domingo, 31 de julho de 2011

Liturgia da Palavra

Missa do 18ª Domingo do Tempo Comum

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga.
2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo.
3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SALMO RESPONSORIAL

— Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.

— Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.

— Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam/ e vós lhes dais no tempo certo o alimento;/ vós abris a vossa mão prodigamente/ e saciais todo ser vivo com fartura.

— É justo o Senhor em seus caminhos,/ é santo em toda obra que ele faz./ Ele está perto da pessoa que o invoca,/ de todo aquele que o invoca lealmente.
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SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 35Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada?
37Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!
38Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, 39nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé.
14Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.
15Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!”
16Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!”
17Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”.
18Jesus disse: “Trazei-os aqui”.
19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões.
20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sábado, 30 de julho de 2011

Dom Eduardo pode ser o 1º santo de Ilhéus

Dom Frei Eduardo José Herberhold, o segundo bispo da Diocese da Diocese de Ilhéus, poderá se tornar o primeiro santo da cidade. Para isso fiéis, devotos, admiradores e representantes da Igreja Católica já se movimentam para buscar a canonização de Dom Eduardo. O primeiro passo será o reconhecimento de Dom Eduardo como servo de Deus. A partir daí começa o processo de beatificação, com a confirmação de milagres realizados pelo bispo.

Se todos esses processos forem concluídos, com a confirmação dos milagres, Dom Eduard, cujos restos mortais estão enterrados na Catedral de São Sebastião, poderá ser o primeiro santo de Ilhéus. Fiéis já se movimentam para coletar documentos e depoimentos de pessoas que dizem ter recebido graças e milagres feitos através da fé em Dom Eduardo. O bispo comandou a Diocese de Ilhéus de 1931 a 1939 e foi o responsável pelo início das obras da Catedral de São Sebastião.

Eduardo José Herberhold nasceu na cidade de Lippstadt, província de Westfália, na Alemanha, no dia 28 de junho de 1872, sendo seus pais Henrique Herberhold e Teresa Utzel Herberhold. Com 16 anos de idade entrou para o seminário Diocesano, de Paderbom, na Alemanha, de onde saiu em maio de 1890 para fazer parte do Convento de Harreveld, na Holanda.

Fez os votos simples em 10 de maio de 1891 e os solenes em 12 de maio de 1894. Neste ano veio para o Brasil. Quando chegou ao Brasil em dezembro de 1894, a sua vocação sacerdotal estava perfeitamente definida, sendo ordenado no dia 18 de agosto de 1895 por D. Manoel Santos Pereira, bispo do Recife. Cantou a primeira missa solene na capital pernambucana, na Igreja da 3º Ordem de São Francisco, no dia 17 de setembro de 1895, dia da festa de São Francisco das Chagas, Padroeiro da Igreja da mesma Ordem.

Foi sagrado bispo de Hermópolis Magma e prelado coadjutor de Santarém, Pará, no dia 06 de maio de 1928, na Igreja do Convento de São Francisco da Bahia, sendo sagrante o arcebispo D. Augusto Álvaro da Silva, primaz do Brasil, e consagrantes D. Frei Amando Bahlmann, bispo de Argos e Prelado de Santarém, e D. Frei Basílio Olimpio Pereira, bispo de Manaus.

Mas foi preconizado bispo de Ilhéus, por ordem da Santa Sé, no dia 30 de janeiro de 1931, e no mesmo ano, no dia 22 de março, chegou à cidade. D. Eduardo substituiu, na Diocese de Ilhéus, o Bispo D. Manoel Antônio de Paiva que em 1930, por motivos de saúde, fora transferido para Garanhuns. Faleceu em Salvador, no dia 24 de julho de 1939, às 17h40min, aos 67 anos de idade, no Palácio do Campo Grande. D. Eduardo tinha um irmão que vivia com ele em Ilhéus, o Frei Sigsbert Herberhold.

A Tribuna

55% dos brasileiros são contra a adoção por casais homossexuais

O Ibope divulgou nesta quinta-feira uma pesquisa em que revela que 55% dos brasileiros se declararam contra a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Os dados demonstram que a maioria discorda da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em maio deste ano, reconheceu por unanimidade a união civil entre homossexuais .
Entre os evangélicos, 77% não aprovam a decisão do STF. Já 63% dos homens disseram ser contra a união civil entre homossexuais. Entre as mulheres, esse percentual é de 48%. No grupo de jovens de 16 a 24 anos, 60% disseram ser favoráveis e, entre os maiores de 50 anos, 73% são contrários.
Entre as pessoas com formação até a quarta série do fundamental, 68% são contrários à decisão do STF. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida. Territorialmente, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice cai para 51%.
A pesquisa também fez perguntas sobre a opinião dos entrevistados com relação à adoção de crianças por casais homossexuais: 55% se declaram contrários. Entre os homens, 62% disseram não concordar que casais do mesmo sexo adotem uma criança.

Fonte: Globo

Bento XVI pede que se reze pela JMJ

Bento XVI pede que as orações dos católicos neste mês de agosto incluam a Jornada Mundial da Juventude.

Esta é a proposta que ele faz nas intenções de oração contidas na carta pontifícia confiada ao Apostolado da Oração, iniciativa seguida por quase 50 milhões de pessoas nos cinco continentes.

Todo mês o Papa partilha uma intenção de oração. Neste mês de agosto, a intenção geral é: “Para que a Jornada Mundial da Juventude, celebrada em Madri, encoraje todos os jovens do mundo a enraizar e alicerçar as suas vidas em Cristo”.

O Papa também apresenta uma intenção missionária. Em agosto, se rezará "para que os cristãos do Ocidente, dóceis à ação do Espírito Santo, reencontrem o vigor e o entusiasmo de sua fé".

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Taxistas homenageiam São Cristóvão em Ilhéus

A categoria trabalhista que desde 1932 realiza a festa em homenagem ao seu padroeiro, o São Cristóvão, realizou durante toda a noite de 25 de julho a tradicional festa, iniciada pela procissão que percorreu as principais vias da cidade em uma enorme carreata, missa solene e show do cantor Benner. Os participantes puderam degustar de acarajés, abaras e pipoca, cerveja, aguá mineral e refrigerante, e canecas de chopp personalizadas com a logomarca da festa, tudo 08oo. Parabéns ao Nelson Oliveira, presidente do SINDITAXI, que organiza essa festa há alguns anos com credibilidade e qualidade.
Estiveram presentes a Deputada Estadual Ângela Sousa, o vice-prefeito Mário Alexandre e o vereador Jailson Nascimento, além de empresários, imprensa, artistas e sindicalistas.

Fonte: ilheusamado

Santa Sé e Malásia com relações diplomáticas

A Santa Sé e a Malásia anunciaram hoje o estabelecimento de relações diplomáticas entre ambos Estados.

“A Santa Sé e a Malásia, desejosas de promover vínculos de mútua amizade, decidiram de comum acordo estabelecer relações diplomáticas com Nunciatura Apostólica de parte da Santa Sé e Embaixada da parte da Malásia”, afirma um comunicado vaticano.

O anúncio acontece apenas uma semana depois da visita do primeiro-ministro malaio, Najib Bin Abdul Razak, ao Papa Bento XVI, na residência veraneia de Castel Gandolfo, no dia 18 de junho.

Naquela ocasião, já se anunciara o acordo entre ambos Estados para estabelecer relações diplomáticas.

A Malásia é o Estado número 179 – sem conta a Comunidade Europeia e a Ordem de Malta – a estabelecer vínculos diplomáticos com a Santa Sé.

Com 28,7 milhões de habitantes, a Malásia é um país maioritariamente muçulmano: 60% da população é muçulmana, sendo o Islã considerado religião de Estado. Os cristãos malaios representam 9% da população.

A Igreja Católica chegou a este país asiático em 1511, com a chegada dos primeiros missionários portugueses à cidade de Malacca. A esta cidade chegou também São Francisco Xavier, em 1545.

A decisão de estabelecer relações diplomáticas chega em um momento importante para este país do sudeste asiático, que viveu um importante desenvolvimento econômico nas últimas décadas, mas não se viu livre de tensões inter-religiosas da região.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Papa recorda suas estadias em Les Combes

Do palácio apostólico de Castel Gandolfo, sua residência veraneia deste ano, o Papa quis enviar uma saudação aos fiéis de Les Combes, localidade onde ele passou o verão há dois anos.

Bento XVI fez-se assim presente na celebração de bênção da pousada “João Paulo II”, presidida nesse domingo pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado.

O Papa agradeceu os salesianos, proprietários da casa, assim como as autoridades e os benfeitores, pela contribuição para as obras.

“Recordo com particular afeto o tempo transcorrido nesse lugar encantador, emoldurado pelo amor de Deus Criador e santificado pela presença do beato João Paulo II”, disse o Papa.

A pousada que hoje leva o nome de João Paulo II é uma bonita construção em estilo alpino, situada no vale de Introd, em Val D'Aosta (Itália).

Ali Bento XVI se hospedou em três verões (2005, 2006 e 2009). Era um dos locais preferidos de seu predecessor, que ali esteve em dez ocasiões.

Falece o cardeal Noé, decisivo para a Liturgia

A Santa Sé informou do falecimento, na manhã desse domingo, aos 89 anos, do cardeal italiano Virgilio Noé, arcipreste emérito da Basílica de São Pedro e vigário geral emérito do Papa para a Cidade do Vaticano.

Nascido em Pavia, em 1922, após uma longa formação em liturgia, história eclesiástica e história da arte em várias universidades pontifícias de Roma, foi nomeado pelo Papa Paulo VI, em 1969, subsecretário da nova Congregação para o Culto Divino, que deveria aplicar a reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II.

Em 1970, é nomeado mestre de Cerimônias Pontifícias, aplicando essas transformações nas celebrações de canonizações, beatificações, nos ritos fúnebres pontifícios e na abertura e fechamento da porta santa com motivo do jubileu de 1975.

Em 1982, durante o pontificado do Papa João Paulo II, foi nomeado secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e, em 1989, coajutor do cardeal arcipreste da Basílica vaticana, da qual seria titular em 2002. João Paulo II o fez cardeal em 1991.

Com a morte do cardeal Virgilio Noé, o Colégio Cardinalício fica composto por 195 purpurados, dos quais 114 são eleitores e 81 não, estes por terem mais de 80 anos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

PJ Realiza a 2ª Ampliada da Juventude

A Pastoral da Juventude (PJ) Realizou nesse final de semana a 2ª ampliada da juventude, Que contou com a presença de quase todos os grupos e movimentos de juventude da diocese de Ilhéus.


Veja Agumas Fotos do Encontrão:


                                              Texto e Fotos: Pedro Roberto

Bento XVI sublinha importância da reta consciência

Bento XVI introduziu hoje a oração do Angelus, em Castel Gandolfo, com uma reflexão sobre a importância da reta consciência na vida de cada pessoa.

O Papa comentou a primeira leitura da Liturgia da Palavra de hoje, em que o jovem rei Salomão pede – e obtém – de Deus a sabedoria para governar o povo de Israel.

“Cada um de nós tem uma consciência para ser, em um certo sentido, ‘rei’, quer dizer, para exercitar a grande dignidade humana de atuar segundo a reta consciência, trabalhando pelo bem e evitando o mal”, disse o Papa.

Quando Salomão pede um “coração dócil” – explicou o Papa – referia-se a “uma consciência que sabe escutar, que é sensível à voz da verdade, e por isso é capaz de discernir o bem do mal”.

O exemplo de Salomão vale para cada homem – disse o pontífice –, em quem deve se formar uma consciência sempre aberta à verdade e sensível à justiça.

“A consciência moral pressupõe a capacidade de escutar a voz da verdade, de ser dóceis a suas indicações.”

“Uma mentalidade equivocada nos sugere pedir a Deus coisas ou condições favoráveis”, advertiu.

Na realidade – explicou o Papa –, “a verdadeira qualidade de nossa vida e da vida social depende da reta consciência de cada um, da capacidade de cada um e de todos de reconhecer o bem, separando-o do mal, e de buscar realizá-lo com paciência”.

domingo, 24 de julho de 2011

Liturgia da Palavra

Missa do 17ª Domingo do Tempo Comum

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:

Naqueles dias, 5em Gabaon, o Senhor apareceu a Salomão, em sonho, e lhe disse: “Pede o que desejas, e eu te darei”.
7E Salomão disse: “Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. 8Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. 9Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?”
10Esta oração de Salomão agradou ao Senhor.
11E Deus disse a Salomão: “Já que pediste esses dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, 12vou satisfazer o teu pedido; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SALMO RESPONSORIAL

— Como eu amo, ó Senhor, vossa lei, vossa palavra!

— É esta a parte que escolhi por minha herança:/ observar vossas palavras, ó Senhor!/ A lei de vossa boca, para mim,/ vale mais do que milhões em ouro e prata.

— Vosso amor seja um consolo para mim,/ conforme a vosso servo prometestes. Venha a mim o vosso amor e viverei,/ porque tenho em vossa lei o meu prazer!

— Por isso amo os mandamentos que nos destes,/ mais que o ouro, muito mais que o ouro fino!/ Por isso eu sigo bem direito as vossas leis,/ detesto todos os caminhos da mentira.

— Maravilhosos são os vossos testemunhos,/ eis por que meu coração os observa!/ Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina,/ ela dá sabedoria aos pequeninos.
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SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus.
29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos.
30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. ___________________________________________________________________________________
SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo.
45O Reino dos Céus é também como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola.
47O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes.
51Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”.
52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo o mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Bento XVI prepara livro e aniversário do Vaticano II

Nestes dias de descanso, Bento XVI prepara seu novo livro sobre Jesus, além de suas viagens apostólicas à Espanha e à Alemanha, bem como o 50º aniversário da inauguração do Concílio Vaticano II.

O Pontífice transcorre as férias de verão por segundo ano consecutivo em Castel Gandolfo, a residência pontifícia situada a cerca de 30km ao sul de Roma, pois nela pode contar com um ambiente conhecido e adaptado à paixão da sua vida: o estudo e a escrita sobre questões de teologia.

Bento XVI levou muitos livros e documentos a Castel Gandolfo para a preparação das suas viagens a Madri, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (18 a 21 de agosto), assim como à sua terra natal, onde visitará, de 22 a 25 de setembro, Berlim, Erfurt, Etzelsbach e Freiburg.

L'Osservatore Romano confirma, na edição italiana de 22 de julho, que nestas férias seu “compromisso prioritário está dirigido a preparar a redação da conclusão da obra sobre Jesus de Nazaré, dedicada a uma análise dos Evangelhos da Infância”.

Trata-se do terceiro volume desta série de grande êxito editorial, após os dois apresentados em abril de 2007 e março de 2011.

O jornal vaticano revela que o Papa trabalha também em outro tema que lhe suscita grande interesse: “a reflexão sobre a fé, enquanto se aproxima o 50º aniversário da abertura do Vaticano II (11 de outubro de 1962), do qual Joseph Ratzinger participou desde o início”.

O interesse de Bento XVI sobre a virtude teologal da fé é significativo, pois já dedicou duas encíclicas às duas outras virtudes teologais, a caridade e a esperança: Deus caritas est (25 de dezembro de 2005) e Spe salvi (30 de novembro de 2007).

Além do tempo destinado a estudar e escrever, o Bispo de Roma dedica suas jornadas à oração, ao contato com a natureza e ao descanso.

Ao mesmo tempo, continua atendendo o governo da Igreja como encontros de trabalho, em particular com o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, e outros prelados, ou recebendo visitantes em audiência, como aconteceu com o primeiro-ministro da Malásia, em 18 de julho.

Em geral, à tarde, ele aproveita um momento para passear pelos jardins da residência pontifícia, acompanhado de seu secretário particular, Georg Gänswein; tais passeios costumam concluir com a oração mariana diante de uma imagem de Nossa Senhora.

Igreja deve aprender linguagem dos jovens

Para evangelizar os jovens, a Igreja precisa compreender sua cultura, na qual a liberdade e a ciência são valores dominantes, considera o arcebispo Rino Fisichella.

Segundo o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, não se pode falar de Cristo aos jovens “sem falar da liberdade, pois o jovem de hoje a colocou em sua cultura, mas a liberdade tem de estar sempre em relação com a verdade, pois é a Verdade que produz a liberdade”.

Ao mesmo tempo, acrescenta, “não se pode falar de Deus aos jovens sem conhecer a cultura dos jovens de hoje, que é a científica. A cultura de hoje, seu conteúdo, está repleto de axiomas de ciência”.

O prelado italiano compartilhou sua análise da evangelização dos jovens ao participar, em 20 de julho, do curso de verão “Os jovens e a Igreja Católica”, organizado pela Universidade Rei João Carlos.

Esclareceu que a Igreja está “a favor da ciência, mas esta tem de estar a favor da humanidade e nunca contra ela”.

“Chegará o momento em que a própria ciência pedirá ajuda à teologia para conhecer mais amplamente os âmbitos da realidade e poder dar resposta à dor, à traição, à morte”, em definitiva, “às grandes perguntas, as perguntas de sentido”, afirmou Dom Fisichella, em uma conferência intitulada “Os jovens e Deus, os jovens e Jesus Cristo, os jovens e a vida eterna”.

O prelado destacou que “a interação ciência-vida pessoal-ética é necessária, não se pode viver sem ela”.

Como exemplo, Fisichella contou o caso do diretor do Projeto Genoma, Francis S. Collins, que se adentrou na linguagem de Deus, porque “a verdadeira ciência nos coloca às portas do transcendente”.

E concluiu afirmando que “se pode ser católico e cientista ao mesmo tempo. Viver o conhecimento científico não implica em ser ateu. O cientista tem seus limites, não pode afirmar a não-existência de Deus”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um livro de Georg Ratzinger: "Meu irmão, o Papa"

Detalhes inéditos da vocação de Joseph Ratzinger são revelados no livro "Meu irmão, o Papa" (“Mein Bruder, der Papst”), entrevista concedida pelo Pe. Georg Ratzinger ao jornalista e escritor alemão Michael Hesemann.

O trabalho consta de 256 páginas, que recolhem uma série de conversas tidas no final da primavera deste ano, em Ratisbona, durante as quais o irmão mais velho de Bento XVI relatou a seu interlocutor memórias de toda uma vida.

O volume, publicado em Munique por Herbig e acompanhado por cerca de 40 fotografias, estará nas livrarias em 12 de setembro, às vésperas da visita que o Papa fará à Alemanha.

O livro foi escrito para comemorar o sexagésimo aniversário da ordenação sacerdotal de Georg e Joseph Ratzinger (em Freising, em 29 de junho de 1951), que os dois irmãos comemoraram juntos na Basílica de São Pedro, na solenidade dos santos Pedro e Paulo.

O testemunho do Pe. Georg Ratzinger, que é a pessoa mais próxima a Bento XVI, começa com a infância e conta, entre outras coisas, como nasceu e amadureceu, no seio da família, a decisão do jovem Joseph de servir a Igreja no sacerdócio, até chegar aos anos do pontificado.

Paróquias como lugares de esperança

Cada vez mais, as paróquias na Europa estão enfrentando o mesmo desafio: a indiferença religiosa, segundo observou Josep Taberner Vilar, catalão, um dos dois copresidentes da Conferência Europeia das Paróquias (CEP), que celebra a sua vigésima edição em Nyíregyháza, Hungria.

O encontro, dedicado este ano ao tema "As paróquias, lugares de esperança. Sempre dispostos a responder a quem vos pedir razão da vossa esperança", está considerando uma nova pastoral, caracterizada pela modéstia e doçura, mas sem complexos.

O encontro reuniu 200 pessoas, de 17 países do Velho Continente, durante cinco dias, até sexta-feira, para ouvir testemunhos, aprofundar na vocação da paróquia, visitar igrejas locais e viver encontros ecumênicos.

Vilar revelou que o encontro está recolhendo "todas as contribuições em um texto útil para as igrejas e a sociedade do continente".

O avanço da secularização

As paróquias podem se tornar lugares de esperança na realidade europeia, fragmentada e secularizada? Esta pergunta foi respondida com algo de humor, mas com convicção – "Yes, we can" – pelo Pe. Hubert Windisch, sacerdote e professor de teologia pastoral na Universidade de Freiburg, na Alemanha, em um discurso em que resumiu a situação das paróquias na Alemanha.

Especialmente no norte e centro da Europa, disse, "somos ‘estrangeiros’, como os cristãos das origens", e "devemos perguntar-nos qual é a nossa tarefa" e como "demonstrar nossa pertença a Cristo".

O sacerdote sublinhou que os cristãos europeus "muitas vezes se sentem oprimidos, inseguros, angustiados e expostos a um ambiente agressivo".

Falando da Alemanha, descobriu que "temos 82 milhões de habitantes e apenas 30% deles são católicos; e os protestantes são menos ainda. Em uma escola de um bairro da minha cidade, 60% das crianças não são batizadas e alguns estudos recentes falam da ‘extinção’ do cristianismo em alguns países ocidentais".

Em suma, experimentamos "um processo muito rápido de declínio, tanto em termos quantitativos como qualitativos, do cristianismo", que "de ser objetivo tornou-se subjetivo".

Ao mesmo tempo, passou-se de "uma compreensão bíblica da fé, pessoal e histórica, a uma imagem de Deus impessoal e sem tempo, de natureza esotérica".

Uma nova pastoral

Neste contexto, as paróquias e os cristãos que participam ativamente delas podem "dar razão da sua esperança", ao se transformarem em uma espécie de “custódia” ou ostensório da Eucaristia, isto é, se adotarem um estilo de "transparência espiritual".

No futuro da Igreja no Ocidente, é preciso desenvolver, portanto, uma "nova pastoral", feita com "modéstia, doçura e respeito", mas também "sem temores" ou complexos de inferioridade, propôs o Pe. Windisch.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

2ª Ampliada da Juventude

Queremos mais uma vez lembra da Segunda Ampliada da Juventude que sera realizada aqui em Ilhéus e o Grupo Jovem Rompendo Em Fé, Nao pode ficar de fora desse evento, Os interessados por favor entrar em contato imendiatamente com Pedro (73) 81258360, Pois o encontro ja estar na porta.

O texto abaixo criado por Kássio Soares - Coordernador da Pastoral da Juventude explica td o que se deve fazer para chagar no lugar do encontro.


Atenção!!! Amados Pjoteiros e Pjoteiras!! É com muita alegria que convidamos nossas lideranças para a nossa Segunda Reunião Ampliada.
Data: 22 a 24 de Julho de 2011


Tema: Religiosidade Popular, Semana do Estudante 2011 e DNJ 2011.
Inicio: 18:00h do dia 22/07/2011 (sexta-feira)


Local: ACEAI (sitio das Irmãs, Nossa Senhora da Vitória), ILHÉUS.


Como Chegar no local do encontro: Rodovia Ilhéus x Buerarema, Bairro Nossa Senhora da Vitória, Ilhéus.
Obs: quem vir de ônibus, ao chegar à rodoviária pegue o coletivo para o Nossa Senhora da Vitória, fale com o cobrador que vai descer na praça principal do Nossa Senhora da Vitória assim que chegar na praça perguntem onde fica o Sitio das Irmãs, caso tenham dificuldades ou dúvidas liguem para um dos números para contato abaixo que logo mandaremos alguém buscar vocês na praça.


• Quem participa – Coordenação zonal, paroquial e de grupos, assessores paroquiais, zonais e diocesanos.


• Taxa: R$ 5,00 (Cinco reais). GJRF


• O que levar: Bandeiras da PJ, camisas da PJ, Oficio Divino da Juventude, Bíblia, instrumentos, colchão, roupa de cama, material de higiene pessoal.


“As pessoas são pesadas demais para serem levadas nos ombros. Levo-as no coração” (Dom Helder Câmara).
Contatos para a Segunda Ampliada:
KÁSSIO: 073 88195090 / 81565324 /99555662
NIDE: 073/88595178
TAVILA: 073/ 99988918 / 88281247
ACEAI: 3632 0211


COMO EU NÃO TENHO ORKUT OU MSN DE TODOS ENCAMINHEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PJOTEIROS QUE PUDEREM!!!

Pequim prepara nova ordenação episcopal ilícita

As autoridades chinesas anunciaram que continuarão as ordenações ilícitas de bispos, sem mandato do Papa, apesar de a Santa Sé ter confirmado a excomunhão do último bispo ordenado nestas circunstâncias.

Depois das três ordenações ilegais dos últimos 3 meses, um novo bispo ilegítimo “oficial” - ou seja, reconhecido pela Associação Patriótica dos católicos chineses – deveria ser ordenado nos próximos dias na diocese de Harbin, cujo território cobre a província de Heilongjiang, no norte do país, segundo informou Églises d'Asie.

Nesta província, já existe um bispo “não-oficial”, Dom Wei Jingyi, pastor da diocese de Qiqihar, figura conhecida entre a comunidade “clandestina” pelos seus esforços de reconciliação com os bispos “oficiais”, continua informando a agência das Missões Estrangeiras de Paris.

O candidato eleito para a ordenação ilícita parece ser, segundo esta fonte, o Pe. Yue Fusheng, de 47 anos, “administrador” da diocese há vários anos.

Em dezembro passado, na reunião realizada em Pequim, ele foi eleito como um dos vice-presidentes da Associação Patriótica e recentemente havia sido eleito bispo de Harbin, em uma dessas eleições cujos resultados são conhecidos com antecipação pelas autoridades comunistas. Roma lhe comunicou que sua candidatura ao episcopado não é aprovada pelo Papa.

“Segundo diferentes observadores, esta nova ordenação ilícita será a oportunidade para ver até onde estão dispostas a chegar as autoridades chinesas para obrigar os bispos que contam tanto com o reconhecimento de Roma como com o de Pequim a participar da cerimônia”, escreve Églises d'Asie.

A última ordenação em Shantou, de 14 de julho, havia dado lugar a cenas nas quais se havia visto a polícia buscar, usando a força das armas, bispos que haviam se escondido para escapar das autoridades.

No documento da Santa Sé, declarando excomungado o bispo ilegítimo, são reconhecidos como “meritórios diante de Deus” estes atos de resistência, que merecem o “apreço de toda a Igreja”. “A mesma consideração se aplica também aos sacerdotes, pessoas consagradas e cristãos que defenderam seus pastores, acompanhando-os nestes difíceis momentos, mediante a oração, e compartilhando seu íntimo sofrimento”, afirmava o comunicado vaticano.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ENSINO RELIGIOSO DIVIDE TEÓLOGOS E EDUCADORES

Catequese confessional ou formação para a cidadania? O ensino religioso nas escolas ainda provoca polêmica e confusão no sistema educacional brasileiro, segundo teólogos e educadores que participaram do 24.º Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter), ocorrido na semana passada, em Belo Horizonte.
Responsáveis pela administração da disciplina nos cursos de ensino fundamental, para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade, as prefeituras e os Estados não estão conseguindo transpor barreiras para escolher o conteúdo da matéria e a contratação de professores.
"Os poderes públicos estadual e municipal têm autonomia para montar a grade curricular e contratar pessoal, mas esbarram em problemas práticos, como a falta de espaço físico e de recursos financeiros, o que leva diretores de escolas a dar prioridade a outras áreas", afirmou o Sérgio Junqueira, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, responsável pela condução do tema no congresso.
O artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996 determinava que o ensino religioso fosse oferecido nas escolas sem ônus para os cofres públicos. A alteração do texto, no ano seguinte, por pressão da Igreja Católica e das evangélicas, eliminou essa restrição e obrigou o governo a pagar o professor, contratado por concurso. A lei veda o proselitismo, mas, na prática, algumas religiões prevalecem no currículo.
"O ensino religioso, que deveria ser educação para a cidadania, acaba tendendo para o confessional, prejudicando o pluralismo e levando à discriminação", disse o sociólogo Pedro Ribeiro de Oliveira, da PUC Minas. Os grupos afro-brasileiros, por exemplo, costumam ser prejudicados, porque pais de alunos não permitem que os filhos estudem a cultura desse segmento.
Na avaliação de Oliveira, o Acordo Brasil/Santa Sé, assinado em 2008, leva ao ensino confessional, quando diz que "o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas". "O acordo foi um retrocesso", afirma o sociólogo, apesar de o texto assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil.
O professor Sérgio Junqueira, que defende um ensino religioso numa leitura pedagógica, atribui a assinatura do acordo com a Santa Sé a interesses eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "que precisava do apoio dos bispos católicos". Junqueira também acha que o acordo tende para o confessional.
Grupos contrários a essa tendência se dividem na defesa da Lei de Diretrizes e Bases de 1997 e a sugestão de que o ensino religioso seja retirado da legislação.

Excomungado bispo chinês ordenado sem mandato

O bispo chinês que recebeu a ordenação episcopal sem o mandato do Papa, por imposição das autoridades locais, foi automaticamente excomungado, segundo esclareceu uma declaração emitida pela Santa Sé.

O comunicado também elogia a “resistência” que bispos, sacerdotes, religiosos e leigos estão opondo diante das medidas coercitivas das autoridades chinesas para obrigá-los a rebelar-se à autoridade espiritual do Bispo de Roma.

A declaração vaticana, emitida no último sábado, esclarece a situação canônica do reverendo Joseph Huang Bingzhang, ordenado bispo de Shantou (Guangdong), em 14 de julho, por imposição da Associação Patriótica Católica, uma organização reconhecida e promovida pelas autoridades comunistas que busca criar uma espécie de igreja paralela na China.

O comunicado vaticano esclarece que, dado que a ordenação episcopal aconteceu “sem o preceptivo mandato pontifício”, é “ilegal”, motivo pelo qual o bispo “incorreu nas penas estabelecidas pelo cânon 1382 do Código de Direito Canônico”.

Esse cânon explica que “o bispo que confere a alguém a consagração episcopal sem mandato pontifício, assim como o que recebe dele a consagração, incorre em excomunhão latae sentenciae”, isto é, incorre automaticamente nela quem comete o delito.

Por este motivo, o comunicado vaticano sublinha que “a Santa Sé não o reconhece como bispo da diocese de Shantou, e não tem autoridade para governar a comunidade católica diocesana”.

O Vaticano explica que “o reverendoHuang Bingzhang foi informado há muito tempo de que sua candidatura não pôde ser aprovada pela Santa Sé para aceder ao ministério episcopal de Shantou, já que esta diocese conta com bispo legítimo, de modo que se pediu ao reverendo Huang que não aceitasse a ordenação episcopal”.

Segundo referiram à agência Asianews testemunhas oculares da ordenação sacerdotal, que ocorreu na catedral de Shantou, presidida por Dom Fang Xinyao, bispo de Linyi, presidente da Associação Patriótica, 8 bispos em comunhão com o Papa foram sequestrados pela polícia e obrigados a participar do ato.

“Resistência” católica

Dom Paul Pei Junmin, bispo de Liaoning, em comunhão com o Papa e reconhecido pelo governo, conseguiu não participar graças a que sacerdotes da sua diocese rodearam sua residência, na qual o bispo se fechou para evitar a deportação.

Diante de casos como este, a Santa Sé reconhece que alguns dos bispos “haviam expressado sua vontade de não participar desta ilegal ordenação episcopal e que, apesar das intimidações, resistiram-se a participar dela”.

“No que se refere a esta resistência, é justo destacar que tal ato é meritório diante de Deus e inspira apreço em toda a Igreja. A própria consideração se aplica também aos sacerdotes, pessoas consagradas e aos cristãos que defenderam seus pastores, acompanhando-os nestes difíceis momentos mediante a oração e compartilhando seu íntimo sofrimento”, afirma o comunicado vaticano.

A ordenação episcopal em Shantou foi a terceira sem mandato pontifício realizada nos últimos meses na China, após as celebradas em Chengde (20 de novembro de 2010) e Leshan (29 de junho de 2011).

Dor do Papa

O comunicado vaticano “reafirma o direito dos católicos de agir livremente, seguindo sua consciência e a fidelidade ao Sucessor de Pedro, em comunhão com a Igreja universal”.

Por último, informa que Bento XVI “se entristeceu ao ver como se trata a Igreja na China e espera que se possa superar quanto antes as dificuldades atuais”.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Somos filhos de um Pai grande e bom, afirma Papa

Bento XVI considera que, para que a vida dê fruto, deve ser como critério-guia a vontade de Deus, pois, onde Ele não está, “não pode haver nada bom”.

Esta foi a conclusão à qual chegou neste domingo, no encontro com os peregrinos que lotavam o pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo por ocasião da oração mariana do Ângelus, ao meditar sobre a parábola do semeador e do joio, apresentada na liturgia do dia.

Com estas reflexões, afirmou, “o divino Mestre convida a reconhecer, antes de tudo, a primazia de Deus Pai: onde Ele não está, não pode haver nada bom. É uma prioridade decisiva para tudo”.

“Reino dos céus significa precisamente senhorio de Deus e isso quer dizer que sua vontade deve ser assumida como o critério-guia da nossa existência”, explicou.

Jesus compara o Reino dos céus com um campo de trigo, continuou explicando o Bispo de Roma, “para dar-nos a entender que dentro de nós foi semeado algo pequeno e escondido que, no entanto, tem uma força vital que não pode ser suprimida”.

“Apesar dos obstáculos, a semente se desenvolverá e o fruto amadurecerá. Este fruto será bom somente se for cultivado o terreno da vida segundo a vontade divina”, observou.

Por isso, na parábola do joio, Jesus adverte que, depois da semeadura do dono, “enquanto todos dormiam”, aparece “seu inimigo”, que semeia o joio.

“Isso significa que temos de estar preparados para proteger a graça recebida no dia do Batismo, alimentando a fé no Senhor, que impede que o mal crie raízes”, destacou.

O Pontífice citou um dos seus autores favoritos, Santo Agostinho de Hipona, quem escrevia: “Primeiro muitos são joio e depois se convertem em grão bom”.

E o famoso convertido acrescentava: “Se estes, quando são maus, não fossem tolerados com paciência, não chegariam à louvável transformação”.

A partir desta reflexão, o Papa concluiu: “Se somos filhos de um Pai tão grande e bom, procuremos parecer-nos com Ele!”.

Missões do Paraguai na Jornada Mundial da Juventude

A Companhia de Jesus e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) trabalham juntas há meses em uma exposição sobre as Missões (ou Reduções) Jesuíticas do Paraguai. A mostra fala do passado e do presente, de como os jesuítas foram e são “enviados às fronteiras, sob o Pontífice Romano”.

As Missões Jesuíticas do Paraguai (1609-1769) foram assentamentos de índios guaranis promovidos pelos padres da Companhia de Jesus nas terras conquistadas por Portugal e Espanha, com o desejo de proteger sua identidade de pessoas e de vassalos da coroa.

Os povos indígenas que viviam de acordo com seu antigo costume, nos montes, em pequenos grupos, muito distantes entre si, reuniram-se por iniciativa dos jesuítas para formar assentamentos de cerca de cinco mil índios cada um.

As Missões eram verdadeiros povos “civilizados” que tinham organizada sua subsistência (agricultura, criação de gado, confecção de vestidos), organização social (prefeitura, corregedor, prefeitos, juízes) e cultural (educação, arquitetura, escultura, música, ciência), bem como sua espiritualidade (esses povos, considerados pelos conquistadores como selvagens, receberam a fé por meio dos missionários).

As Missões não foram originárias dos jesuítas, mas dos franciscanos. O que os jesuítas ofereceram foi uma especial sensibilidade com relação a muitos aspectos da cultura guarani, que trabalharam por defender e perpetuar e que se tornaram um eixo da concepção das Reduções.

As Missões têm um contexto complexo que, no percurso da exposição, se contempla com mais detalhe. Têm a ver com a encomenda, sistema colonizador que, com frequência, podia ser uma escravidão encoberta; e têm a ver com o forte desejo evangelizador de missionários e colaboradores que, no exercício da sua missão, nem sempre acertaram em respeitar a identidade guarani, mas sim em defender sua liberdade e dignidade, pois em muitas ocasiões as Reduções foram a única via de protegê-las.

Chegaram a existir trinta Missões dos povos guaranis, que se estenderam entre os rios Paraná e Uruguai, em um vasto território, que compreendia regiões que hoje fazem parte do Paraguai e também da Argentina (Corrientes, Misiones, Entre Ríos e parte das províncias de Chaco e Formosa); do Sul e Sudoeste do Brasil (Rio Grande, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul); do Sudeste da Bolívia e do Uruguai. Esta exposição, ainda que se refira a todas elas, se detém mais nas situadas no atual território paraguaio.

A Exposição

Há vários meses, a Companhia de Jesus e a JMJ estão trabalhando nesta exposição, que será uma das grandes mostras oferecidas aos jovens que estiverem em Madri em agosto.

Intitulada “As Missões Jesuíticas do Paraguai, uma aventura fascinante que perdura no tempo”, explicará como a paixão por transmitir a Boa Notícia de Jesus, que impulsionou os missionários jesuítas dos séculos XVII-XVIII, continua viva hoje na Companhia de Jesus e em toda a Igreja.

Os jesuítas foram e são enviados às fronteiras, “sob o Pontífice Romano”, como foram recentemente chamados por Bento XVI, em sua última Congregação Geral (2008). As Missões são consideradas um momento apaixonante do impulso missionário que gerou quase 160 anos (1609-1769) de uma fecunda evangelização entre o povo guarani.

A paróquia jesuíta de São Francisco de Borja sediará esta bela exposição. A origem da mostra deve ser buscada na organizada pelo Pe. Aldo Trento, da Fraternidade de São Carlos Borromeu e missionário no Paraguai, em Rimini (2009, Itália), organizado por Comunhão e Libertação. O cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, presente em Rimimi e admirado pela força testemunhal da mostra, desejou trazê-la para a JMJ.

Acolhe alguns elementos da Mostra de Rimini, mas a Companhia de Jesus assumiu grande parte da organização, introduzindo muitas novidades: nova disposição física, novos painéis e uma presença intensa jesuítica, tanto entre os guaranis (Paraguai), como entre os chiquitos e moxos (atual Bolívia).

Contaram com a ajuda dos jesuítas do Paraguai e da Embaixada do Paraguai em Madri. Seu desenvolvimento não teria sido possível tampouco sem o patrocínio da Fundação Endesa, que promove a pesquisa, cooperação para o desenvolvimento econômico-social e a defesa do meio ambiente, a iluminação de monumentos do patrimônio histórico-artístico e atividades culturais nas áreas em que desempenha sua atividade internacional, especialmente na América Latina.

O comissário da exposição, por parte da JMJ, é Faustino Giménez Arnau, e o diretor, pela Companhia, é o Pe. Enrique Climent SJ.

sábado, 16 de julho de 2011

Bento XVI dá boas-vindas ao Sudão do Sul

O Papa Bento XVI enviou suas abundantes bênçãos ao novo país africano, Sudão do Sul, desejando-lhe um futuro de paz e liberdade, segundo afirmou ontem, em um comunicado, o observador da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt.

O novo país, nascido no último dia 9 de julho, foi acolhido esta semana, por aclamação, pela Assembleia Geral da ONU.

Dom Chullikatt quis expressar o apoio da Santa Sé ao novo Estado e recordou que houve uma delegação vaticana na cerimônia de independência, encabeçada pelo cardeal John Njue, arcebispo de Nairóbi e presidente da Conferência Episcopal do Quênia, pelo arcebispo Leo Boccardi, núncio no Sudão, e por Dom Javier Herrera.

“Por ocasião da inauguração do novo Estado do Sudão do Sul, o Papa Bento XVI invocou as abundantes bênçãos do Todo-Poderoso sobre o povo e sobre o governo da nova nação e desejou que possa avançar no caminho da paz, da liberdade e do desenvolvimento”, afirmou Dom Chullikatt.

Além disso, sublinhou o compromisso dos católicos no nascimento do novo país africano: “No Sudão do Sul, com uma considerável presença de católicos, a Igreja foi muito ativa no processo de reconciliação nacional, bem como nas atividades para o desenvolvimento”.

A necessidade mais urgente do novo Estado, sublinhou o observador vaticano junto à ONU, é encontrar um lugar para os refugiados e deslocados, cujo número se calcula em cerca de 300 mil.

Organizações eclesiais como Misereor e Cáritas, afirmou, “estão ativamente comprometidas em oferecer assistência humanitária à população”, assim como “a hierarquia local e a conferência episcopal da região (AMECEA), junto a numerosas congregações religiosas”.

Contribuição para a paz

Desde o começo, afirmou o prelado, os líderes eclesiais “foram ativos no processo de paz e, durante sua visita de 1993, o Beato João Paulo II condenou a violência no país, defendendo uma solução constitucional para o conflito. Na assinatura do Acordo de Paz Global (CPA), os representantes da Igreja Católica, junto a outros líderes religiosos, desempenharam um papel vital”.

Entre os desafios enfrentados pelo novo país, destacou o da “segurança para as vidas e propriedades dos cidadãos, as boas relações com os países vizinhos, a melhoria dos padrões sanitários – especialmente no caso de portadores da AIDS –, o reforço das instituições educativas e o planejamento da reconstrução e do desenvolvimento do país”.

“O caminho da guerra civil à paz precisa ordenar-se e basear-se na justiça e na verdade. A longa viagem que custou a vida de muitas pessoas, longos sofrimentos, pobreza e humilhações pode tornar-se um caminho de paz, liberdade e desenvolvimento”, sublinhou.

Neste sentido, concluiu destacando o compromisso da Igreja em “sublinhar a importância do perdão e da reconciliação, essenciais para uma paz duradoura, importante não somente para o novo país, mas também para toda a região”.

Igreja se encontra com a arte; talentos estragados

O que oferecer ao Papa, que tem tudo?

Para o 60º aniversário da ordenação de Bento XVI, o cardeal Gianfranco Ravasi, cabeça do Conselho Pontifício para a Cultura, foi além do esperado e organizou uma exposição de 60 artistas contemporâneos em homenagem ao Papa.

A exposição, realizada na Sala Paulo VI (em si mesma uma peça de arquitetura contemporânea de Pier Luigi Nervi, 1971), conta com 18 pintores, 12 escultores, 6 ourives, 6 músicos, 6 arquitetos, 7 fotógrafos e 5 poetas do século XX, e recebe o título de “Lo Splendore della Carità, La Bellezza della Verità” (“O Esplendor da Caridade, a Beleza da Verdade”).

A mostra foi aberta ao público de forma gratuita até o dia 4 de setembro. Ela reúne artistas provenientes do mundo inteiro: Japão (Kengiro Azuma), Rússia (Natalia Tsarkova), Escócia (James McMillan, quem trouxe o manuscrito da sua obra “Tu es Petrus”, dedicada a Bento XVI para sua visita à Abadia de Westminster de 18 de setembro de 2010).

A intenção da exposição é continuar o diálogo entre a Igreja e a arte, iniciado pelo Papa durante seu encontro com os artistas, em 21 de novembro de 2009, na Capela Sistina. Há uma impressionante variedade de obras, desde um tapete feito com material reciclado em homenagem ao “Papa verde” até a obra escrita por Ennio Morricone em forma de cruz, “uma reunião da música e da iconografia”, como a descreve o artista.

Alguns pareciam ter escapado do porão de alguém: uma obra, chamada “Azul”, de Agostino Bonalumi, de 1996, apresenta uma lona azul estendida sobre o que parecem duas colunas com uma almofada acomodada no centro. Acho que neste caso o que vale é a intenção.

A fotografia conquista a exposição. Jack Nickerson apresentou duas fotografias da vida católica em sua Irlanda natal. A primeira, “Altar”, mostra o santuário de uma igreja na escuridão com o resplandor da luz ao cruzar o vazio. A Igreja está preparada, Cristo a espera. A segunda, situada abaixo, intitulada “Refeitório II”, mostra umas simples mesas de madeira nas quais estão os restos de um frugal café da manhã. A confusão humilde contrasta com a supervisão de um crucifixo: ambos no grande rito da Missa e no simples serviço das nossas vidas diárias. Cristo é onipresente.

“A cruz solidária”, fotografias da austríaca Claudia Henzler, pareceu-me profundamente comovente. Tiradas no Haiti durante a semana de Páscoa de 2010, três meses depois do devastador terremoto, as cinco imagens estão dispostas em forma de cruz. No centro, duas mãos juntas, uma negra e outra branca, o desenho da energia no coração da cruz. À esquerda e à direita, duas pessoas estão em contemplação: em uma, um homem tem a Bíblia nas mãos e, na outra, uma mulher abraça sua filha. A meditação, a oração, o silêncio e o amor estão belamente expressados. Ao pé da cruz, uma criança se senta de costas, com a cabeça entre as mãos, símbolo da dor terrena; mas, na parte superior da cruz, uma criança olha para o espectador, seus grandes olhos em busca de esperança. A habilidade de Henzler para reunir os eventos recentes e as técnicas modernas com a eterna iconografia cristã deram uma grande esperança a esta historiadora da arte.

As maravilhas arquitetônicas obtiveram a maior parte da atenção. O espanhol Santiago Calatrava apresentou seu projeto para o cruzeiro da igreja de São João o Divino, de Nova Iorque, com seus pináculos de aço branco. Parece uma evolução extrema do estilo gótico do edifício, familiar, ainda que incongruente. Refletindo sobre os séculos em que os artesãos que trabalharam nas catedrais góticas tentaram combinar seu trabalho com a geração anterior, o trabalho de Calatrava evoca nossa nova época, onde a marca pessoal ensombrece o esforço coletivo. O planejado biojardim estufa do terraço exalta a nova religião da ecologia, que projeta sua sombra sobre os altares.

O arquiteto brasileiro de 103 anos de idade, Oscar Niemeyer, ofereceu seu projeto para a catedral de Belo Horizonte. A igreja parece um cometa que está na terra, mas cuja longa calda ainda se mantém no céu, cerca de 104 metros. Certamente, capta a atenção do espectador, mas a forma como proclama que é o espaço para adorar Deus feito Homem não me parece clara.

Um projeto atrai a atenção mais do que os outros. Historiador da arte barroca e famoso arquiteto, Paolo Portoghesi (que também desenhou a mesquita mais importante de Roma) apresentou um modelo para uma igreja a Bento XVI, dedicada a São Bento de Núrsia. Inspirado pelo “Espírito da Liturgia”, escrito pelo então cardeal Joseph Ratzinger, Portoghesi (quem afirma ter lido todas as obras de Bento XVI) desenhou um curvo e dinâmico espaço, não muito diferente do arquiteto barroco Francesco Borromini, seu campo de especialização.

Ainda que o edifício tenha oito lados com a tradicional imaginação cristã do oitavo dia da redenção, mantém um eixo rumo ao altar, onde está o tabernáculo, de acordo com os escritos de São Carlos Borromeu. Os confessionários estão localizados na entrada da igreja, assim como o “Eu Confesso” abre a Missa. As áreas especiais se abrem à leitura da Palavra de Deus, seguindo os interesses próprios de Bento XVI no uso dos ambões. É uma igreja muito barroca, destinada a causar controvérsia por seus espirais e complexos desenhos geométricos, mas sobretudo centrada na liturgia e atraindo as pessoas a Cristo.

Muitas das obras não têm nada a ver com a Igreja, mas a mostra pretende convidar os artistas a comprometer-se com as grandes verdades ao invés de com trivialidades subjetivas. O fato de que os artistas tentem reconhecer as verdades universais, na humanidade ou criatividade individual, parece ser um passo na direção correta.

O Papa Bento XVI fez um discurso aos artistas na mostra de 4 de julho, dizendo-lhes que o mundo moderno “precisa de que a Verdade brilhe e que não seja escurecida por mentiras ou banalidades; precisa inflamar-se com a caridade e não ser superada pelo orgulho ou pelo egoísmo”.

Enquanto a Igreja e a arte estão ainda longe da relação que compartilharam nos dias de Rafael ou Bernini, um diálogo contínuo e intenso parece ser a melhor forma de atrair estes dois mundos.

* * *

Gaga sobre Gaga

Ainda possam surgir objeções sobre a forma e o significado que a arte contemporânea apresenta, pelo menos Calatrava e Arnaldo Pomodoro podem ostentar o duramente conquistado título de artista. Esta semana me deparei com outro uso do título, o de pop star.

Enquanto acompanhava duas meninas, de 11 e 13 anos de idade, outro dia no Vaticano, assim que deixamos a Capela Sistina, a mais velha me perguntou: “Quem foi Judas?”. Eu não me iludia imaginando que essas meninas pediriam uma catequese sobre a Paixão de Cristo, mas não se pode culpar um historiador de arte de tentá-lo. Respondi que foi o amigo de Jesus que o traiu ao vendê-lo aos seus inimigos por dinheiro e, então, incapaz de acreditar que poderia ser perdoado, ele se suicidou em seu desespero.

De repente, as meninas disseram: “A Lady Gaga fez uma música sobre ele. Ela é a minha artista favorita!” (a “artista” em questão acaba de dar um concerto em Roma para comemorar o Dia do Orgulho Gay). Depois de uma tarde com Michelangelo, Rafael e as esculturas gregas clássicas, devo admitir que considerei a referência cultural das jovens senhoritas um pouco chocante.

Artistas do nível de Michelangelo – que, 500 anos após sua morte, ainda atrai 5 milhões de visitantes por ano às quentes e lotadas salas do Vaticano para maravilhar-se diante das suas conquistas extraordinárias e da declaração gloriosa do valor da pessoa humana – têm pouco em comum com a Lady Gaga (Stefani Germanotta), cuja “mensagem” é marcadamente trivial em comparação.

Defendendo calorosamente sua heroína, as meninas disseram que a mensagem da senhorita Germanotta é que as pessoas “nascem do jeito que são e deveriam ser livres para poder viver como quiserem”. Então eu perguntei: piromaníacos, cleptomaníacos, adúlteros em série que afirmam ter nascido com esta tendência deveriam poder viver “como querem”? O mantra de Germanotta de “nasci assim” é o pretexto mais frívolo para o mau comportamento, desde aquela história de que “o diabo me obrigou a fazer isso”.

Minha consternação diante desta mensagem atraiu a inevitável acusação da menina de 13 anos: “Então você não gosta dos bissexuais?”.

De alguma maneira, aos olhos dessas meninas, a rejeição à inacreditavelmente irritante música da senhorita Germanotta e a sua absurda representação de arte me converteu automaticamente em “homofóbica”. Não caminhar ombro a ombro com a cultura secular deve ser o único ato intolerável nesta sociedade tolerante com estilo próprio. Na Antiga Roma, duvidar da divindade do imperador constituía alta traição, como muitos cristãos descobriram no circo. Ensinar as crianças a julgar os mais velhos desta forma tampouco era incomum no Terceiro Reich. A senhorita Germanotta gritará uma mensagem de tolerância, mas só para ela mesma e seus seguidores.

No umbral da Basílica de São Pedro, voltei-me a elas e lhes disse: “Não creio que na definição de você mesma importe muito com quem mantém relações sexuais para dizer quem você realmente é”. Elas riram e cochicharam.

Essa conversa ficou gravada em mim durante os dias seguintes, alguns momentos da mesma me preocuparam profundamente.

Como ato de penitência, vi vários vídeos de Lady Gaga durante os dias seguintes (a maioria com o som desativado, pois afinal tampouco estamos na Quaresma), e me chamou a atenção o fato de que apesar dos enormes grupos de modelos organizados para as super-produções de 4 minutos, a única cara que se vê é a da senhorita Germanotta. Os magníficos corpos que giram e ondulam estão sempre privados de rosto. Parecem máquinas para prover prazer (e lucros) a uma só pessoa: a senhorita Germanotta. Seu mundo é decididamente Gaga-cêntrico, todos os demais são seus satélites nas sombras.

Michelangelo cercou-se de um número similar de corpos (inclusive menos vestidos) para seu Juízo Final. Esses corpos rodeiam a figura de Cristo o Juiz, assim como os bailarinos rodeiam a senhorita Germanotta. Os nus de Michelangelo, no entanto, têm rosto e, o mais importante, alma. O espetáculo de rodopios de corpos cercando uma jovem de 25 anos que proclama que não há nada como o pecado (exceto não adotar seu estilo de vida), é uma paródia de Mad Magazine do Cristo triunfante de Michelangelo que atrai as almas para ele depois de sofrer e morrer para redimir os pecados da humanidade.

O que me leva ao ponto mais chocante das extravagâncias de Lady Gaga. Parece que depois de tantos anos, não há imagem mais poderosa que o amor, o sofrimento e o compromisso total que a produzida pelo Cristianismo. Temo que muitos de seus seguidores não sabem o que é uma religiosa (de fato, as meninas estavam fascinadas pelas religiosas), mas o hábito religioso ainda proclama a castidade e o compromisso com algo e Alguém maior que si mesmo. Mantém seu poder, razão pela qual uma estrela do pop tenha tentado explorá-lo. Em vídeos onde menos (roupa) é mais e a novidade é tudo, a tradição ainda pode cativar e desestabilizar. A senhorita Germanotta pode tentar exorcizar suas raízes católicas com piadas sobre monges de plástico, mas a simplicidade que ela ridiculariza será sempre mais simbólica que suas extravagantes sátiras.

Ninguém foi capaz de superar a imagem do sofrimento por amor exemplificada pela Paixão de Cristo. A coroa de espinhos, os braços estendidos, as feridas e a humilhação alimentaram muitos mais do que uma estrela do pop buscando atenção. Nenhuma estrela pop fantasia sobre a extração asteca de corações ou a decapitação da Revolução Francesa, mas no entanto erotizam com o sofrimento de Cristo, porque admitem seus efeitos duradouros. Jesus sofreu, não por uma vã excitação física, como a senhorita Germanotta, e o que queremos conhecer é a profundidade de seu amor, um amor que está disponível para todos. E de novo, a senhorita Gemanotta não entende que a sexualidade onívora não é o mesmo que o amor universal.

Stefani Germanotta cresceu em uma família católica romana. Recebeu os sacramentos e frequentou uma escola católica, ao contrário dos seus fãs adoradores, que frequentemente ignoram o Cristianismo. A senhorita Germanotta pegou seus “talentos” e os vendeu por uma quantia bem mais considerável que a prata recebida por seu predecessor, Judas. Alguém ainda pode ter esperança e rezar para que ela não siga o caminho do desespero, levando seus discípulos junto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dor do Papa por nova ordenação ilegítima na China

Dor e preocupação são os sentimentos que suscitou no Vaticano a nova ordenação episcopal ilegítima realizada hoje na China.

Em Shantou, na região de Guandong, foi ordenado bispo o sacerdote Joseph Huang Bingzhang, sem mandato pontifício, como aconteceu há apenas duas semanas, em 29 de junho, com a ordenação do bispo de Leshan.

O acontecimento de hoje “é acompanhado e visto com dor e preocupação, porque é contrário “à união da Igreja universal”, comentou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, segundo informa a Rádio Vaticano.

Foram obrigados a participar da ordenação também alguns bispos em comunhão com o Papa, que haviam rejeitado a fazer parte da cerimônia.

Após a ordenação de Leshan, a Santa Sé divulgou uma declaração na qual sublinhava que um bispo ordenado “sem mandato pontifício e, portanto, ilegitimamente, está privado da autoridade de governar a comunidade católica diocesana e a Santa Sé não o reconhece como bispo da diocese” que lhe foi confiada (cf. ZENIT, 4 de julho de 2011).

O comunicado recordava que o prelado ordenado ilegitimamente e os bispos consagrantes incorrem na excomunhão latae sententiae, por violação da norma do cânon 1382 do Código de Direito Canônico, e que “uma ordenação episcopal sem mandato pontifício se opõe diretamente ao papel espiritual do Sumo Pontífice e causa dano à unidade da Igreja”, produzindo “feridas e tensões na comunidade católica na China”.

“A sobrevivência e o desenvolvimento da Igreja podem acontecer somente na união àquele a quem, em primeiro lugar, está confiada a própria Igreja, e não sem o seu consentimento”, sublinhava então a declaração.

Venezuela: Hugo Chávez recebe Unção dos Enfermos

O bispo de San Cristóbal, Dom Mario Moronta, administrou o sacramento da Unção dos Enfermos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nesta terça-feira.

O sacramento foi recebido durante uma Celebração Eucarística, na Academia Militar da Guarda Nacional da Venezuela, que foi transmitida pela Venezolana de Televisión (VTV), com a participação dos ministros do governo e da cúpula militar.

Na Missa, na qual se deu graças pelo bicentenário da independência desta nação, Dom Moronta explicou que o sacramento da Unção dos Enfermos não deve provocar alarmismos nem assustar.

“É para que o enfermo tenha fortaleza física, mas sobretudo espiritual”, explicou o prelado.

A relação de Hugo Chávez com a Igreja Católica tem sido bastante tensa, devido ao programa ideológico do presidente. Desde que se anunciou que Chávez sofre de câncer, os bispos do país pediram orações pela sua saúde.

A Eucaristia, companheira do cristão

Dom Moronta refletiu, na homilia, sobre a importância da Eucaristia na vida do cristão.

“A Eucaristia é o ato mais importante que temos como cristãos: quando nascemos, quando estamos doentes, quando temos uma alegria, quando nos casamos ou nos ordenamos sacerdotes, quando comemoramos uma grande data, inclusive quando morremos – afirmou. Geralmente fazemos tudo em meio a uma Eucaristia.”

As raízes da Venezuela

Em referência ao bicentenário, disse: “Eu gostaria de rezar pela Venezuela, aqui nesta instituição tão importante da pátria. Há alguns dias comemoramos o bicentenário; ainda podemos e devemos continuar comemorando”.

Dom Moronta recordou as primeiras palavras da ata da independência que marcaram o caminhar da nação: “Em nome de Deus Todo-Poderoso”.

“É assim que esta história da Venezuela, com suas luzes e sombras, caminhou ao longo desse tempo, 200 anos em nome de Deus Todo-Poderoso”, afirmou.

“E os próximos séculos da história da Venezuela, devemos vivê-los em nome de Deus Todo-Poderoso, e isso significa uma só coisa importante, que resume todas as expressões de religiosidade: fazer que o Deus da vida esteja presente no meio de nós. Estamos aqui presente em nome do Deus da vida”, sublinhou.

“É o Deus da vida que criou o mundo, que nos identificou com Ele porque somos imagem e semelhança sua – continuou. É o Deus da vida que em Jesus nos deu uma vida nova para converter-nos em homens novos e mulheres novas, de acordo com os critérios do Evangelho.”

A doença, purificação espiritual

O bispo meditou sobre a situação de enfermidade que pode servir para o cristão como um momento de purificação espiritual.

“Todos nós caminhamos rumo à plenitude e por isso Deus nos deu a fé, a esperança e a caridade; e dentro desse caminho de crescimento, pode aparecer uma situação difícil, como a doença”, explicou.

“Seja qual for a doença, é preciso vê-la com os olhos da fé, como um momento de purificação – prosseguiu. O doente aproveita a dor para purificar-se, sempre em função da vida, da plenitude da vida. É o que pedimos para o presidente e para todos os que têm alguma doença: que aproveitem esse momento para recordar que é um momento de purificação.”

quinta-feira, 14 de julho de 2011

João Paulo II, padroeiro de uma Europa finalmente unida?

A embaixadora da Polônia na Santa Sé, Hanna Suchocka, expressou seu desejo de que o Beato João Paulo II se torne o padroeiro de uma Europa finalmente unida.

O secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, arcebispo Dominique Mamberti, presidiu nesta terça-feira, na Basílica de São Pedro, uma Missa pela Polônia e pelo futuro da Europa, na presença de embaixadores acreditados ante a Santa Sé.

A Eucaristia foi realizada por iniciativa da embaixadora polonesa na Santa Sé, informou a Rádio Vaticano. Seu país ocupa, desde 1º de julho, a presidência da União Europeia.

No final da Missa, o arcebispo Mamberti e os membros do corpo diplomático se detiveram junto ao túmulo do Beato João Paulo II.

Suchocka agradeceu aos participantes e expressou o desejo de que o Papa polonês possa ser considerado por todos como o "padroeiro de uma Europa unida e capaz de respirar plenamente por ambos os pulmões".

Por sua parte, o arcebispo Mamberti lembrou, em sua homilia, da urgência da "conversão", de um retorno aos valores de solidariedade e fraternidade na Europa. Lançou um "alerta contra a perda das raízes europeias" e "um convite à conversão”.

"Cegos pelo progresso e pelo bem-estar, os homens de hoje estão interessados ​​apenas em coisas materiais e se esquecem de Deus, ou vivem como se Ele não existisse", lamentou.

Entre outras coisas, Dom Mamberti recomendou inspirar-se no exemplo de São Bento, padroeiro da Europa.

No dia seguinte à festa de São Bento, a quem o Papa mencionou no Ângelus do domingo, Dom Mamberti exortou o "Velho Continente" a "encontrar em sua cultura e em suas raízes a força necessária para um renascimento espiritual e humanista”.

"No dia do Juízo Final – disse Dom Mamberti –, teremos de prestar contas não só dos pecados cometidos, mas também das graças recebidas que não fizemos frutificar."

Rio de Janeiro acolhe bispos para discutir comunicação

O I Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil (SECOBB) teve início na noite dessa terça-feira, no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro.

O evento, que será realizado até o dia 16 de julho, tem como lema “Comunicação e evangelização no contexto das transformações culturais provocadas pelas novas tecnologias” e visa oferecer um ambiente para reflexões.

Segundo informa o portal da arquidiocese do Rio, durante a conferência de abertura o arcebispo Dom Orani João Tempesta saudou a todos, agradeceu a presença e desejou dias de reflexão e partilha.

Ao falar sobre as atividades, destacou a qualidade dos palestrantes e a oportunidade de conhecer a Central Globo de Produções.

Dom Orani comentou ainda a evolução dos processos comunicacionais durante os oito anos em que foi presidente da Comissão Episcopal para Comunicação Social da CNBB.

“Eu percebo uma mudança de mentalidade, uma mudança cultural que transforma a maneira de comunicar e afeta nosso trabalho de evangelização. Estamos aprendendo uma cultura digital, esse seminário é a oportunidade de oferecer aos bispos um momento de reflexão”, disse o arcebispo.

Dom Orani também destacou que todas as conferências serão transmitidas ao vivo pela WEBTV Redentor, da Arquidiocese do Rio, e ainda a Rede Vida e Canção Nova estarão preparando matérias sobre o evento.

Segundo ele, além de mostrar a comunicação da Igreja no Rio, a presença as emissoras católicas serve ainda para que os Bispos que não puderam comparecer e as demais pessoas também participem desse momento de reflexão.

Falou também na abertura do evento o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações, Dom Cláudio Maria Celli.

Ele enfatizou para os bispos que as tão faladas “novas mídias” já não são novas para muitos, já que os jovens nasceram na geração internet. Por isso se faz tão importante que a Igreja faça parte dessa realidade.

“Se a Igreja não estiver ciente das mudanças culturais, vai encontrar muitas dificuldades para evangelizar. Um dos grandes desafios hoje é a linguagem. Só podemos dialogar com o mundo se encontramos espaços de comum entendimento”, disse.

Dom Celli também falou que é necessário valorizar o serviço dos meios de comunicações tradicionais, como jornais e rádios católicas. E, a partir de um diálogo respeitoso, aprender as novas formas de falar de Deus.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

80 bispos são esperados para o Seminário de Comunicação no Rio

Um grupo de 80 bispos se inscreveu para o 1º Seminário de Comunicação para Bispos do Brasil, que será aberto às 19h30 desta terça-feira, 12, no Sumaré, Rio de Janeiro. O evento é promovido pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais (PCCS), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Arquidiocese do Rio de Janeiro.
A mesa de abertura será composta pelo presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis; pelo presidente do PCCS, dom Cláudio Maria Celli e pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta.
No ato de abertura, padre Manoel Quintas apresentará o documento Estudos da CNBB “A comunicação na vida e na missão da Igreja”, que servirá de base para os debates do Seminário. A Rádio Vaticano, presente no evento, também recebe homenagem pelos seus 80 anos.
Segundo o presidente do PCCS, o seminário é uma ocasião para os bispos do Brasil discutirem a missão da Igreja no mundo de hoje onde a comunicação “cumpre um papel importante.
“Estamos convencidos de que nossa tarefa não é a de informar, mas a de comunicar. E comunicar não é só saber o que eu tenho de dizer”, disse dom Cláudio Maria Celli. Para ele, o grande desafio para a Igreja “é saber que linguagem empregar para falar com o homem de hoje”.

Fonte: CNBB

Arcebispo celebra missa na memória de São Bento

Nessa segunda-feira, 11 de julho, dia em que a Igreja celebrou a memória de São Bento, o Mosteiro dedicado ao santo localizado no centro do Rio de Janeiro recebeu o arcebispo e também monge (O.Cist.) Dom Orani João Tempesta, durante a celebração da santa missa.

Em sua homilia, Dom Orani ressaltou a importância de orar e trabalhar para que o Reino de Deus aconteça no mundo.

“Todos somos chamados a escutar o Senhor para que possamos buscar o essencial e sermos bem-aventurados, ou seja, felizes. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento principal. Precisamos santificar o nosso dia através da oração”, disse Dom Orani, segundo informa o departamento de comunicação da arquidiocese do Rio.

A celebração religiosa foi marcada pela beleza dos cânticos e orações. O Mosteiro de São Bento, que está presente no Rio há mais de 400 anos, recebeu também vários monges como concelebrantes.

O vocacionado e estudante de filosofia da Faculdade de São Bento, Gabriel Prata, que estava presente no Mosteiro, sentiu o chamado ao sacerdócio ainda na infância, ao olhar para os sacerdotes que celebravam as missas.

“Tudo começou com a catequese que recebi, primeiramente dos meus pais, que foram os meus primeiros catequistas, e também pelos catequistas da Igreja e pelos padres, que, pelo exemplo, me motivaram a seguir esse caminho”, afirmou o jovem.

Segundo o mestre de noviços, responsável pelas vocações no Mosteiro de São Bento, Dom José Palmeiro Mendes, os monges rezam pelos problemas do mundo inteiro, através de uma vida de maior recolhimento e entrega total a Deus. O religioso ressaltou a alegria de ser suporte de oração para a Igreja e para a humanidade.

“Vale a pena ser monge, se entregar totalmente a Deus e fazer a Sua vontade. O monge antecipa a vida celestial de louvor e súplica a Deus. Mas é necessário um chamado divino, não é para qualquer pessoa. É essencial estar atento ao Deus que passa", disse.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Site registra mais de 50 mil orações pelo Papa

O arcebispado castrense da Espanha registrou mais de 50 mil orações pelo Papa em www.rezaporelpapa.com, um site criado por ocasião do 60º aniversário de ordenação sacerdotal de Bento XVI.

O objetivo da iniciativa era chegar às 60 mil orações, como presente de aniversário.

O arcebispo castrense, Dom Juan del Río Martín, dispôs também que, no dia exato do aniversário, 29 de junho passado, se celebrasse também nas igrejas da sua jurisdição uma hora santa de adoraão eucarística pelas intenções do Santo Padre.

O site rezaporelpapa.com facilita a oração dos internautas pelo Pontífice, com um texto de Bento XVI sobre a importância de dar a comunhão.

Índia: Igreja denuncia mudança de sexo de recém-nascidas

Representantes da Igreja Católica na Índia denunciaram as cirurgias de mudança de sexo que os médicos realizam a pedido dos pais que deram à luz uma menina.

Este fenômeno, que acontece diante da tradição cultural e religiosa que privilegia os filhos do sexo masculino, estendeu-se no estado de Madhya Pradesh (Índia Central).

O governo do Estado colocou em marcha uma investigação oficial para deter a prática. Somente na cidade de Indore foram documentados 300 casos. O custo da cirurgia é de cerca de 3.200 dólares.

A difusão do fenômeno faz que algumas famílias viajem a Indore, partindo de Nova Déli ou Mumbai, para submeter as recém-nascidas a esta cirurgia.

“Condenamos energicamente, como bispos da Índia, esta horrível prática. É o resultado de uma mentalidade que favorece o homem como fonte de lucro e como filho de maior valor, mortificando a dignidade da mulher”, declarou, por meio da agência Fides, o Pe. Charles Irudayam, secretário do Comitê Justiça, Paz e Desenvolvimento, da Conferência Episcopal da Índia.

“Conhecíamos o fenômeno do aborto seletivo, que, de acordo com alguns estudos, nos últimos 20 anos afetou mais de 5 milhões de meninas. O governo está procurando lidar com medidas especiais e, de fato, deu-se uma diminuição. Mas agora surgiu a cirurgia”, acrescentou.

“Penso que a responsabilidade é, antes de mais nada, dos pais que o solicitam e dos médicos que fazem este trabalho. Temos de trabalhar mais e mais – como a Igreja faz – para difundir uma cultura de igualdade de gênero e promover a dignidade e os direitos das mulheres na sociedade”, esclarece.

“Mas temos de lutar contra uma mentalidade agora enraizada e este é um trabalho que requer tempo”, comentou o secretário do comitê episcopal.

A Igreja Católica, segundo recorda o Pe. Irudayam, gestiona milhões de centros de saúde, “valorizados pelo seu excelente trabalho, que difundem uma mentalidade e uma prática de respeito pela vida e pela dignidade humana. Temos de continuar o trabalho de educação das consciências”.

O Pe. Anand Muttungal, porta-voz do Conselho de Bispos de Madhya Pradesh, declarou a Fides: “A preferência pelo homem é ainda forte nas famílias de fé hinduísta, pela crença de que, para alcançar a salvação, é preciso ter um filho homem. Com o fator religioso, o problema se torna maior. Como Igreja de Madhya Pradesh, expressamos nossa preocupação e procuramos estar perto dos problemas e das necessidades das pessoas”.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A PALAVRA A SER OUVIDA E ASSIMILADA - Dom Mauro Montagnoli

Diz o Evangelho que “Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galiléia” (Mt 13,1-9). Uma multidão se reuniu em torno dele. Como estavam à beira do mar, Jesus entra numa barca para, de lá, falar àquele povo todo. Fala em parábolas. Ele conta a parábola do agricultor que vai semaear o campo.
A parábola conta que parte da semente caiu à beira do caminho, outra caiu em terreno de muita pedra, outra caiu no meio de espinhos e ainda outra caiu em terra boa.
As sementes que caíram à beira do caminho foram comidas pelos passarinhos. As que caíram em terreno pedregoso, depois de nascidas, acabaram queimadas pelo sol, porque não tinham raiz suficiente. As que caíram no meio de espinhos, depois de nascidas e crescidas, acabaram sufocadas pelos espinheiros. As que caíram em terra boa nasceram sadias, cresceram e produziram abundante semente.
Jesus está se refere à Palavra de Deus. Já no Antigo Testamento Deus usa a mesma figura de linguagem para se referir à sua Palavra: “Assim como a chuva cai do céu e faz frutificar a terra, assim é a Palavra que sai da minha boca. Ela não volta vazia. Antes, ela realiza tudo o que planejei e produz os efeitos que sonhei” (Is 55,10-11).
O que será que Deus está a nos dizer, ao insistir sobre a importância de sua Palavra?
Para a linguagem bíblica, a Palavra é muito mais que um som vocálico; ela manifesta a própria essência de Deus. A Palavra (em hebraico: dabbar) é bem mais que a pronúncia de sons; significa o que está por trás, ou seja, o coração, a força, a essência de quem fala. A Palavra de Deus, portanto, é a própria essência de Deus que age nos acontecimentos, transformando tudo em libertação e vida.
Quando Jesus conta a parábola do semeador, ele está falando de si mesmo. Ele é a própria Palavra viva do Pai, encarnada , ou seja, ele é o verdadeiro acontecimento divino de salvação no meio de nós, a presença viva do mistério salvador do Pai. Acontece que a própria Palavra, que é Jesus, nos leva pela parábola a constatar uma triste situação: diante deste acontecimento de salvação que ele é, há pessoas que ouvem e veem exteriormente, mas não percebem interiormente o que este acontecimento significa. São os de ‘coração insensível’, gente tão fechada, travada, cheia de máscaras e couraças criadas pelos apegos e pelas preocupações deste mundo, que ouve de má vontade e fecha seus olhos, para não ver nem ouvir, nem compreender com o coração, perdendo a chance de se converter e ser curada pela Palavra. A Palavra não cria raízes em tais pessoas. E as causas de tudo isso, onde estão? Jesus mesmo as diz: é “o ‘maligno’, isto é, as forças contrárias a Jesus e ao Reino de Deus, a superficialidade, a desistência na hora da dificuldade, as ‘preocupações do mundo e a ilusão da riqueza”. Tais causas, ainda hoje são as mesmas: as forças antievangélicas, o consumismo, a idolatria da riqueza.
Graças a Deus, há, no entanto, gente que “ouve a Palavra e a compreende”. Pessoas simples que, por serem assim, acolhem e assimilam facilmente e em profundidade a Palavra, Jesus e produzem abundantes frutos de solidariedade, justiça, paz.
Rezamos: “Deus, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome”.
É importante o trabalho de conversão e assimilação da Palavra que é Jesus, o Cristo, ressuscitado. Sejamos assíduos nesse trabalho, pois, “os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18-23).

Dom Mauro Montagnoli
Bispo Diocesano de Ilhéus