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Chiara Lubich, líder mundial do movimento ecumênico e um nome de destaque da filósofa social cristã, nasceu em Trento, Itália, em 1920; batizada Silvia, adotou depois o nome Chiara. Fundou o movimento católico ecumênico que se tornou conhecido por "Movimento Focolare", destinado a promover a vida segundo os preceitos cristãos e contribuir para uma nova ordem mundial segundo os ideais de fraternidade e bens em comum. Sua atividade esteve inicialmente restrita a pequenas vilas italianas, principalmente no socorro prestado às vítimas do bombardeio de sua cidade natal em 1944, durante a segunda guerra mundial. O apoio do influente político italiano Igino Giordani, porém, ajudou a propagar o Movimento a partir de 1948.
Em 1960, impressionada com os relatos de um sacerdote fugitivo de um campo de concentração comunista, enviou médicos à então Alemanha Oriental. Seu movimento pela unidade cristã se difundiu clandestinamente em outras nações comunistas: Polônia, Checoslováquia, Hungria, Rússia e Lituânia.
Após a queda do muro que separava a Europa capitalista do empobrecido Leste europeu socialista, em 9 de novembro de 1989, - queda que havia profetizado -, Chiara realizou encontros do movimento na Polônia, com a participação de adeptos vindos de quase todos os países da Europa Central e Oriental. Recebeu da Universidade Católica de Lublin, em 19 de junho de 1996, o título de doutor honoris causa em Ciências Sociais.
Em 1960, em outro encontro, - este realizado em Friburgo, Suíça -, ao falar a políticos de diferentes nações sobre a sua proposta de unidade entre os povos, deu uma dimensão político-filosófica e religiosa, ampla e original, ao seu pensamento, pregando que Deus pede o amor recíproco entre Estados do mesmo modo que pede o amor recíproco entre os irmãos, e que era chegado o momento no qual a pátria alheia devia ser amada como a própria.
Criou cidades modelo de organização cristã em vários países, uma delas, - dotada de hospital, escolas, e centros de atividades artesanais -, no coração da República dos Camarões, onde a mortalidade infantil era a mais elevada. Para a ação do Movimento na África tomou por diretriz o dever de se fazer justiça e contribuir para saldar a dívida que o mundo ocidental tem para com aquele continente.
O forte tom ecumênico do movimento, indispensável à sua ética política de união dos povos, conduziu Chiara Lubich a vários encontros com líderes das diversas religiões, antecipando-se ao movimento ecumênico que seria deflagrado na Igreja Católica pelo papa João XXIII. Em 1961 reuniu-se com pastores luteranos na Alemanha, em Darmstadt, abrindo diálogo também com os anglicanos, reformados suíços, e os seguidores de outras diferentes Igrejas e comunidades cristãs.
Em 1977 recebeu em Londres o Prêmio Templeton para o progresso da religião e iniciou então um diálogo com judeus, muçulmanos e budistas citando seus maiores místicos, naquilo que exaltam o amor como essência de tudo. Fundou uma escola permanente do diálogo religioso em 1967 nas redondezas de Manila, nas Filipinas, como centro de encontro de outras religiões e irradiação da Espiritualidade na Ásia.
Uma viagem ao Brasil inspirou-lhe o que chamou Economia de Comunhão na Liberdade um setor do Movimento Focolare destinado a criar uma rede de indústrias e agentes comerciais que, pondo em prática os preceitos de união e compartilhamento que orientam o Movimento, promovem o respeito às leis do País, salários justos, e mútuo apoio com capital e tecnologia partilhadas também entre as nações e continentes.
O Papa João Paulo II, autor da Encíclica Centesimus Annus, na qual convida à solidariedade também num sistema econômico com dimensão planetária, a respeito de Chiara Lubich teria dito: "Na história houve muitos radicalismos do amor: o radicalismo de Francisco, de Inácio de Loyola, de Charles de Foucauld. Existe também o radicalismo de Chiara..."
Chiara faleceu em14 de março de 2008, aos 88 anos, em Rocca de Pappa, Itália.
Em 1960, impressionada com os relatos de um sacerdote fugitivo de um campo de concentração comunista, enviou médicos à então Alemanha Oriental. Seu movimento pela unidade cristã se difundiu clandestinamente em outras nações comunistas: Polônia, Checoslováquia, Hungria, Rússia e Lituânia.
Após a queda do muro que separava a Europa capitalista do empobrecido Leste europeu socialista, em 9 de novembro de 1989, - queda que havia profetizado -, Chiara realizou encontros do movimento na Polônia, com a participação de adeptos vindos de quase todos os países da Europa Central e Oriental. Recebeu da Universidade Católica de Lublin, em 19 de junho de 1996, o título de doutor honoris causa em Ciências Sociais.
Em 1960, em outro encontro, - este realizado em Friburgo, Suíça -, ao falar a políticos de diferentes nações sobre a sua proposta de unidade entre os povos, deu uma dimensão político-filosófica e religiosa, ampla e original, ao seu pensamento, pregando que Deus pede o amor recíproco entre Estados do mesmo modo que pede o amor recíproco entre os irmãos, e que era chegado o momento no qual a pátria alheia devia ser amada como a própria.
Criou cidades modelo de organização cristã em vários países, uma delas, - dotada de hospital, escolas, e centros de atividades artesanais -, no coração da República dos Camarões, onde a mortalidade infantil era a mais elevada. Para a ação do Movimento na África tomou por diretriz o dever de se fazer justiça e contribuir para saldar a dívida que o mundo ocidental tem para com aquele continente.
O forte tom ecumênico do movimento, indispensável à sua ética política de união dos povos, conduziu Chiara Lubich a vários encontros com líderes das diversas religiões, antecipando-se ao movimento ecumênico que seria deflagrado na Igreja Católica pelo papa João XXIII. Em 1961 reuniu-se com pastores luteranos na Alemanha, em Darmstadt, abrindo diálogo também com os anglicanos, reformados suíços, e os seguidores de outras diferentes Igrejas e comunidades cristãs.
Em 1977 recebeu em Londres o Prêmio Templeton para o progresso da religião e iniciou então um diálogo com judeus, muçulmanos e budistas citando seus maiores místicos, naquilo que exaltam o amor como essência de tudo. Fundou uma escola permanente do diálogo religioso em 1967 nas redondezas de Manila, nas Filipinas, como centro de encontro de outras religiões e irradiação da Espiritualidade na Ásia.
Uma viagem ao Brasil inspirou-lhe o que chamou Economia de Comunhão na Liberdade um setor do Movimento Focolare destinado a criar uma rede de indústrias e agentes comerciais que, pondo em prática os preceitos de união e compartilhamento que orientam o Movimento, promovem o respeito às leis do País, salários justos, e mútuo apoio com capital e tecnologia partilhadas também entre as nações e continentes.
O Papa João Paulo II, autor da Encíclica Centesimus Annus, na qual convida à solidariedade também num sistema econômico com dimensão planetária, a respeito de Chiara Lubich teria dito: "Na história houve muitos radicalismos do amor: o radicalismo de Francisco, de Inácio de Loyola, de Charles de Foucauld. Existe também o radicalismo de Chiara..."
Chiara faleceu em14 de março de 2008, aos 88 anos, em Rocca de Pappa, Itália.
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