domingo, 21 de novembro de 2010

Protagonistas da caridade na Europa redescobrem sua motivação

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Mais de 300 responsáveis de organizações caritativas católicas europeias se reunirão no santuário mariano polonês de Częstochowa para redescobrir as motivações mais profundas pelas quais entregam sua vida aos demais.

Estes exercícios espirituais, organizados pelo Conselho Pontifício Cor Unum, foram apresentados ontem a um grupo de jornalistas pelo iminente cardeal Robert Sarah, novo presidente do dicastério vaticano, quem sublinhou como esta iniciativa busca aplicar uma das recomendações centrais da encíclica Deus Caritas est.

O encontro acontecerá de 29 de novembro a 3 de dezembro, com a presença de 5 cardeais e 50 bispos, de 26 nações.

As meditações desses dias de exercícios serão dirigidas pela abadessa Theresa Brenninkmeijer, O. Cist., de nacionalidade holandesa.

Dom Anthony Jesus Figueiredo, encarregado da organização do encontro, explicou que, com esta iniciativa, busca-se responder ao convite que Bento XVI faz na encíclica: formar antes de tudo “o coração daqueles que, como as agências caritativas que se identificam na Igreja Católica, além de tornar concreto o amor caritativo, devem dar a conhecer o verdadeiro rosto desse amor, o rosto de Cristo”.

Este é o terceiro continente que começa esta iniciativa, depois dos exercícios espirituais realizados em Guadalajara (México), em 2008, e em Taipei (Taiwan), em 2009. Em alguns países, começaram a oferecer estes exercícios para os agentes da caridade no âmbito nacional ou diocesano.

Dom Giovanni Pietro Dal Toso, secretário do Conselho Pontifício Cor Unum, reconheceu que esta atividade oferece também uma reflexão para a Igreja universal sobre a identidade das instituições católicas de ajuda.

Esta questão tem repercussões diretas, como, por exemplo, a construção de uma igreja ou um projeto de reconstrução, acrescenta Dom Dal Toso, recordando, com Bento XVI, que estas agências são uma “obra própria” da Igreja Católica, com todas as suas consequências.

“Levar em consideração a religião na assistência humanitária obviamente é importante para uma obra católica. Que se ofereça assistência religiosa em um campo de refugiados é muito importante, é um exemplo do que quer dizer para nós acompanhar as agências católicas para que se sintam como parte da missão da Igreja”, acrescenta Dom Dal Toso.

Dom Figueiredo citou, como exemplo destas implicações, o caso de agências católicas de adoção na Inglaterra, que tiveram de fechar suas portas ao negar-se a entregar crianças a casais homossexuais, em coerência com sua identidade.

(Jesús Colina)

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