terça-feira, 28 de junho de 2011

Proclamados três novos beatos milaneses

Um pároco, um missionário na antiga Birmânia (Mianmar) e uma freira que visitava presos são os três novos beatos por cuja elevação aos altares o Papa Bento XVI quis mostrar sua alegria ontem, ao concluir a oração do Ângelus.

Os três novos beatos procedem da arquidiocese de Milão (Itália). Trata-se do sacerdote Serafino Morazzone, do missionário do PIME Clemente Vismara e da religiosa Enrica Alfieri.

O rito de beatificação foi presidido pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, quem voltava de Lübeck (Alemanha), onde, no sábado, beatificou outros três sacerdotes, mártires do nazismo.

A celebração aconteceu na Praça do Duomo de Milão, simultaneamente à comemoração do Corpus Christi, e a homilia foi pronunciada pelo arcebispo de Milão, cardeal Dionigi Tettamanzi.

Estes três novos beatos, afirmou o purpurado italiano, ensinam a “crescer na grandeza da pequenez evangélica”.

“O 'amém' que Serafino Morazzone, sor Enrichetta Alfieri e Clemente Vismara pronunciaram coincide com a oferenda – sem reservas – da sua vida, colocada à total disposição dos outros na variedade e na diversidade das vocações e das responsabilidades recebidas do único Espírito.”

Destacou a figura de Morazzone, cujas virtudes foram tais que as recolheu o grande escritor italiano Alessando Manzoni na primeira redação da sua obra-prima “Os noivos”.

Sor Enrica Alfieri serviu nas prisões entre 1923 e 1950, período que coincide com o regime fascista e a dominação alemã. Desses anos, o purpurado destacou seu apoio aos prisioneiros “políticos”, o que levou à prisão a própria religiosa.

Por sua vez, o missionário Clemente Vismara viveu na Birmânia entre 1923 e 1988, ganhando o título de “patriarca” desse país.

Estes três perfis de santidade, que foram beatificados precisamente no ano em que a arquidiocese de Milão comemora o quarto centenário da morte do seu padroeiro, São Carlos Borromeu, são, segundo afirmou o cardeal Tettamanzi, “exemplos de uma santidade construída na cotidianidade”.

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