quinta-feira, 7 de julho de 2011

Missão: apresentar a verdade de Deus de forma crível

O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e outras duas instituições, que juntos representam cerca de 90% dos cristãos do mundo, acabam de completar um estudo que durou 5 anos e divulgam um documento sobre “como agir em missão”.

Um comunicado publicado na quarta-feira passada pelo Conselho Ecumênico das Igrejas oferece uma série de recomendações aos missionários, evangelizadores e outras testemunhas, para que adotem “um comportamento respeitoso, dado que compartilham a fé cristã”.

Este trabalho é fruto de 5 anos de conversas entre o Conselho Ecumênico das Igrejas, o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, da Igreja Católica Romana, e a Aliança Evangélica Mundial (AEM).

O documento se intitula “O testemunho cristão em um mundo multirreligioso” e supõe “uma etapa histórica na busca da unidade cristã”, destacou o pastor Geoff Tunnicliffe, diretor geral da AEM.

E isso, explicou, porque constitui um acordo oficial sobre “a essência da missão cristã, demonstrando que organismos cristãos diferentes são capazes de trabalhar juntos e de falar a uma só voz”.

O documento afirma que “a missão faz parte da própria natureza da Igreja” e sugere elementos concretos para realizá-la, “mostrando um respeito sincero pelos fiéis de outras religiões”.

O texto se remete a um estudo atento de questões relativas à missão e ao diálogo inter-religioso, ao estabelecimento da confiança e da cooperação entre os fiéis de todas as religiões e à promoção da liberdade religiosa para todos no mundo.

Também incentiva os cristãos a rezarem pelo bem-estar de todos, a reforçar sua própria identidade religiosa e a velar para não formar uma ideia equivocada das crenças dos outros.

Estudar, construir, incentivar, cooperar, exortar e rezar são as 6 recomendações feitas neste documento.

O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, cardeal Jean-Louis Tauran, destacou, na apresentação, que os responsáveis da Igreja têm hoje “a obrigação de proclamar a fé” e de “propor uma visão mais ampla do diálogo”.

Citou um princípio do ensinamento católico: o de “não rejeitar nada que seja verdadeiro e santo, seja qual for a religião”. E convidou os cristãos a superarem os conflitos religiosos, se quiserem “apresentar a verdade de Deus de forma crível”.

As reuniões, das quais participaram representantes do Conselho Ecumênico das Igrejas, do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e da Aliança Evangélica Mundial (AEM) e que conduziram à elaboração deste documento comum, foram realizadas em Lariano (Itália), em maio de 2006; em Toulouse (França), em agosto de 2007; e em Bangkok, (Tailândia), em janeiro de 2011.

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