quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Vaticanistas narram sua experiência

“A Igreja no papel. Os vaticanistas se explicam”, livro dos jornalistas italianos Rodolfo Lorenzoni e Ferdinando Tarsitani, editado por Paulinas, foi apresentado na tarde de ontem em Roma.

O livro começa com uma apresentação de Joaquín Navarro Valls, ex-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

“Esta obra – disse Tarsitani – é uma homenagem aos colegas e à profissão de jornalista. Quisemos narrar a Igreja através dos olhos de quem por profissão o faz diariamente, os assim chamados vaticanistas. Ao fazê-lo, demo-nos conta de que isso poderia oferecer diversos pontos de reflexão sobre nosso trabalho e sobre o momento atual da Igreja”.

Por sua parte, Lorenzoni afirmou que “o ofício de jornalista pode ser muito difícil sem uma certa preparação, sem certa responsabilidade e cultura. Este livro é um passeio pelo mundo dos vaticanistas, contam-se histórias pessoais, de vida, e não somente de profissão, é um livro com um lado humano”.

Já Dom Vincenzo Paglia, bispo de Terni e presidente de la Comissão da Conferência Episcopal Italiana para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, disse que “a tarefa do jornalista hoje cresceu muito nos horizontes de seus conteúdos, especialmente porque o que se escreve pode influenciar em diversos setores”.

Isso porque “se influencia a opinião pública, os bispos, a Cúria Romana e, neste sentido, existe uma responsabilidade”.

Dom Paglia disse a ZENIT que a profissão de jornalista “deve nos fazer refletir, pois não é uma profissão qualquer, particularmente hoje em dia”.

“Devido à queda das ideologias, dos valores, das perspectivas, poder falar da Igreja e de seus aspectos complexos é um serviço seguramente eclesial, mas também civil”, porque significa introduzir no debate público “um elemento que pode fazer reviver o corpo da sociedade.”

Aldo María Valli, vaticanista da RAI, recordou um amigo fotógrafo, que se expressa com fotos estupendas e lhe contou que era necessário olhar muito pela objetiva, mas aos poucos tirar as fotos.

“Esta avaliação – disse – vale para todos os meios com os quais nos expressamos tendo em vista a grande e complexa realidade da Igreja”. Ele concluiu indicando uma dificuldade para a informação televisiva, que devido à correria muitas vezes traz informações superficiais.

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