sexta-feira, 15 de julho de 2011

Venezuela: Hugo Chávez recebe Unção dos Enfermos

O bispo de San Cristóbal, Dom Mario Moronta, administrou o sacramento da Unção dos Enfermos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nesta terça-feira.

O sacramento foi recebido durante uma Celebração Eucarística, na Academia Militar da Guarda Nacional da Venezuela, que foi transmitida pela Venezolana de Televisión (VTV), com a participação dos ministros do governo e da cúpula militar.

Na Missa, na qual se deu graças pelo bicentenário da independência desta nação, Dom Moronta explicou que o sacramento da Unção dos Enfermos não deve provocar alarmismos nem assustar.

“É para que o enfermo tenha fortaleza física, mas sobretudo espiritual”, explicou o prelado.

A relação de Hugo Chávez com a Igreja Católica tem sido bastante tensa, devido ao programa ideológico do presidente. Desde que se anunciou que Chávez sofre de câncer, os bispos do país pediram orações pela sua saúde.

A Eucaristia, companheira do cristão

Dom Moronta refletiu, na homilia, sobre a importância da Eucaristia na vida do cristão.

“A Eucaristia é o ato mais importante que temos como cristãos: quando nascemos, quando estamos doentes, quando temos uma alegria, quando nos casamos ou nos ordenamos sacerdotes, quando comemoramos uma grande data, inclusive quando morremos – afirmou. Geralmente fazemos tudo em meio a uma Eucaristia.”

As raízes da Venezuela

Em referência ao bicentenário, disse: “Eu gostaria de rezar pela Venezuela, aqui nesta instituição tão importante da pátria. Há alguns dias comemoramos o bicentenário; ainda podemos e devemos continuar comemorando”.

Dom Moronta recordou as primeiras palavras da ata da independência que marcaram o caminhar da nação: “Em nome de Deus Todo-Poderoso”.

“É assim que esta história da Venezuela, com suas luzes e sombras, caminhou ao longo desse tempo, 200 anos em nome de Deus Todo-Poderoso”, afirmou.

“E os próximos séculos da história da Venezuela, devemos vivê-los em nome de Deus Todo-Poderoso, e isso significa uma só coisa importante, que resume todas as expressões de religiosidade: fazer que o Deus da vida esteja presente no meio de nós. Estamos aqui presente em nome do Deus da vida”, sublinhou.

“É o Deus da vida que criou o mundo, que nos identificou com Ele porque somos imagem e semelhança sua – continuou. É o Deus da vida que em Jesus nos deu uma vida nova para converter-nos em homens novos e mulheres novas, de acordo com os critérios do Evangelho.”

A doença, purificação espiritual

O bispo meditou sobre a situação de enfermidade que pode servir para o cristão como um momento de purificação espiritual.

“Todos nós caminhamos rumo à plenitude e por isso Deus nos deu a fé, a esperança e a caridade; e dentro desse caminho de crescimento, pode aparecer uma situação difícil, como a doença”, explicou.

“Seja qual for a doença, é preciso vê-la com os olhos da fé, como um momento de purificação – prosseguiu. O doente aproveita a dor para purificar-se, sempre em função da vida, da plenitude da vida. É o que pedimos para o presidente e para todos os que têm alguma doença: que aproveitem esse momento para recordar que é um momento de purificação.”

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