terça-feira, 7 de junho de 2011

Missão cumprida de Bento XVI na Croácia

Ao concluir a visita em que se encontrou com um décimo da população croata, Bento XVI alentou os católicos do país a continuarem sendo a alma da nação.

A 19ª viagem internacional deste pontificado (13ª na Europa), confirmou o empenho do Papa em trabalhar para que o Velho Continente redescubra suas raízes cristãs, diante da falta de pontos de referência firmes, como explicou em seu discurso de despedida.

O adeus, no entardecer deste domingo, aconteceu no aeroporto internacional Pleso, ao lado do presidente da República, Ivo Josipović, que se define agnóstico, o que não impediu de se estabelecer nesse fim de semana um diálogo de alto nível ao serviço do bem comum da sociedade croata.

Na cerimônia de despedida, que teve de ser alterada por causa da chuva, o pontífice explicou que veio ao país para impulsionar a vitalidade do catolicismo croata (88% dos 4,5 milhões de habitantes são batizados), convencido de que “não deixará de produzir os seus efeitos positivos na sociedade”.

Por isso, defendeu a “colaboração – que espero sempre serena e profícua – entre a Igreja e as instituições públicas”.

Seu conselho aos croatas foi este: “Neste tempo, em que parecem faltar pontos firmes e fidedignos de referência, possam os cristãos, todos ‘juntos em Cristo’, pedra angular, continuar a ser como que a alma da nação, ajudando-a a desenvolver-se e a progredir”.

“Juntos em Cristo” foi justamente o lema desta viagem, que teve como momento culminante a missa deste domingo de manhã. 400 mil pessoas participaram da celebração, que foi uma homenagem às famílias católicas, no hipódromo de Zagreb.

O outro grande evento foi a vigília no anoitecer do sábado, quando o Papa presidiu uma Jornada da Juventude da Croácia, em que participaram 500 mil jovens, que fizeram um “templo” a céu aberto (foram suas palavras) da praça central da capital croata.

A viagem à Croácia converteu-se em uma nova etapa, especialmente com o discurso do Papa à sociedade civil, na tarde desse sábado, no Teatro Nacional de Zagreb. Uma ênfase num autêntico humanismo aberto à transcendência, frente ao relativismo que rejeita a possibilidade de conhecer a verdade.

Foi uma nova etapa em sua volta ao mundo em que já deixou discursos históricos, como os pronunciados em Ratisbona (setembro de 2006), Nova York (abril de 2008), Paris (setembro de 2008), Jerusalém (maio de 2009) e Londres (setembro de 2010).

A próxima etapa da volta ao mundo de Bento XVI na reivindicação da presença de Deus em tempos de relativismo será Madri, na Jornada Mundial da Juventude, em agosto, e na Alemanha, em setembro deste ano.

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