sábado, 2 de abril de 2011

Ecumenismo de vida do arcebispo greco-católico da Ucrânia

"Manifestar a plena comunhão com o Santo Padre": este foi o resumo do propósito da visita a Roma do novo arcebispo maior de Kiev, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, que ontem foi recebido em audiência pelo Papa Bento XVI e depois teve um encontro com a imprensa.

"Estamos gratos ao Papa por este encontro - disse Shevchuk - e por ter manifestado uma grande confiança, confirmando um bispo tão jovem."

Shevchuk, que tem apenas 40 anos, foi eleito como cabeça da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, em 23 de março, e confirmado pelo Papa em 25 de março.

"A nossa é uma Igreja sinodal - continuou o arcebispo -, que vive não só no território canônico de uma diocese, mas em todo o mundo." É também uma "Igreja jovem, em que a idade média dos padres é de 35 anos".

"A juventude do clero - sorriu o arcebispo de Kiev, respondendo a outra pergunta - não é justificada pela possibilidade dos sacerdotes greco-católicos se casarem, mas pela grande efervescência que se seguiu à queda dos regimes comunistas."

A missão da Igreja Greco-Católica na Ucrânia é, de acordo com o arcebispo Shevchuk, "manifestar a comunhão entre a Igreja bizantina e a latina, mostrando a catolicidade da Igreja, vivida na sinfonia das tradições".

"Aprendi com João Paulo II - disse ele - o método ecumênico que passa pelas relações pessoais, capazes de derrubar muros, preconceitos e divisões."

O diálogo ecumênico entre as igrejas cristãs na Ucrânia, portanto, "continuará, de modo aberto, com a busca comum de soluções para os problemas do país, recebidos em herança".

As três igrejas ortodoxas ucranianas (Igreja Ortodoxa Ucraniana, dependente do Patriarcado de Moscou, a Igreja Ortodoxa Autocéfala e o Patriarcado de Kiev, N. da R.), de fato, propuseram de várias formas "uma aliança estratégica para evangelizar a cultura moderna, anunciando os valores cristãos".

"A mesma dinâmica de secularização que existe na Europa - disse o arcebispo Shevchuk - também está presente no nosso país, no qual uma nova geração de jovens, criados nos últimos 20 anos, representa a esperança, não só da Igreja."

As Igrejas têm a responsabilidade, portanto, de "transmitir um grande patrimônio às novas gerações".

O desafio cultural "também está ligado à tradução dos textos litúrgicos: traduzir significa, de fato, encarnar os valores cristãos na cultura de hoje." É importante, finalmente, "o serviço das comunidades cristãs em uma sociedade pós-comunista que está reconstruindo suas estruturas: a doutrina social é uma parte essencial da evangelização".

Não está prevista, por enquanto, uma visita de Bento XVI à ex-república soviética: "O Santo Padre - disse o novo arcebispo maior de Kiev, concluindo a coletiva de imprensa - é sempre bem-vindo na Ucrânia, mas não falou de uma visita sua iminente".

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