quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lula nega disputar a Presidência em 2014


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta-feira (21), em entrevista exclusiva ao Jornal da Record, que não pretende voltar à Presidência em 2014. No entanto, Lula disse que nunca se pode dizer não na política.

Questionado sobre qual seria seu maior erro, Lula disse que foi não ter conseguido aprovar a reforma política.

- Devo ter errado muito. Não fiz a reforma política, que queria fazer. Vou brigar para fazer. Não era obrigação do presidente, era dos partidos e do Congresso.

Lula afirmou que não vai precisar “dizer adeus” ao povo brasileiro e que pretende andar pelo país após deixar o cargo.

- Não preciso dizer adeus, porque eu vou andar muito pelo Brasil.

Sobre o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, Lula afirmou que a Receita é que deve esclarecer a quebra de sigilo.

- Quem tem que esclarecer é a Receita. Somente ela. A Receita é intocável, até para o presidente. É tão intocável que, se eu pedir a declaração do meu pior inimigo, a Receita precisa me denunciar.

- Não, eu te falo de coração [sobre a hipótese de disputar a Presidência em 2014]. Mas em política a gente nunca pode dizer não. Se tiver juízo, se tiver meus neurônios perfeitos, me comprometo a ser um bom ex-presidente da República.

Questionado sobre o que vai fazer “no primeiro sábado de sol” após deixar o cargo, Lula disse que vai olhar para a mulher, Marisa Letícia, e falar para os dois “tocarem a vida”.

- Fico pensando o que vai ser da minha vida no dia 2 [de janeiro]. Não ter ninguém para xingar, para ficar bravo. Vou olhar para a Marisa e dizer “vamos tocar a vida”.

Em um “bate bola” com a jornalista Adriana Araújo, Lula respondeu qual foi sua maior glória durante os oito anos de governo.

- [A maior glória] não foi minha, foi do povo brasileiro. [Foi] ter tido a confiança em um torneiro mecânico, que só tem o primário [para ficar na Presidência].

Questionado sobre a Justiça Eleitoral ter aplicado multas contra ele e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, Lula disse que o TSE deve ter “motivos” para aplicar as punições.

- A justiça deve ter suas razões para entender que eu desrespeito a lei quando eu falo o nome de uma candidata.

Lula também disse que o Brasil “não corre riscos”, independente de qual candidato for eleito para sucedê-lo no cargo.
Fonte "R7.com"

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