terça-feira, 5 de abril de 2011

Nova evangelização nas Igrejas Orientais

Permitir que as Igrejas Orientais sejam protagonistas da nova evangelização, preparar propostas para o sínodo que será realizado em 2011 e as dificuldades de jurisdição das Igrejas Orientais num mundo globalizado: estes foram os temas centrais do seminário "A nova evangelização no interior e no exterior: uma perspectiva católica oriental", realizado na quinta-feira, 31 de março, em Roma, no Pontifício Instituto Oriental, coincidindo com a visita ‘ad limina' dos bispos sírio-malabares e sírio-malancares.

Na abertura do evento, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, dirigiu-se aos 35 bispos e demais presentes para expressar sua vontade de que estas igrejas também possam ser protagonistas ativas da dimensão missionária da Igreja e da nova evangelização.

Os palestrantes foram: o eparca de Palai, Mar Joseph Lallarangatt, sobre a eclesiologia de comunhão a partir da perspectiva do Oriente; Dom Natale Loda, professor da Pontifícia Universidade Lateranense, que explicou a nova evangelização dos católicos orientais; concluiu Pablo Gefaell, professor da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, que aprofundou nos problemas dos fiéis orientais fora do território de sua Igreja ‘sui iuris'.

Entrevistado por ZENIT, Dom Natale Loda disse que, após a criação do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, e tendo em vista o próximo Sínodo Geral dos Bispos de 2012, o debate e as questões da jornada se focaram em "como fazer para que a nova evangelização, que é um direito e dever de todos os fiéis cristãos, também possa chegar ao contexto das Igrejas Orientais".

"Esta nova evangelização - continuou o professor da Lateranense - é a promoção de uma cultura enraizada no Evangelho e destinada às Igrejas Orientais. É necessário, apesar das contradições das culturas contemporâneas, transmitir Cristo; e as Igrejas Orientais não estão excluídas."

Sobre este trabalho de inculturação, Dom Loda lembrou que, "em todas as culturas, há elementos bons que não apenas não se opõem, mas que, no cristianismo, podem tornar-se um testemunho para todo o povo e para aqueles que devem receber a nova notícia".

O reitor do Pontifício Instituto Oriental reiterou que "a questão da jurisdição é muito importante, porque as populações na Índia estão muitas vezes fora do seu território e, neste tema, no que diz respeito à Índia, o direito canônico não é muito claro".

"Há muitos sírio-malabares - explicou - que estão fora do seu território tradicional e podemos nos perguntar sobre como evangelizá-los. Um grande problema. Esta questão será abordada nas discussões que haverá antes do próximo sínodo."

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