quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo, Voltamos no dia 1º de janeiro

Após estes intensos dias de serviço informativo por ocasião do Ano Novo , a redação GJRF de terá alguns dias de descanso. Publicaremos o próximo serviço em 1º de janeiro, Dia Mundial da Paz.

O GJRF lhe deseja um feliz 2011, recordando as palavras que Bento XVI dirigiu aos seus colaboradores e amigos: "O Verbo se fez carne" (Jo 1, 14). O Papa acompanhou sua felicitação com um cartão que mostra uma escultura da Sagrada Família, de Barcelona.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Irmã Dulce será beatificada em 22 de maio em Salvador


A cerimônia de beatificação de Irmã Dulce foi marcada para o dia 22 de maio de 2011, em Salvador, de acordo com a arquidiocese da capital baiana. A missa na qual será realizado o rito de beatificação vai ocorrer no Parque de Exposição da cidade. O horário ainda não foi definido.
De acordo com a assessoria da arquidiocese, o Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, designou o padre Manoel Filho para coordenar o evento. Padre Manoel foi responsável pela organização da cerimônia de beatificação de Irmã Lindalva, religiosa que viveu na Bahia e foi beatificada em 2007.
O decreto que formaliza a condição de beata de Irmã Dulce foi assinado por Bento XVI em 10 de dezembro. A abertura do processo de beatificação de Irmã Dulce ocorreu em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.
Para que fosse considerada beata, uma vasta documentação foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico, em junho de 2003, sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce.
Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.
Beatificação
A concessão do título de beato ou bem-aventurado é o reconhecimento de uma vida cristã em grau heróico, segundo a Osid. Com a concessão, o papa passa a permitir à Irmã Dulce uma devoção pública limitada, com a inclusão de seu nome no calendário das festas litúrgicas da Igreja. A festa em devoção ao beato acontece ordinariamente no aniversário da sua morte, ocasião considerada como um nascimento para a vida eterna. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992.
A beatificação é uma etapa no processo para a canonização. Para a canonização é necessária a aprovação de um milagre adicional atribuído à intercessão do beato. No momento da canonização, o papa declara que o beato está entre os santos do céu e inscreve o nome da pessoa na lista oficial dos Santos da Igreja.
Milagre e vida
O milagre atribuído à Irmã Dulce e reconhecido pelo Vaticano aconteceu há 10 anos no interior da Bahia. Uma mulher que tinha acabado de dar a luz ficou curada depois de sofrer uma hemorragia e agonizar por 18 horas. De acordo com o processo de canonização, os médicos haviam avisado a família de que a paciente não resistiria e já tinham deixado o hospital. Os parentes chamaram um padre, que pediu pela intercessão de irmã Dulce e os médicos encontraram a mulher curada quando voltaram ao hospital.
Dulce nasceu em 26 de maio de 1914 e morreu em 13 de março de 1992, aos 77 anos. Dulce foi sepultada na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, em Salvador. Em 2000, os restos mortais foram trasladados para a capela do Convento Santo Antônio, junto às Obras Sociais Irmã Dulce.
Seu nome de batismo é Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Passou a adotar o nome pelo qual é conhecida após ter ingressado para a congregação Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. O nome é uma homenagem a sua mãe.
Durante quase 60 anos a freira prestou assistência aos enfermos. Criou as Obras Sociais de Irmã Dulce, uma das maiores instituições de filantropia do país.

Do G1, em São Paulo

OS SACRAMENTOS


Para nos transmitir a graça, para nos fazer andar no caminho da salvação, Jesus instituiu sete cerimônias sagradas, que a Igreja chama de Sacramentos. São elas:
1 – Batismo
2 – Crisma ou Confirmação
3 – Eucaristia
4 – Confissão ou Penitência
5 – Extrema Unção
6 – Ordem
7 – Matrimônio

Sacramento é um sinal sensível, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para nos dar a graça santificante e as graças de cada Sacramento, e realizado durante uma cerimônia da Igreja Católica.

- sinal sensível – é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os Sacramentos têm uma parte sensível porque podemos vê-los e ouvi-los. Por exemplo, quando vemos a água derramada na cabeça da criança, na Igreja, sabemos que se trata de um Batismo. Chamamos o sacramento de sinal porque esta parte visível indica que se realizou uma parte invisível:

- graça santificante e graça do Sacramento – é o que, no Sacramento, não pode ser percebido pelos sentidos. É a sua parte invisível, espiritual, é a parte mais importante. É a presença de Deus na nossa alma: sua presença santificante e sua ajuda especial ligada a cada Sacramento. Não se pode ver que uma alma fica limpa do pecado original, mas nós sabemos que aquele sinal sensível que nós vemos (a água e as palavras do Batismo) mostra que a alma ficou limpa do pecado original (graça do Batismo).
Na Crisma, a unção do óleo (sensível) representa a força da Fé, seu aperfeiçoamento (a graça invisível), mas é essa unção que realiza esse fortalecimento da Fé.

- O sacramento realiza aquilo que ele significa. Esta é a mais impressionante característica dos sacramentos. Eles são cerimônias eficazes, eles conferem a graça pela força própria que eles têm. Não é um sinal que dependa da nossa convicção, da nossa fé, como acontece com a água benta e os demais sacramentais. É um sinal que realiza, que faz aquilo que ele exprime. Se o rito do batismo é sinal da alma limpa do pecado original, nós sabemos com certeza de fé que, de fato, a alma batizada foi limpa do pecado original. Que a alma crismada tornou-se Soldado de Cristo, que a alma que morreu recebendo a extrema-unção foi para o juízo final preparada pela Igreja, que os nossos pecados foram verdadeiramente perdoados. E assim para todos os sacramentos.
Assim, todos os Sacramentos, com uma cerimônia percebida pelos sentidos, significam uma graça invisível, dada por Deus.
Mas de onde vem esse poder dos Sacramentos, de dar a graça? Eles têm essa força porque foi Jesus Cristo quem os instituiu. Jesus realizou cada um deles pela primeira vez e deu aos Apóstolos o poder de continuar a realizá-los.
Devemos respeitar os Sacramentos, a graça e o poder de Jesus Cristo que está neles, e recebê-los sempre dignamente. Na Missa, na Comunhão, na Confissão e em todas as cerimônias na Igreja, devemos ficar sérios, compenetrados, sem brincadeiras. Dentro da Igreja, andar devagar, mãos postas, em sinal de oração, bem vestidos por respeito às coisas sagradas que vivemos naqueles momentos. Peçamos ao Espírito Santo o dom de Piedade, para receber sempre dignamente os Sacramentos.


“O rei da França, Carlos Magno, desejava a dignidade e os direitos de Imperador e pediu-os ao Papa. Numa grande Igreja de Roma, o Papa pôs uma coroa de ouro na cabeça de Carlos Magno. Assim o Papa dava a Carlos Magno os direitos e a dignidade de Imperador. A imposição da coroa podia se ver. A dignidade e os direitos de Imperador não se podiam ver. A imposição da coroa designava a colação da dignidade de Imperador. Mas, por esta coroação, o Papa não só representava a dignidade Imperial, mas também dava verdadeiramente aquela dignidade. Na cabeça, Carlos Magno recebeu a coroa visível. Na alma, recebeu a dignidade invisível.
A coroação era um sinal sensível que dava a dignidade imperial invisível.”


A parte sensível dos Sacramentos se divide em duas: a matéria e a forma.
Cada Sacramento tem uma matéria: é aquilo que vemos, a matéria usada pelo ministro.
Cada Sacramento tem uma forma: é a frase dita pelo ministro na realização do Sacramento.

A parte invisível dos Sacramentos é a graça sacramental.
Vamos estudar, para cada Sacramento, a matéria, a forma e a graça sacramental.


Matéria, Forma e Graça Sacramental dos 7 Sacramentos

Batismo:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.

CRISMA:
Matéria – o óleo sagrado chamado Santo Crisma.
Forma – “Eu te marco com o Sinal da Cruz e te Confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Nos confirma na Fé, nos torna Soldados de Cristo – é o crescimento espiritual.

EUCARISTIA:
Matéria - O pão e o vinho consagrados na Santa Missa.
Forma - "Isto é o meu Corpo" - para a consagração do pão; "Este é o cálice do meu sangue, do sangue da nova e eterna aliança, mistério da Fé, que será derramado para vós e para muitos para o perdão dos pecados" -, para a consagração do vinho.
Graça - É a presença do próprio Jesus Cristo na nossa alma, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade - é o alimento espiritual.

CONFISSÃO:
Matéria - Os pecados confessados diante do Padre.
Forma - "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."
Graça - O perdão dos pecados - devolve a graça santificante - é o remédio espiritual.

EXTREMA UNÇÃO:
Matéria - O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos.
Forma - "Por esta santa unção, que o Senhor te perdoe todos os pecados que fizeste pela... (a unção é feita nos olhos, boca, ouvido, nariz, mãos e pés)."
Graça - Prepara nossa alma para ir para o Céu - apaga os pecados veniais, as imperfeições e até pecados mortais - reanima o corpo doente.

ORDEM:
Matéria - A imposição das mãos pelo Bispo.
Forma - A oração consecratória na ordenação sacerdotal.
Graça - Dá ao Padre o poder de celebrar a Missa e outros Sacramentos.

MATRIMÔNIO:
Matéria - O contrato entre os noivos.
Forma - A aceitação pública do contrato - o "sim". Graça - Capacidade de ter e educar os filhos, viverem juntos em harmonia, e buscando a vida eterna.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Liturgia Da Palavra


Missa Da Sagrada Família: Jesus, Maria e José

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Eclesiástico:

3Deus honra o Pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.
4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana.
5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros.
6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.
7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.
14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
________________________________________________________________________ SALMO RESPONSORIAL

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

— Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida.
______________________________________________________________________ SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.
14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.
15Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.
16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.
17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.
18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.
20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
_______________________________________________________________________ SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

DOMINGO SEM MISSA, SEMANA SEM GRAÇA, VIVA NA GRAÇA PARTICIPANDO DA MISSA EM SUA PARÓQUIA/COMUNIDADE.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Então É Natal


Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, do amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Então é Natal, pro enfermo e pro são.
Pro rico e pro pobre, num só coração.
Então bom Natal, pro branco e pro negro.
Amarelo e vermelho, pra paz afinal.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez.
E Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, o amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Harehama, Há quem ama.
Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...

É Natal, É Natal, É Natal.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Liturgia Da Palavra


Missa Do Natal Do Senhor Jesus

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do profeta Isaías:

1O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
2Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença, como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos.
3Pois o jugo que oprimia o povo, — a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais — tu os abateste como na jornada de Madiã.
4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas.
5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz.
6Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar essas coisas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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SALMO RESPONSORIAL

— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!/ Cantai e bendizei seu santo nome!
— Dia após dia anunciai sua salvação,/ manifestai a sua glória entre as nações,/ e entre os povos do universo seus prodígios!
— O céu se rejubile e exulte a terra,/ aplauda o mar com o que vive em suas águas;/ os campos com seus frutos rejubilem/ e exultem as florestas e as matas
— na presença do Senhor, pois ele vem,/ porque vem para julgar a terra inteira./ Governará o mundo com justiça,/ e os povos julgará com lealdade.
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SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo a Tito:

Caríssimo: 11A graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens. 12Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade, 13aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.
14Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda maldade e purificar para si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
_________________________________________________________________________
SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

1Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra.
2Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. 3Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal.
4Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, 5para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
6Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, 7e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria.
8Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho.
9Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. 10O anjo, porém, disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: 11Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. 12Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”.
13E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14“Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Papa celebra principais Missas do Natal


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 23 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – A Santa Sé divulgou o calendário das celebrações que o Papa presidirá neste Natal.

Como é tradição, o pontífice tem previsto celebrar as principais Missas das quatro solenidades: Natal, Santa Maria Mãe de Deus, Epifania e Batismo do Senhor. No total, quatro celebrações eucarísticas e as Vésperas Solenes no dia 31 de dezembro.

O Ofício de Celebrações Litúrgicas divulgou também um comunicado com os detalhes das celebrações.

Em geral, a língua oficial será o latim. Serão utilizados outros idiomas de todo o mundo em alguns momentos da liturgia.

Está previsto que em algumas celebrações cardeais auxiliem o Papa como diáconos, sem concelebrar. Isso, afirma o Ofício, está enraizado na tradição histórica, pois os cardeais “garantem sempre o serviço litúrgico ao Papa”.

Sobre as vestes litúrgicas do Papa, “não haverá novidades especiais”. “Serão escolhidas no sentido da continuidade e do sadio equilíbrio entre passado e presente, variando os estilos adotados, e no sentido da nobre beleza que corresponde à celebração dos mistérios do Senhor”.

As celebrações poderão ser acompanhadas através da internet, em alta definição, nos sites da Rádio Vaticano (www.radiovaticana.org), do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (www.pccs.va), e também no site www.pope2you.net, em estreita colaboração com o Centro Televisivo Vaticano (CTV).

Noite de Natal

Às 22h de Roma na sexta-feira 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro, o Papa presidirá a tradicional Missa do Galo, que será precedida de uma breve vigília de preparação.

Esta eucaristia será concelebrada pelo Papa com os cardeais presentes. O serviço litúrgico será conduzido pelos seminaristas do Colégio Armênio e por alguns irmãos do Instituto Miles Christi.

No Glória, o Papa irá ao presépio da Basílica para colocar a figura do Menino Jesus. Vários meninos dos cinco continentes depositarão flores.

Junto ao Menino, em um pequeno trono diante do altar da confissão se colocará um Evangelho, sinal da encarnação do Verbo.

Bênção Urbi et Orbi

No dia seguinte, do balcão da Basílica, o Papa pronunciará a bênção Urbi et Orbi. Esta bênção leva associada uma indulgência plenária, se recebida em condições adequadas.

No dia seguinte, domingo, 26 de dezembro, o Papa oferecerá, no Átrio da Sala Paulo VI, uma refeição às pessoas assistidas nas diversas comunidades romanas das Missionárias da Caridade. Esta iniciativa comemora o centenário do nascimento de Madre Teresa de Calcutá.

Vésperas de fim de ano

No dia 31 de dezembro, o Papa presidirá, na Basílica de São Pedro, às 18h, as Primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

Ao terminar, haverá exposição do Santíssimo e bênção eucarística e se cantará o Te Deum, em ação de graças pelo ano civil.

Santa Maria Mãe de Deus

No dia seguinte, novamente na Basílica, o Papa presidirá a Missa, às 10h. A partir desse momento, será colocada na Basílica a estátua da Senhora do Sacro Monte de Viggiano. O Papa venerará a imagem ao terminar a celebração.

Epifania

No dia 5 de janeiro, às 17h, o Papa encontrará crianças internadas no hospital Gemelli e lhes distribuirá presentes de dia de Reis. Nessa visita, prevê também abençoar um Centro especializado na atenção de crianças com espinha bífida.

A Missa do dia 6 será na Basílica vaticana, às 10h, presidida pelo Papa, que será auxiliado pelos cardeais, na qualidade de diáconos, Gianfranco Ravasi e Walter Brandmuller.

Batismo

No domingo 9 de janeiro, o Papa presidirá a Missa na Capela Sistina e batizará 22 crianças, todas elas filhas de funcionários do Vaticano. O Ofício litúrgico explica que neste dia será utilizado o altar antigo da Capela, assim, em alguns momentos, o Papa celebrará voltado para o altar no mesmo sentido da assembleia.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal: contemplar o mistério de Deus que vem

SÃO PAULO, quinta-feira, 23 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os católicos a vivenciarem o Natal como uma experiência interior e pessoal do amor de Deus e não apenas com uma preocupação racional.

“Quando a preocupação, diante do fato religioso, é unilateralmente racional, acaba-se caindo na aridez e na atrofia religiosa, na angústia pessimista e asfixiante, ou no moralismo, que reduz a resultados práticos e verificáveis a reação diante do Mistério insondável”, afirma o arcebispo, em artigo desta semana no jornal O São Paulo.

Ou então – prossegue Dom Odilo –, “vem a tentação da magia, a vontade de dominar e de se apossar do Mistério, para colocá-lo debaixo do nosso controle e manipular seu uso em função de nossas decisões ou desejos”.

“A magia, nas suas variadas expressões, é uma forma bastante primitiva de religiosidade que, no entanto, também está presente amplamente hoje, nas camadas intelectualizadas”, afirma.
O cardeal Scherer recorda que o Advento “nos coloca diante do Mistério do Deus que vem e manifesta, de maneira surpreendente, seu desígnio de amor e misericórdia para com a humanidade”.

“Quem poderia imaginar que Deus, em vez de enviar um anjo de fogo, para combater o mal e fulminar tudo o que se opõe a seus desígnios, enviaria ao mundo seu Filho, nascido pequena criança? Que o Filho de Deus quisesse experimentar em tudo a nossa frágil e precária condição humana?”

“Que o desejo de salvação tão presente no coração humano e manifestado em todas as religiões e culturas dos povos tivesse uma tal resposta de Deus?! Que os sinais da salvação anunciados pelos profetas e experimentados nas contradições da história do Povo de Deus, tivessem uma realização tão surpreendente?!”

“Maravilhas, sim! O Senhor fez conosco maravilhas, santo é seu nome!” “Como deveria estar cheia a vida de quem crê profundamente em Deus”, afirma Dom Odilo.

A fé cristã católica – prossegue o arcebispo –, além de se traduzir em doutrina e preceitos morais, é também “rito, mística, poesia; é música, arte, encantamento; é adoração, oração, louvor e busca de captar e traduzir o belo e amoroso daquilo que cremos e esperamos”.

“É dor e arrependimento, é conforto e esperança. É experiência pessoal do amor de Deus, é emoção e alegria. É cultura e rito social, que expandem essa experiência interior e pessoal para os modos de viver e conviver, em expressões simbólicas como as que são abundantes neste tempo de Advento e Natal.”

Na noite do Natal – afirma Dom Odilo –, “a Igreja reza, agradecida: ‘hoje o céu e a terra trocam seus dons’: a terra entrega ao céu o que tem de mais importante, nossa pobre humanidade, assumida pelo Filho de Deus; e o céu entrega à terra o que tem de mais precioso: o próprio Filho único do Pai eterno”.

Papa nomeia bispos para o Brasil


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Segundo informou a Santa Sé nesta quarta-feira, Bento XVI fez três nomeações de bispos no Brasil.

O Papa nomeou Dom Mário Marquez, O.F.M. Cap., até o momento auxiliar de Vitória (Espírito Santo), como bispo de Joaçaba (Santa Catarina). Dom Mário nasceu em Joaçaba, em 1952. Foi ordenado padre em 1980. Atuou como Cura da Catedral Militar do Brasil, em Brasília, de 1996 a 2006, ano em que foi nomeado bispo, seguindo para Vitória.

O pontífice nomeou ainda um novo bispo auxiliar para a arquidiocese de Porto Alegre. Trata-se do padre Agenor Girardi, M.S.C., nascido em Orleans, em 1952. Foi ordenado padre em 1982. Atualmente, era pároco na diocese de Palmas-Francisco Beltrão.

Bento XVI nomeou também um novo bispo auxiliar para a arquidiocese de São Luís do Maranhão. É o padre José Carlos Chacorowski, C.M., nascido em Curitiba, em 1956. Ordenado padre em 1956, atualmente era diretor das Filhas da Caridade da Província do Amazonas, na arquidiocese de Belém.

Natal de solidariedade com cristãos da Terra Santa

ROMA, quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Este Natal é uma oportunidade para manifestar a solidariedade com os sucessores dos pastores de Belém, os cristãos da Terra Santa, afirma o cardeal John P. Foley, grão mestre da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém.

"Nestes dias, antes do Natal, é fácil lembrar-se da Terra Santa. Nossos pensamentos se dirigem, espontaneamente a Belém e a Maria e José”, reconhece o purpurado americano.

"Escutamos tantas vezes nas Escrituras neste período que quase conseguimos ver o estábulo onde nasceu Jesus; escutar o canto dos anjos e ver os pastores de joelhos diante do Menino Jesus”, afirma Dom Foley. A Ordem do Santo Sepulcro, entre outros fins, ajuda os cristãos dos santos lugares, onde financia 45 escolas com 19 mil jovens de diferentes religiões.

"Mas quando pensarem nos pastores de Belém, pensem que as pessoas que ajudamos na Terra Santa são precisamente descendentes daqueles pastores do nascimento de Jesus. Nós ajudamos os descendentes dos primeiros seguidores de Cristo e, alguns deles são, certamente, descendentes dos pastores que adoraram o Menino Jesus”, acrescenta.

Por este motivo, o cardeal faz esta proposta para o Natal: “espiritualmente”, “podem visitar aquele lugar sagrado, o estábulo de Belém e, junto aos pastores, adorar o Menino Jesus”.

"Podem pedir paz para sua Terra Santa; a paz e o progresso na santidade para suas vidas, podem prometer ajudar os primos de Jesus, que vivem atualmente em Belém e em toda a Terra Santa e que são descendentes dos primeiros seguidores de Jesus, os descendentes dos primeiros cristãos que viram em Cristo o Emanuel, Deus-conosco”.

Estes foram os conselhos que o cardeal Foley deixou na missa de investidura aos novos membros da Ordem do Santo Sepulcro, na basílica de São João de Latrão, de Roma, no último 18 de dezembro.

Papa afirma que o homem tem de se “acostumar” com Deus

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI, durante a audiência geral realizada hoje na Sala Paulo VI, com milhares de peregrinos de todo o mundo, quis convidar os cristãos a maravilhar-se diante do Menino Jesus, como a maneira mais adequada de viver o Natal.

O Papa quis dedicar sua última catequese antes das festas natalinas a refletir sobre elas, citando alguns escritos do Padre da Igreja Santo Irineu, em seu livro "Contra as Heresias".

De todos os pensamentos deste santo sobre o Natal, o Pontífice quis destacar um em especial: que o homem "tem de se acostumar a perceber Deus".

"Deus está normalmente afastado das nossas vidas, das nossas ideias, do nosso agir. Ele veio a nós e temos de nos acostumar a estar com Deus", indicou.

Inclusive afirmou que Irineu, audazmente, "se atreve a dizer que Deus também tem de se acostumar a estar conosco e em nós. E que Deus talvez devesse nos acompanhar no Natal, acostumar-nos com Ele, assim como Deus tem de se acostumar conosco, com nossa pobreza e fragilidade".

Assim, "a vinda do Senhor, portanto, não pode ter outro propósito além de ensinar-nos a ver e a amar os acontecimentos, o mundo e tudo que nos rodeia, com o mesmo olhar de Deus".

"O Verbo que se fez Menino nos ajuda a compreender como Deus age, para que sejamos capazes de deixar-nos transformar cada vez mais pela sua bondade e pela sua infinita misericórdia", acrescentou.

Outra das ideias centrais de Santo Irineu sobre o Natal é que Deus, "com o Menino Jesus, nos chama à sua semelhança. Vemos como Deus é. E, assim, recorda que devemos ser semelhantes a Deus".

"O homem não vê Deus, não pode vê-lo, e assim está na escuridão sobre a verdade, sobre si mesmo. Mas o homem, que não pode ver Deus, pode ver Jesus. E, assim, vê Deus, assim começa a ver a verdade, assim começa a viver", citou o Papa.

Com o seu nascimento, Jesus "nos indica e atribui também uma tarefa: precisamente a de ser semelhantes a Ele e tender à verdadeira vida, de chegar à visão de Deus no rosto de Cristo".

Diante dessa obra divina, o Papa convidou os fiéis a "maravilhar-se", a aproximar-se do lugar "onde se encontraram e se cruzaram as esperanças do mundo e do coração humano com a presença de Deus".

"Toda a existência humana, de fato, é incentivada por este profundo sentimento, pelo desejo de que o mais verdadeiro, o mais belo e a maior realidade que entrevimos e intuímos com a mente e com o coração, possa vir ao nosso encontro e tornar-se concreto diante dos nossos olhos, voltando a levantar-nos", afirmou o Pontífice.

Por isso, prosseguiu, "na noite do mundo, deixemo-nos ainda surpreender e iluminar por este ato de Deus, que é totalmente inesperado: Deus se faz Menino. Deixemo-nos surpreender, iluminar pela Estrela que inundou o universo de alegria".

O Papa também quis destacar a importância do presépio, "símbolo característico da época do Natal".

O presépio, afirmou, "é uma expressão da nossa espera de que Deus se aproxime de nós, de que Jesus de aproxime de nós, mas também da ação de graças Àquele que decidiu partilhar nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade".

"Fico feliz porque permanece viva, e até está sendo redescoberta, a tradição de preparar o presépio nas casas, locais de trabalho, lugares de encontro", confessou.

Bento XVI concluiu desejando que o gesto de preparar o presépio "possa oferecer ainda hoje, para todos os homens de boa vontade, um ícone evocativo do amor infinito do Pai por todos nós".

"Que os corações das crianças e dos adultos ainda possam ser surpreendidos diante dele", acrescentou.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Confraternização Da Paróquia São Jorge Atrai Bastantes Fiés

Pastoral Do Dizimo


Waldelice, Pe. Ednlson, Cassia
Comunidade da Vitória
Grupo De Jovens Da Paróquia São Jorge



Foi realizada hotem (21) a confraternização da paróquia são jorge que contou com a presença de bastantes fiés, As paróquias Diocese em geral fizeram a sua confraternização no mesmo dia (21) e é isto ai é agora esperar um 2011 com muitas fé, alegrias, festas ETC...

Natal do Papa poderá ser acompanhado em alta definição pela internet

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 21 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - No Natal deste ano, poderão ser acompanhadas ao vivo e em alta definição as celebrações litúrgicas presididas pelo Papa Bento XVI, graças a uma nova implementação da Rádio Vaticano.

Com o novo serviço, será possível acompanhar a crônica radiofônica em um dos sete idiomas disponíveis para os comentários da Missa do Galo, na sexta-feira, 24 de dezembro, a partir das 22h (hora de Roma); a mensagem de Natal com a bênção Urbi et Orbi de 25 de dezembro, ao meio-dia; e a Missa do Dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro, às 10h. Na vigília de 24 de dezembro, também será oferecido o comentário em chinês e, para a celebração de 1º de janeiro, em árabe.

A transmissão poderá ser acompanhada em www.radiovaticano.org, escolhendo a opção "Audio video player", com a qual, além disso, será possível visitar a área "Vatican Tic", que permite visualizar as notícias sobre o calendário das atividades do Santo Padre.

Agostinianos recoletos celebram aniversário da Recoleção

MADRI, terça-feira, 21 dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Religiosos, jovens e seculares recordaram no último dia 5 de dezembro os 422 anos do nascimento da recoleção agostiniana em todo o mundo, informa a Ordem dos Agostinianos Recoletos a ZENIT.

O “Dia da Recoleção” comemora a promulgação da ata do capítulo celebrado em Toledo, em 1588, em que são registrados os anseios do movimento de reforma apostando por uma vida mais austera e radical no seguimento evangélico.

Este estilo de vida com especial incidência na oração, na vida comunitária e na austeridade se iniciou em Talavera (Toledo) em 1589. A recoleção americana que teve seu início em 1604 no Deserto da Candelária (Colômbia) se uniu à recoleção espanhola.

As comunidades do Brasil, da Espanha, Itália, Colômbia, Filipinas, México, Panamá, República Dominicana, Filipinas, enfim, todos os 19 países em que a Ordem dos Agostinianos Recoletos está presente, celebraram os 422 anos da recoleção agostiniana.

Nos mais de duzentos ministérios atendidos, as fraternidades seculares, as 195 comunidades de religiosos e a Juventude Agostiniano-Recoletas (JAR) os religiosos renovaram seus votos e os membros da fraternidade suas promessas em celebrações litúrgicas especiais.

Em alguns países, como Brasil, os religiosos das distintas comunidades se reuniram em uma única casa para comemorar esta data e participar do novo impulso que o Capítulo Geral, recentemente celebrado em Granada, propõe a toda a Ordem.

O novo prior geral, Miguel Miró, compartiu com os leigos, as religiosas, os jovens e os agostinianos recoletos de Madri (Espanha) o Dia da Recoleção. A paróquia de Nossa Senhora de Loreto em Barajas (próximo do aeroporto internacional) foi o ponto de encontro da família agostiniana em torno da oração e da eucaristia concelebrada pelo prior geral e um bom número de religiosos, entre eles dois dos quatro provinciais cujas províncias têm sede na Espanha.

Na Espanha as casas de formação de Torrent, Monachil, Los Negrales e Monteagudo celebraram este aniversário com conferências, encenações teatrais e a renovação dos votos religiosos na missa. No Brasil, o teologado Santa Mônica de São Paulo celebrou também o aniversário com solenidade.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Santuário de Aparecida bate recorde de público em 2010


O Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, bateu neste domingo (19) o recorde de visitas. Neste ano, a basílica recebeu, até este domingo, 10 milhões de romeiros, 500 mil a mais que em 2009.
Uma queima de fogos de artifício foi feita para marcar a quebra do recorde. “Estamos muito felizes por anunciarmos esse número. Isso é fruto da grande devoção do nosso povo à Senhora Aparecida”, disse o padre Darci Nicioli, do reitor do Santuário.
A estimativa da organização do Santuário é que, até o dia 31, mais 300 mil romeiros visitem a região.
Do G1 SP

Bento XVI visita Biblioteca onde gostaria de trabalhar

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI visitou nesse sábado a Biblioteca Apostólica Vaticana, aberta novamente ao público depois de três anos de restauração.

O Papa destacou a importância deste “lugar eminente da memória histórica da Igreja universal”, ao qual o próprio cardeal Jospeph Ratzinger gostaria de se dedicar ao se aposentar da função de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Durante uma hora, o Papa pôde passear pela biblioteca da Santa Sé, conhecida como “apostólica”, porque desde sua fundação (é uma das mais antigas do mundo) é considerada a “biblioteca do Papa”, já que pertence a ele diretamente.

Neste lugar, que entre outros milhares de volumes custodia o Codex Vaticanus, o mais antigo manuscrito completo da Bíblia, o pontífice elevou uma oração.

“És grande, Senhor, Deus nosso. Escuta nossa oração e abençoa os que vêm a esta Biblioteca Apostólica para cultivar as ciências e as artes. Faze que estes honestos pesquisadores da verdade, iluminados pela sabedoria do teu Verbo, dirijam seus esforços para a edificação de um mundo mais humano”, rezou o Papa.

As tribulações do matrimônio

ROMA, terça-feira, 21 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Um relatório recém-publicado mostra que a classe média está sofrendo um aumento no número de divórcios e mães solteiras, e que os problemas matrimoniais não se limitam às pessoas com níveis mais baixos de educação e renda.

A edição 2010 de The State of Our Unions, “When Marriage Disappears: The Retreat from Marriage in Middle America” (A situação de nossos casamentos, “quando desaparece o matrimônio: o afastamento do matrimônio por parte da América do Norte média”) foi publicada a 29 de novembro.

O documento trata-se de um esforço conjunto do National Marriage Project da Universidade de Virginia e do Center for Marriage and Families del Institute for American Values.

O informe revela que o matrimônio só é estável entre as pessoas de uma alta educação e alta renda e, de fato, o casamento parece ter-se fortalecido entre os mais ricos.

No informe se definia o norte-americano médio como alguém que terminou o estudo regular mas carece de título universitário. Este grupo constitui 58% da população adulta. Aqueles com formação universitária somam 30%. Os restantes 12% constituem os que não terminaram o ensino regular.

Entre as mudanças destacadas, o relatório apresenta:

– No início dos anos 80, apenas 2% das crianças nascidas fora do casamento eram de mães com uma educação alta, em comparação com 13% de crianças de mães com uma educação média e 33% de crianças nascidas de mães com pouco estudo. Neste final de década, a porcentagem de crianças nascidas fora do matrimônio para as mães com estudos universitários era de 6%. Os outros dois grupos experimentaram um aumento, até 44% para as mães com uma educação média, e até 54% para as com pouco estudo.

– A porcentagem de adultos em idade de trabalhar com uma educação média que permaneciam casados em seu primeiro matrimônio caiu de 73% os anos 70 para 45% nesta década. Isso se deve comparar com a queda de 17 pontos no mesmo período entre os adultos com estudos universitários e, de 28 pontos, entre os adultos com pouco estudo. O que chama fortemente a atenção – observa o informe – é que os norte-americanos com estudo médio e com estudo universitário dos anos 70 muito provavelmente estavam casados; agora, quando se trata das probabilidades de estar em um matrimônio unido, é mais provável que o norte-americano com estudo médio se aproxime do que não tem estudo.

– É cada vez mais provável que os norte-americanos com estudo médio convivam em uma união de fato em vez de se casar. De 1988 até agora, a porcentagem de mulheres entre 25 e 44 anos que tinham vivido nessas uniões subiu 29 pontos para as que tinham estudo médio – ligeiramente acima dos 24 pontos daquelas com ponto estudo. Durante o mesmo período, as uniões de fato subiram 15 pontos entre as mulheres que tinham estudos universitários. Quando se trata de uniões de fato, de novo, o norte-americano com estudo médio se comporta de modo mais parecido ao norte-americano com pouco estudo.

– O aumento de divórcios e da educação dos filhos fora do casamento, nas comunidades de classe baixa e classe média por toda América do Norte, deu como resultado que cada vez mais crianças em tais situações vivam em lares onde não estão seus pais biológicos ou acabem vivendo em lares de adoção, sobretudo se forem comparadas com as crianças de lares com mais renda e educação.

Mudanças culturais

Segundo o informe, três mudanças culturais tiveram um papel chave no enfraquecimento do matrimônio entre os norte-americanos da classe média. A primeira é uma mudança sobre este tema, ao passar de ser socialmente conservadores, quanto ao matrimônio, para mais permissivos.

A segunda é que é mais provável que estes note-americanos adotem comportamentos que coloquem em perigo suas perspectivas matrimoniais futuras. Isso inclui práticas como um maior número de parceiros sexuais e mais infidelidade matrimonial.

A terceira mudança cultural é que os norte-americanos com uma educação média cada vez se parecem menos com quem tem estudo universitário, na hora de abraçar valores tradicionais.

O informe examina depois algumas outras mudanças culturais, como a queda na prática religiosa e o aumento do desejo de uma “alma gêmea”, o que faz que o nível para aceitar se casar esteja mais alto que antes. Resumindo o efeito dessas transformações, os autores concluíam: “Um problema relacionado com este novo modelo é que se quebrou o nexo normativo entre sexo, paternidade e casamento”.

Por que deveríamos estar preocupados com essas mudanças no matrimônio, questiona o informe. “O casamento não é simplesmente um acordo privado entre duas pessoas”. “É uma instituição social básica, que ajuda a assegurar o bem-estar econômico, social e emocional de inumeráveis crianças, mulheres e homens desta nação”.

O afastamento do casamento por parte do norte-americano de estudo médio significa que a vida das mães se tornou mais dura e que os pais têm-se separado de suas famílias. O informe acrescenta que também tem como resultados problemas para os filhos, com um maior número de abandonos na educação secundária e uma perda de seu caminho na sociedade.

Se o matrimônio converte-se em algo ao qual só podem aspirar os que já estão acima na escala sócio-econômica, acontecerá, então, uma divisão social e cultural, adverte o informe. “O casamento corre o risco de se converter em um bem de luxo, acessível só a quem tem os meios materiais e culturais para obtê-lo”, indicam os autores.

“Isso ameaça a experiência democrática norte-americana e deveria preocupar todo líder cívico e social de nossa nação”, advertem.

Proteção do bem comum

Os líderes religiosos também se mostraram preocupados pelo que está ocorrendo com o casamento. No dia 6 de dezembro, foi divulgada a carta aberta The Protection of Marriage: A Shared Commitment (A proteção do matrimônio: um compromisso compartilhado). Uma nota de imprensa da Conferência Episcopal dos EUA explicava que os líderes das comunidades anglicana, batista, católica, evangélica, luterana, mórmon, ortodoxa, pentecostal e sikh nos EUA afirmavam a importância de preservar o significado único do casamento.

“O amplo consenso refletido nesta carta das grandes denominações religiosas está claro: a lei do matrimônio não tenta impor a religião a ninguém, mas proteger o bem comum de todos”, afirmava o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan.

“O casamento é uma instituição fundamental para o bem-estar de toda sociedade, não só das comunidades religiosas”, afirma a carta.

A carta é só o último passo de uma série de medidas da Conferência Episcopal norte-americana para defender o matrimônio. Respaldar o casamento é o principal dos cinco objetivos propostos pelos bispos como prioridades pastorais para o próximo ano.

Uma das formas de fazer isso é através do site Marriage: Unique for a Reason (http://www.usccb.og/marriageuniqueforareason/). A página na internet oferece materiais para a educação dos católicos sobre por que o matrimônio deve se promover e proteger como a união de um homem e uma mulher.

Consciência da sociedade

O Papa Bento XVI também expressou sua preocupação com a ruptura da família e da vida matrimonial. “A Igreja vê com preocupação o cada vez maior esforço para eliminar o conceito cristão do matrimônio e da família da consciência da sociedade”, afirmava no dia 13 de setembro, ao receber o novo embaixador da Alemanha na Santa Sé.

Nas semanas posteriores, o Papa repetiu que se deveria defender a família e o casamento, em seus discursos aos embaixadores da Costa Rica, Equador, Colômbia e El Salvador.

No dia 2 de dezembro, ele falou de forma mais taxativa, em seu discurso ao novo embaixador da Hungria.

“A Europa não seria já a Europa se a célula básica da construção social desaparecesse ou se transformasse de modo substancial”, disse, referindo-se ao casamento.

O matrimônio se deteriora devido à facilidade do divórcio, à coabitação antes do casamento e a introdução de novos tipos de união que “não têm fundamento algum na história da cultura e do direito na Europa”, dizia o Papa. Palavras que se poderiam aplicar não só à Europa, mas também a muitas outras partes do mundo.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Papa confia todos os pastores a São José


CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - "A São José, padroeiro da Igreja universal, confio todos os pastores", disse o Papa hoje, antes de rezar o Ângelus, junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

Ao mesmo tempo, exortou todos esses guias a oferecerem, "humilde e quotidianamente, aos fiéis cristãos e ao mundo inteiro, as palavras e os gestos de Cristo".

Bento XVI convidou a venerar o pai adotivo de Jesus, "porque nele se pode vislumbrar o homem novo, que olha para o futuro com confiança e coragem, não segue o seu próprio projeto, mas se entrega totalmente à infinita misericórdia d'Aquele que torna realidade as profecias e abre o tempo da salvação".

O Pontífice destacou que São José "anuncia as maravilhas do Senhor, testemunhando a virgindade de Maria, a ação livre de Deus e protegendo a vida terrena do Messias".

Indicou que São José é apresentado no Evangelho do 4º domingo do Advento como "um homem justo, fiel à lei de Deus, disponível para fazer a sua vontade" e "por isso entra no mistério da Encarnação".

Citando o "Comentário do Evangelho segundo São Lucas", de Santo Ambrósio, o Papa sublinhou a dignidade da qualidade do testemunho de São José.

Este santo, comentou o Pontífice, depois de receber em sonhos as indicações do anjo, abandonando "a ideia de repudiar em segredo Maria, toma-a consigo, porque agora os seus olhos veem nela a obra de Deus".

"Apesar de ter experimentado turbação - prossegue -, José ‘fez como o anjo do Senhor havia mandado', certo de estar cumprindo o que é justo. Colocando o nome de ‘Jesus' nesse Menino que rege todo o universo, ele se situa nas filas dos servos humildes e fiéis, como os anjos e os profetas, os mártires e os apóstolos."

Finalmente, o Papa desejou "que a nossa vida possa aderir cada vez mais à Pessoa de Jesus" e que, "no Natal que se aproxima, os nossos olhos se abram e vejam Jesus, e o coração se alegre neste admirável encontro de amor".

Católicos e nazistas

ROMA, domingo, 19 dezembro de 2010 (ZENIT.org) - A Igreja é muitas vezes criticada por não ter feito o suficiente para se opor a Hitler. Em sua recente viagem à Inglaterra e Escócia, Bento XVI teve a oportunidade de apresentar o outro lado da moeda, lembrando o caráter antirreligioso do regime nazista.

"Lembro-me também da atitude do regime em relação a pastores cristãos e religiosos que proclamaram a verdade no amor, resistiram aos nazistas e pagaram com suas vidas essa oposição", disse na audiência com Sua Majestade a Rainha, em Edimburgo, na Escócia.

O quadro apresentado pelo Papa dos nazistas como ateus que querem erradicar Deus da sociedade não foi bem aceito. Em um comunicado de imprensa de 16 de setembro, Andrew Copson, presidente da British Humanist Society, negou que o ateísmo de nazista levara a esse comportamento extremo.

Um livro publicado no início deste ano lança alguma luz sobre a questão da religião e os nazistas. Em "Catholicism and the Roots of Nazism" (O catolicismo e as raízes do nazismo, Oxford University Press), Derek Hastings mostra como, nos primeiros anos, houve, de fato, um forte componente católico no movimento nazista. Ele também alega que houve grandes discrepâncias entre a natureza do regime nazista no poder nos anos 30 e 40 e movimento originário de Munique nos anos seguintes à Primeira Guerra Mundial.

"Apesar de manter uma oportuna fachada conciliadora, há pouca dúvida de que o partido nazista exibiu uma grande antipatia para com a Igreja Católica - e, em grande medida, para com o cristianismo em geral - durante a maior parte do período do Terceiro Reich", comentou Hastings.

Ele observou que muitos historiadores têm afirmado que, após os nazistas tomarem o poder em 1933, o partido passou a se tornar uma espécie de religião política e uma forma rival de devoção leiga que lutou para suplantar a identidade católica e cristã.

Voltando a Munique

O Partido Nazista foi fundado em 1919, em Munique. No período de 1919 até o falido Putsch (golpe) da Cervejaria em Munique, em 1923, os nazistas cortejaram abertamente os católicos. Sua abertura ao catolicismo permitiu aos nazistas ganhar adeptos e destacar-se sobre outros movimentos populares. Como consequência do fracasso de 1923, que levou Hitler para a prisão por um curto período, o movimento nazista foi refundado em 1925, de uma forma que deixou pouco espaço para sua orientação católica anterior.

Hastings explicou que este nexo católico com os nazistas durante os primeiros anos foi devido a fatores locais não extensíveis ao resto da Alemanha. O apoio ao Partido Popular da Baviera (BVP) foi menor em Munique e nos arredores da Alta Baviera que em quaisquer outras áreas católicas do país. Em vez disso, tendeu a apoiar os movimentos populares com um viés mais nacionalista.

Outra característica que distinguiu os católicos de Munique e arredores foi a sua hostilidade para com o que consideraram como ultramontanismo excessivo do BVP e dos bispos da Igreja. O movimento ultramontano, explicou Hastings, surgiu nos séculos XVIII e XIX, quando os católicos da Europa olhavam cada vez mais para o Papa que residia "além das montanhas" (ultra montes).

Na década que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, houve um movimento de reforma católica nos arredores de Munique, que consistiu em um impulso por uma nova forma de identidade religiosa, que fosse fiel à Igreja Católica no sentido espiritual, mas mais aberta ao curso político e cultural radicalmente nacionalista, observou Hastings. Os nazistas foram capazes de tirar partido destas tendências locais, combinadas com o descontentamento geral que se seguiu à Primeira Guerra Mundial, para convocar os católicos nos estágios iniciais de desenvolvimento.

Antes de 1923, os nazistas ganharam o apoio de milhares de católicos em Munique e arredores, notou Hastings. No começo, o BVP ignorou o novo partido, provavelmente com o desejo de evitar mais publicidade. No final de 1922, vendo o número crescente de seguidores do partido nazista, o BVP decidiu embarcar em uma campanha para fazer que os bávaros fossem conscientes da natureza perigosa dos nazistas.

Isso não impediu que os nazistas deixassem de cortejar os católicos e, de acordo com Hastings, em 1923 seus esforços vieram à tona. Naquele ano, lançaram uma campanha de recrutamento para atrair os católicos ao seu partido. Seus esforços foram bem sucedidos, ao ponto que até mesmo muitos sacerdotes católicos se envolveram.

Em seus discursos na época, Hitler se referia abertamente à sua fé católica e à influência que ela tinha em seu ativismo político. Em 1923, o jornal nazista Beobachter começou a publicar inclusive os horários das Missas dominicais e exortar seus leitores a cumprirem suas obrigações religiosas.

Refundação

No entanto, essa proximidade entre os católicos e o partido nazista acabou de repente, com o Putsch da Cervejaria, em novembro daquele ano. A tentativa de Hitler de tomar o controle do estado bávaro terminou em rápido fracasso e o movimento nazista entrou em um período de divisão e de declínio, explicou Hastings.

Isso coincidiu com o aumento da anticatolicismo em outros movimentos populares, em Munique, o que também afetou parte do partido nazista. Segundo Hastings, neste período, muitos católicos abandonaram o partido nazista, e aqueles que permaneceram o fizeram abrindo mão de sua identidade católica. Os sacerdotes católicos que tinham se unido ao partido também o abandonaram. De fato, no final de 1923, a arquidiocese de Munique-Freising tinha lhes proibido de participar das reuniões do partido nazista.

Uma vez refundada, a anterior orientação católica foi invertida e em grande parte substituiu o cristianismo com o seu próprio conjunto de figuras de mártires tirados do Putsch fracassado. A partir desse momento, Hitler também não voltou a se apresentar como um católico praticante ou como um defensor do cristianismo, observou Hastings.

Com o tempo, o movimento nazista tornou-se cada vez mais abertamente anticatólico, a tal ponto que os nazistas se opuseram fortemente ao estabelecimento de uma concordata entre a Baviera e o Vaticano. Eles também foram abertamente críticos com o núncio papal, Dom Eugenio Pacelli, futuro Papa Pio XII. Em publicações nazistas, atacava-se frequentemente os bispos alemães, em especial o cardeal Michael von Faulhaber, que, pouco antes do Putsch de 1923, havia falado em defesa dos judeus.

Sobre a questão do antissemitismo nazista e da influência dos católicos, Hastings referiu que, no início, o movimento nazista se centrou nas imagens do Novo Testamento - como a expulsão dos vendilhões do templo por Cristo - em sua propaganda. Nesta fase, contudo, a ideologia nazista ainda não estava totalmente clara e, quando adotou uma postura mais definida nos anos seguintes, tornou-se a forma mais pura e abertamente leiga de antissemitismo.

No início dos anos 30, após as condenações eclesiásticas oficiais, Hastings argumentou que se tornou mais clara a oposição mútua das visões de mundo católicas e nazistas.

Em conclusão, Hastings disse que, embora seja necessário reconhecer o papel real desempenhado pelo clero e pelos leigos católicos nas fases iniciais do movimento nazista, ao mesmo tempo não há nenhuma base para acusar o catolicismo, seja como instituição ou como um sistema de ideias.

Além disso, a coabitação entre as identidades nazista e católica desapareceu no que Hastings chamou de "fluxo de invectivas anticatólicas que lavou o fraturado movimento como resultado do golpe fracassado".

Essa coabitação foi uma das primeiras vítimas da ambição política cada vez mais messiânica de Hitler, observou Hastings. O que fica claro, tanto em Hastings como em outros, é que os terríveis excessos do regime nazista aconteceram apesar de, e não devido a qualquer influência católica.

Liberdade religiosa: tema central para Bento XVI

CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI escolheu o tema da liberdade religiosa como centro da mensagem do Dia Mundial da Paz 2011 "não só porque este tema está no centro da Doutrina Social da Igreja", mas também porque "a vida da liberdade religiosa é uma vocação fundamental do homem, um direito humano inalienável e uma chave para a paz".

Foi o que disse nessa quinta-feira, na apresentação damensagem no Vaticano, o presidente do Conselho Pontifício "Justiça e Paz", cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

Uma liberdade que se vê ameaçada "pelo fundamentalismo religioso, a politização da religião e a imposição de religiões de Estado", disse o purpurado.

Mas também "pelo nascimento de um relativismo cultural e religioso que se está fazendo sempre mais presente e difícil em nossos dias".

A liberdade religiosa é compatível com a defesa das próprias ideias, mas contrária "ao relativismo, sincretismo e fundamentalismo: todos são visões distorcidas da liberdade religiosa", a qual "não se limita ao livre exercício do culto", disse. "Tem uma dimensão pública, que permite aos crentes dar sua contribuição na construção da ordem social", assegurou.

O cardeal destacou a insistência do Papa tanto na mensagem como na linha de seu pontificado sobre o tema do diálogo inter-religioso, que "deveria ser reconhecido como o canal mediante o qual os diversos sujeitos possam articular o próprio ponto de vista e construir o consenso ao redor da verdade que tem a ver com os valores objetivos e particulares".

"É típico da natureza das religiões, livremente praticadas, o fato de que possam autonomamente conduzir a um diálogo de pensamento e de vida, com a perspectiva de pôr sua experiência a serviço do bem comum", assegurou o purpurado.

Por sua parte, Dom Mario Toso S.D.B, secretário do Pontifício Conselho "Justiça e Paz", disse que a mensagem do Papa "quer ser um sinal inequívoco do compromisso da Igreja na defesa não só de um direito fundamental", mas especialmente "do homem enquanto tal, de sua dignidade e liberdade entendida integralmente", mais concretamente, "de todas as liberdades com os respectivos deveres e direitos, da própria democracia, da laicidade positiva, em uma palavra, da civilização".

Disse também que o Papa convida, em particular, a aprofundar na verdade do direito à liberdade religiosa, quer dizer, de suas implicações antropológicas, éticas, jurídicas, políticas, civis e religiosas.

"Para Bento XVI, uma liberdade inimiga ou indiferente a Deus nega a si mesma e não garante a convivência pacífica", porque "uma vontade que se opõe a Deus ou se crê radicalmente incapaz de buscar a Suma Verdade e o Sumo Bem não tem razões objetivas nem motivos para atuar", a não ser as razões impostas por "desejos momentâneos e contingentes".

Ele assinalou que sem Deus o homem "não tem uma identidade para custodiar e construir continuamente através de decisões verdadeiramente livres e conscientes".

(Carmen Elena Villa)

Liturgia Da Palavra


Missa Do 4ª Domingo Do Advento

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do profeta Isaías:

Naqueles dias, 10o Senhor falou com Acaz, dizendo: 11“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”.
12Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”.
13Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? 14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

____________________________________________________________________ SALMO RESPONSORIAL

— O rei da glória é o Senhor onipotente;/ abri as portas para que ele possa entrar!
— O rei da glória é o Senhor onipotente;/ abri as portas para que ele possa entrar!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a geração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”.

_____________________________________________________________________ SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

1Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, 2que pelos profetas havia prometido, nas Sagradas Escrituras 3e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, 4autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, Nosso Senhor. 5É por ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome.
6Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. 7A vós todos, que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
_____________________________________________________________________ SANTO EVANGELHO

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.
20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
24Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Liberdade religiosa é para todos, não apenas para cristãos, afirma Papa


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - A Mensagem para o Dia Mundial da Paz, divulgada ontem em coletiva de imprensa pelo cardeal Peter Kowdo Appiah Turkson, contém os "ingredientes" para uma compreensão da "laicidade positiva", tão importante para Bento XVI.

De fato, a questão da "laicidade positiva", ou de qual é a correta separação e interação entre os poderes públicos e a religião, tem sido um tema central nas viagens aos Estados Unidos, França e Inglaterra. Também em seu discurso nas Nações Unidas, em 18 de abril de 2008.

Esta "laicidade positiva" é a reta compreensão do direito à liberdade religiosa, diz o Papa, e no consequente papel do governo na promoção e respeito dessa liberdade fundamental.

Em sua mensagem, o Papa se baseia em dois documentos conciliares, a Declaração sobre a liberdade religiosa, Dignitatis humanae, e a Declaração sobre a relação da Igreja com as religiões não cristãs, Nostra aetate.

A liberdade religiosa, afirma o Papa, está contida dentro do próprio direito à vida, e por isso é um direito fundamental: "toda a pessoa é titular do direito sagrado a uma vida íntegra, mesmo do ponto de vista espiritual".

A dignidade transcendente da pessoa, capaz "de transcender a própria materialidade e buscar a verdade, há de ser reconhecida como um bem universal, indispensável na construção duma sociedade orientada para a realização e a plenitude do homem", diz o Papa.

Essa liberdade religiosa "está na origem da liberdade moral" e deve ser entendida "não só como imunidade da coação, mas também, e antes ainda, como capacidade de organizar as próprias opções segundo a verdade".

Por isso, entre liberdade e respeito "há um vínculo inseparável" e, igualmente, "uma liberdade hostil ou indiferente a Deus acaba por se negar a si mesma e não garante o pleno respeito do outro".

"A ilusão de encontrar no relativismo moral a chave para uma pacífica convivência é, na realidade, a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos", sublinha o Papa. "É inconcebível que os crentes tenham de suprimir uma parte de si mesmos - a sua fé - para serem cidadãos ativos; nunca deveria ser necessário renegar a Deus, para se poder gozar dos próprios direitos".

Religião e sociedade

O Papa insiste em que, quando se nega a liberdade religiosa, "quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a reta ordem social".

Esta liberdade religiosa, que é "uma aquisição de civilização política e jurídica", consiste em que "toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos".

Além disso, sublinha o Papa, a pessoa "não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma".

"A liberdade religiosa não é patrimônio exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice."

Esta liberdade "não se esgota na dimensão individual, mas realiza-se na própria comunidade e na sociedade, coerentemente com o ser relacional da pessoa e com a natureza pública da religião".

"A dimensão pública da religião deve ser sempre reconhecida. Para isso, um diálogo sadio entre as instituições civis e as religiosas é fundamental para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da harmonia da sociedade."

O Papa adverte também contra "a instrumentalização da liberdade religiosa para mascarar interesses ocultos, como, por exemplo, a subversão da ordem constituída, a apropriação de recursos ou a manutenção do poder por parte de um grupo".

"O fanatismo, o fundamentalismo, as práticas contrárias à dignidade humana não se podem jamais justificar, e menos ainda o podem ser se realizadas em nome da religião. A profissão de uma religião não pode ser instrumentalizada, nem imposta pela força", acrescenta.

Nem fundamentalismo nem laicismo

No ponto 8 da mensagem, o Papa explicita em que consiste, a partir dessa "laicidade positiva", o papel do Estado com relação à liberdade religiosa: garantir "o legítimo pluralismo e o princípio da laicidade" frente ao fundamentalismo religioso e o laicismo.

Ambas as posturas, afirma o Papa, "absolutizam uma visão redutiva e parcial da pessoa humana, favorecendo formas, no primeiro caso, de integralismo religioso e, no segundo, de racionalismo".

"A sociedade, que quer impor ou, ao contrário, negar a religião por meio da violência, é injusta para com a pessoa e para com Deus, mas também para consigo mesma."

"Deus chama a Si a humanidade através de um desígnio de amor, o qual, ao mesmo tempo em que implica a pessoa inteira na sua dimensão natural e espiritual, exige que lhe corresponda em termos de liberdade e de responsabilidade, com todo o coração e com todo o próprio ser, individual e comunitário."

Por isso, "as leis e as instituições duma sociedade não podem ser configuradas ignorando a dimensão religiosa dos cidadãos ou de modo que prescindam completamente dela".

A dimensão religiosa da pessoa, "não sendo esta uma criação do Estado, não pode ser manipulada, antes deve contar com o seu reconhecimento e respeito".

"O ordenamento jurídico a todos os níveis, nacional e internacional, quando consente ou tolera o fanatismo religioso ou antirreligioso, falta à sua própria missão, que consiste em tutelar e promover a justiça e o direito de cada um", destaca o Papa.

Não reconhecer esta dimensão, em resumo, "expõe a sociedade ao risco de totalitarismos políticos e ideológicos, que enfatizam o poder público, ao mesmo tempo que são mortificadas e coartadas, como se lhe fizessem concorrência, as liberdades de consciência, de pensamento e de religião".

Diálogo inter-religioso

Precisamente por reconhecer este papel público da religião, os crentes "são chamados a viver responsavelmente o próprio compromisso num contexto de liberdade religiosa".

"Nas variadas culturas religiosas, enquanto há que rejeitar tudo aquilo que é contra a dignidade do homem e da mulher, é preciso, ao contrário, valer-se daquilo que resulta positivo para a convivência civil."

Por sua parte, o Papa recorda a doutrina conciliar de que a Igreja "nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo".

"A estrada indicada não é a do relativismo nem do sincretismo religioso", pois a Igreja "tem mesmo a obrigação de anunciar incessantemente Cristo", em quem "os homens encontram a plenitude da vida religiosa".

"Todavia isto não exclui o diálogo e a busca comum da verdade em diversos âmbitos vitais, porque, como diz uma expressão usada frequentemente por São Tomás de Aquino, ‘toda a verdade, independentemente de quem a diga, provém do Espírito Santo'."

(Inma Álvarez)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bento XVI: Jesus é a Palavra definitiva de Deus


ROMA, quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Jesus é a Palavra definitiva de Deus aos homens, porque entregando-se em pessoa, mostrou o verdadeiro rosto do Pai. Essa é a mensagem central da homilia pronunciada nessa terça-feira pelo Papa Bento XVI na missa celebrada no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.

Nesse dia, celebrava-se a memória litúrgica de São João da Cruz (1567-1622), assim como o quarto centenário da fundação da ordem da Visitação, à qual pertencem as monjas contemplativas do mosteiro.

O mosteiro Mater Ecclesiae, colocado dentro dos muros vaticanos, nasceu em 1994, por iniciativa de João Paulo II para criar uma comunidade de religiosas contemplativas que acompanhassem com a oração a atividade do pontífice e dos membros da Cúria Romana.

A cada cinco anos, o mosteiro é ocupado por uma comunidade diferente de religiosas contemplativas.

Na homilia, Bento XVI comentou alguns temas do pensamento de São João da Cruz, definido como o santo do mistério pascal.

Vivendo a cruz – disse o Papa – o santo compreendeu que esta é amor e que em seu mistério se realiza o mistério do amor.

O Papa afirmou que São João da Cruz explica que Deus entregou e disse tudo no Filho. Nele a humanidade pode reconhecer seu rosto, o rosto do Deus trinitário. A vocação do homem, portanto, é entrar nesta totalidade, ser tocado e penetrado interiormente pela riqueza do dom que é o próprio Deus.

Papa convida luteranos a refletirem sobre conquistas do ecumenismo

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI expressou hoje sua esperança de que os anos que faltam para o 5º centenário do início da Reforma ajudem católicos e luteranos a refletir sobre o que conseguiram juntos no processo ecumênico e a continuar dando passos neste rumo.

Isto foi afirmado ao receber em audiência uma delegação da Federação Luterana Mundial, chefiada pelo seu novo presidente, o bispo Munib A. Younan, que se encontra em Roma, em visita oficial.

O Papa, em seu discurso, salientou a importância destes anos de preparação que restam até 2017, quando se cumprirá o quinto aniversário da publicação, por parte de Lutero, das 95 Teses de Wittenberg, um ato que marcou o início da ruptura com Roma.

Nesta ocasião, recordou que a Comissão Internacional mista católico-luterana está preparando um novo documento conjunto, semelhante à "Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação", no qual se apresentará "o que os luteranos e os católicos são capazes de dizer juntos, neste momento, com relação às nossas cada vez mais estreitas relações, depois de quase cinco séculos de separação".

Além disso, recordou a questão que a Comissão está discutindo nestes anos - "o Batismo e a crescente comunhão eclesial" -, apontando para a questão da eclesiologia como a "chave" do diálogo ecumênico.

Esta questão da compreensão da Igreja como o principal pólo do diálogo ecumênico tinha sido apontada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Kurt Koch, em seu discurso na sessão plenária deste dicastério, no último dia 19 de novembro.

O Pontífice afirmou que "os católicos e os luteranos estão chamados a refletir novamente sobre aonde nos levou nosso caminho rumo à unidade, e a implorar a guia e a ajuda do Senhor para o futuro".

Também quis lembrar a visita anterior, de 10 de novembro de 2005, de uma delegação da Federação, chefiada pelo então presidente, Mark Hanson, antecessor do bispo Younan.

Na ocasião, recordou o Papa, "tive a alegria de receber seus antecessores e de expressar a minha esperança de que o contato estreito e o diálogo intenso que haviam caracterizado as relações ecumênicas entre católicos e luteranos continuassem produzindo ricos frutos".

"Hoje podemos, com gratidão, fazer um balanço dos muitos frutos significativos produzidos nessas décadas de discussões bilaterais", disse ele.

Finalmente, o Papa sublinhou a importância do "ecumenismo de vida" que consiste em, "lenta e tranquilamente, remover barreiras e promover laços visíveis de unidade através do diálogo teológico e de uma cooperação prática, especialmente no âmbito das comunidades locais".

"A minha esperança é que essas atividades ecumênicas proporcionem novas oportunidades para que os católicos e os luteranos estejam cada vez mais próximos em suas vidas, em seu testemunho do Evangelho e em seus esforços para levar a luz de Cristo a todas as dimensões da sociedade", concluiu.

Fraternidade: necessária para vida plenamente humana, afirma Papa

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - O Papa sublinhou a importância da fraternidade humana, tanto nas relações pessoais como em escala global, em um discurso comum dirigido aos novos embaixadores do Nepal, Zâmbia, Andorra, Seychelles e Mali junto da Santa Sé, ao recebê-los no Vaticano por ocasião da apresentação de suas cartas credenciais.

Bento XVI observou que "o belo ideal de fraternidade (...) encontrou no desenvolvimento do pensamento filosófico e político uma ressonância menor em comparação a outros ideais, como a liberdade, a igualdade, o progresso e a unidade".

"Este é um princípio que se manteve praticamente como letra morta nas sociedades políticas modernas e contemporâneas, especialmente por causa da influência de ideologias individualistas ou coletivistas", lamentou.

Nesse sentido, reconheceu que a pessoa precisa de respeito, justiça e reconhecimento concreto dos direitos, mas acrescentou que "isto não é suficiente para levar uma vida plenamente humana".

"A pessoa também tem necessidade de fraternidade" e "não apenas em relacionamentos de proximidade, mas também em escala global", disse ele.

Ao mesmo tempo, reconheceu que, "assim como a razão humana é capaz de reconhecer a igualdade de todos os homens e a necessidade de limitar as excessivas disparidades entre eles", a fraternidade é, no entanto, "um dom sobrenatural".

Igreja, artífice de fraternidade

Ele também indicou que a fraternidade tem um significado especial para os cristãos, devido ao projeto do amor fraterno de Deus.

Explicou que "a Igreja vê a realização da fraternidade humana sobre a terra como uma vocação contida no desígnio criativo de Deus, que quer que ela seja cada vez mais fielmente o artífice dessa fraternidade".

Neste sentido, ressaltou a vontade da Igreja de "contribuir, sincera e fortemente, para a formação de uma comunidade mais fraterna entre todos os seres humanos".

"Ela está trabalhando para colocar o amor e a paz na base dos muitos laços humanos vividos pelas pessoas", acrescentou.

O Papa sublinhou que, "na vida cotidiana, a fraternidade é uma expressão concreta na gratuidade e no respeito".

Dom e fraternidade

E acrescentou que "qualquer forma de doação é fundamentalmente um sinal da presença de Deus, porque leva à descoberta fundamental" de que tudo é dom.

Compreender isso, segundo o Papa, "não torna as conquistas do homem menos belas, senão que o liberta da primeira de todas as servidões, a de querer criar a si mesmo".

"No reconhecimento do que lhe é doado, o homem pode se abrir à ação da graça e entender que está destinado a desenvolver-se, não à custa dos outros, mas com eles e em comunhão com eles."

Finalmente, o Papa referiu-se à fraternidade como um fim em si, apesar de que, "vivida entre os homens, pode encontrar um eco positivo em termos de ‘eficácia social'".

Bento XVI recebeu, nesta manhã, as credenciais de cinco novos embaixadores junto à Santa Sé: Suresh Prasad Pradhan, do Nepal; Royson Mabuku Mukwena, da Zâmbia; Miguel Angel Canturri Montanya, de Andorra; Vivianne Fock Tave, das Seychelles; e Boubacar Sidiki Toure, de Mali.

Depois de pronunciar o discurso comum aos cinco novos diplomatas, o Papa deu a cada um deles um discurso específico para cada um dos países que representavam.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bento XVI pede às crianças que rezem por ele


CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI pediu às crianças, que neste Natal preparam o presépio, que rezem por ele no momento em que colocarem o Menino Jesus na cena.

Foi o favor que o pontífice pediu aos dois mil pequenos que foram este domingo ao meio-dia à praça de São Pedro para rezar com ele o Angelus e abençoar as imagens do Menino Jesus do presépio de suas casas.

Falando da janela de seu apartamento, o Papa saudou as crianças e adolescentes das paróquias de Roma e disse: “quando vocês colocarem o Menino Jesus na gruta, ofereçam uma oração pelo Papa e por suas intenções”.

Na tradicional meditação sobre a liturgia deste terceiro domingo do Advento, o Papa apresentou o segredo para alcançar a fortaleza de coração, em uma cultura de instabilidade e mudanças.

“A ajuda não nos falta – assegurou –: é a Palavra de Deus. De fato, enquanto tudo passa e muda, a Palavra do Senhor não passa”.

“Se as vicissitudes da vida nos fazem sentir perdidos e parece que se derruba toda certeza, temos a bússola para encontrar a orientação, temos uma âncora para não ir à deriva. Aqui é-nos apresentado o modelo dos profetas, quer dizer, dessas pessoas a quem Deus chamou para falar em seu nome.”

“O profeta encontra sua alegria e sua força na Palavra do Senhor, e enquanto os homens buscam com frequência a felicidade por caminhos que se revelam equivocados, ele anuncia a verdadeira esperança, a que não nos decepciona, pois está fundamentada na fidelidade de Deus.”

O pontífice assegurou que “todo cristão, em virtude do Batismo, recebeu a dignidade profética: que cada um possa redescobrir e alimentá-la, com uma assídua escuta da Palavra divina”.

As imagens sagradas e o magistério da Igreja

ROMA, domingo, 12 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Um distante concílio, o II Concílio de Niceia, no ano 787, definiu a correção do uso das imagens na Igreja, colocando de forma autorizada fim às tendências iconoclastas.

E no entanto em nossa contemporaneidade, dominada pelo uso obsessivo do que se vê, as igrejas frequentemente são projetadas e realizadas com uma postura que, quando se olha de perto, parece novamente iconoclasta: as paredes estão desnudas, não há imagens, quando muito, elementos estilizados, que aplicam linguagens emprestadas de experiências artísticas distantes do cristianismo, quando não inclusive contrárias a ele.

É oportuno portanto percorrer a antiga via da legitimação das imagens. Partamos precisamente do II Concílio de Niceia, analisando suas preciosas indicações: “nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e nas mesas, nas casas e ruas”. As imagens sagradas se colocam no mesmo plano que a representação da cruz, e à semelhança da cruz devem ser expostas em todo lugar: no contexto da liturgia, nos lugares sagrados, mas também na vida cotidiana, nos lugares privados como as casas, e nos lugares públicos como as ruas. A universalidade da mensagem cristã indica a medida dos lugares nos quais expor as imagens, quer dizer, todos os lugares. As imagens sagradas devem além disso estar presentes nos ornamentos sagrados e também nos paramentos. Não se detalha a técnica, de fato, as imagens podem ser pintadas, em mosaico, ou em qualquer outra técnica oportuna, mas se necessita do sujeito: “que sejam a imagem do senhor Deus e Salvador nosso Jesus Cristo, ou da Imaculada Senhora nossa, a Santa Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e justos”. Portanto, trata-se claramente de imagens que representam prioritariamente Jesus Cristo, cuja encarnação é o princípio fundacional da arte sacra figurativa, e também a Mãe do Senhor, os anjos, os santos e os justos, quer dizer, todo o corpo da Igreja, seu mistério e sua história.

O Concílio precisa também os motivos e as finalidades das imagens sagradas: “de fato, quando mais prudentemente estas imagens forem contempladas, tanto mais aqueles que contemplam serão levados à recordação e ao desejo dos modelos originais e a tributar-lhes, beijando-as, respeito e veneração”. A contemplação das imagens induz à recordação e ao desejo dos sujeitos representados; trata-se portanto de uma dinâmica cognoscitiva e afetiva, que parte da imagem representada, mas termina no sujeito real; é análoga, poderíamos dizer, à função que as fotografias de nossos entes queridos têm, que nos recordam as pessoas amadas. Manter viva recordação e o desejo constitui um cuidado importante da própria fé, o cultivo da própria vida espiritual.

Trata-se de uma relação não idolátrica, porque a finalidade da adoração não é a imagem, mas o sujeito representado. De fato, o Concílio cuida em prevenir e deixar à margem os excessos que tinham estado presentes no Oriente cristão, e que tinham também induzido, em contrapartida, a reação iconoclasta. Não se trata, certamente, de uma verdadeira adoração (latria), reservada por nossa fé só à natureza divina, mas de um culto similar ao que se faz à imagem da cruz preciosa e vivificante, aos santos evangelhos e aos demais objetos sagrados, honrando-os com a oferenda do incenso e de luzes segundo o piedoso costume dos antigos. A honra feita à imagem, na realidade, pertence àquele que está representado, e quem venera a imagem venera a realidade de quem nela está reproduzido. Trata-se portanto de uma honra feita à realidade e não à representação, mas que através do culto feito à imagem se alimenta e se expressa a adoração por Deus, o único digno de ser adorado. Observemos que o correto parâmetro do culto da imagem está constituído pelo culto da cruz, preciosa e vivificante, e posto em analogia com o culto que se dá ao Evangelho, que obviamente não significa adoração do livro, mas da Palavra de Deus.

O Concílio sublinha que o culto das imagens forma parte da tradição da Igreja: “Assim se reforça o ensinamento dos nossos santos padres, ou seja, a Tradição da Igreja universal, que de um extremo ao outro da Terra acolheu o Evangelho. Assim nos tornamos seguidores de Paulo, que falou em Cristo, do divino colégio apostólico e dos santos Padres, mantendo a tradição que recebemos. Assim podemos cantar para a Igreja os hinos triunfais à maneira do profeta: “Alegra-te, filha de Sião, exulta filha de Jerusalém; goza e regozija-te com todo o coração; o Senhor tirou de teu meio as iniquidades dos teus adversários, foste libertada das mãos dos teus inimigos. Deus é rei no teu meio, não mais verás o mal”. O culto das imagens se legitima no ensinamento apostólico, na tradição da Igreja universal. Não só, mas se afirma depois que “o que se confiou à Igreja” é “o Evangelho, a representação da cruz, imagens pintadas ou as sagradas relíquias dos mártires”; portanto, as imagens pintadas formam parte do depósito da fé, do que foi “confiado” à Igreja, fugindo portanto ao arbítrio dos homens: ninguém pode decidir que se pode menosprezar o culto das imagens.

A tradição do culto às imagens é ininterrupta na Igreja Católica que, ao contrário, encontra nesta prática um sinal de distinção das tendências iconoclastas próprias de muitas correntes protestantes. O Concílio Vaticano II se coloca em continuidade com a tradição, e na Constituição sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, afirma: “Mantenha-se o uso de expor imagens nas igrejas à veneração dos fiéis”. Analogamente ao Concílio de Niceia, afirma que a devoção deve ser correta, e sobretudo que o sentimento que se suscite não seja a admiração pela imagem, mas a veneração dos sujeitos apresentados: “Sejam, no entanto, em número comedido e na ordem devida, para não causar estranheza aos fiéis nem contemporizar com uma devoção menos ortodoxa”.

Talvez uma das reflexões mais claras e profundas sobre o uso das imagens sagradas está na introdução ao Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (20 de março de 2005): [As imagens] “provêm do riquíssimo patrimônio da iconografia cristã. A tradição secular e conciliar diz-nos que também a imagem é pregação evangélica. Os artistas de todos os tempos apresentaram à contemplação e à admiração dos fiéis os fatos salientes do mistério da salvação, no esplendor da cor e na perfeição da beleza. Indício de que, hoje mais do que nunca, na época da imagem, a imagem sagrada pode exprimir muito mais que a palavra, pois é muito mais eficaz o seu dinamismo de comunicação e de transmissão da mensagem evangélica” (n. 5).

A imagem, durante os séculos, conseguiu transmitir os fatos sobressalentes do mistério da salvação, e muito mais hoje, na civilização da imagem, deve saber recuperar sua própria importância fundamental, enquanto que a imagem transmite mais que as próprias palavras, em um dinamismo de comunicação e transmissão da Boa Notícia.

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* Rodolfo Papa é historiador da arte, professor de história das teorias estéticas na Universidade Urbaniana, em Roma; presidente da Accademia Urbana delle Arti. Pintor, autor de ciclos pictóricos de arte sacra em várias basílicas e catedrais. Especialista em Leonardo Da Vinci e Caravaggio, é autor de livros e colaborar de revistas.