quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUANTOS VERDADEIRAMENTE SÃO CATÓLICOS?

Quando vamos pela rua e vemos um anúncio de emprego dizendo: “Precisa-se de engenheiro”, a primeira coisa que faz este anúncio é excluir todas aquelas pessoas que não são engenheiros. Por exemplo: Uma pessoa que nunca estudou não poderá desejar a este emprego, terá que se contentar com outro tipo de trabalho, mas não o de engenheiro. Não podemos dizer: “Eu não estudei para engenheiro, mas posso aprender?”. Para ser engenheiro devemos conhecer as técnicas, livros de engenharia, conhecer algumas fórmulas e um pouco de experiência. Para completar tem a parte mais difícil, muito sacrifício e estudos para ser um excelente engenheiro. Depois de muitos anos de esforço, receber o diploma de uma universidade autorizada pelo governo. Por fim podemos ser chamados de engenheiro e até praticar a profissão. Tudo o que vale a pena na nossa vida, requer esforço, dedicação, sacrifício e porque não umas boas lágrimas.
O exemplo que usei para falar do esforço de um universitário, até ter a honra de levar o nome de engenheiro, serve para tentar explicar, que não basta só dizer que é católico. É necessário mostrar com a vida, defendendo as convicções e os ensinamentos da Igreja católica para levar este nome. Quantos verdadeiramente são católicos? Ser católicos implica estar em sintonia com a doutrina e o magistério da Igreja, com o Colégio Cardinalício em comunhão com o Santo Padre.
Como podemos dizer que somos verdadeiros católicos se nos falta o básico? Da mesma forma que não podemos chamar uma pessoa de engenheiro, sem que tenha o seu diploma e saiba um mínimo, do mesmo modo, não podemos chamar de católicos aqueles que desconhecem a doutrina da Igreja ou que, apóiem leis e modos de pensar incompatíveis com a Igreja Católica. O Brasil, sendo o país com maior número de católicos no mundo, deixa muito a desejar. As leis que estão sendo aprovadas cada vez mais nos levam a pensar num país acatólico. Como pensar num país onde a maioria se diz católica e não obstante uma minoria impõe suas leis contra a vida humana, contra a dignidade das crianças indefesas, contra os ensinamentos da Igreja?
A Igreja fiel à sua missão de defender a natureza humana, criada e amada por Deus. Nos dias de hoje, recebe ataques não só daqueles que não pertence ao seu redil, como também é atacada pelos que se dizem ser seus filhos.
Para ser católicos não basta uma fé recebida dos antepassados e não vivida. É necessário ser assimilada, totalmente, o que nos agrada e às vezes também o que nos desagrada. Explicar o porquê de ser católico, só porque é tradição na família não é suficiente para viver um catolicismo integral, ou seja, vivido até suas ultimas conseqüências.
Diante da pergunta: Por que nos encontramos com um catolicismo morno? Podemos responder dizendo: porque os católicos assumiram um nome e não um estilo de vida. Um jovem que recebe um diploma de engenharia deve buscar desempenhar uma atividade própria da sua profissão, para que outras pessoas vejam que efetivamente ele é um engenheiro, porque senão pode até ser que ele tenha tirado boas notas na faculdade, mas se não atuar o aprendido, é inútil seu diploma. Da mesma forma, se um católico não atua sua fé católica, é inútil dizer que é católico. Hoje em dia muitas pessoas dizem ser católicas não praticantes, depois, surgem os escândalos e o nome da Igreja Católica é difamado, por aqueles que se dizem ser, mas não são.
Por que hoje em dia, encontramos no Brasil, pessoas que votam em partidos que se não são anti-clericais, pelo menos rejeitam, abertamente a intervenção da Igreja em defender a vida, desde a concepção, até sua morte natural? Muitos militantes da cultura da morte estão trabalhando em todos os meios de comunicações possíveis, aproveitando a falta de identidade da maioria dos católicos de hoje. Católicos de nome, só que ainda não assumiram completamente a responsabilidade de serem verdadeiros católicos.
Diante desta constatação, quero propor algo prático para seguir crescendo nesta identificação plena para ser um verdadeiro católico. Primeiro, intensificar a união com Cristo, que se dá por meio da oração. A pessoa que realmente ora, reconhece esta graça de ser católico e transmite aos demais esta luz que irradia de um católico verdadeiro. Em segundo lugar, buscar conhecer mais sobre o Papa, sobre os ensinamentos que ele transmite nos seus escritos. É triste constatar que a única informação que muitos católicos têm do Papa, o é por meio dos jornais ou emissoras anti-católicas, ou por críticas de pessoas que escutaram de terceiros, sobre o Vaticano, sobre a Hierarquia, etc.
É um direito de vocês exigirem que os padres ou ministros os instruam no conhecimento da nossa Igreja. A fé nos ajuda a ver na sua pessoa a voz do próprio Cristo e do Espírito Santo, só que devemos saber o que pronunciou esta voz, para que a coloquemos em pratica.
Um católico não pode ser indiferente ou ignorar, temas controvertidos que são motivos de polêmica e acusações por parte das seitas e dos que não crêem, por exemplo: as imagens, a Virgem Maria, o aborto, eutanásia. Todos estes temas, diariamente são jogados na cara dos católicos e se estas seitas ou ateus vêem que não existe uma posição clara, teima em por a fé desta pessoa entre parentes, buscando uma forma de colocar-la em duvida. Buscar uma ampla cultura religiosa é dever de cada católico. Não podemos por desculpa do pouco conhecimento da própria fé acusar ou atacar a Igreja Católica ou a sua hierarquia. A Igreja é você. Sou eu. Somos nós. Não um grupo reduzido de pessoas, como os padres, as freiras, os seminaristas, estes são uma parte, importantes na transmissão e no ensinamento da palavra de Deus, dos sacramentos. Só que se não existe católicos convencidos, comprometidos no batismo, que amem Cristo e a Igreja. Não se pode combater o inimigo, ou seja, o próprio satanás, que busca perder todas as almas, levando-as à perdição.
Somos Igreja e devemos edificar esta Igreja com nossa vida, nosso testemunho. Se cada católico tivesse a preocupação de se formar e transmitir esta formação aos seus familiares, amigos parentes, hoje talvez o mundo fosse melhor. A fé vivida até as suas últimas conseqüências, seria como dizia João Paulo II, “O momento da Civilização do Amor”.
No meio de tantas necessidades que tem o mundo de hoje, nada é mais importante que ter uma Igreja Católica totalmente unida e cheia de católicos integrais. Deus queira que possamos tirar o anuncio que leva anos posto na nossa religião: “Precisa-se de Católicos convencidos”.
Seminarista Carlos Pereira,L.C
cpereira@legionaries.org
04/06/2009 - Roma
www.rainhamaria.com.br

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