quinta-feira, 9 de setembro de 2010

'Quem foi atingido está no direito de reclamar', diz Marina sobre sigilo


A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, participou nesta quarta-feira (8) de evento na Fundação Abrinq, na Zona Sul de São Paulo. Após assinar a adesão ao projeto Presidente Amigo da Criança, ela voltou a comentar a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB.

“Se isso é algo que a população está ou não está entendendo, nós estamos entendendo. Como senadora, eu sei o que é isso. Como agente público, qualquer um sabe o que é isso. E providências devem ser tomadas”, disse Marina.

A candidata questionou a interpretação sobre suas falas nos dias anteriores. Ela refutou a ideia de que esteja criticando diretamente José Serra (PSDB) por usar a vitimização no caso da violação do sigilo, mas disse que a queixa deve ser institucional.

“Eu não falei de vitimização que o PSDB tem feito, eu falei que, independentemente das vítimas e dos que estão banalizando, existe uma população que quer respostas. É isso que estou dizendo. Não estou minimizando o fato de quem foi atingido. Quem foi atingido está no seu direito de reclamar. Mas não é uma queixa pessoal, de quem foi atingido. Tem que ser uma queixa institucional”, disse.

Novamente perguntada sobre possíveis prejuízos à sua campanha com o destaque que o caso da quebra de sigilo tem ganhado, Marina criticou a reprodução de suas falas. “Eu vou repetir como eu disse ontem e gostaria que fosse dito como eu disse, porque foi distorcido. Eu disse que independentemente de render ou não votos para a minha campanha eu vou discutir o fato porque ele é grave e a gente não pode subordinar uma discussão àquilo que rende ou não rende voto, àquilo que rende ou não rende simpatia”.

Perguntada sobre sua avaliação a respeito das declarações do presidente Lula no horário eleitoral contribuírem para a banalização do assunto da quebra de sigilo, Marina foi evasiva. “Relevar o fato e levar apenas para o terreno político não contribui. Tem um fato grave, não se pode esquecer que o fato é grave. Achar que é uma questão puramente política, não é. Milhares de sigilos foram quebrados. E não se debruçar sobre ele para investigar, punir, dar satisfação para a sociedade, segurança ao contribuinte que paga impostos e que gostaria de ver o seu dinheiro sendo aplicado numa gestão transparente, competente e impessoal, não contribui”.

Questionada sobre se concorda com o termo “baixaria” usado por Lula para referir-se aos ataques do PSDB ao PT, a senadora também desconversou. “Eu não gosto de rotulagem. Eu acho que quando a gente rotula as coisas é uma forma de parar com a discussão. Eu uso o termo de que nós temos que discutir adequadamente, tomar providência, ser transparente, punição”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário