sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Bispos da Coreia do Sul afirmam que guerra só traz miséria

SEUL, quinta-feira, 25 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - Os bispos da Coreia do Sul convidaram os dois países a não sucumbir à espiral da violência. Separadas pelo paralelo 38 desde 1948, após os acontecimentos da 2ª Guerra Mundial, as duas Coreias vivem momentos diametralmente opostos.

A tensão entre as Coreias do Norte e do Sul, que tecnicamente permanecem em guerra, tem gerado confrontos militares ocasionais desde a assinatura de um cessar-fogo em 1953. No mais recente conflito, a Coreia do Norte disparou bombas de artilharia contra a ilha de Yeonpyeong, atingindo uma base militar sul-coreana e incendiando casas. Dois soldados morreram e 20 pessoas ficam feridas. A Coreia do Sul diz que conduzia exercícios militares antes do lançamento das bombas, mas insiste em que os disparos não estavam dirigidos à Coreia do Norte.

No campo da liberdade religiosa, enquanto no Norte o culto ao líder se converteu quase numa religião, a democracia consolidada no Sul é constitucionalmente neutra e não há registros de ameaças à liberdade de culto.

Segundo o relatório sobre o tema, apresentado pela organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) na terça-feira, em Madri, 43,1% da população do Sul é cristã.

"Oramos para que a situação política não piore e não se converta num conflito aberto. Pedimos ao Senhor que conceda aos dirigentes e a todos nós a força e a luz para superar esta crise", declarou o presidente da Conferência Episcopal sul-coreana, Cheju Peter Kang U-il, à agência Fides.

Os prelados sul-coreanos lançam um apelo aos governos do Sul e do Norte para que se reúnam e busquem o caminho do diálogo.

O bispo disse que o governo da Coreia do Sul ainda não sabe as razões do ataque à ilha de Yeonpyeong, que aumentou a tensão na península coreana, e o atribuiu a "razões de tática política". Para o bispo, poderia ser "uma maneira de desviar a atenção dos dramáticos problemas internos".

"Da escassa informação que recebemos sobre o Norte - explicou -, sabemos que a situação econômica é muito difícil e se sofre fome e miséria."

"Mas estou certo de que os líderes do Norte sabem que a guerra não conduz a lugar algum, que é somente uma catástrofe que provoca sofrimento aos civis. É uma possibilidade que devemos evitar por todos os meios."

O bispo instou a comunidade internacional a intervir e envolver a China no processo, já que "que tem um grande poder de influência sobre a Coreia do Norte". O prelado pediu as orações da Igreja universal.

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