mentalidade do Mínimo e metanoiar, mudarmos de mentalidade, para acolhermos a Vida Plena que Deus nos comunica. Precisamos viver esta vida em abundância, na compreensão do valor de tudo que nos é dado, e com a responsabilidade de zelar por esses dons e pela partilha justa dos mesmos entre todos nós.

12. A Paz é fruto da Justiça! A Justiça de Deus é o Amor! Os ramos de amor e reconciliação que brotam da Videira Divina são o que dá por fruto a plena Paz!

- Jo, 15, 7-8: “Se vocês ficam unidos a mim e minhas palavras permanecem em vocês, peçam o que quiserem e será concedido a vocês. A glória de meu pai se manifesta quando vocês dão muitos frutos e se tornam meus discípulos.” - Gl 5, 16-23a: “Por isso é que lhes digo: vivam segundo o Espírito, e assim não farão mais o que os instintos egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que estão contra o Espírito, e o Espírito contra os instintos egoístas; os dois estão em conflito, de modo que vocês fazem o que querem. Mas se forem conduzidos pelo Espírito, vocês não estarão mais submetidos à Lei. Além disso as obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo, inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Repito o que já disse: os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si.” Será que estamos dando os frutos esperados? Se não, o que faremos a respeito? Precisamos dar os frutos do Espírito, pois esta é nossa missão.

13. Sede Misericordiosos porque o Pai do Céu é Misericordioso! Não pagueis o mal com o mal, mas o mal com o bem! Coragem! Eu sou contigo!

- Jo 15, 10 -12: “se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu digo isso a vocês para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa. E o meu mandamento é este: amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado.” Não resta dúvida que somos capazes de amar o nosso próximo à semelhança do que Deus ama todos nós. Jesus, que é Deus, feito Homem, amou com coração humano, fez gestos de amor concretos com coração e mãos de Homem, de modo que, em Jesus, percebemos que não é impossível ao Homem amar como Deus. A intensidade sem fim do amor divino nos foi revelada pelo amor humano, gratuito e sem restrições, que se doa integralmente. Se buscarmos amar como Jesus, incondicional e gratuitamente, mesmo os que não merecem, estaremos amando à semelhança de Deus. É um amor deste tipo que é capaz de romper as relações de ódio e rancor, desmascarar os violentos, desbancar os opressores, não retribuindo violência com violência, pagando mal com o mal, mas engolindo orgulhos feridos e vaidades espetadas para buscarmos a reconciliação, vivermos o perdão. A Paz de Cristo é conquistada, não pela guerra, mas pelo “bom combate”, cujas armas são a ativa não-violência e o amor.

14. Viver e dar testemunho da Paz de Cristo requer um contínuo auto-encontro com a fonte de toda a Paz! Paz : esforço constante de discipulado e missão!

- 1 Jo 5, 2.3b-5: “Nisto reconhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e cumprimos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, porque todo aquele que nasceu de Deus venceu o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. De fato, quem pode vencer o mundo, senão aquele que acredita que Jesus é o filho de Deus?” Esta é a segurança que nos faltava nessa missão. Se estivéssemos sozinhos, ingressar numa batalha dessas contra um mundo mal e violento, dominado por estruturas de morte e pela indústria do medo, seria loucura. Mas não estamos sós. Em Cristo, somos mais que vencedores. É o Cristo Vivo, sua Presença Real, que nos acompanha, nos fortalece, nos capacita, nos guarda. A Providência divina não nos abandona. Somos, em Cristo, predestinados para a Felicidade Plena, para a mais completa Paz, na Vida Eterna. Por isso devemos estar animados, porque o Espírito que procede do Pai e do Filho nos anima, nos unifica e quer nos santificar. Por isso não teremos medo, porque o Senhor é conosco! O esforço, o sacrifício, as dificuldades, tudo ganha seu valor para se atingir o Cristo. Por isso a proposta de Cristo não é para um momento só, mas para nossa vida inteira, para sempre. Porque essa Palavra que é válida sempre e em todo lugar, não poderia deixar de ser o que é... E ela é caminho e verdade, ressurreição e vida, em abundância, pelo amor e graça de Deus para com cada um de nós. Dela devemos aprender sempre, nela nos renovarmos sempre!

15. CANTEMOS: “Deus nos abençoe, Deus nos dê a Paz! A Paz que só o amor é que nos traz! A PAZ QUE SÓ O AMOR É QUE NOS TRÁZ! (...) A Paz nas nossas casas, nas ruas do país, e a benção da justiça que Deus quis! (...) A Paz entre as Igrejas e as religiões e a benção do respeito entre as nações!”

16. O esforço contínuo da Metanóia para uma Cultura e Mentalidade da Paz por meio de gestos concretos de fé (CRER NO BEM), esperança (PERSEVERAR NAS DIFICULDADES) e caridade (AMOR – O DOM DE SI).

- Cantar, louvar a Deus, orar, pregar a Palavra, tudo isso é muito fácil, muito mais fácil que pôr em prática o que celebramos. É preciso que extraiamos do que celebramos na nossa Fé as forças e as orientações para efetivamente celebrarmos na Vida, no dia à dia, a cada dificuldade e momento nossos, tudo aquilo que nós cremos. Não basta celebrar no templo da Igreja, é preciso celebrar no templo de nossos corações, a Boa Notícia de Jesus Cristo, Filho de Deus. Pela fé no Cristo Ressuscitado, e pela presença viva e real do Cristo em nossas vidas, precisamos viver em casa, na família, na escola, no trabalho, no mundo, a mesma Fé, Esperança e Caridade que celebramos em comunidade fraterna de irmãos no templo de pedra. Só assim nós nos tornamos pedras vivas do verdadeiro templo santo que é o corpo de Cristo. Ter gestos concretos de Fé, Esperança e Caridade é sempre algo requer muito esforço, por isso precisamos nos preencher cada vez mais do Espírito e nos revestir cada vez mais de Cristo, nos convertermos cada vez mais à fidelidade da proposta do Pai, para sabermos discernir a cada situação o que devemos fazer, e termos forças para concretizar o que nossa consciência voltada para Deus nos aponta.
- Agir com Fé significa ter por fundamento de toda ação nossa a crença no Bem. Muitas pessoas andam sempre pessimistas, desiludidas com o mundo, com a vida, com o outro, com a Igreja, acreditando que o mal é invencível e que certos problemas não tem solução. Mas Cristo nos mostra que até o pecado tem solução, até o mal tem solução, até a morte tem solução! Pois pela ressurreição de Cristo foram derrotados o pecado, o mal e a morte, e nós todos ressuscitaremos numa vida eterna em que nada disso existe, esta é a nossa Fé! Cristo nos ensina que, sem ser ingênuos, precisamos crer no Bem, sermos confiantes no poder do Bem sobre o mal deste mundo, pois Ele mesmo sempre agiu crendo nisto, mesmo quando todos o humilhavam e escarneciam dele, e foi por esta Fé fiel no Bem que o Pai o ressuscitou. Se nós também queremos seguir os passos de Jesus para a nova vida que Ele quer nos dar, precisamos mudar nossa mentalidade, abandonarmos o pessimismo fundado na realidade material, abandonarmos nosso ceticismo materialista, e crermos no Bem revelado pelo Cristo!
- Agir com Esperança quer dizer não esmorecermos ou desanimarmos no que fazemos, mas perseveramos nas dificuldades. Não é uma esperança passiva, que fica sentada, esperando, mas é uma esperança ativa que nos faz persistirmos, com determinação, nos caminhos que tomamos pela nossa Crença no Bem! O próprio Cristo foi obstinado até o fim no caminho que tomou para si por sua crença fundamental no Bem, e nós também devemos ter em nós essa determinação em perseverarmos nos caminhos que sabemos serem os certos, nos caminhos que nos conduzem ao que é Bom, e tudo o que é verdadeiramente Bom vem de Deus. Para nós que estamos na caminhada, é especialmente importante cultivarmos em nós a virtude da Esperança, para que não desanimemos, não desistamos, de seguir os passos de Jesus, de ouvir sua Palavra e buscarmos vivê-la a cada dia. Nós, nossa Igreja e cada um de nós, não somos um Pelotão de Anjos, mas somos um Pelotão de Homens e Mulheres dispostos a recomeçar a cada dia, a permanecermos na caminhada com o Cristo apesar das tribulações. Por isso, a cada queda, que tenhamos a Esperança ativa que nos faz levantar e prosseguir.
- Agir com Caridade, que é o amor que Deus quer, significa fazer tudo pelo próximo, pelo necessitado, fundamentado no amor que temos pelo Cristo, e sem esperar quaisquer recompensas de alguém além do Cristo, pois tudo que precisamos ele já nos dá em abundância nesta Vida, enquanto reserva suas riquezas sem fim para nós na Vida Eterna. Por isso, no nosso trabalho pastoral, de evangelização, na Igreja e fora dela, devemos fazer tudo com o maior empenho e dedicação, independente de problemas e rixas com coordenadores, superiores, padres, colegas ou o que for, pois fazemos tudo de coração, pelo Cristo. Esse é o sentido da caridade. Não nos doamos porque somos bonzinhos, ou por qualidade nossa, mas porque Cristo nos ama tanto, nos deixa tão felizes, que se nós não partilhássemos ao menos uma parcela desse amor e felicidade com o nosso próximo estaríamos sendo egoístas e nos sentiríamos mal com isso. Nós nos doamos no serviço ao próximo, à Igreja, ao irmão, porque é o mínimo que poderíamos fazer frente a todo amor que Cristo tem para conosco. Fazemos tudo portanto, pelo Cristo, inclusive a caridade pelo próximo, inclusive o nosso serviço eclesial e pastoral. Se esquecemos disso, muitas vezes não conseguimos cumprir com nossas tarefas, especialmente aquelas em que somos mais necessários. Fazemos tudo por amor, por N.S.J.C.
- Assim, com a Fé que nos faz acreditar convictamente no Bem revelado pelo Cristo e nos faz escolher o caminho do Sumo-Bem que é Deus; com a Esperança que nos faz perseverar neste caminho, determinados a seguir os passos de Cristo apesar de todas as dificuldades; e com a Caridade, que nos faz trabalhar e fazer tudo para o próximo e para a Igreja pelo amor de nosso Senhor, Jesus Cristo, que nos amou primeiro, de graça e sem merecermos nos amou, e se entregou por cada um de nós; assim temos forças e orientação para realizarmos concretamente na nossa Vida diária tudo aquilo o que celebramos na nossa Fé dominical.

17. O Papel do Cristão, enquanto evangelizador: construir a Paz no ambiente em que estamos inseridos! Ser Discípulo Missionário Construtor da Paz é o Testemunho Vivo de que Cristo é nossa Páscoa e Paz!

- O papel de nós, cristãos, evangelizadores por natureza, é exatamente darmos testemunho de nossa Fé em Cristo, com Esperança Ativa, na prática da Caridade. Precisamos nos doar, por amor a Cristo, para cumprirmos a Proposta do Evangelho de construirmos o Reinado do Amor, da Justiça e da Paz. Precisamos acolher essa proposta, pela Fé, perseverar nessa proposta, pela Esperança Ativa, e sermos felizes em nos doar integralmente a essa proposta, pelo Amor ao Ressuscitado, que é o verdadeiro amor, a Caridade. Precisamos ser diferentes das pessoas que não tem Deus no coração, precisamos ter esse diferencial que é Cristo em nossas escolhas, em nossa perseverança e em nossa doação, e com isso precisamos fazer a diferença! As pessoas precisam reconhecer em nós, em nossa coerência entre aquilo que Professamos e aquilo que Vivemos, em nosso testemunho de vida pessoal e comunitária, realmente o próprio Cristo Vivo! É assim que evangelizamos, por Palavras e por Obras, pela interação cada vez maior entre uma e outra, entre a Fé fiel em Cristo e a nossa Vida. É assim, pautando nossa existência no princípio da interação Vida e Fé, que é o princípio da própria coerência e bom senso, que somos diferentes e fazemos a diferença, e que evangelizamos aonde quer que estejamos, como verdadeiros discípulos missionários do Reino, como efetivos Construtores da Paz e Justiça de Cristo!

18. A Paz construída pelo serviço de cada um, pondo os dons e carismas recebidos por nós do Senhor para produzir toda boa obra, com a disciplina de Administradores Fiéis, a humildade de Servos e a grande alegria de Convidados para participar da Grande Festa das Bodas Nupciais do Cordeiro!

- Precisamos ter a ação positiva de nos engajarmos no Programa da Paróquia por meio de cada um dos cristãos, que também são cristãos católicos inseridos na da realidade paroquial. A Igreja não forma cristãos para a Igreja, mas sim forma cristãos para Cristo, aonde quer que sejamos mais necessários, e o lugar onde mais somos necessários é na comunidade. Alí sempre há uma enorme carência de ministérios, que precisa ser suprida por pessoas de Cristo, com Cristo no coração, e devemos pensar em nós, cursilhistas, como essas pessoas. Se alguém acha que trabalhar na Comunidade já é muito, e que não tem condições de se ocupar com algum grupo, ministério ou pastoral da Paróquia, essa pessoa está sendo como Tomé, no evangelho deste 2° Domingo da Páscoa. Tem a fé para dizer ‘Meu Senhor e Meu Deus’, mas não está presente na comunidade dos apóstolos quando Jesus de fato aparece naquela comunhão. Não podemos esperar que Cristo se revele a nós se não estivermos em comunhão fraterna, reunidos com nossos irmãos, e o local por excelência de vivermos e celebrarmos essa comunhão é no pequeno núcleo, até mesmo familiar, de nossas comunidades Paroquiais. É ali que vemos o Cristo Ressuscitado. Não podemos partir para a missão que é ser cristãos sem primeiro estarmos preenchidos e fundamentados no Cristo em nível de Comunidade. Não podemos ser cristãos pela metade, temos de ser cristãos católicos sempre, com Fé e Vida em integração crescente, na Diocese e nas nossa Paróquias. Cada um de nós tem uma Paróquia e ali nós somos muito necessários, mas temos nos omitido enormemente em atuarmos também ali. Chegamos ao ponto de não ser raro ouvir as pessoas que realmente se doam nos grupos, ministérios e pastorais nas Paróquias chamarem os integrantes de grupos, movimentos e pastorais de ensimesmados e alienados, porque em sua maioria não se envolvem com nada! É preciso sermos coerentes, e pôrmos seus dons para trabalhar na realidade Paroquial até mesmo em primeiro lugar. Nos organizarmos para vivermos a interação Vida e Fé sempre é isso, atuarmos na Diocese e na Paróquia, na Igreja e fora dela, com a disciplina dos administradores fiéis ao quais o Senhor confiou talentos conforme a capacidade de cada um para que os pusesse para multiplicar e render bons frutos, com a humildade dos servos imprestáveis que não cumprem mais do que a sua obrigação com tudo isso, e principalmente com a alegria de convidados para participar do Grande Banquete da Vida e da Paz em plenitude que o Cordeiro Pascal, Imolado e Ressuscitado, preparou para cada um de nós.

19. Ser Cristão – um dom de grande dignidade; uma vocação de grande responsabilidade – Ser do Caminho de Cristo Jesus

- Em fim, ser Cristão nos confere uma grande dignidade e uma grande responsabilidade. Nossa dignidade vem do fato de Jesus mesmo nos ter agraciado com o DOM de sermos cristãos. Por meio do Dom de sermos cristãos, somos renovados em nossa Crença no ressuscitado, em nossa espiritualidade, somos preenchidos de maneira especial pelo Espírito Santo para vivermos nosso carisma de evangelizar os ambientes e termos a força que vem do alto para conseguirmos dar um testemunho de santidade no nosso dia à dia. Por meio desse dom, ele nos abençoa com toda sorte de bênçãos e graças, nos concede uma imensa família, unida por fortes laços de Fé, Esperança e Amor, nos dá alegrias, realizações, oportunidades e satisfações inúmeras. Mas com esse dom de Deus, que nos confere uma grande dignidade, também recebemos uma vocação de Jesus Cristo, que nos confere uma grande responsabilidade. Nossa vocação de cristãos está em cuidarmos de evangelizar a nós mesmos todo o tempo e também partilharmos com o outro este evangelho que queremos viver integralmente em todo lugar. Sermos diferentes e diferenciais, sermos testemunhos vivos, sermos construtores da Paz, sermos discípulos missionários do Reino, sermos do Caminho de Cristo Jesus, esta é a nossa vocação! Nossa responsabilidade é cuidarmos dos dons e riquezas inexauríveis que recebemos de Deus, e que nos fazem tão felizes, partilhando-as com todos, para que também sejam felizes como nós o somos em Cristo. Não se trata de um dever, ou de uma obrigação, porque com Cristo nada se faz por obrigação, tudo se faz por Fé, Esperança e Amor, mas se trata de um direito! O direito de seguirmos os passos do Mestre, o direito de vivermos integralmente nossa vocação, passando por nossas Crises e Cruzes que vem com esta missão, e indo além, até o Céu, com Cristo. Vamos viver este Caminho, viver neste Caminho, com todas as suas ladeiras, buracos, curvas, estreitos, atoleiros, problemas, e com todas as suas alegrias, flores, paisagens, campos, sol, felicidade, e Vida, até o Céu.

20. “Este é o Caminho do Cristo da Luz” – Receber o dom da Paz pela fé, viver esta Paz em comunhão de amor com os irmãos, comunicar a Paz por meio de Palavras e Obras, conforme o modelo do próprio Cristo, obediente até à morte, e morte de Cruz, para cumprirmos nossa meta de Santidade e alcançarmos as Graças Inexauríveis de Deus em nossas vidas, já nesta etapa e na Eternidade!

21 - SEJA LOUVADO N. S. JESUS CRISTO – PARA SEMPRE SEJA LOUVADO – POR MEIO DE NOSSO TESTEMUNHO DA VIDA E FÉ! AMÉM! ALELUIA!